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TAEGO – AULA 3: PREVENÇÃO À POLUIÇÃO OU REDUÇÃO NA FONTE. AÇÕES DIRETAS OU CORRETIVAS PREVENÇÃO A POLUIÇÃO OU REDUÇÃO NA FONTE Escolha da tecnologia a ser utilizada Aspectos relacionados com a poluição ambiental (processo) o Pontos de vazamento o Uso de substâncias ou reagentes tóxicos o Inexistência ou não cumprimento de parâmetros operacionais Princípio básico na redução na fonte o Aquilo que não entra não pode sair como poluente o Excesso = aumenta resíduo Técnicas de redução na fonte o Substituição de matéria-prima (menos tóxico) o Eliminação de desperdícios de água, energia, matéria-prima o Adequação e controles rígidos dos parâmetros operacionais (T, P, Q, t) Segregação de resíduos para melhor controle e aproveitamento Uso de tecnologias mais limpas/menos poluentes Exemplo o Substituição de combustíveis tóxicos AÇÕES DIRETAS OU DE CARÁTER CORRETIVO Visam adequação das emissões atmosféricas às exigências dos padrões legais o Implantação de equipamentos de controle na saída Equipamentos funcionam como filtros o Retirando das emissões parte dos contaminantes Ações diretas = TRANSFEREM O PROBLEMA DA POLUIÇÃO Instalação de um sistema de ventilação capaz de conduzir os gases da fonte até os equipamentos de controle o Composto por: captores, dutos, ventiladores e chaminés Boa prática: utilização dos rejeitos como matéria-prima do processo EFICIÊNCIA DOS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE Eficiência de um equipamento de controle normalmente especificada antes do equipamento ser adquirido 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 100 ∙ 𝐶 𝐴 (%) 𝐴 = 𝐵 + 𝐶 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 100 ∙ 𝐶 𝐵 + 𝐶 (%) 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 100 ∙ 𝐴 − 𝐵 𝐴 (%) 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 100 ∙ 𝐴 − 𝐵 𝐵 − 𝐶 (%) SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE CONTROLE Classificados em função o Das características físico-químicas dos poluentes (particulado, orgânico volátil) o Dos mecanismos de controle envolvidos no equipamento (gravitacional, centrífugo, adsorção) Controle de particulados o Coletores secos Coletores mecânicos inerciais gravitacionais Coletores centrífugos Precipitadores eletrostáticos secos Precipitadores dinâmicos secos o Coletores úmidos Lavadores com pré-atomização Lavadores com atomização pelo gás Lavadores de leito móvel Lavadores com enchimento Precipitadores eletrostáticos úmidos Precipitadores dinâmicos úmidos Controle de gases e vapores o Operações baseadas nos processos físico-químicos Condensadores Absorvedores Absorvedores Incineradores com chama direta Incineradores catalíticos MECANISMOS DE COLETA DE PARTICULADOS Podem se valer de um ou mais mecanismos para capturar ou reter os poluentes presentes nas emissões atmosféricas o Sedimentação gravitacional Utilizado em vários equipamentos (câmara de sedimentação gravitacional) Baseia-se na força de atração gravitacional A força da gravidade é suficiente para remover partículas maiores de um fluxo de gás o Impactação Relacionado com o choque direto das partículas contra um anteparo para alterar o estado de movimento das partículas Partículas maiores possuem momento que faz com que elas se movam diretamente para a linha de anteparo, não seguindo as linhas de fluxo o Interceptação Partículas de pequenas dimensões e inércia que não apresentam trajetória retilínea e nem impacto direto contra um anteparo As partículas tocam o anteparo, ficando aderidas o Difusão Devido ao movimento browniano As partículas são movidas na linha de fluxo aleatoriamente o Força eletrostática Força de atração ou repulsão que se estabelece entre duas partículas, moléculas ou corpos em desequilíbrio elétrico Permite que partículas possam ser retiradas de um fluxo gasoso se submetidas à ação de um campo elétrico