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TRABALHO DE DIREITO CIVIL II _ OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS (1) (5)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÃO PAULO 
CAMPUS INTERLAGOS 
CURSO DE DIREITO – DIREITO CIVIL II 
 
 
 
 
 
TRABALHO SOBRE OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO REALIZADO POR: 
ULISSES GIAMPIETRO Matrícula 20190733160-3 
VALERIA DOS SANTOS CAMARGO Matrícula 20190818637-2 
KRISTHIAN DAYVISON DA SILVA Matrícula 20190839839-6 
ELZELENE ROCHA DE ALMEIDA TOMAZ Matrícula 20190733152-2 
CLECILDA DO NASCIMENTO NEVES Matrícula 20170820509-8 
 
28 de Setembro de 2020 
 
 
 
 
 
I - INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como objetivo apresentar alguns aspectos sobre OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS. 
Utilizaremos a metodologia baseada na pesquisa de textos e nas opiniões de profissionais da 
área do Direito e afins, assim como apresentaremos alguns casos práticos ocorridos no 
Judiciário. Evidenciaremos os temas da seguinte forma: 
I – INTRODUÇÃO 
II – CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA 
III – DISTINÇÃO ENTRE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA E OBRIGAÇÃO COM PRESTAÇÃO INDIVISÍVEL 
IV – FONTES DA SOLIDARIEDADE 
V – CARACTERÍSTICAS DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
VI – SOLIDARIEDADE ATIVA 
VII – SOLIDARIEDADE PASSIVA 
VIII – CASOS E ARTIGOS QUE ENVOLVEM OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
 
II – CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA 
A solidariedade é um dos ramos do Direito Obrigacional presentes em quase todos os ramos do 
direito (Civil, Consumidor, Tributário, Administrativo, Ambiental, etc.). A obrigação é solidária 
quando há pluralidade subjetiva de: 
• Credores (solidariedade ativa) 
• Devedores (solidariedade passiva) 
• Credores e devedores (solidariedade mista) 
Para a existência de uma obrigação solidária é indispensável que todos os devedores solidários 
estejam obrigados à satisfação do mesmo interesse do credor na prestação. O mesmo ocorre ao 
contrário: existindo pluralidade subjetiva o devedor que paga o credor libera os demais e a 
quitação feita por um dos credores aproveita aos demais. 
Em suma, a solidariedade é uma criação da técnica jurídica que possui um objetivo fim bastante 
claro: credores e devedores estão unidos para perseguir uma finalidade comum que é o 
adimplemento da obrigação. 
III – DISTINÇÃO ENTRE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA E OBRIGAÇÃO COM PRESTAÇÃO INDIVISÍVEL 
Não podemos confundir solidariedade com indivisibilidade. Esta decorre da prestação não poder 
ser divisível ou fracionada. Já, na solidariedade mesmo havendo divisibilidade a prestação 
continua sendo devida por inteiro. 
Há vários aspectos entre obrigações solidárias e indivisíveis: 
- solidariedade subjetiva: união de credores/devedores para consecução de finalidade comum 
- solidariedade tem origem no título da obrigação: pode ser pela vontade das partes ou mesmo 
pela lei 
É importante frisar que a solidariedade não deixa de existir se a obrigação se converter em 
perdas e danos. 
Outro ponto importante é que a solidariedade é intransmissível aos herdeiros. 
IV – FONTES DA SOLIDARIEDADE 
Segundo o artigo 265, a fonte da solidariedade parte da premissa que a solidariedade não se 
presume; resulta da lei ou da vontade das partes. A fonte, portanto, se divide em: solidariedade 
convencional e solidariedade legal. 
Neste sentido o Código Civil – art. 513. “A solidariedade de devedores ou credores só existe 
quando resulte da lei ou da vontade das partes”. 
Na solidariedade convencional, temos a predominância da vontade estabelecida pelas partes 
em dado acordo como é o caso do contrato de fiança, no qual o fiador renuncia ao benefício de 
ordem, como vemos no art. 827, parágrafo único, do Código Civil e com a estipulação da cláusula 
de solidariedade, resta, assim, caracterizada a modalidade de solidariedade convencional, como 
dispõe o art. 829. 
Na solidariedade legal será indicada na própria norma. É aquela que deriva da vontade do 
legislador. Temos como; a solidariedade entre os comodatários em relação ao comodante art. 
585. a solidariedade entre os autores cúmplices do ato ilícito art. 942; e a solidariedade na 
relação locatícia, no mesmo imóvel predial urbano, quando existir mais de um locador ou mais 
de um locatário, art. 2°. Ainda sobre a solidariedade legal temos o instituto da alienação 
fiduciária é uma relação jurídica que envolve três sujeitos processuais, o credor, o devedor e o 
financiador, havendo, pela sua própria natureza solidariedade legal quanto ao cumprimento das 
obrigações dele decorrentes, sendo o financiador responsável pelo pagamento ao credor, tendo 
autorizado o financiamento, induzindo o credor a erro, e, posteriormente, o cancelado, não 
podendo agir contra ato próprio, “Teoria do venire contra factum proprium.” 
V – CARACTERÍSTICAS DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
Nas obrigações solidária há multiplicidade de sujeitos, unicidade da prestação, multiplicidade de 
vínculos e corresponsabilidade dos sujeitos interessados, Entre cocredores e codevedores são 
independentes, o que justifica a variabilidade do modo de ser da obrigação solidária é possível 
que a obrigação seja pura e simples para um coobrigado, as partes têm autonomia para 
personalizar a obrigação conforme cada credor e cada devedor, a solidariedade admite outros 
disposições de conteúdo particular além do rol previsto no art. 266 do código Civil. Podendo 
ocorrer, assim, de a obrigações ser pura e simples para um devedor a termo para outro e sob 
condições suspensivas para outro. 
 Outra característica importante de citar é o caráter, falecendo um cocredor ou um 
codevedor, os herdeiros não ingressarão na solidariedade e somente poderão cobrar ou pagar 
o correspondente ao seu quinhão, a não ser que a obrigação seja indivisível, por tanto, as partes 
devedora ou credora, não precisará assumir dividas de terceiros quitando ou assumindo dívidas 
do falecido. A doutrina costuma denominar, respectivamente, de refração do crédito (art. 270, 
CC) e refração do débito (art. 276, CC). 
 Ressalta-se que na refração do débito, por determinação do art. 276, CC, todos os 
herdeiros do devedor falecido reunidos serão considerados devedor solidário em relação aos 
demais devedores. 
 
