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Resenha Crítica Educação Psicomotora

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1 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL 
 
 
Resenha Crítica 
Geovane Paulo de Oliveira 
 
 
 
Trabalho da disciplina EDUCAÇÃO PSICOMOTORA 
 Tutora: Prof.ª Regina Fátima Cury Azevedo 
 
Divinópolis 
 2020 
 
 
2 
 
O PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO 
PSICOMOTORA 
 
Referência: 
 
ALMEIDA, Márcia Helena Luna Falqueto de. O Processo Ensino/Aprendizagem 
Através da Educação Psicomotora. REP’s Revista Even. Pedagóg. V.7, n.2, p.498 
– 510, jun./jul. 2016. Disponível em: http://sinop.unemat.br/ projetos/revista/ index. 
php/eventos/article/view/2243. Acesso: 09 de agosto de 2020. 
 
 O artigo em análise propõe uma discussão sobre a importância da 
psicomotricidade no processo ensino/aprendizagem a partir da educação infantil e o 
papel das escolas e educadores em proporcionarem atividades que promovam estes 
momentos. Nesse sentido, o docente passa a exercer um papel de mediador do 
conhecimento e, concomitantemente “proporcionador” de jogos e brincadeiras que 
desenvolvam os processos cognitivos. Para a autora, a psicomotricidade, se bem 
estruturada, promove um salto qualitativo e quantitativo na vida daqueles indivíduos 
porque envolve o ser como um todo, no âmbito sociocultural, cognitivo e emocional. 
 Apresentado de forma instigante e bem delineado, o estudo foi divido em 
quatro capítulos; com uma introdução direta do contexto da psicomotricidade na 
escola e seus reflexos no desenvolvimento do ser social que é o aluno. 
No segundo capítulo a autora, com alguns elementos básicos, apresenta uma 
breve história intitulado Teorias da psicomotricidade, no qual destaca uma definição 
da Associação Brasileira de Psicomotricidade que afirma: 
 
Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem 
através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e 
externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a 
origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por 
três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE). 
 
 
 
3 
Para embasar essa afirmação, foram apresentados autores como o médico 
Jean Le Bouch (2001) que reforça a importância da educação psicomotora desde a 
educação infantil por afirmar que 75% do desenvolvimento psicomotor ocorrem 
nessa fase e a aprendizagem pode ser facilitada quando este for bem desenvolvido. 
Para ele, a criança deve ser estimulada a interagir com o ambiente, ter consciência 
do seu próprio corpo, adquirir habilidades de coordenação de gestos e movimentos, 
o que pode prevenir inadaptações difíceis de serem corrigidas quando já 
estruturadas. Um dos pontos que ele ressalta é a questão da lateralidade que pode 
interferir diretamente na dominância cerebral (hemisférios do cérebro). Wallon 
(1979) sintetiza o aprendizado da criança como um processo de intercâmbio entre 
corpo e mundo. Pensamento e ação. Descoberta e aprendizado. Interação! 
 Mas, de acordo com Vitor da Fonseca (1996) três autores se destacaram, 
dando ênfase para o desenvolvimento motor, quando aprofundaram seus estudos 
voltados para o campo psíquico. São eles: Wallon, Julian de Ajuriaguerra e Piaget. 
Ambos reforçam a teoria de que ninguém nasce pronto biologicamente e que a 
motricidade deve ser trabalhada sempre, desde o nascimento. O ser social recebe 
uma interferência do meio ambiente, dos costumes, o que pode afetar suas 
emoções, reações e relações. Para Fonseca a psicomotricidade possui um conjunto 
de sete elementos básicos que precisam ser explorados, pois auxiliam na execução 
das atividades corporais direcionadas que terão reflexo direto no campo psíquico, 
emocional e social do indivíduo. São eles: 1 - Tonicidade – pode ser inicialmente 
associada ao tônus muscular, mas também pode indicar a personalidade da criança 
(modificações emocionais); 2 – Equilíbrio (se falho, exige maior atenção); 3 – 
Lateralidade – (maturação dos centros sensórios-motores de um dos hemisférios 
dos cérebro); 4 – Noção Corporal – Consciência do próprio corpo (percebido por si e 
representado no ambiente); 5 – Estrutura Espaço Temporal – (lugar e tempo 
assimilados de forma sensoriais por meio de informações estimuladas e 
apreendidas); 6 – Praxia Global – são atividades das mais simples às mais 
complexas que envolvam grandes músculos, equilíbrio e onde o corpo possa fazer 
maiores movimentos; 7 – Praxia Fina – Desenvolvimento de habilidades que 
envolvam pequenos músculos, principalmente as mãos (pintar, recortar, contornar, 
 
