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Ciências Contábeis Apostila 1 Contabilidade Industrial Prof. Ivã C. Araújo araujoiva@hotmail.com @i.c.araujo Paranavaí 2020 mailto:araujoiva@hotmail.com PROF. IVÃ C ARAUJO 2 Artigo: 3 dicas para atuar na Contabilidade do Setor Industrial Você já pensou em ser um profissional contábil no setor industrial? Especializar-se nessa área pode ser muito vantajoso, visto como cresce cada vez mais o setor industrial por todo o país. Por isso, confira aqui 3 dicas para você que está pensando em atuar na contabilidade do setor industrial. 1. Aprofunde os conhecimentos a respeito do setor industrial Por mais que o profissional vá trabalhar na contabilidade de uma empresa, é preciso ter no mínimo um conhecimento geral a respeito de como funciona uma indústria. Resumidamente, a atividade industrial é aquela que obtém o lucro por meio da transformação de matéria-prima em um produto final. Todo o procedimento para chegar até o lucro final envolve algumas funções supletivas, como: • Função Técnica: a transformação dos materiais; • Função Mercantil: a compra de matéria-prima e venda do produto final; • Função Financeira: obter financiamentos e aplicar capitais; • Função Econômica: para crescimento do patrimônio a partir dos lucros obtidos; • Função Social: geração de empregos e de bens de utilidade. Além disso, as empresas ainda podem ser classificadas a partir de diferentes aspectos como, por exemplo, de acordo com a sua importância econômica, o regime de produção ou de acordo com a natureza dos produtos produzidos — sendo esse o mais importante. 2. Saiba diferenciar a contabilidade comercial da contabilidade industrial Na contabilidade comercial é mais fácil de identificar o custo de uma determinada mercadoria vendida — basta somar o valor pago pela mercadoria ao valor dos tributos não compensáveis, dos fretes e seguros. Já na contabilidade do setor industrial não é tão simples: o processo de transformação de matéria-prima num produto final envolve custo de mão de obra e ainda vários outros custos de consumo, como energia elétrica, água e etc. PROF. IVÃ C ARAUJO 3 Implementar um cálculo de custos quando se há uma variação tão grande de insumos que são consumidos na produção de um produto pode se tornar muito complexo, foi a partir dessa necessidade que surgiu a contabilidade de custos ou contabilidade do setor industrial. É necessário, então, levar em conta não apenas o capital investido em matéria-prima inicial, mas também o custo de produção. Além disso, resultado industrial ou lucro só poderá ser conhecido depois de concluída a venda, ou seja, depois de aplicadas as taxas administrativas, comerciais e financeiras que determinam ainda o custo comercial. 3. Conheça as terminologias que são utilizadas pela contabilidade do setor industrial Vários termos específicos são utilizados quando se trata de contabilidade do setor industrial e seus princípios contábeis aplicáveis. Dentre os mais utilizados estão: • Gastos: qualquer bem ou direito adquirido, independente do pagamento ser feito à vista ou à prazo e que estejam diretamente ligados aos investimentos, custos e despesas. São ainda divididos entre gastos financeiros (desembolso de valores para aquisição de bens e pagamentos de obrigações) e gastos por consumo (gastos genéricos no processo produtivo). • Investimentos: são os gastos com perspectiva de retorno financeiro no futuro. • Custos: todos os gastos de consumo incorridos que têm ligação com o processo produtivo. • Despesas: são os gastos de consumo incorridos que não têm ligação com o processo produtivo, mas com o processo administrativo e comercial da empresa. • Desembolso: são valores gastos na aquisição de bens e serviços para a indústria, como produtos de limpeza, materiais de escritório e etc. • Perdas: são gastos involuntários e indesejados, mas que não ocorrem com frequência na empresa. • Desperdício: diferente das perdas, os gastos poderiam ser controlados e ocorrem com frequência dentro da empresa. E então, que tal se especializar em contabilidade do setor industrial? É um setor que só tem a crescer e, sem dúvida alguma, precisa contar com a ajuda de profissionais qualificados! PROF. IVÃ C ARAUJO 4 Disponível em :<https://blog.sage.com.br/contabilidade-industrial-dicas-para-atuar-no- setor/.