VI – SOLIDARIEDADE ATIVA 
Na solidariedade ativa, podemos dizer quer: “estamos falando do polo ativo”. Polo ativo em 
outras palavras, que quer dizer: “credor”. Quando falamos em polo ativo, nos referimos aos 
credores. 
Antes de falarmos em solidariedade ativa, precisamos entender que para ter solidariedade, eu 
tenho que ter, mas de um polo envolvido. E se estamos falando de solidariedade ativa, significa 
que tenho que ter mais de um credor. No mínimo, dois credores, duas pessoas no polo ativo. 
Por exemplo: sou um credor, minha mãe a segunda credora, de um determinado devedor. Aqui 
estamos numa relação solidaria. Nessa relação a qual havia mencionado anteriormente, que 
temos que ter dois ou mais credores, em que cada um deles, ou seja, tanto eu sozinha, quanto 
minha mãe sozinha, poderá exigir a dívida total do devedor. Vamos supor que o devedor, nos 
deve 20mil reais, portanto, sou um dos credores, vou cobrar e exigir que ele me pague a dívida 
total, que no caso, são os 20 mil reais. Ele me responde: “não”, porque não devo so você, devo 
sua mãe também. São 10 mil reais de cada. Lhe respondo então que, posso lhe exigir sim, o 
pagamento da dívida total. Porque estamos diante de uma relação solidaria. 
Numa obrigação solidaria, qualquer dos credores, ou seja, seja eu, ou minha mãe, no caso do 
exemplo acima, podemos sim, pedir a dívida total. Posso exigir, tanto eu, quanto minha mãe, ao 
devedor, os 20 mil reais. Sendo assim, se o devedor pagar tanto para um credor, quanto para o 
outro, ele fica livre da obrigação. Claro, se estiver tudo comprovado. 
O que acontece com um dos credores que recebe a dívida? 
Recebe a dívida, e divide com o outro credor. Caso, um dos credores, não repassa, cabe o credor 
que não recebeu, entra com uma ação regresso para obter esse dinheiro. E com relação ao 
devedor, a obrigação dele em pagar a dívida, foi concluída. Cada um desses credorespode exigir 
a totalidade da dívida. 
Caso um dos credores morrer? 
Sendo assim, temos uma regra a parte, uma não, duas. Digamos, que temos: 
Um o credor 1, credor 2, credor 3. Um vem a falecer. No caso o credor 1, porém, ele tem dois 
herdeiros. Imagina que cada um dos herdeiros tenha direito a 50% da dívida. Nessa situação, 
cada herdeiro, só pode exigir sua parcela hereditária. Caso o credor falecido, o pai, tiver pra 
receber da dívida 10 mil, que no caso e a cota dele, os herdeiros cada uma pega 5 mil reais. Um 
dos herdeiros também não pode exigir pegar o valor total da cota dada ao credor falecido. Pega-
se somente a metade, que é a parcela hereditária que lhe cabe, haja assim, mas herdeiros, essa 
é a regra. Qual é a exceção? vamos dizer que a dívida é um carro, não é dinheiro. Essa é a 
exceção, porque não dá para dividir o carro para os herdeiros. 
Se a dívida for indivisível, um dos herdeiros assim pode transformar essa divida em uma dívida 
divisível, vai vender vai transformar em uma dívida divisível, e passa herdeiros. Essa é a primeira 
exceção, a segunda é: se todos os herdeiros demandarem juntos, ou seja, os herdeiros juntos se 
unirem e juntos demandarem em nome do espólio, e como se eles fossem o próprio credor que 