Este mecanismo é usado em precipitadores eletrostáticos o Força centrípeta (centrífuga) Força que age sobre qualquer corpo que se movimente em uma trajetória curvilínea, tendendo a afastá-lo do centro desta trajetória Usado em ciclones o Termoforese Partículas submetidas a um gradiente térmico tendem a migrar de uma zona mais quente para uma zona mais fria num meio gasoso Moléculas das partículas colidem mais vigorosamente na região mais quente do que na mais fria Usado em Precipitadores térmicos TAMANHO DAS PARTÍCULAS Comportamento das partículas na atmosfera depende do seu tamanho Um equipamento não será efetivo para coletar todas as partículas Partículas maiores = a velocidade de deposição é usada como parâmetro de projeto TAEGO – AULA 4: CÂMARA DE SEDIMENTAÇÃO GRAVITACIONAL PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Coleta de particulado: baseada na sedimentação gravitacional Usada para remover particulados Gases entram → perdem velocidade → partículas de maior massa atraídas para baixo (gravidade) → partículas coletadas → restante segue sem mudar direção e sentido PRINCÍPIO DE SEDIMENTAÇÃO Uma partícula sedimentando verticalmente em um fluido é influenciada pelas forças gravitacionais, de empuxo e de arraste. Fg = Fa + Fe 1. Força de campo gravitacional 𝐹𝑔 = 𝜌𝑝 × 𝑉𝑝 × 𝑔 g = aceleração gravitacional (9,81 m/s²) ρp = massa específica da partícula (kg/m³) Vp = volume da partícula (m³) 2. Força de empuxo 𝐹𝑒 = 𝜌𝑓 × 𝑉𝑝 × 𝑔 g = aceleração gravitacional (9,81 m/s²) Vp = volume da partícula (m³) ρf = massa específica do fluido (kg/m³) 3. Força de arrasto 𝐹𝑒 = 1 2 𝜌𝑓 × 𝐴𝑝 × 𝐶𝑑 × (𝑣𝑟)² Ac = área projetada da partícula na direção do movimento (m³) ρf = massa específica do fluido (kg/m³) Ac = coeficiente de arrasto vg = velocidade de sedimentação da partícula (m/s) 𝑣𝑟 = √ 2(𝜌𝑝−𝜌𝑓)𝑉𝑝𝑔 𝜌𝑓𝐴𝑐𝐶𝑑 𝑣𝑟 = √ (𝜌𝑝−𝜌𝑓)4𝑑𝑝𝑔 3𝜌𝑓𝐶𝑑 Onde, vr = velocidade de sedimentação (da esfera) Ac = área projetada de uma esfera 𝐴𝑐 = 𝜋 4 𝑑𝑝 2 Vp = volume de uma esfera 𝑉𝑝 = 𝜋 6 𝑑𝑝 3 Cd = coeficiente de arraste; tabelado em função do número de Reynolds 𝑅𝑒𝑝 = 𝑑𝑝𝜌𝑓𝑣𝑟 𝜇𝑓 Onde, dp = diâmetro da partícula (m) ρf = massa específica do fluido (kg/m³) μf = viscosidade dinâmica do fluido (kg/m³) vr = velocidade de sedimentação (da esfera) CÁLCULO DO COEFICIENTE DE ARRASTE DIMENSIONAMENTO DO DECANTADOR CLÁSSICO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Câmaras de sedimentação possuem uma grande área de seção transversal para diminuir a velocidade do gás e permitir a sedimentação o Precisa ter comprimento suficiente para que a sedimentação se complete antes da saída de gás DADOS GERAIS Velocidade máxima na câmara de sedimentação deve ser até 3 m/s para evitar partícula sendo arrastada pelo fluxo Construção simples o Baixa potência dos exaustores o Coleta a seco Não precisa tratar o efluente gerado Usado para partícula até 20 μm Usado como pré-tratamento (retirar grandes partículas) Adotado em fornos, calcinadores ou moinhos Eficiência de remoção baixo: 25% a 50% DADOS GERAIS PARA PROJETOS Considerar a vazão e o tamanho da partícula para remoção 100% Calcular a vcs para remoção de 100% (ou a eficiência desejada) Calcular a área de sedimentação Estipular valor de W e calcular L, considerando a área calculada Considerar vh no máximo de 3,0 m/s (ideal: 1,0 m/s) Calcular H TAEGO – AULA 5: CICLONES INTRODUÇÃO Utilizados na separação e recuperação de poeiras industriais do ar ou de gases de processos Usuais: construção simples e de baixo custo Muito usado, principalmente como pré coletor Não muito eficientes para coletar partículas pequenas (pouca massa) PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Movimento rotatório para o gás o Força centrífuga aplicada às partículas faz com que elas sejam lançadas para as paredes → retirada do gás que está sendo escoado Fluxo de gás(criando um fluxo helicoidal descendente) com velocidade de 15 a 