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Uso de animais para pesquisas
Experimentação animal é a prática cruenta de utilização de animais vivos ou recém-mortos com propósitos experimentais ou didáticos.
A cada ano, dezenas de milhares de tipos de químicos são manufaturadas para uso comercial, industrial, agrícola, militar, doméstico e pessoal. Estes químicos são testados em animais para serem declarados “seguros” e/ou “aceitáveis” para o uso.
A utilização de animais em laboratórios, tanto para fins médicos quanto para fins comerciais, é uma questão muito polêmica. Animais de várias espécies, sendo os camundongos mais intensamente utilizados, são empregados em experiências científicas e testes a fim de comprovar a eficiência de produtos como vacinas, cosméticos, medicamentos etc.
Por que (ainda) fazemos testes em animais?
Muitas nações, inclusive o Brasil, possuem regulamentações que obrigam os pesquisadores, em determinadas situações, a efetuar testes em animais antes de passar para os chamados experimentos clínicos, ou seja, testar em humanos.
	 A Constituição Federal, por meio da Lei nº 11.794, prevê que sejam usados animais (filo Chordata e subfilo Vertebrata) para ensaios científicos quando esses forem para o desenvolvimento de medicamentos e não existirem métodos alternativos consolidados — o que significa técnicas que já tiveram a sua eficiência comprovada.
Recentemente O G1 ouviu cientistas e resumiu abaixo argumentos usados no debate sobre o uso de animais em experimentos científicos.
Contra
• Testes em laboratórios causam sofrimento, ferimentos e transtornos psicológicos nos animais. Há uma corrente de neurocientistas que sugere que animais não humanos, incluindo todos os mamíferos, aves, além dos polvos, possuem substratos neurológicos que geram a consciência e comportamentos intencionais, ou seja, eles sentem dor.
A favor
• Os testes com animais são submetidos a comitês de ética. A principal ênfase é não causar sofrimento ou dor. O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) cria normas que protegem o bem-estar desses animais. O fim do uso de animais em testes no Brasil tornaria a ciência brasileira dependente da tecnologia externa
Uso na industria química
Os medicamentos hoje encontrados nas farmácias ou as vacinas distribuídas atualmente são exemplos de produtos que foram primeiramente testados em animais. Na área da saúde, essa é uma prática bastante realizada, pois evita que os produtos sejam aplicados diretamente em humanos, o que poderia gerar danos graves aos indivíduos submetidos ao teste.	
	 Ratos, camundongos, porcos-da-índia, hamsters, micos, coelhos, peixes, sapos, lagartos, insetos, cães, gatos, macacos, chimpanzés, pássaros selvagens, codornas, pombos, perus, galinhas, vacas, cabras e cavalos estão entre os animais utilizados.
A maioria dos cientistas, no intuito de convencer-nos de que a experimentação animal é essencial, faz geralmente a mesma indagação: “Você prefere salvar a vida de um rato de laboratório ou a do seu filho?” Porém, nós não precisamos escolher, não é uma questão de escolha, não há a necessidade de sacrificar um rato de laboratório para poder salvar a vida de seu filho, podemos salvar a vida dos dois. De acordo com Levai, o que acontece é que equivocadamente as pessoas acreditam na falsa premissa de que a experimentação animal permitiu, ao longo dos anos, o avanço da medicina, e sua metodologia cruel acabou oficializada no meio cientifico. É um sistema que precisa ser repensado.
O médico Ray Greek afirma que a medicina teria evoluído, da mesma forma que evoluiu, sem realizar pesquisas em animais. Ele sugere as seguintes etapas de testes dos medicamentos: primeiramente testar em computadores, depois disso, em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Segundo ele, as pesquisas deveriam ser baseadas em humanos (em tecidos e genes humanos).
Como funciona?
Novos medicamentos são desenvolvidos com base em testes em animais
1 O novo remédio é testado em laboratório. No caso de uma droga contra o câncer, por exemplo, o pesquisador testa a sua eficácia numa cultura de células cancerígenas num frasco
2 Quando os resultados são promissores, passa-se à segunda fase: o estudo em animais. Camundongos, por terem um ciclo de vida curto e fácil reprodução, são utilizados nos experimentos
3 Antes de tudo, é preciso “infectar” o roedor com a doença. No caso de uma nova droga contra o câncer, isso significa fazer crescer um tumor, similar à cultura de células estudada em laboratório
4 A nova droga é aplicada para comprovar a sua eficácia e toxicidade. Um estudo analisa como ela é processada pelo organismo – sacrificando o animal – e se tem efeitos na reprodução
5 Dependendo dos resultados, o desenvolvimento da droga é descartado. Se o teste for bem sucedido o produto segue para a última etapa, quando será testado por pacientes.
	Uso na indústria cosmética
A indústria de cosméticos realiza testes em animais sob alegação de aferir a toxicidade dos produtos e garantir que não tenham efeitos nocivos aos homens e realizam testes que incluem procedimentos que podem causar dor, sofrimento e lesões irreversíveis. O animal mais utilizado para esses testes são os coelhos. Como exemplo de uso dos animais com
Teste de Irritação Ocular Primária - consiste na aplicação única do produto no saco conjuntival de coelhos, com observação da evolução das lesões em 24, 48, 72 horas e 7 dias apos a instilação. Como os produtos podem causar dor, irritação e ardor, os coelhos são imobilizados e usam suportes no pescoço. Isso evita que se mutilem arrancando os próprios olhos. São graduadas alterações de conjuntiva (secreção, hiperemia e quimose), íris e córnea. No final, o coelho é sacrificado para análise dos efeitos das substâncias em seu organismo. Críticos do teste dizem que ele é inútil porque os olhos dos coelhos têm anatomia bem diferente da dos nossos.
Ainda assim, sabemos de várias marcas reconhecidas mundialmente que fazem testes em coelhos, ratos e outros animais. Dentre elas estão: Lancôme, Garnier, Maybelline, Pantene, além das marcas da multinacional Unilever, como Rexona, Dove e Seda. Outras, como a badalada Dior, induzem as pessoas à confusão; ela diz que “TENTA não usar animais em testes”, e isso dá o que pensar.

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