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001-improbidade-administrativa

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Improbidade administrativa
Prof. Herbert Almeida
prof.herbertalmeida@gmail.com
Conceito de improbidade 
administrativa
➢Conduta desonesta ou imoral com a coisa pública
➢Condutas ou omissões
➢Ilícito de natureza civil-política
➢Não constitui em si um crime
Conceito de improbidade administrativa
Natureza das sanções
Base constitucional
Art. 37. [...] § 4º - Os atos de improbidade administrativa
importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.
➢ suspensão dos direitos políticos
➢ perda da função pública
➢ indisponibilidade dos bens (art. 7º)
➢ ressarcimento ao erário
Base constitucional
▪ Lesão ao erário ou enriquecimento
ilícito;
▪ Não é sanção propriamente dita
▪ Autoridade administrativa responsável
pelo inquérito deve representar ao MP,
para a indisponibilidade dos bens do
indiciado.
▪ Deve recair sobre bens que
assegurem o integral ressarcimento
do dano, ou sobre o acréscimo
patrimonial resultante do
enriquecimento ilícito.
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa
ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do
dano.
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou
terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
1. (FCC – Analista Judiciário/TRE SP/2017) Considere a seguinte situação hipotética:
Beatriz, servidora pública do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, está sendo
processada pela prática de ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito. Cumpre
salientar que o Ministério Público Federal, na petição inicial da ação de improbidade,
afastou a ocorrência de prejuízo ao erário. Nos termos da Lei nº 8.429/1992,
a) a medida de indisponibilidade de bens não é cabível, tendo em vista a modalidade de ato
ímprobo praticado e a inexistência de prejuízo ao erário.
b) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor estará sujeito às cominações da Lei
de Improbidade Administrativa, que, excepcionalmente, poderá ultrapassar o valor da
herança.
c) a medida de indisponibilidade de bens é cabível, no entanto, recairá somente sobre o
acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.
d) Beatriz é parte ilegítima para figurar no pólo passivo da ação de improbidade, por não
figurar no rol de agentes públicos sujeitos às sanções da Lei de Improbidade Administrativa.
e) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor não responderá por qualquer
sanção, tendo em vista a modalidade de ato ímprobo praticado.
Gabarito: alternativa C
Natureza das sanções
➢Administrativa
➢Perda da função pública
➢Proibição de contratar com o Poder Público
➢Proibição de receber benefícios fiscais ou creditícios
➢Civil
➢Perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio
➢Ressarcimento ao erário
➢Multa civil
➢Política
➢Suspensão dos Política direitos políticos
Natureza das sanções
➢NÃO constitui diretamente um ilícito penal
➢O mesmo ato poderá ser capitulado como crime
Independência das instâncias
Exceções
Condenação penal
Absolvição penal p/
Negativa do fato
Negativa de autoria
REGRA
Aplicação das sanções
➢Independe (art. 21):
➢ da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à
pena de ressarcimento;
➢ da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou
pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
➢Sucessores – herdeiros (art. 8º):
➢ respondem em caso de lesão ao patrimônio público ou enriquecimento
ilícito
➢ até o limite do valor da herança
2 - (Cespe – Procurador do Município de Fortaleza/2017) Um servidor da
Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, ocupante exclusivamente de cargo
em comissão, foi preso em flagrante, em operação da Polícia Federal, por fraudar
licitação para favorecer determinada empresa.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente tendo como
fundamento o controle da administração pública e as disposições da Lei de
Improbidade Administrativa e da Lei Municipal n.º 6.794/1990, que dispõe sobre o
Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza.
Segundo o entendimento do STJ, caso o referido servidor faleça durante a ação de
improbidade administrativa, a obrigação de reparar o erário será imediatamente
extinta, dado o caráter personalíssimo desse tipo de sanção.