21 m/s → Chega à parte inferior do cone → Retorna com fluxo helicoidal ascendente → Partículas sólidas coletadas Aceleração da força centrífuga 𝑎𝑒 = 𝑟 ∙ 𝜔² r: raio da trajetória ω: velocidade angular Força centrífuga 𝐹𝑐 = 𝑚 ∙ 𝑟 ∙ 𝜔 2 𝐹𝑐 = 𝑚 ∙ 𝑣𝑡𝑎𝑛 2 𝑟 Fc pode ser bem maior que Fg A geometria do ciclone maximiza a força atuante na partícula Velocidade terminal da partícula sob ação da força gravitacional 𝑣𝑡 = 1 18 𝑑𝑝 2 ∙ 𝑔 ∙ (𝜌𝑝 − 𝜌𝑓) 𝜇𝑓 Velocidade radial da partícula sob ação da força centrífuga 𝑣𝑅 = 1 18 𝑑𝑝 2 ∙ 𝜔2 ∙ 𝑟 ∙ (𝜌𝑝 − 𝜌𝑓) 𝜇𝑓 𝑣𝑅 = 𝑣𝑡 𝑔 𝑣𝑡𝑎𝑛 2 𝑟 Fatores que afetam a eficiência do ciclone o Aumento da velocidade tangencial (aumenta força centrífuga) o Redução do diâmetro do ciclone o Tamanho da partícula Aumento da eficiência resulta em aumento do custo operacional (aumenta perda de carga) Tipos de ciclones: alta eficiência, convencional e alta produtividade o Ciclones de alta eficiência tendem a ser mais compridos na parte cônica EFICIÊNCIA DA REMOÇÃO Número de voltas do gás no vórtice externo 𝑁𝑒 = 1 𝐻 [𝐿𝑏 + 𝐿𝑐 2 ] Ne = número de voltas do gás no vórtice externo H = tamanho do duto de entrada de gás [m ou ft] Lb = tamanho do corpo do ciclone [m ou ft] Lc = tamanho vertical do cone do ciclone [m ou ft] Tempo de residência do gás no vórtice ∆𝑡 = 2𝜋𝑅𝑁𝑒 𝑉𝑖 Δt = tempo de residência do gás no vórtice R = raio do corpo do ciclone Vi = velocidade de entrada do gás Velocidade terminal que permitirá a coleta da partícula no tempo Δt 𝑣𝑡 = 𝑊/∆𝑡 W = máxima distância radial viajada pela partícula (comprimento do duto de entrada) Velocidade terminal assumindo a Lei de Stokes 𝑣𝑡 = 1 18 𝑑𝑝 2 ∙ 𝑣𝑖 2(𝜌𝑝 − 𝜌𝑓) 𝜇𝑓𝑅 Vt = velocidade terminal [m/s dp = diâmetro da partícula [m] ρp = densidade da partícula [kg/m³] μ = viscosidade do gás [kg/m s] ρg = densidade do gás [kg/m³] Tamanho da menor partícula que será coletada com 100% de eficiência 𝑑𝑝 = ⌈ 9 1 𝜇𝑓𝑊 𝜋𝑁𝑒 ∙ 𝑣𝑖 (𝜌𝑝 − 𝜌𝑓) ⌉ 1/2 Relação semi-empírica de Lapple o Dpc: diâmetro de partículas coletadas com 50% de eficiência 𝑑𝑝 = ⌈ 9 2 𝜇𝑓𝑊 𝜋𝑁𝑒 ∙ 𝑣𝑖 (𝜌𝑝 − 𝜌𝑓) ⌉ 1/2 Curva de Lapple Equação de Theodore e DePaola Modelo de Leith-Licht CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Baixo custo de construção e pouco problema de manutenção Configuração simples. Pouca perda de carga Não é adequado para partículas aderentes. Suporta grande temperatura Coleta de partícula maiores que 5 μm – 30 a 90% de eficiência MULTICICLONES Usados quando um grande volume de gás precisa ser tratado TAEGO – AULA 6: FILTROS PARA REMOÇÃO DE PARTICULADOS PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Conhecido como “filtros manga” o Meios porosos capazes de deter e coletar partículas contidas no fluido gasoso o De tecido Separam o particulado de um fluxo de gás o Passagem e retenção do particulado em um meio de filtração juntamente com uma camada de particulado depositada Prevenir queda excessiva de pressão devido acúmulo de particulados o Os equipamentos utilizam alguns tipos de limpeza do particulado aderido ao meio de filtração Mecanismo mais utilizado no controle da poluição Elevada eficiência para fumos e poeiras acima de 0,1 μm o Usados na captação de poeira de moagem, geração de energia por queima de carvão, mistura e pesagem de grãos Em filtros de tecidos os mecanismos de impactação (partículas grandes, choque direto no anteparo) e interceptação (partículas pequenas, aderem no anteparo) são responsáveis por 99% das partículas com diâmetro maiores ou iguais a 1 μm o Mecanismo de difusão (partículas que se movem aleatoriamente) também é responsável 1. Partículas retidas pelo impacto contra as fibras da trama do tecido 2. Formação de uma camada de partículas aderidas à superfície do tecido, que passa ser uma camada filtrante (aumenta eficiência de filtração) o Alta eficiência (99,9%) 3. Aumento da camada de partículas aderidas gera um aumento na perda de carga (menor emissão) VANTAGENS