> Acesso em 06.fev.2020. Vamos lembrar os principais Conceitos estudados em Contabilidade de Custos? A relação: Custo = Preço – Lucros • Qual a Diferença entre Custos e Despesas? Porque há esta separação? • DRE; • Receitas; • Custos Diretos e Indiretos (Produto); • Custos Fixos e Variáveis (Produção); • Custos com mão de obra; • Critérios de avaliação de Estoques; • Custeios: Absorção, Direto, RKW, ABC. https://blog.sage.com.br/contabilidade-industrial-dicas-para-atuar-no-setor/ https://blog.sage.com.br/contabilidade-industrial-dicas-para-atuar-no-setor/ PROF. IVÃ C ARAUJO 5 Indústria ARTIGO: A indústria tem a finalidade de transformar matérias primas em vários tipos de produtos. As indústrias são muito importantes para o desenvolvimento do país. Um país desenvolvido tem um setor industrial muito grande, pois geralmente abrange o país inteiro e até outros países. O setor de agricultura é dito setor primário, as indústrias vêm como setor secundário e o comércio como setor terciário. Fases das indústrias 1ª Revolução Industrial = Carvão mineral 2ª Revolução Industrial = Petróleo 3ª Revolução Industrial = Informática Implantação de uma Indústria Infra-estrutura necessária: • matéria prima • mão-de-obra • capital • localização • água • energia • Mercado consumidor • Transportes Classificação das Indústrias * Indústria Pesada/transformação Ex: Transforma minérios de ferro e manganês em aço. https://www.infoescola.com/economia/setor-primario/ https://www.infoescola.com/economia/setor-secundario/ https://www.infoescola.com/economia/setor-terciario/ https://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/ https://www.infoescola.com/combustiveis/carvao-mineral/ https://www.infoescola.com/industria/materia-prima/ https://www.infoescola.com/economia/industria-pesada/ https://www.infoescola.com/economia/industria-de-transformacao/ https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/minerios-de-ferro/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/manganes/ PROF. IVÃ C ARAUJO 6 * Indústria Intermediária Fabrica peças para outras indústrias. * Indústria de bens de consumo Durável = os produtos tem uma durabilidade razoável. ex: automobilística, moveleira, siderúrgica, metalúrgica, etc. Não Durável = os produtos não tem uma durabilidade muito grande. ex: alimentícia, bebidas, farmacêutica, vestuário. Arquivado em: Geografia, Indústria Disponível em :< https://www.infoescola.com/geografia/industrias/ > Acesso em 06.fev.2020. ARTIGO É crucial pôr a indústria no centro da estratégia de crescimento do país, diz presidente da CNI Em artigo publicado na revista Veja, Robson Braga de Andrade destaca que a atividade industrial é fundamental para a geração de empregos qualificados e o crescimento vigoroso do país, apesar de alguns membros do governo acharem que não *Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Um destacado membro da equipe econômica fez, recentemente, uma afirmação absurda: disse que não é relevante se o Brasil exporta produtos manufaturados ou agrícolas. Não se trata aqui de desmerecer o agronegócio, que, sem dúvida, é uma das âncoras da economia nacional, mas de demonstrar a crucial importância da indústria para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do Brasil - ontem e hoje. https://www.infoescola.com/economia/industria-de-bens-de-consumo/ https://www.infoescola.com/economia/industria-de-bens-duraveis/https://www.infoescola.com/economia/industria-farmaceutica/ https://www.infoescola.com/geografia/ https://www.infoescola.com/industria/ https://www.infoescola.com/geografia/industrias/ PROF. IVÃ C ARAUJO 7 O burocrata certamente ignora que a indústria é responsável por 21% do produto interno bruto (PIB) e por uma fatia similar dos empregos do país, por 55% das exportações, 66% dos gastos em pesquisa e desenvolvimento feitos pela iniciativa privada e por mais de 30% da arrecadação de tributos federais. E ainda que a cada real produzido na indústria são gerados 2,32 reais na economia nacional como um todo. Nos demais setores, o valor é