Gabarito: errado
3 - (FCC – Técnico Judiciário/TRT 24ª Região/2017) Considere a seguinte situação
hipotética: Roberto é servidor público municipal, responsável pela arrecadação de
tributos. Em determinada data, Roberto incorporou ao seu patrimônio, o montante de
R$ 100.000,00 proveniente de arrecadação tributária municipal, utilizando
posteriormente a citada quantia para a compra de um veículo particular, a ele
destinado. Em razão do ocorrido, foi processado por improbidade administrativa. A
propósito dos fatos e, nos termos da Lei nº 8.429/1992,
a) o ato ímprobo em questão comporta a medida de indisponibilidade de bens.
b) para configurar o ato ímprobo em questão, exige-se conduta culposa, isto é, não se
faz necessário dolo para sua caracterização.
c) as disposições da Lei de Improbidade não se aplicam a Roberto, por ser parte
ilegítima para figurar no polo passivo de tal ação.
d) para configurar o ato ímprobo em questão, exige-se dano ao erário.
e) caso Roberto venha a falecer, seu sucessor não estará sujeito a qualquer cominação
prevista na Lei de Improbidade.
Gabarito: alternativa A.
Legislação – Lei 8.429/1992
Abrangência, sujeitos e foro 
competente 
Abrangência (art. 1º)
➢Lei nacional
▪ Todos os entes (União, estados, Distrito 
Federal e municípios) 
▪ Administração direta e indireta
Sujeito passivo do ato (art. 1º)
➢ Administração direta, indireta ou fundacional, incluindo os territórios
➢ empresa incorporada ao patrimônio público
➢ entidade privada para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual;
➢ entidade privada para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual (sanção
patrimonial fica limitada à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres
públicos).
➢ entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público.
Sujeito ativo do ato (art. 2º)
➢Agente público
➢Agentes políticos*, agentes administrativos (servidores
públicos, empregados públicos, agentes temporários),
particulares em colaboração com o Poder Público.
Agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
ou função nas entidades públicas. (Lei 8.429/1992, art. 2º)
Agentes políticos
➢Reclamação 2.138/DF (decisão em 13/6/2007)
➢ agentes políticos passíveis de responder por crime de
responsabilidade não respondem por improbidade (Presidente da
República; ministros de Estado; PGR; ministros do STF; governadores;
secretários de estado) – Lei 1.079/1950;
➢ O caso tratava de um Ministro de Estado
➢ O julgado não é vinculante
TENDÊNCIA DE SUPERAÇÃO DESSE ENTENDIMENTO!
Agentes políticos
➢STF:
➢ Pet 3.211/DF QO (2008) – Ministros do STF respondem por
improbidade perante o próprio STF;
➢ AI 809.338-AgR (2013) – “A ação de improbidade administrativa, com
fundamento na Lei nº 8.429/92, também pode ser ajuizada em face de
agentes políticos”;
➢ AC 3.585-AgR (2014) – durante o mandato, um governador de estado
(agente político) pode responder por improbidade e por crime de
responsabilidade; a Reclamação 2.138/DF é desprovida de efeito
vinculante, e restrita ao tema discutido (ministro de Estado).
Agentes políticos
➢STJ:
➢Aplica-se a TODOS os agentes públicos, exceto ao Presidente da
República (Reclamação 2.790/SC).
Agentes políticos – Resumo 
STJ STF
- Todos osagentes, exceto o
Presidente da República
- Tema controverso
- Não alcança ministros de Estado;
- Alcança os ministros do STF;
- Alcança os governadores;
- Se a questão perguntar genericamente
“agentes políticos”, devemos responder
que eles podem responder por
improbidade.
Sujeito ativo do ato (art. 3º)
➢Terceiros (não agentes públicos)
➢Pessoa física ou jurídica que:
➢Induz
➢Concorre
➢Beneficia-se do ato de improbidade
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele
que, mesmo não sendo agente público, INDUZA ou CONCORRA para
a prática do ato de improbidade ou dele SE BENEFICIE sob qualquer
forma direta ou indireta.