E DESVANTAGENS Vantagens o Alta eficiência de coleta (>99%) mesmo para partículas pequenas (<0,5 μm) o Baixa perda de carga o Coleta de partículas finas (PM10 e PM2,5) o Coleta realizada à seco Desvantagens o Custos de manutenção o Restrições pela temperatura e umidade o Grande área de filtração necessária o Troca e destinação das mangas MECANISMOS DE LIMPEZA Acúmulo das partículas gera um aumento da pressão para que haja um fluxo de gás o Pó precisa ser removido das mangas Tipos usuais de limpeza o Limpeza mecânica + ar reverso Construídos com vários compartimentos Ar filtrado de dentro pra fora Quando é necessária a limpeza um dos compartimentos é isolado do fluxo de gás Poeira coletada no silo (disponível para reuso) o Limpeza por sacudimento mecânico Mangas sacudidas para desprender o pó aderido Pó retirado por agitação mecânica sônica, horizontal ou vertical o Limpeza por ar reverso Ar limpo é soprado no sentido inverso do fluxo normal para desprender e limpar o filtro Inversão no sentido do fluxo, fazendo com que as partículas se desprendam do tecido Pouco efetivo o Limpeza por jato pulsante de ar comprimido Mecanismo mais utilizado Ar filtrado de fora das mangas para dentro Mangas colocadas em gaiolas – evitar colapsamento Tubo de venturi (no topo de cada manga) produz um jato de alta pressão (90 a 100psi) Ciclo de limpeza curto (pulso entre 30 e 100 milisegundos) Expansão da manga - camada aderida se desprende do tecido Limpeza ocorre sem parar o fluxo de gás o Vantagem: menor área necessária o Desvantagem: muito pó removido é suspenso de novo e volta para manga o Combinam-se sistemas de limpeza o Armazenamento e retirada de pó são feitos em um silo especial (moega) o Câmara de filtragem precisa estar selada o Ponto de esgotamento de pó deve possuir válvula rotativa para evitar entrada de ar externo PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Ventilador usado para impulsionar o fluxo gasoso pode ser instalado antes (empurra o gás) ou depois da manga (sucção do gás, mais usado – evitar contato do particulado com as pás para aumentar a vida útil) Tecido utilizado depende das características do fluxo gasoso (temperatura, umidade, concentração e reatividade dos gases) MODELO DE ARRASTE DO FILTRO O projeto do filtro é baseado na queda de pressão total através dos elementos de filtração ∆𝑃 = ∆𝑃𝑓 + ∆𝑃𝑝 + ∆𝑃𝑠 ΔPf = queda de pressão através do tecido ΔPp = queda de pressão através da camada de partículas ΔPs = queda de pressão através da estrutura do filtro (muito pequena) A queda de pressão em cada caso é definida pela equação de Darcy para fluxo através de meio poroso Assumindo que a profundidade da camada de particulado que se acumula no filtro aumenta linearmente com o tempo para uma velocidade superficial e uma carga de particulados constantes TAEGO: AULA 8 – LAVADORES DE PARTICULADOS OU COLETORES ÚMIDOS (SCRUBBERS) – REMOÇÃO DE PARTICULADOS INTRODUÇÃO Um líquido atomizado (água na maioria das vezes) é usado para capturar particulado o O aumento do tamanho aumenta a separação do particulado do fluxo de gás Partículas capturadas pelo líquido e depois lavada pelo líquido Lodo e a lama que se formam podem ser tratados como efluente líquido o Água pode retornar para o lavador e a torta pode retornar para o processo MECANISMO DE COLETA O dominante é impactação inercial o Em partículas pequenas (menor que 0,1 μm de diâmetro) a difusão browniana é mais importante TIPOS DE COLETORES ÚMIDOS Câmara de spray gravitacional (spray tower) o Uma torre vertical contracorrenteo Gotas d’água grandes para que a velocidade de sedimentação seja maior que a velocidade do fluxo de gás o Tamanho das gotas são otimizadas para controlar o contato da partícula e facilitar a captura das mesmas o Conseguem eficiência de até 90% para partículas maiores que 8 μm o Eliminadores de névoa São eliminadores de contato onde