menor: 1,67 real na agricultura e 1,51 real em comércio e serviços. Como a indústria nacional também paga salários muito superiores aos dos outros segmentos, seu enfraquecimento levaria, a longo prazo, à queda do PIB per capita brasileiro, aprisionando nosso país na armadilha da renda média. O burocrata deve ignorar, do mesmo modo, que a indústria desempenha um papel estratégico na dinamização de todo o setor produtivo brasileiro, como ofertante e demandante de tecnologias e como a principal geradora de inovação para os demais segmentos da economia. É na indústria que são desenvolvidas e produzidas, por exemplo, novas e melhores variedades de sementes, defensivos mais eficazes e seguros, além das modernas máquinas que fazem da agricultura brasileira uma das mais competitivas do mundo. É também na indústria que se agrega valor à produção agrícola, transformando-a em novos produtos, inclusive com o emprego de biotecnologia e nanotecnologia, a construção de estruturas e novos materiais em escala atômica e molecular. O setor industrial brasileiro viabiliza, como demandante, o desenvolvimento de serviços de alto valor agregado, entre eles pesquisa, design, logística e marketing, para citar alguns. Isso significa que tanto uma agricultura competitiva quanto um setor de comércio e serviços sofisticado, com atividades de alto valor agregado, dependem de uma indústria forte e moderna operando no país. Por essas e outras razões, a indústria continua sendo extremamente importante para o Brasil, apesar de alguns analistas e membros do governo subestimarem seus efeitos sobre o conjunto da atividade econômica. É inegável que, nos últimos anos, houve uma queda na participação da indústria no PIB brasileiro, mas é preciso ressaltar que esse é um fenômeno PROF. IVÃ C ARAUJO 8 universal e irreversível. O desenvolvimento de cadeias globais de valor, os novos competidores (em especial da Ásia), os ganhos de produtividade da própria indústria e as transformações do padrão de consumo em direção a serviços são forças sem retomo no mundo inteiro. A diminuição do tamanho da indústria no PIB, no caso do Brasil, tem uma causa extra: o desenho inadequado de políticas públicas que não assimilaram as transformações ocorridas na economia global. Tal fator contribui para o caráter precoce da nossa desindustrialização, pois, nos países mais bem-sucedidos, esse movimento se dá no sentido de serviços de alto valor agregado, ao mesmo tempo que se preservam as atividades industriais mais sofisticadas. Entretanto, é possível recuperar parte do terreno perdido com a adoção de medidas apropriadas. Somos plenamente capazes de viabilizar uma indústria mais dinâmica, maior e melhor. A história prova que, quando o talento empreendedor do brasileiro é apoiado por políticas adequadas, nossa indústria se mostra capaz de feitos extraordinários, viabilizando empresas que se tornaram líderes mundiais em seus segmentos. O planejamento para propiciar o fortalecimento do setor industrial, com todos os benefícios que isso acarretará para o país, é conhecido. Ele tem três pilares: solidez dos fundamentos macroeconômicos, qualidade do ambiente de negócios e desenvolvimento de competências. Para que essa base se mantenha, é fundamental arrumar a casa. Déficits insustentáveis nas contas públicas são um sinal de mais desarranjos no futuro, simbolizados por inflação recorrente e taxas de juros elevadas. O equilíbrio fiscal, porém, é uma condição necessária, mas não suficiente. Precisamos promover uma revolução no ambiente de negócios, nas regras e no modelo mental que orientam o tratamento ao empreendedor. Esse é um desafio para o Congresso, o Executivo e o Judiciário - na verdade, para toda a sociedade. É preciso uma revolução no ambiente de negócios, nas regras e no modelo mental do empreendedorismo PROF. IVÃ C ARAUJO 9 É imprescindível, ainda, desenvolver novas competências. A política industrial, tecnológica e de comércio exterior deve facilitar a transformação estrutural, o surgimento de mais empreendedores e a criação de ativos de conhecimento científico e tecnológico que ajudem a capturar as novas oportunidades decorrentes da Quarta Revolução Industrial, que