4. (FCC – Analista Judiciário/TRT 11ª Região/2017) Vinicius é empresário, proprietário
de gráfica e papelaria situada no Município de Boa Vista. O Ministério Público do
Estado de Roraima ingressou com ação de improbidade administrativa contra Vinicius
argumentando que, embora não seja agente público, beneficiou-se, indiretamente, de
ato de improbidade administrativa. As disposições da Lei de Improbidade
Administrativa
a) são aplicáveis, no que couber, a Vinicius.
b) não se aplicam a Vinicius, tendo em vista sua condição de particular.
c) são aplicáveis, em sua totalidade, a Vinicius, inclusive as destinadas especificamente
aos agentes públicos.
d) não se aplicam a Vinicius, haja vista que o benefício indireto não justifica a
incidência da citada lei.
e) não se aplicam a Vinicius, pois apenas o particular que induzir ou concorrer para a
prática do ato ímprobo é que estará sujeito às disposições da citada lei.
Gabarito: alternativa A
5 - (CESPE – Técnico Judiciário/TRE PE/2017) Um empresário, proprietário de
determinada empresa que firmou contrato com o poder público, contribuiu para a
prática de ato de improbidade administrativa levado a efeito por servidor público de
determinado órgão estatal. Nessa situação hipotética,
a) o servidor público só estará sujeito ao disposto na Lei de Improbidade
Administrativa se pertencer a órgão da administração direta.
b) o empresário só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa
se o ato de improbidade lhe tiver beneficiado.
c) o servidor só estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa se
tiver sido nomeado para o cargo mediante concurso público.
d) o servidor estará sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa ainda
que exerça suas funções de forma transitória.
e) o empresário, por não ser agente público, não estará sujeito ao disposto na Lei de
Improbidade Administrativa.
Gabarito: alternativa D
Foro competente
➢Tema bastante controverso!
➢Regra: juízo de 1º grau (não existe foro por prerrogativa de função)
➢Exceções:
➢Membros do STF: STF;
➢Governadores de estado: STJ.
6 - (CESPE – Juiz Estadual/TJ PR/2017) De acordo com o entendimento jurisprudencial e a
Lei n.º 8.429/1992, assinale a opção correta a respeito da improbidade administrativa.
a) Conforme o STJ, a tipificação do ato de improbidade administrativa que atenta contra
os princípios da administração pública exige a demonstração de dolo específico.
b) A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que os agentes políticos municipais
não se submetem aos ditames da Lei de Improbidade Administrativa, porquanto já estão
sujeitos à responsabilização política e criminal prevista no decreto-lei que trata dos crimes
de responsabilidade de prefeitos e vereadores.
c) Segundo o STF, compete ao primeiro grau de jurisdição o julgamento das ações de
improbidade administrativa contra agentes políticos, ocupantes de cargos públicos ou
detentores de mandato eletivo, independentemente de eles estarem, ou não, em
atividade.
d) Para o STJ, nos atos de improbidade administrativa que causem lesão ao erário, a
responsabilidade entre os agentes ímprobos é subsidiária.
Gabarito: alternativa C
Declaração de bens
Declaração de bens (art. 13)
➢Requisito p/ POSSE e o EXERCÍCIO de agente público – Apresentação de
declaração de bens e valores (pode substituir p/ cópia da Declaração de IR)
➢Atualização: anualmente + quando deixar o mandato, cargo, emprego ou função.
➢Composição:
➢todos os bens, no país ou no exterior, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso
doméstico
➢inclusive do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a
dependência econômica do declarante.
➢Sanção: demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis (se não apresentar ou apresentar declaração falsa).
7 - (FGV – Especialista Legislativo de Nível Superior/Alerj/2017) A Lei nº 8.429/1992
dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento
ilícito no exercício de função na administração pública.
Acerca das disposições legais relativas à declaração de bens pelos agentes públicos, é
correto afirmar que:
a) a posse no cargo do agente público é condicionada à apresentação de declaração de
bens;
b) a declaração de bens do agente público está limitada ao seu patrimônio pessoal;
c) a declaração de bens só precisa ser atualizada quando houver alterações significativas
no patrimônio do agente público;
d) é obrigatória a entrega de cópia da declaração anual de imposto de renda do agente
público;
e) a pena para o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens é a
suspensão.