as finas gotas colidem e vão coalescendo até terem peso suficiente para cair Reter líquido arrastado pelo fluxo de gás Arraste ocorre devido ao contato entre as fases líquida e gasosa dos processos Ciclones de spray (cyclonic spray tower) o Gás entra tangencialmente (aumenta força de colisão e velocidade das gotas de água e do fluxo do gás) o Eficiência pode ser 95% para partículas maiores que 5 μm o Gotas são produzidas por bicos de spray e coletadas por força centrífuga o Mais eficiente que spray tower Venturi scrubber o Mais utilizado industrialmente o Composto por um duto de Venturi o O aumento da velocidade maximiza o mecanismo de impactação, maximizando a coleta de partículas o Na garganta o fluxo de gás atinge sua maior velocidade, podendo variar de 30 a 150 m/s o Com a energia cinética do gás o líquido de lavagem atomiza-se na garganta do lavador na forma de spray (10 a 500 μm) o Na atomização ocorre um significativo aumento da área superficial do líquido de lavagem Favorece a transferência de massa entre as fases gasosas e líquida, assim como a coleta de particulados o Conseguem uma eficiência de até 98% para partículas maiores que 0,5 μm Podem ser instalados com um ciclone o Simples e fáceis de instalar Requer alta variação de pressão PROJETO DE SCRUBBER – PENETRAÇÃO DA PARTÍCULA Modelos desenvolvidos para vários tipos de contato gás-líquido, que prediz a penetração para um dado diâmetro de partícula Penetração: Ptd é definido como a fração de partículas de um diâmetro específico que não é capturada 𝑃𝑡𝑑 = 1 − 𝜂𝑑 ηd = eficiência de remoção de partículas com um diâmetro dp VANTAGENS E DESVANTAGENS Vantagens o Tratam fluxos gasosos com partículas aderentes, umidade e temperaturas elevadas o Alta eficiência de remoção o Pode manusear pós explosivos e inflamáveis com baixo risco o Pode absorver gás e remover particulado Desvantagens o Alto custo (ventilação potente para vencer perda de carga e tratamento de efluente) o Possibilidade de formação de uma pluma visível AULA 9 – TAEGO: ABSORVEDORES (SCRUBBERS – LAVADORES DE GASES) INTRODUÇÃO Absorção é uma operação de transferência de massa em que um gás solúvel é removido de um efluente gasoso pela dissolução em um solvente líquido o Substância fica absorvida no interior do absorvente o Absorvedores retém os gases/vapores por tal mecanismo A força motriz para transferência de massa está na diferença de [] do soluto entre as fases líquidas e gasosas o + : ocorre absorção o – : ocorre dessorção ([poluente] aumenta no gás) Absorvente: água ou líquido orgânico de baixa volatidade Pode ser de simples absorção o Líquido absorvente é usado numa única passagem na torre e então disposto Alternativa: separar o poluente do líquido absorvente e separá-lo por destilação ou dessorção o O líquido absorvente é usado em um circuito fechado (regenera e recicla) Regeneração: precipitação e sedimentação e neutralização química Absorção efetiva: gás a ser absorvido deve ser bem solúvel/reativo com o líquido (ou o gás se desprende do líquido) A dispersão/formação de solução do gás absorvido no líquido poderá ser acompanhado de reações químicas Líquido absorvente o Não pode ser muito volátil (evitar emissões secundárias e aumento no consumo) o Não pode ser muito corrosivo (evitar gastos com manutenção) o Deve ser de baixa viscosidade (facilitar absorção e escoamento) o Deve ser de baixa viscosidade, estável e não inflamável o Deve ser barato e disponível Equipamentos parecidos com lavadores de gases o Diferenças de projeto Coletores: devem ter zonas de alta velocidade para maximizar os efeitos inerciais de contato entre as fases Absorvedores: não é necessária alta velocidade; deve haver um tempo de residência alto dos gases para maximizar a absorção nas superfícies de contato das gotas e das lâminas de liquido formadas no equipamento Indicados para controle de emissões de