já está em curso. Deve-se ressaltar que o setor tem atuado firmemente para inserir o Brasil na chamada Indústria 4.0. A Mobilização Empresarial pela Inovação, coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), reúne cerca de 200 líderes empresariais empenhados em implementar uma agenda de inovação e em colaborar para a construção de políticas públicas que impulsionem a competitividade brasileira. Entre outras ações do Sistema Indústria nessa área, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está viabilizando, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos maiores investimentos institucionais em inovação da história do país, com a implantação de uma rede com 57 institutos de tecnologia e 25 institutos de inovação, que têm sido essenciais para tomar os produtos brasileiros competitivos em relação a concorrentes externos. Entretanto, todo esse esforço será vão se não forem eliminadas as engrenagens da máquina mortífera destruidora de investimentos e de empregos: o péssimo ambiente de negócios marcado por regras excessivas e incertezas que arruínam a capacidade empreendedora do país. É fundamental a implementação de uma agenda que torne bem- vinda a atividade de empreender - e não que a desestimule. São necessárias ações abrangentes para enfrentar a perda de dinamismo e reverter essa tendência. Esse sentimento precisa estar presente em toda a sociedade: os riscos atuais da indústria são um problema de todo o país. A perda de competitividade afeta a todos, e a pressão competitiva existente no mercado mundial atinge, diretamente, os produtos manufaturados, com impactos na cadeia produtiva de fornecedores de insumos e serviços. Se nossos produtos ficam para trás na competição no mercado externo e na disputa com os importados no âmbito doméstico, toda a economia brasileira perde. Por tudo isso, é crucial pôr a indústria no centro da estratégia de crescimento do país. Só assim o Brasil contará com um crescimento vigoroso e a geração de empregos qualificados. http://www.portaldaindustria.com.br/cni/canais/mobilizacao-empresarial-pela-inovacao/ http://www.portaldaindustria.com.br/cni/ http://www.portaldaindustria.com.br/cni/ http://www.portaldaindustria.com.br/senai PROF. IVÃ C ARAUJO 10 Disponível em :< https://noticias.portaldaindustria.com.br/artigos/robson-braga-de- andrade/nao-matem-a-industria/> Acesso em 06 fev 2020. Artigo: Tipos de Indústrias Existem vários tipos de indústria, o processo da atividade industrial é classificado conforme seu foco de atuação. A atividade industrial consiste no processo de produção que visa transformar matérias- primas em mercadoria através do trabalho humano e, de forma cada vez mais comum, utilizando-se de máquinas. Essa atividade é classificada conforme seu foco de atuação, sendo ramificada em três grandes conjuntos: indústrias de bens de produção, indústrias de bens intermediários e indústrias de bens de consumo. As indústrias debens de produção, também chamadas de indústrias de base ou pesadas, são responsáveis pela transformação de matérias-primas brutas em matérias- primas processadas, sendo a base para outros ramos industriais. As indústrias de bens de produção são divididas em duas vertentes: as extrativas e as de bens de capital. Indústrias extrativas – são as que extraem matéria-prima da natureza (vegetal, animal ou mineral) sem que ocorra alteração significativa nas suas propriedades elementares. Exemplos: indústria madeireira, produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral. Indústrias de equipamentos – são responsáveis pela transformação de bens naturais ou https://noticias.portaldaindustria.com.br/artigos/robson-braga-de-andrade/nao-matem-a-industria/ https://noticias.portaldaindustria.com.br/artigos/robson-braga-de-andrade/nao-matem-a-industria/ PROF. IVÃ C ARAUJO 11 semimanufaturados para a estruturação das indústrias de bens intermediários e de bens de consumo. Exemplos: siderurgia, petroquímica, etc. Siderurgia As indústrias de bens intermediários caracterizam-se pelo fornecimento de produtos beneficiados. Elas produzem máquinas e equipamentos que serão utilizados nos diversos segmentos das indústrias de bens de consumo. Exemplos: mecânica (máquinas industriais, tratores, motores automotivos, etc.); autopeças (rodas, pneus, etc.) As indústrias de bens de consumo têm sua produção direcionada diretamente para o mercado consumidor, ou seja, para a população em geral. Também ocorre a divisão desse tipo de indústria conforme sua atuação no mercado, elas são ramificadas em indústrias de bens duráveis e de bens não duráveis. Indústrias de bens duráveis – são as que fabricam mercadorias não perecíveis. São exemplos desse tipo de indústria: automobilística, móveis comerciais, material elétrico, eletroeletrônicos, etc. Indústrias de bens não duráveis – produzem mercadorias de primeira necessidade e de consumo generalizado, ou seja, produtos perecíveis. Exemplos: indústria alimentícia, têxtil, de vestuário, remédios, cosméticos, etc. PROF. IVÃ C ARAUJO 12 Indústria Alimentícia Por Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado em Geografia Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrias.htm>. Acesso em 10 fev 2018. http://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrias.htm PROF. IVÃ C ARAUJO 13 Contabilização - Escrituração Segundo Ribeiro (2015) contabilidade é uma ciência que possibilita por meio de suas técnicas de controle permanente do patrimônio das empresas. A contabilidade portanto é a ciência que estuda o patrimônio e as suas modificações, utilizando técnicas estatísticas e matemáticas. Vale lembrar que embora a contabilidade utiliza técnicas estatísticas e matemáticas ela não é considerada uma ciência exata mas uma ciência social. A escrituração contábil é uma técnica utilizada que consiste em registrar em livros próprios acontecimentos que provocam o provocaram modificações no patrimônio da entidade. Para isso a contabilidade utiliza-se da técnica do método das partidas dobradas onde para cada débito a um crédito correspondente e do mesmo valor. EXERCÌCIOS: Contabilize os eventos a seguir: a) Compra de mercadorias à vista no valor de R$ 600,00 com pagamento em dinheiro. b) Transferência bancária via caixa no valor de R$ 700,00 para o Banco do Brasil, conta corrente da empresa. c) Compra de um veículo no valor de R$ 30.000,00 com pagamento 50% à vista e 50% para 90 dias. d) Adiantamento salarial no valor de R$ 1.000,00 para o empregado Pedro Alvares Cabral. e) Recebimento de duplicatas no valor de R$ 100.000,00 no Banco do Brasil, conta corrente da empresa. f) Pagamento de duplicatas no valor de R$ 3.000,00 em dinheiro. g) Aquisição de móveis para utilização das instalações administrativas da empresa no valor de R$20.000,00. Pagamento previsto para 180 dias. h) Compra de uma máquina no valor de R$ 100.000,00 para pagamento em 10 vezes sem entrada. PROF. IVÃ C ARAUJO 14 Estoque – Contabilização Critério Simples Segunda Montoto ( 2015) Em uma empresa Industrial a determinação do custo de um produto fabricado depende do valor da matéria-prima, do valor da mão de obra direta de fabricação aplicada para transformar as matérias-primas em produtos e também da determinação dos Gastos Gerais de Fabricação (GFF) como energia elétrica, segurança, limpez, energia elétrica, água e etc. O CPC 16 estoque define o estoque como ativo quando: • são mantidos para venda no curso normal dos negócios • em processo de produção para venda; • na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção na prestação de serviços. CPC- Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". Conheça mais: http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC Leitura complementar: PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16(R1): http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2012.pdf http://www.cpc.org.br/pdf/RES_1055.pdf http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2012.pdf PROF. IVÃ C ARAUJO 15 Os estoques, portanto, numa empresa comercial são os bens adquiridos e destinados à venda, enquanto que numa empresa Industrial os estoques compreendem os produtos acabados e produtos em processo de produção ou elaboração, incluindo, portanto, a matéria-prima e os materiais utilizados no processo de produção tais como componentes, embalagem, material de consumo. Segundo o CPC 16, itens 10 e 11, o