Gabarito: alternativa A
Prescrição da ação
Prescrição (art. 23)
➢As ações de improbidade podem ser propostas:
➢ até CINCO anos: após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão
ou de função de confiança;
➢ dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de
cargo efetivo ou emprego.
➢ No caso de entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo de
órgão público ou para cuja criação ou custeio o erário concorra com menos de
50% do patrimônio ou da receita anual (art. 1º, parágrafo único): até CINCO anos
da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final
➢ Ação de ressarcimento ao erário: IMPRESCRITÍVEL
8 - (FCC – Analista Judiciário/TRT 11ª Região/2017) Joaquim é advogado e foi
convidado por um Juiz de determinado Tribunal para ocupar cargo em comissão
no citado Tribunal, sendo sua contratação efetivada em novembro de 2015.
Ocorre que Joaquim, no exercício de suas atribuições, negou publicidade a atos
oficiais, o que acarretou a sua exoneração, ocorrida em outubro de 2016. O fato
também chegou ao conhecimento do Ministério Público, que pretende, após a
devida investigação, ingressar com ação de improbidade administrativa contra
Joaquim. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, a ação de improbidade pretendida
pelo Ministério Público pode ser proposta até
a) novembro de 2025.
b) novembro de 2020.
c) outubro de 2020.
d) outubro de 2021.
e) novembro de 2018.
Gabarito: alternativa D
9 - (FGV – Analista/IBGE/2016) De acordo com a Lei n.º 8.429/92, que dispõe
sobre os atos de improbidade administrativa, a prescrição para a pretensão de
aplicação aos agentes das sanções pessoais pela prática de ato de improbidade
ocorre em:
a) oito anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de
função de confiança, incluindo as ações de ressarcimento ao erário;
b) oito anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança, sendo que o ressarcimento ao erário é imprescritível;
c) cinco anos após o término do exercício de mandato eletivo e dois anos após o
fim da investidura de cargo em comissão ou de função de confiança;
d) cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança, incluindo as ações de ressarcimento ao erário;
e) cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança, sendo que o ressarcimento ao erário é imprescritível.
Gabarito: alternativa E
Crime (art. 19)
➢Representar por ato de improbidade contra agente público
ou terceirobeneficiário, quando o autor da denúncia o
sabe inocente.
➢Pena: detenção de 6 a 10 meses e multa.
➢Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a
indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à
imagem que houver provocado.
Procedimento administrativo 
e processo judicial
➢Qualquer pessoa poderá REPRESENTAR à autoridade competente p/
apurar à prática de ato de improbidade
➢A representação deve: (i) ser escrita ou reduzida a termo e assinada;
(ii) conter a qualificação do representação; (iii) conter as informações
sobre o fato e sua autoria; (iv) conter indicação de provas que tenha
conhecimento.
➢Rejeição (fundamentada) se não contiver os requisitos (não impede
que a pessoa represente ao Ministério Público)
Representação (art. 14)
10 - (CESPE – Analista Judiciário/TRE PE/2017) Considerando, por mera hipótese, que
Sérgio seja servidor público da autarquia X e que, no desempenho de atividades do seu
cargo, pratique ato de improbidade administrativa, assinale a opção correta.
a) Qualquer pessoa terá legitimidade para, perante a autoridade administrativa
competente, apresentar representação solicitando a instauração de investigação para
apurar a prática do ato de improbidade.
b) Caso o referido ato cause lesão ao erário, Sérgio poderá ter os direitos políticos
suspensos de oito a dez anos.
c) Sérgio somente sofrerá as sanções previstas em lei se houver efetiva ocorrência de
dano ao patrimônio público.
d) A ação de improbidade contra Sérgio somente poderá ser proposta pela pessoa
jurídica lesada, ou seja, a autarquia X.
e) Se o ato em questão atentar contra os princípios da administração pública, Sérgio
responderá tanto por ação quanto por omissão, tenha ele agido de forma dolosa ou
culposa.
