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Danos Morais - Maria Q x Anitta

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DE SOROCABA/SP,
MARIA QUITÉRIA, casada, empresária, devidamente inscrito sob o CPF nº 356.985.658-34 e RG: 48.768.956-3,endereço eletrônico: maria.quiteria@gmail.com, residente e domiciliado à Avenida 3 de Março, nº400, Condomínio Céu Azul, no município de ITU, Estado de São Paulo, por sua advogada, que esta subscreve (procuração inclusa), vem à presença de Vossa Excelência, propor 
AÇÃO DE DANOS MORAIS 
contra ANITTA AMADO, casada, empresária, devidamente inscrito sob o CPF nº 254.585.256-6, residente e domiciliado à Rua José Raimundo, nº 500, Jardim Bela Vista, no município de Sorocaba, Estado de São Paulo, pelos motivos de fato e de direito que passa a aduzir:
DOS FATOS:
A autora requerente, efetuou locação residencial da RÉ Anitta Amado, na quantia de R$ 3.000,00 (mil reais) mensais, em meados de Junho de 2018, ocorre que então, a AUTORA perdeu seu emprego e ficou inadimplente. 
Entretanto, a RÉ a fim de manter o bom convívio disse que a AUTORA poderia quitar sua dívida com até 6 meses de atraso, qual seria o limite máximo que ela esperaria, o que demonstra através de conversas via Whatsapp (doc. Anexo)
Passado alguns meses, a autora ainda estava desempregada e triste com a situação pela qual estava passando, e fora convidada por uma tia que mora no litoral para passar o fim de semana com a mesma, sendo que a tia custearia todas as despesas, conforme conversas via Whatsapp (doc. Anexo) 
Durante a viagem, a autora, fora surpreendida com postagens insultuosas no facebook de sua locatária Anitta.
Anitta, de maneira totalmente desrespeitosa, e sem nenhuma consideração à pessoa de sua locadora, publicou em sua rede social, frases do tipo: “sua caloteira, sem vergonha, dinheiro para me pagar não tem”, e nesse post ainda marcou a Requerente, para que assim, todos vissem de quem se tratava.
Não bastando tamanha vergonha em que a Requerente já havia passado, ainda a Sra. Anitta, fez mais publicações do tipo: “a inquilina não paga aluguel e gasta dinheiro na praia, precisa ser ridicularizada publicamente, essa caloteira”; cuja postagem rendeu inúmeros comentários e compartilhamentos, de modo que tornou público o inadimplemento de Maria Quitéria e o aborrecimento de Anitta (conforme fotos em anexo).
Ora meritíssimo, é claro o tamanho de sua raiva, e o dissabor em que o requerido pretendia que o requerente tivesse em sua merecida viagem de descanso. 
Diante disso, resta configurado eminentemente um dano à sua moral, honra e boa fé, premissas das quais se extrai o dever da ré, reparar os danos causados à requerente. 
DO DIREITO:
Em análise dos fatos e fundamentos ora apresentados e documentados principalmente, resta claro que o Autor teve sua moral lesada. 
É o que leciona Sílvio de Salvo Venosa:
“Dano moral é o prejuízo que afeta o ânimo psíquico, moral e intelectual da vítima. [...] Não há que se identificar o dano moral exclusivamente com a dor física ou psíquica. Será moral o dano que ocasiona um distúrbio anormal na vida do indivíduo; uma inconveniência de comportamento ou, como definimos, um desconforto comportamental a ser examinado em cada caso.”
Juntamente dispõe o art. 186 do Código Civil também: 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
DO PEDIDO 
Ante o exposto, o autor, com o devido respeito e acatamento, requer a Vossa Excelência o que segue:
a) determinar a citação da RÉ, no endereço indicado, para que compareçam à audiência, cuja será designada nos autos, e não havendo conciliação, apresente defesa no prazo legal, sob pena de ser considerado verdadeiros os fatos aduzidos na inicial.
b) e após, com ou sem apresentação da resposta, seja julgada procedente a ação, nos termos do artigo, 487, I, do CPC, a fim de que seja reconhecido o dever do réu de indenizar por Danos Morais o autor, sugerindo-se o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). 
c) O autor protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, notadamente pelo depoimento pessoal do réu, oitiva de testemunhas e juntada de outros documentos.
d) Requer que lhe seja deferido os benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos do artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 1.060/50, haja vista não possuir momentâneas condições financeiras de arcar com as despesas processuais (doc. anexo).
 e) Condenar o RÉU ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
f) Determinar que todas as intimações sejam realizadas exclusivamente em nome da Dra. Beatriz Argento Dias Batista, inscrito na OAB sob o nº 500.000.
Atribui à causa o valor de R$ 15.150,00 (quinze mil reais, cento e cinquenta reais).
Nestes termos,
pede deferimento.
Sorocaba/SP, 04 de Abril de 2019.
BEATRIZ ARGENTO DIAS BATISTA
OAB/SP 500.000
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