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PRM-J. NORTE-MANIFESTAÇÃO-2046/2019 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM JUAZEIRO DO NORTE PRM-J. NORTE-MANIFESTAÇÃO-2046/2019 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM JUAZEIRO DO NORTE EXCELENTÍSSIMO JUIZ DO TRIBUNAL INTERNACIONAL DA ORDEM E DO DIREITO NA FICÇÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ Processo nº 1.30.020.000102121209080/2020 O MINISTÉRIO PÚBLICO, através da Procuradora que subscreve, no uso de suas atribuições legais e constitucionais, com base no art. 129, I, da Constituição Federal c/c art. 41 do Código de Processo Penal, vem oferecer DENÚNCIA, em face de: PICA-PAU, brasileiro, solteiro, inscrito no Registro das aves sob o nº 012.12313.21212, portador do Identificador nº 020.121237.030-, nascido aos 13/02/1979, filho de PICA-PAU DA SILVA de Maria PICA-PAU de Jesus, residente e domiciliado na Arvore do Ipé, n.º 636, madeira verde, CEP: 645653235234 o que faz pelos fatos e fundamentos que passa a expor. FATOS Em 12/08/2014, na agência do INSS, PICA-PAU, requereu e obteve junto àquela autarquia, de forma fraudulenta, omitindo informações quanto ao se pai falecido PICA-PAU DA SILVA onde aquele ficou recebendo de forma indevida beneficio de pensão por morte quando na verdade quem realmente fazia jus era a sua mãe Maria PICA-PAU de Jesus, tempo esse compreendido no período 2014/2017 induzindo a erro o INSS. Os documentos reunidos no processo administrativo1 que tramitou no âmbito do INSS atestam que a denunciado requereu, junto à APS Crato/CE, sendo pago inicialmente neste município. No requerimento de benefício assistencial subscrito, o denunciado omitiu informações quanto ao Sr. PICA-PAU DA SILVA , levando em erro a autarquia federal. Ressalte-se que os documentos subscritos continham o alerta de que o falseamento das informações apostas no documento sujeitava o seu autor às penalidades previstas em lei. Observe que o denunciado omitiu informações no intuito de comprovar que A sua mãe não era mais vuva, tampouco ela não tinha mais condições de ter acesso ao beneficio deixado pelo pai, diante disso denota que as falsidades produzidas pelo Sr PICA-PAU tinham o único e inconteste intuito de obter fraudulentamente um benefício ao qual sabia não ter direito; tanto tinha conhecimento e consciência. A má-fé do PICA-PAU se extrai claramente dos documentos contendo omissão de informações que por seu todo era preciso para a concessão do benefício. o requerido ficou quase 5 anos recebendo indevidamente. O fator temporal, aliado à informação especificamente falseada, funcionam como mais um elemento indiciário da má-fé que orientou a conduta do PICA-PAU. O prejuízo ao erário com o percebimento indevido do benefício , entre 12/08/2014 e 28/02/2019, de parcelas de um benefício deferido com base em má-fé do denunciado, perfez um montante de R$ 52.665,47 (cinquenta e dois mil, seiscentos e sessenta e cinco reais e quarenta e sete centavos). Assim, por todo o exposto, não restam dúvidas acerca do cometimento do delito tipificado no art. 171, do Código Penal Brasileiro, ante os robustos indícios de autoria e materialidade acostadas aos presentes autos. DA IMPUTAÇÃO PENAL Dessa forma, em sendo objetiva e subjetivamente típica e reprovável a conduta do denunciado PICA-PAU, em não havendo nenhuma discriminante a justificá-la, está incurso nas penas do art. 171, do Código Penal Brasileiro, in verbis: Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. DOS INDÍCIOS DA AUTORIA E DA MATERIALIDADE DELITIVA A materialidade e a autoria estão, portanto, devidamente comprovadas à luz dos elementos de informação insertos nos autos, notadamente a cópia do dossiê de apuração de irregularidades, elaborado pelo INSS. CONCLUSÕES Ante o exposto, face aos fortes indícios e aos elementos de informação que apontam a materialidade e a autoria do delito, requer o MINISTÉRIO PÚBLICO que seja recebida a presente DENÚNCIA em face de PICA-PAU, pela prática do crime tipificado no 171, do Código Penal Brasileiro, prosseguindo-se a ação penal nos ulteriores termos, com o fim de que seja condenada às penas do artigo suso descrito, bem como fixado, por sentença, o mínimo indenizatório. Juazeiro do Norte (CE), data da assinatura. MARIA CLAUDIA TIMOTEO Procuradora da República Página 1 de 5 Página 1 de 5 Página 5 de 5
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