Gabarito: alternativa A
➢ Se a representação atender aos requisitos, a autoridade DEVE apurar
os fatos
➢A apuração de ser realizada por uma COMISSÃO
➢ Se servidor federal, a apuração ocorrerá nos termos da Lei 8.112/90;
se militar, nos termos de regulamento disciplinar
➢A comissão processante deve comunicar o MP e o TC da existência de
procedimento administrativo de apuração
➢O MP ou o TC poderá designar representante para acompanhar o
procedimento administrativo
Procedimento administrativo (arts. 14 a 16)
➢ Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representação ao
MP ou à procuradoria do órgão p/ que requeira, ao juízo competente, a
decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.
➢ Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio
de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado
no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
Sequestro de bens (art. 16)
Sequestro de 
bens
▪ Medida cautelar
▪ Fundados indícios de responsabilidade
▪ Enriquecimento ilícito ou dano ao patrimônio público
▪ Juízo competente
▪ Pode incluir outras medidas
➢ Espécie de ação civil pública (Lei 7.347/1985)
➢Rito ordinário
➢ Pode ser, ou não, precedida de medida cautelar
➢Quando houver cautelar, a ação deve ser proposta no prazo de 30 dias
da efetivação da medida cautelar
Ação judicial (art. 17)
➢Competência para propor a ação:
➢ Ministério público
➢ Pessoa jurídica interessada
➢Se o MP não for parte no processo, deverá atuar
obrigatoriamente como fiscal da lei, sob pena de nulidade
➢Se a ação for proposta p/ MP, a pessoa jurídica interessada
poderá: (i) abster-se de contestar o pedido; ou (ii) poderá atuar ao
lado do autor, desde que isso seja útil para o interesse público.
Ação judicial (art. 17)
➢ É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade (§ 1º)
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a
notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser
instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão
fundamentada, REJEITARÁ a ação, se convencido da inexistência do ato de
improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de
improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito.
Ação judicial (art. 17)
11 - (CESPE – Procurador/Prefeitura de Fortaleza/2017) Um servidor da Procuradoria-
Geral do Município de Fortaleza, ocupante exclusivamente de cargo em comissão, foi
preso em flagrante, em operação da Polícia Federal, por fraudar licitação para favorecer
determinada empresa.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente tendo como
fundamento o controle da administração pública e as disposições da Lei de Improbidade
Administrativa e da Lei Municipal n.º 6.794/1990, que dispõe sobre o Estatuto dos
Servidores do Município de Fortaleza.
Mesmo que o servidor mencionado colabore com as investigações e ressarça o erário,
não poderá haver acordo ou transação judicial em sede de ação de improbidade
administrativa.
Gabarito: correto
➢A sentença que julgar procedente ação civil de REPARAÇÃO DE
DANO ou DECRETAR A PERDA DOS BENS havidos ilicitamente
determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso,
EM FAVOR DA PESSOA JURÍDICA PREJUDICADA pelo ilícito.
➢A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações
necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio
público (art. 17, § 2º).
Ação judicial (art. 18)
12 - (FCC – Analista Judiciário/TRT 24ª Região/2017) Considere a seguinte situação hipotética: o
Ministério Público do Estado do Mato Grosso ingressou com ação de improbidade contra o
agente público Ricardo. Após analisar a defesa preliminar apresentada, o juiz determinou o
prosseguimento do feito, com a consequente citação de Ricardo para o oferecimento de
contestação. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, o tema da inadequação da ação de improbidade
a) não poderá ser enfrentado pelo magistrado em outro momento processual, haja vista que já
foi analisado por ocasião da análise da defesa preliminar.
b) poderá ser enfrentado em qualquer fase do processo e, caso acolhido, importará em extinção
do processo sem julgamento de mérito.
c) poderá novamente ser enfrentado por ocasião da análise da contestação, último momento
para enfrentar o tema.
d) apenas poderá novamente ser enfrentado por ocasião da prolação da sentença, por ser o
momento em que é devolvida ao magistrado a análise de toda a matéria discutida na demanda.
e) poderá ser enfrentado em qualquer fase do processo e, caso acolhido, importará em extinção
do processo com julgamento de mérito.