gases contendo o Gases ácidos: HCl, HF e H2S o Cloro (Cl2) o Amônia (NH3) o Dióxido de enxofre (SO2) o Hidrocarbonetos leves Com o tempo o solvente tende a ficar saturado pelo soluto o Equilíbrio entre a quantidade de gás que entra no líquido e a que sai Eficiência tende a 0 Deve ser fornecido ao líquido algum produto que seja reagente com as moléculas do gás absorvido Formação de um composto que não se desprende Prolonga eficiência Renovar líquido absorvente Eficiência o Depende de Solubilidade entre soluto e solvente Reatividade entre soluto e solvente Área superficial líquida disponível Tempo disponível o Absorvedores do tipo venturi e spray são recomendados quando a solubilidade no líquido é muito alta SISTEMA AQUOSO Usado para remoção de gases solúveis em água o HCl, HF e SiF4 Solução diluída de soda caustica (5 a 10%) o Gases ácidos pouco solúveis: SO2, Cl2, H2S Soluções aquosas acidificadas (H2SO4, H3PO4 ou HNO3) o Gases alcalinos: NH3 Gás a ser absorvido deve ter uma solubilidade adequada no líquido do absorvedor na temperatura do sistema SISTEMA NÃO AQUOSO Absorção de SO2 e H2S em fluxos de gases de hidrocarbonetos o Monoetanolamina, dietanolamina e trietanolamina; metildietnolamina; dimetilanilina Caros; regeneração é usada EQUIPAMENTOS ABSORVEDORES Absorção demanda um grande contato entre gás e líquido Líquido absorvente deve ser disponibilizado em pequenas gotas ou filmes finos o Constantemente renovados através de turbulência para prover grande área de contato do líquido para transferência de massa e, ao mesmo tempo, uma superfície não saturada do filme para otimizar a força motriz Comumente usados o Torre de recheio Alcançam altas taxas de eficiência Mais utilizadas para remover gases Excelente contato gás-líquido e transferência de massa Material possui pequenas peças para escoar o líquido Fornece superfície exigida para reter os poluentes Líquido desce e fluxo gasoso sobe o Maximiza a força motriz: coloca em contato o gás de saída com menor [] com o líquido absorvente com menor [] Pode ser metálico ou cerâmico Geralmente usa plástico o Leve, resistente a corrosão e barato Eficiência varia entre 70 e 95% Melhor escolha quando o gás é livre de particulados Tipo de recheio Perfil de aplicação Anéis de Rasching Mais populares e baratos Feito de vários tipos de materiais Formação de caminhos preferenciais e direcionamento dos líquidos para a parede de coluna Selas de Berl Mais caras que a anterior. Mas mais eficientes Maior tendência de formação de caminhos preferenciais Apresentam problemas de inundação Selas de Intalox Mais caro. Mais eficiente Problemas de inundação e interrupções indesejadas Anéis de Pall Material: metal, plástico ou cerâmica Boa distribuição de líquido e alta capacidade operacional Tendência ao direcionamento de fluxo para as parede Anéis espirais Simples, duplas ou triplas Oferecem contato superficial extra Desempenho varia em cada caso Anéis de roseta Plástico (leveza) Caro. Problema de inundação e direciona fluxo para as paredes Anéis bipartidos Usado como primeira camada sobre as grelhas de suporte Pouca tendência para formar caminhos preferenciais Nenhum direcionamento de fluxo para as paredes Anéis “lessing” Apresentam tendência de direcionamento do fluxo para as paredes da coluna Não existem muitos dados disponíveis sobre desempenho Umpouco melhores que os anéis de Rasching Bolas cerâmicas Apresentam razoável eficiência de contato e um leito uniforme e autolimpante Muita tendência ao direcionamento de fluxo para parede Malhas de fios Metálicos Usados em colunas de dimensões variadas e para uma série de equipamentos (colunas de absorção, destilação, lavagem e extração líquida Altos níveis de eficiência o Fluxo cruzado Líquido escoa pelo enchimento enquanto os gases passam no sentido horizontal O contato entre os dois diferentes fluxos propicia as condições necessárias