morreu, que no caso é o pai. Os dois juntos estão respondendo pelo pai. O espólio, continua 
como a personalidade do credor anterior. Com validade. 
E com relação a Exceção pessoal com um dos credores? Tudo bem, deve um negócio jurídico, 
tudo certo. Mas se um dos credores por exemplo obriga o devedor, na violência, seja ela por 
grave ameaça e assim faz ele assinar o contrato passando assim todo o poder para ele ser seu 
credor. Isso chama exceção pessoal. Isso se for comprovado que um dos credores deve essa 
conduta. Se um devedor tem exceção pessoal com um dos credores, essa exceção não aproveita 
os demais. E se houver julgamento contra um dos credores, aproveita os demais? Não. O 
julgamento contrário foi com o um dos credores e não com os demais. Sai a cota parte dele, e 
se for o caso, segue com os outros. E se o julgamento for favorável? Digamos pra aumentar o 
valor ou o que quer que seja. Se o julgamento for favorável aproveita os outros credores. É 
injusto isso? Você pode ficar se perguntando, e dizer que não é injusto. Não é injusto, porque a 
solidariedade solidaria foi feita para prestigiar o credor. Porque a obrigação solidaria não se 
presume. Ela é, ou por meio de lei, ou por meio de contrato. Então, não tem nada de injusto. ja 
é uma obrigação própria para prestigia o credor. 
VII – SOLIDARIEDADE PASSIVA 
A Solidariedade Passiva tem como característica a pluralidade de devedores, ou seja, cada 
devedor é obrigado a arcar com a dívida toda, nessa modalidade o credor tem o direito de exigir 
dos devedores a dívida como preferir, parcial ou total de um ou de todos os devedores, o credor 
poderá exigir de cada devedor a prestação total sem que este possa exigir a divisão como 
benefício. 
Assim como a Solidariedade Ativa quanto a solidariedade passiva tendo o pagamento total a 
obrigação será extinta, assim as obrigações passam a ser dos devedores entre si, podendo exigir 
dos demais o ressarcimento de suas cotas da dívida. 
De acordo com o Artigo 275 do Código Civil, se a dívida for paga parcialmente, os codevedores 
continuarão com solidariamente com o restante da dívida. 
Outro ponto importante é que o credor pode renunciar a solidariedade em benefício de um os 
mais devedores como prevê o artigo 282 do Código Civil. Porém mesmo sendo exonerado do da 
solidariedade este ainda continuará como devedor, porém só responderá pela sua proporção, 
os demais ainda continuarão solidários, porém o valor pago pelo devedor exonerado da 
solidariedade será abatido. 
 
VIII – CASOS E ARTIGOS QUE ENVOLVEM OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
São muitos os casos de solidariedade como por exemplo, os fiadores conforme art. 829, do 
Código Civil; os gestores ou gestão de negócios conforme art. 867; os sócios arts. 990, 993, 1.039, 
1.045; os administradores de sociedade arts.1.009, 1.012, 1.016. 
Outros exemplos de solidariedade passiva são os decorrentes de responsabilidade civil, art. 932; 
comodato, art. 585; os cônjuges, art. 1644; testamenteiros, art. 1986, entre outros.

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