Gabarito: alternativa B
Prof. Herbert Almeida
prof.herbertalmeida@gmail.com
Atos de improbidade em 
espécie
Atos que importam ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (art. 9º)
Atos que causam LESÃO AO ERÁRIO (art. 10)
Atos decorrentes de CONCESSÃO ou aplicação INDEVIDA
de benefício financeiro ou tributário (art. 10-A)
Atos que atentam contra os PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (art. 11)
Atos de improbidade (arts. 9º ao 11)
Elemento 
subjetivo
Dolo
Enriquecimento ilícito
Concessão indevida de benefício 
financeiro ou tributário
Atentam contra os princípios
Dolo ou culpa Causam lesão ao erário
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
INDEVIDA em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
Atos que importam enriquecimento ilícito (art. 9º)
Enriquecimento ilícito (art. 9º)
“Perceber vantagem econômica” para 
alguma coisa...
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer
outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão,percentagem,
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,
permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas
entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,
permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal
por preço inferior ao valor de mercado;
Atos que importam enriquecimento ilícito (art. 9º)
Enriquecimento ilícito (art. 9º)
➢ Condutas cuja descrição NÃO apresenta o “perceber vantagem econômica”
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio
ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação
ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
13 - (FCC – Técnico Judiciário/TRT 24ª Região/2017) Onofre, auditor fiscal da Receita
Federal, recebeu vantagem econômica para tolerar a prática de contrabando, razão pela
qual foi processado por improbidade administrativa. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, a
conduta de Onofre insere-se expressamente na modalidade de ato de improbidade
administrativa
a) causador de prejuízo ao erário, não sendo necessária a efetiva ocorrência de prejuízo
ao erário para que reste configurado o ato ímprobo.
b) causador de prejuízo ao erário, sendo necessário, dentre outros elementos, a conduta
dolosa para a configuração do ato ímprobo.
c) que atenta contra os princípios da Administração pública, sendo necessário, dentre
outros elementos, conduta meramente culposa para a configuração do ato ímprobo.
d) que importa enriquecimento ilícito, sendo necessário, dentre outros elementos, a
conduta dolosa para a configuração do ato ímprobo.
e) que importa enriquecimento ilícito, sendo necessário, dentre outros elementos,
conduta meramente culposa para a configuração do ato ímprobo.
Gabarito: alternativa D
14 - (FGV – Especialista Legislativo de Nível Superior/Alerj/2017) A Lei Federal nº
8.429/1992 trata dos atos de improbidade administrativa praticados por agentes
públicos e os apresenta em três tipos: os que importam enriquecimento ilícito, os
que causam prejuízo ao erário e os que atentam contra os princípios da
Administração Pública.
Constitui um exemplo de ato de improbidade administrativa que importa
enriquecimento ilícito:
a) agir negligentemente na arrecadação de tributos;
b) deixar de prestar contas quando estiver obrigado a fazê-lo;
c) frustrar a licitude de concurso público;
d) ordenar a realização de despesas não autorizadas;
e) usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades
públicas.
Gabarito: alternativa E
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
Atos que causam lesão ao erário (art. 10)
Atos que causam lesão ao erário (art. 10)
❖Exemplos:
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes
do acervo patrimonial das entidades públicas;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração
de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
Gabarito: alternativa B
15 - (FCC – Analista Judiciária/TRT 11ª Região/2017) Maurício, Diretor de
autarquia federal, doou à pessoa jurídica que presta serviços assistenciais,
bens do patrimônio da autarquia, sem observância das formalidades legais
e regulamentares aplicáveis à espécie, razão pela qual foi processado por
improbidade administrativa, haja vista que a conduta enquadra-se em
dispositivo expresso previsto na Lei nº 8.429/1992. Para que reste afastado
o ato ímprobo, Maurício deverá comprovar, dentre outros requisitos, a
ausência de
a) conduta comissiva.
b) prejuízo ao erário.
c) dolo.
d) beneficiamento de terceiros.
e) enriquecimento ilícito.