para a absorção dos poluentes o Torre de pratos Líquido escoa passando por vários pratos/bandejas repletas de orifícios, enquanto os gases sobem O gás é forçado a passar através de pequenos orifícios, borbulhando através de uma camada de líquido através do prato Menos eficiente que as torres de enchimento Mais baratos, leves e fáceis de limpar Câmara de spray aberto Câmara de spray ciclônicos ELMINADORES DE NÉVOA Barreira física no qual os vapores tocam e se resfriam o Condensam e caem de volta no absorvedor VANTAGENS Pode atingir eficiência de remoção de 95 a 98% Podem ser usados em uma grande faixa de vazões Pode manusear uma larga faixa de concentração de compostos orgânicos voláteis DESVANTAGENS Tratamento do efluente gerado Pode entupir recheio (presença de particulados) Líquido absorvente pode ser transferido para fluxo de gás, podendo criar uma nova preocupação de poluição TAEGO: AULA 10 – ADSORVEDORES INTRODUÇÃO Em operações de adsorção os sólidos entram em contato com misturas líquidas ou gasosas o Sólidos porosos com grande área de superfície retendo compostos na superfície do sólido o Sólidos devem ter habilidade para adsorver na superfície componentes dessa mistura o Fenômeno possível porque as forças atrativas que existem entre os átomos/moléculas/íons mantem os componentes adsorvidos na superfície Adsorção física: baixa temperatura; ligação de van der Waals; mais de uma camada monomolecular pode ser formada Quimissorção: alta temperatura; ligação covalente/iônica. Apenas uma camada monomolecular Tratamento de efluentes gasosos o Adsorção aplicada para tratar grandes volume de gases com baixa [poluentes] o Adsorção física é relevante o Exemplos: recuperação de solvente, remoção de outros compostos orgânicos (benzeno, etanol e tricloroeteno) e remoção de odor No ponto de saturação a superfície do adsorvente fica totalmente coberto com o adsorvato (breakthrough) TIPOS DE ADSORVENTES Adsorventes polares: alta seletividade para gases polares o Alumina ativada, sílica gel e peneiras moleculares o Porém em presença de umidade o adsorvente pode ser ineficiente Carvão ativado o Apresenta macro e micro poros Remoção de orgânicos clorados (baixo peso) e pesticidas (alto peso) o Átomos neutros de uma única espécie Não há gradiente para atrair e orientar moléculas polares em preferência às não polares Tendem a adsorver todos os gases na proporção das suas concentrações presentes (isotermas) Adsorventes usados em taego são usados em uma coluna de recheio na forma granular para produzir baixa resistência ao fluxo Adsorventes potenciais o Sólidos apolares: adsorção principal é por mecanismo físico Carvão ativado é o mais usado Remoção de hidrocarbonetos, odor e traços de impurezas o Sólidos polares: adsorção por atração polar, mas não há mudança na estrutura da molécula na superfície Óxidos de silicone ou de metais Adsorvem moléculas polares e apolares, mas tem preferência por polares o Água, amônia, sulfeto de hidrogênio e dióxido de enxofre o Superfície com adsorção química: as moléculas adsorvidas reagem com superfície adsorvente Casca de coco o Carvão ativado com grande quantidade de micro poros (retém pequenas moléculas) Umidade reduz eficiência de remoção (poros preenchidos por água o Minimizar: gás resfriado antes de passar pelo adsorvedor (remoção de umidade) ISOTERMAS DE ADSORÇÃO Quando um gás entra em uma coluna de recheio com adsorvente, as moléculas são distribuídas entre as fases gás e as fases adsorvidas o Após um tempo o processo alcança o equilíbrio o A quantidade de gás que é adsorvida é dada por: 𝑎 = 𝑓(𝑃, 𝑇) a é a quantidade de gás adsorvida por grama de adsorvente a 0ºC e 760 mmHg (volume do gás/grama ou massa do gás/grama) P é a pressão no equilíbrio T é a temperatura absoluta Quantidade de gás adsorvida diminui com o aumento da temperatura As isotermas de adsorção que correlacionam