valor de custo do estoque deve incluir: • todos os custos de aquisição e/ou de transformação; • outros custos incorridos para trazer os estoques a sua condição e localização atuais; • o custo de aquisição de estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos da determinação do custo de aquisição; Já o regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3000/99) em seu artigo 289 diz que o custo de aquisição de mercadoria destinada à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação. Os gastos com desembaraço aduaneiro integram o custo de aquisição. Não se inclui no custo os impostos recuperáveis através de crédito na escrita fiscal. Segundo o CPC 16 em seu item 16 não são considerados no custo do estoque: • as despesas do período; • valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra, outros insumos de produção; • gastos com armazenamento, exceto os que forem utilizados na produção do produto; • despesas de comercialização incluindo as de vendas e as de entregas dos produtos aos clientes. PROF. IVÃ C ARAUJO 16 Importante: no caso de compras a prazo os juros cobrados não devem compor o valor do estoque. Tais juros devem ser reconhecidos como despesas financeiras do perigo. Conforme Pronunciamento técnico CPC 20 (Custo de Empréstimos) as circunstâncias particulares em que os juros podem ser considerados como custo de estoque consistem em quando o ativo demanda um tempo muito grandepara ficar pronto, como por exemplo a construção de móveis para revenda, turbinas de aviões, navios, obras de grande vulto e etc. Este são os chamados ativos qualificáveis. Nosso foco aqui são as empresas industriais, portanto veremos como contabilizar os estoques de produtos acabados e produtos em elaboração. Imagine uma indústria que produza dois tipos de produtos e que possui as seguintes características: Caixa de R$100.000,00. Adquiriu, em dinheiro, Matéria-prima: 100 kg de barras de ferro no valor total de R$1.000,00. Adquiriu, em dinheiro, Estoque de Materiais Diversos da fábrica: 100 kg no valor total R$100,00. A contabilização ficaria assim: D – Estoque de Matéria Prima C – Caixa R$1.000,00 D- Materiais Diversos C – Caixa R$100,00 Caixa E. Matéria Prima Materiais Diversos 100.000,00 1.000,00 100,00 1.000,00 100,00 100.000,00 1.100,00 98.900,00 PROF. IVÃ C ARAUJO 17 Considere que a empresa produziu e acabou 50 unidades do produto A e 50 do produto B e cada tipo de produto consumiu 50% dos insumos. A produção consumiu todos os insumos do estoque. Temos então: Produto Matéria Prima Materiais Diversos A R$ 500,00 R$ 50,00 B R$ 500,00 R$ 50,00 R$ 1.000,00 R$ 100,00 A Contabilização seria: D - Estoque produto acabado A - R$550,00 C – Estoque Matéria prima - R$500,00 C – Estoque Materiais Diversos - R$ 50,00 D - Estoque produto acabado B - R$550,00 C – Estoque Matéria prima - R$500,00 C – Estoque Materiais Diversos - R$ 50,00 E. Matéria Prima Materiais Diversos 1.000,00 500,00 100,00 50,00 500,00 50,00 Estoque Prod A Estoque Prod B 500,00 500,00 50,00 50,00 550,00 - 550,00 - 550,00 550,00 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Caixa 98.900,00 Estoque Prod A 550,00 PL Estoque Prod B 550,00 CAPITAL SOCIAL 100.000,00 Total do Ativo 100.000,00 Total do Passivo 100.000,00 PROF. IVÃ C ARAUJO 18 Exercícios Caso 1 Uma indústria produziu 2 tipos de produtos e possui as seguintes características: • Caixa e Capital Social de R$50.000,00. • Adquiriu, em dinheiro, Matéria-prima: 100 kg de barras de ferro no valor total de R$1.000,00. • Adquiriu, em dinheiro, Estoque de Materiais Diversos da fábrica: 100 kg no valor total R$100,00. • Não havia estoque inicial de matéria prima e nem de materiais diversos. Considere que a empresa produziu e acabou 100 unidades do produto A e 100 unidades do produto B . A produção consumiu toda a matéria prima e todos os materiais diversos, ambos considerados custos diretos e apropriados 50% para o produto A e 50% para o produto B. Contabilize as operações de compras e as operações de formação do estoque de produtos acabados apresentando os: • Lançamentos contábeis. • Razonetes Caso 2 Uma indústria que produziu 2 tipos de produtos e possui as seguintes características: • Caixa