Tendo ocorrido dispensa de licitação de forma
indevida, mas não sendo provado prejuízo ao erário
nem má-fé do administrador, NÃO se verifica a
ocorrência de ato de improbidade administrativa.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.173.677-MG, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 20/8/2013.
Art. 10 - Constitui ato de improbidade administrativa que causa
lesão ao erário [...] III - doar à pessoa física ou jurídica bem
como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos
ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie;
Gabarito: alternativa C
16. (FCC - Técnico Judiciário/TRT 11ª Região2017) Nuno, ex-Presidente de um banco
público, foi processado por improbidade administrativa pelo Ministério Público pela
prática de ato que causa prejuízo ao erário. Em síntese, sustentou a Promotoria que
Nuno aceitou garantia inidônea para a concessão de empréstimos à determinada
empresa. Em sua defesa, Nuno alegou e provou que sua conduta foi meramente culposa,
que inexistiu prejuízo ao erário e que não houve beneficiamento próprio ou de terceiros.
Nos termos da Lei nº 8.429/1992,
a) apenas o primeiro argumento de Nuno afasta a caracterização do ato ímprobo
praticado.
b) todos os argumentos de Nuno afastam a caracterização do ato ímprobo praticado.
c) apenas o segundo argumento de Nuno afasta a caracterização do ato ímprobo
praticado.
d) nenhum dos argumentos de Nuno afasta a caracterização do ato ímprobo praticado.
e) apenas o segundo e terceiro argumentos de Nuno afastam a caracterização do ato
ímprobo praticado.
Art. 10 - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário [...] VI - realizar operação financeira sem observância das normas
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
17 - (FCC – Técnico Judiciário/TRE SP/2017) Em uma situação hipotética,
Fausto é servidor público do TRE-SP e, no exercício de suas atribuições,
concorreu para que determinada empresa privada se enriquecesse
ilicitamente. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, para que reste configurado o
ato ímprobo, é necessário, dentre outros requisitos,
a) conduta culposa.
b) enriquecimento ilícito do servidor.
c) violação aos princípios da Administração pública.
d) conduta obrigatoriamente omissiva.
e) benefícios indevidos ao Tribunal do qual faz parte.
Gabarito: alternativaA
18 - (CESPE – Analista Judiciário/TRE PE/2017) Um empregado de determinada
sociedade de economia mista permitiu que terceiro enriquecesse ilicitamente, em
detrimento do patrimônio público, embora não tenha facilitado a prática do ato que
resultou no enriquecimento do terceiro nem tenha concorrido para a sua prática.
Nessa situação, o empregado
a) cometeu ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento ilícito.
b) cometeu ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário.
c) não cometeu ato de improbidade administrativa, pois empregados de sociedade de
economia mista não estão sujeitos às cominações da Lei de Improbidade Administrativa.
d) não cometeu ato de improbidade, pois o ato de permitir o enriquecimento ilícito de
terceiro não está expressamente configurado como improbidade administrativa no
ordenamento jurídico brasileiro.
e) não cometeu ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública, pois agiu mediante omissão culposa.
Gabarito: alternativa B
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão
para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao
que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de
julho de 2003.
Atos que decorrentes de concessão ou aplicação
indevida de benefício financeiro ou tributário(art. 10-A)
➢ Instituído pela LC 157/2016 (formalmente lei complementar, materialmente lei
ordinária)
➢A LC 116/2003 trata do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS)
➢A alíquota mínima será de 2%
➢ Se conceder alíquota abaixo de 2%, cometerá o ato de improbidade (exceções: obras;
reparação, conservação e reforma; e transporte coletivo municipal)
➢Produção de efeitos: 30/12/17
Atos que atentam contra os princípios da
Administração (art. 11)
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:
Atos que atentam contra os princípios da
Administração (art. 11)
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso
daquele previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das
atribuições e que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
Atos que atentam contra os princípios da
Administração (art. 11)
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da
respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de
afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de
contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na
legislação.