 
4 
desenhar). Essa prática é indispensável para a criança ser inserida no ambiente da 
pré-escola. 
 No terceiro capítulo, as teorias dos autores Wallon e Vygotsky são expostas 
para que o leitor perceba como diferentes pesquisas evidenciam a importância do 
papel do adulto como mediador da relação ensino/aprendizagem ou 
desenvolvimento da parte motor e mental, tendo em vista a necessidade de 
estímulos para concluir habilidades motoras, cognitivas, emocionais e mentais. Para 
Wallon, que defende a teoria sociointerativa (o indivíduo se constrói valendo-se da 
sua interação com o meio), existe uma integração cognitivo/motora/afetivo e não 
existe a possibilidade de estudar essas áreas dissociadas correndo o risco de 
prejudicar as outras. Assim como Piaget, Wallon afirma que, pela ação e tentativa, 
durante o processo de desenvolvimento da aprendizagem infantil existe um vínculo 
afetivo ao “fato” (ato) para que o indivíduo desperte interesse naquele assunto e 
assim, sucessivamente a integração cognitivo/motora/afetivo possa acontecer. 
Vygotsky, no entanto, embasado nas teorias sociointeracionistas acredita que a 
relação do sujeito com o meio proporciona a capacidade de conhecer e aprender. 
Acredita que o processo de desenvolvimento das aptidões motoras, cognitivas e 
emocionais é dinâmico e simultâneo a medida em que a criança interage com o 
meio. Como forma de avaliar o desempenho infantil e as práticas de ensino, 
Vygotsky introduz o ZPD (Zona de Desenvolvimento Proximal) que possui dois 
níveis: o real (onde o aluno consegue resolver os problemas sozinhos) e o potencial 
(com a ajuda de um mediador, qual o potencial eles conseguem atingir). 
 No quarto capítulo, a autora conclui o artigo se limitando a reforçar a 
importância do papel do profissional da educação enquanto fomentador de 
atividades que promovam a psicomotricidade na escola tendo em vista que o 
indivíduo passa por diversos estágios desde o seu nascimento e que a educação 
psicomotora é mais eficaz do que a reeducação psicomotora. O que é uma verdade 
já dita por todos os autores. 
 Associando a citação da Associação Brasileira de Psicomotricidade ao estudo 
aqui apresentado, pode-se incluir a atividade da psicomotricidade ao cotidiano do 
aluno, não só dentro do ambiente escolar. Muitas vezes, o docente, não por falta de 
 
 
5 
interesse particular, ou coletivo, se vê impotente diante de situações que fogem de 
suas capacidades humanas. A realidade da educação infantil pública no Brasil está 
aquém do que poderia ser e por mais que os profissionais tenham a consciência da 
necessidade das práticas de psicomotricidade, as escolas recebem alunos com 
todos os tipos de carência. Diferentemente de um aluno que recebe atendimento em 
uma escola infantil particular que capacita seus profissionais para envolve-lo em um 
ambiente totalmente voltado para o lúdico; a motricidade e principalmente a 
psicomotricidade. Já existem escolas que estimulam os alunos da educação infantil 
a praticarem uma atividade extracurricular como: natação; futebol; balé, etc. para 
prevenir ou corrigir situações já identificadas por um psicopedagogo dentro da 
escola. É evidente e urgente a capacitação do profissional de educação como 
mediador do processoensino/aprendizagem por meio da psicomotricidade. Mas não 
basta só a comunidade escolar (acadêmica) ter consciência desses aspectos. Em 
uma sociedade onde as crianças estão cada vez mais inseridas no meio virtual, 
individualizadas em seus smartphones, é preciso conscientizar a comunidade 
escolar (pais, cuidadores, família, etc.) como um todo sobre a importância do 
movimento para um crescimento psicossocial saudável dos jovens. Se o aluno é 
visto como um ser social e integral, não deve haver muros para a psicomotricidade 
acontecer.

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