e Capital Social de R$100.000,00. • Adquiriu, em dinheiro, Matéria-prima: 100 kg de barras de ferro no valor total de R$10.000,00. • Adquiriu, em dinheiro, Estoque de Materiais Diversos da fábrica: 100 kg no valor total R$1.000,00. • Não havia estoque inicial de matéria prima e nem de materiais diversos. PROF. IVÃ C ARAUJO 19 Considere que a empresa produziu e acabou 30 unidades do produto A e 70 unidades do produto B . A produção consumiu todos os insumos do estoque e cada unidade produzida consumiu 1 kg de matéria prima e 1 kg de materiais diversos. Contabilize as operações de compras e as operações de formação do estoque de produtos acabados apresentando os: • Lançamentos contábeis. • Razonetes Caso 3 Uma indústria produziu 3 tipos de produtos e possui as seguintes características: • Caixa e Capital Social de R$100.000,00. • Adquiriu, para pagamento em 30 dias, Matéria-prima: 100 kg de barras de ferro no valor total de R$10.000,00. • Adquiriu, em dinheiro, Estoque de Materiais Diversos da fábrica: 100 kg no valor total R$1.000,00. • Não havia estoque inicial de matéria prima e nem de materiais diversos. Considere que a empresa produziu e acabou 30 unidades do produto A, 40 unidades do produto B e 30 unidades do produto C . A produção consumiu todos os insumos do estoque e cada unidade produzida consumiu 1 kg de matéria prima e 1 kg de materiais diversos. Contabilize as operações de compras e as operações de formação do estoque de produtos acabados apresentando os: • Lançamentos contábeis. • Razonetes PROF. IVÃ C ARAUJO 20 Caso 4 Uma indústria produziu 3 tipos de produtos e possui as seguintes características: • Caixa de R$ 100.000,00; • Estoque do produto acabado tipo B de R$90.000,00; • Capital Social de R$190.000,00; • Adquiriu, a prazo, Matéria-prima: 100 kg de barras de ferro no valor total de R$50.000,00, para pagamento em 30 dias. • Adquiriu, em dinheiro, Estoque de Materiais Diversos da fábrica: 100 kg no valor total R$5.000,00. • Não havia estoque inicial de matéria prima e nem de materiais diversos. Considere que a empresa produziu e acabou 30 unidades do produto A, 40 unidades do produto B e 30 unidades do produto C . A produção consumiu todos os insumos do estoque e cada unidade produzida consumiu 1 kg de matéria prima e 1 kg de materiais diversos. Pede-se: a) Contabilize as operações de compras e as operações de formação do estoque de produtos acabados apresentando os: • Lançamentos contábeis. • Razonetes b) Qual o Saldo final do estoque do produto B após a contabilização de todas as operações? PROF. IVÃ C ARAUJO 21 Caso 5 Uma indústria produziu 3 tipos de produtos e possui as seguintes características: • Caixa de R$ 100.000,00; • Estoque do produto acabado tipo A de R$50.000,00; • Estoque do produto acabado tipo B de R$30.000,00; • Capital Social de R$180.000,00; • Adquiriu, a prazo, Matéria-prima: 100 kg de barras de ferro no valor total de R$150.000,00, para pagamento em 30 dias. • Adquiriu, em dinheiro, Estoque de Materiais Diversos da Fábrica: 100 kg no valor total R$20.000,00. • Não havia estoque inicial de matéria prima e nem de materiais diversos. Considere que a empresa produziu e acabou 30 unidades do produto A, 20 unidades do produto B e 10 unidades produto C . Cada unidade produzida consumiu 1 kg de matéria prima e 1 kg de materiais diversos. Pede-se: a) Contabilize as operações de compras e as operações de formação do estoque de produtos acabados apresentando os: • Lançamentos contábeis. • Razonetes b) Qual o Saldo da Conta Estoque de Prod Acabados A? c) Qual o custo unitário dos produtos A, B e C? d) Qual o final de matéria prima? PROF. IVÃ C ARAUJO 22 Referências Bibliográficas ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000. BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de Formação de Preços. São Paulo: Atlas, 2010. BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002. CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de Custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. 6. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2004. FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. 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