Frustrar a licitude de:
Concurso 
público
Atenta contra os 
princípios da 
Administração Pública
Processo 
licitatório
Causa lesão ao erário
IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA
19 - (FCC – Analista Judiciário/TRE SP/2017) Considere a seguinte situação
hipotética: Cristiana, Diretora de uma autarquia federal, foi condenada, em
primeira instância, pela prática de ato de improbidade administrativa. Segundo o
entendimento do magistrado, Cristiana, ao determinar a contratação direta de
cinco servidores para integrarem os quadros da entidade, frustrou a licitude de
concurso público. Inconformada com a condenação, Cristiana interpôs recurso ao
Tribunal competente. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, para que seja afastada a
caracterização do ato ímprobo, é necessário, dentre outros requisitos, a
comprovação da ausência de
a) dolo.
b) prejuízo ao erário.
c) enriquecimento ilícito.
d) culpa.
e) benefícios indevidos aos servidores contratados.
Gabarito: alternativa A
Sanções
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Sanções (art. 12)
❖Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na
legislação específica
❖Podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo c/ gravidade do fato
❖Na fixação das penas, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim
como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
❖A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com
o trânsito em julgado da sentença condenatória (art. 20)
❖A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o
afastamento do agente público, SEM prejuízo da remuneração, quando a medida
se fizer necessária à instrução processual.
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Sanções
❖Enriquecimento ilícito (art. 12, I):
→perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
→ressarcimento integral do dano, quando houver;
→perda da função pública;
→suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos;
→pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial;
→proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
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Sanções
❖Lesão ao erário (art. 12, II):
→ressarcimento integral do dano;
→perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer
esta circunstância;
→perda da função pública;
→suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos;
→pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano; e
→proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
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Sanções
❖Concessão indevida de benefício financeiro ou tributário (art. 12, IV):
→perda da função pública;
→suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos;
→multa civil de até três vezes o valor do benefício financeiro ou tributário
concedido.
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Sanções
❖Que atentam contra os princípios da Administração (art. 12, III):
→ressarcimento integral do dano, se houver;
→perda da função pública;
→suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos;
→pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida
pelo agente; e
→proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
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Concessão de 
benefício 
indevido
Ressarcimento ao 
erário
-
Perda da função 
pública
Aplicável
Suspensão dos 
direitos políticos
De 5 a 8 anos
Perda dos bens 
acrescidos 
ilicitamente
-
Multa civil
Até 3x o valor do 
benefício
concedido
Proibição de contratar 
com o Poder Público
-
20 - (CESPE – Delegado de Polícia/PC GO/2017) Em relação à improbidade administrativa,
assinale a opção correta.
a) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição decenal, qualquer
que seja a tipicidade do ilícito praticado pelo agente público.
b) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade administrativa por
uso de maquinário da administração em seu sítio particular, poderá ser-lhe aplicada pena de
suspensão dos direitos políticos por período de cinco a oito anos.
c) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho ouem conluio
com agente público, responderá, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, desde
que tenha obtido alguma vantagem pessoal.
d) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o autor auferir
vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, emprego ou atividade,
mesmo que de forma culposa.
e) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem justificativa e
reiterada, deixar de praticar ato de ofício, poderá ser-lhe aplicada multa civil de até cem
vezes o valor da sua remuneração, conforme a gravidade do fato.
Gabarito: alternativa E
21 - (FCC – Analista Judiciário/TRE SP/2017) Viviane, servidora pública federal, é
chefe de determinada repartição pública e, pela conduta de ter concedido
benefício administrativo sem observar as formalidades legais aplicáveis à espécie,
foi condenada, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos por seis
anos. Observando-se a Lei nº 8.429/1992, a sentença proferida deve também
aplicar a seguinte sanção a Viviane:
a) pagamento de multa civil, de até três vezes o valor do dano.
b) proibição de contratar com o Poder público, pelo prazo de cinco anos.
c) proibição de contratar com o Poder público, pelo prazo de três anos.
d) multa civil, de até cem vezes o valor da remuneração de Viviane.
e) proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais, pelo prazo de dez anos.
Gabarito: alternativa B
Bons estudos!
Prof. Herbert Almeida
prof.herbertalmeida@gmail.com

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