pressão e temperatura com a capacidade de adsorção fornecem dados importantes para projetos Isoterma de adsorção: função que mede a quantidade de material adsorvido por unidade de massa do material adsorvente em função da concentração em solução em equilíbrio a uma temperatura constante Isoterma de Langmuir Isoterma de Freundlich ADSORVEDOR DE LEITO FIXO O fluido passa continuamente através do adsorvente, que inicialmente está livre de adsorvato O adsorvato é removido pela primeira parte do leito fixo, e todo soluto é removido antes de passar pela parte restante do leito Chega um momento em que ocorre o transpasse de soluto (breakthrough – yb) – info importante de projeto QUEDA DE PRESSÃO EM ADSORVEDORES Equação semi-empírica de Ergun o Estima queda de pressão através de sólidos granulares (lamina e turbulento) REGENERAÇÃO Regeneração do adsorvente permite sua reutilização o Por vapor ou ar quente Se o adsorvato é de interesse a regeneração por vapor é seguida por uma condensação e separação do orgânico de vapor condensado por sedimentação Consumo médio de 1 kg de vapor pra 1 kg de carvão REATIVAÇÃO Carvão ativado pode ser regenerado por um período de 6 a 12 meses o Após isso o transpasse ocorre cada vez mais cedo o Necessária a reativação do adsorvente ou sua disposição final Reativação: aquecimento em fases, pode chegar a 800ºC o Gera perda de adsorvente, que deve ser reposto VANTAGENS Tecnologia consolidada Pode atingir altas taxas de remoção (90 a 98%) Pode ser usado numa grande faixa de concentração de adsorvato (50 a 5000 ppm) DESVANTAGENS Adsorvato com alto calor de adsorção pode causar incêndio Adsorvente inútil deve ser disposto Finos de carvão regenerado podem sair no fluxo Carvão reduz a eficiência com umidade maior que 50% TAEGO: AULA 11 – CONDENSADORES INTRODUÇÃO Um ou mais compostos voláteis são separados de uma mistura por saturação (de líquido no vapor na temperatura e pressão avaliada) seguido por mudança de fase A mudança de fase pode ser alcançada pelo aumento da pressão do sistema em uma dada temperatura ou por redução da temperatura numa pressão constante Quanto menor o ponto de ebulição mais volátil é o composto, mais difícil é a condensação e menor é a temperatura necessária para condensação Refrigeração deve ser sempre empregada para atingir temperaturas baixas o suficiente para ter alta eficiência de remoção Condensadores são usados para remover compostos orgânicos voláteis e poluentes perigosos quando a [] é de 5000 ppm (eficiência entre 50 e 90%) o Usados como equipamentos de controle de poluição do ar preliminar (antes de adsorvedor ou absorvedor) TIPOS DE CONDENSADORES De superfície o O fluido refrigerante não entra em contato com o fluxo de gás Troca de calor pela superfície do condensador o Tipo mais comum é casco-tubo Refrigerante caminha no interior de vários tubos de pequenos diâmetros Compostos a serem condensados caminham por fora dos tubos, no casco o Fluxo de gás poluente deve ser resfriado à temperatura de saturação do material a ser removido o Fluido não é contaminado – pode ser reciclado em um ciclo fechado Assim como o volátil condensadoo Escolha do fluido é baseado na temperatura de condensação necessária De contato direto o O fluido refrigerante entra em contato com o fluxo de gás o Fluido refrigerante (água) é aspergido no fluxo de gás o Processo de troca térmica Fluxo do ar que contém o material condensável é resfriado à temperatura de condensação e então perde calor latente de condensação para a transformação de fase O balanço da troca térmica entre os fluxos irá determinar a quantidade de refrigerante necessária o O líquido refrigerante contendo orgânico volátil deve ser tratado para ser separado o Se o vapor orgânico for solúvel no refrigerante ocorrerá também a absorção (aumenta eficiência de remoção)
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