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IR35_20 boletim IOB Imposto de renda

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Boletimj
Manual de Procedimentos
Acesse a versão eletrônica deste fascículo em 
www.iob.com.br/boletimiobeletronico
Imposto de Renda 
e Legislação Societária
Fascículo No 35/2020
Veja nos Próximos 
Fascículos
a CNPJ - Candidatos e partidos 
políticos
a Simples Nacional - 
Compensação fiscal pela 
divulgação gratuita de 
propaganda partidária e 
eleitoral, de plebiscitos e 
referendos
a Sociedade Anônima - 
Consórcio de sociedades
/a Tributos e Contribuições Federais
IR/CSL/Cofins/PIS-Pasep
Dispensa de retenção e recolhimento de imposto ou contribuição de 
valor inferior a R$ 10,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
/a Sociedade Anônima
Grupo de sociedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
/a IOB Comenta
Tributos e Contribuições Federais
Guarda e manutenção de documentos fiscais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
/a IOB Perguntas e Respostas 
Cofins/PIS-Pasep
Regime cumulativo - Mudança para o regime não cumulativo - 
Apropriação imediata de créditos sobre bens do Ativo Imobilizado - 
Inadmissibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Simples Nacional
Exclusão do regime - Falta de comunicação - Penalidade aplicável . . . 10
Exclusão do regime por excesso de despesas - Hipótese . . . . . . . . . . 10
Gorjetas - Inclusão na receita bruta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Imposto de Renda incidente sobre aplicações financeiras de renda 
fixa e de renda variável - Tratamento aplicável . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer 
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
20-41089 CDU-34:336.215(81)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Imposto de renda e legislação societária : 
 IR/CSL/COFINS/PIS-Pasep : dispensa de retenção 
 e recolhimento de imposto ou contribuição de 
 valor inferior a r$ 10,00. -- 16. ed. -- 
 São Paulo : IOB, 2020. -- (Coleção manual de 
 procedimentos ; 35)
 ISBN 978-65-5769-041-3
 1. Imposto de renda - Leis e legislação - 
Brasilão - Brasil I. Série.
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Imposto de renda : Direito tributário 
 34:336.215(81)
Iolanda Rodrigues Biode - Bibliotecária - CRB-8/10014
Bo
le
tim
 IO
B
© 2020 by IOB
Capa:
Marketing IOB
Editoração Eletrônica e Revisão: 
Editorial IOB
0800-724-7900 SAC
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Boletimj
35-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 IR/LS
IR/CSL/COFInS/PIS-PASeP
Dispensa de retenção e recolhimento de imposto ou contribuição de valor inferior 
a R$ 10,00
1. QUADRO SINÓTICO
Relacionamos, nos quadros a seguir, as hipóteses em que há dispensa do recolhimento de Darf de valor 
inferior a R$ 10,00, de acordo com o imposto ou a contribuição:
IRRF
Descrição
Dispensa Observado o subtópico 2.2, é dispensada a retenção do IRRF de valor não superior a R$ 10,00 incidente sobre:
a) rendimentos, pagos a pessoas físicas, que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na Declaração 
de Ajuste Anual do beneficiário (tais como salários, exceto o 13º, remuneração do trabalho não assalariado, alu-
guéis, etc.);
b) rendimentos, pagos ou creditados a pessoas jurídicas, que devam integrar a base de cálculo do imposto devido 
pela beneficiária, seja essa tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado (tais como remuneração de 
serviços prestados, comissões e corretagens, rendimentos de aplicações financeiras, etc.).
Exceção Devem ser submetidos à retenção do IRRF, ainda que inferior a R$ 10,00.
A dispensa de retenção não se aplica aos casos de tributação exclusivamente na fonte, tais como:
a) gratificação natalina (13º salário) paga a empregados, trabalhadores avulsos, servidores públicos e aposentados 
e pensionistas da Previdência Social;
b) rendimentos de aplicações financeiras (aplicações de renda fixa e fundos de investimentos) e juros remunera-
tórios do capital próprio, pagos ou creditados a pessoas físicas e pessoas jurídicas isentas do Imposto de Renda; 
microempresas e empresas de pequeno porte inscritas no Simples;
c) rendimentos pagos ou creditados a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior.
IRPJ, CSL, COFINS, PIS-PASEP E IRPF
Descrição
Dispensa Na hipótese do IRPJ, CSL, Cofins, PIS-Pasep e o IRPF, o Darf não pode ser utilizado para pagamento de valor infe-
rior a R$ 10,00. Se o valor do imposto ou da contribuição for inferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao valor do 
imposto ou da contribuição, do mesmo código, correspondente a período subsequente, até que o valor total seja 
igual ou superior a R$ 10,00 quando, então, deverá ser pago no prazo estabelecido na legislação para este último 
período de apuração sem acréscimo.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RETIDAS NA FONTE
Descrição
Dispensa A retenção na fonte das contribuições sociais (CSL, contribuição para o PIS-Pasep e Cofins) é dispensada em caso 
de valor igual ou inferior a R$ 10,00, exceto na hipótese de Documento de Arrecadação de Receitas Federais - 
DARF - eletrônico efetuado por meio do Siafi.
a Tributos e Contribuições Federais
35-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
2. DISPENSA DE RETENÇÃO DO IRRF DE VALOR 
NÃO SUPERIOR A R$ 10,00
2.1 Casos de aplicação
É dispensada a retenção do Imposto de Renda na 
Fonte de valor não superior a R$ 10,00 incidente sobre:
I - rendimentos, pagos a pessoas físicas, que de-
vam integrar a base de cálculo do imposto devi-
do na Declaração de Ajuste Anual do beneficiá-
rio (tais como salários, exceto o 13º, remunera-
ção do trabalho não assalariado, aluguéis, etc.);
II - rendimentos, pagos ou creditados a pessoas 
jurídicas, que devam integrar a base de cál-
culo do imposto devido pela beneficiária, seja 
essa tributada com base no lucro real, presu-
mido ou arbitrado (tais como remuneração de 
serviços prestados, comissões e corretagens, 
rendimentos de aplicações financeiras, etc.).
Nota
De acordo com a Solução de Consulta Cosit nº 142/2015, é dispensada 
a retenção de Imposto de Renda na Fonte (IRRF), de valor igual ou inferior 
a R$ 10,00, sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo do 
imposto devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, 
presumido ou arbitrado. A referida norma esclareceu também que:
a) não é aplicável, nesse caso, ao imposto não retido, a adição prevista 
no § 1º do art. 68 da Lei nº 9.430/1996; e
b) é vedado o fracionamento das notas fiscais visando à não retenção 
do IRRF.
(Lei nº 9.430/1996, art. 67; RIR/2018 art. 785)
2.2 Forma de observar esse limite
2.2.1 Rendimentos pagos a pessoas físicas
No caso de rendimentos pagos a pessoas físicas, 
quando houver mais de um pagamento no mês ao 
mesmo beneficiário, para efeito de incidência do 
imposto na fonte, por ocasião de cada pagamento, 
devem ser somados todos os pagamentos feitos no 
mês e aplicada a tabela progressiva sobre a base 
de cálculo determinada a partir desse somatório, 
deduzindo-se do imposto apurado o valor retido ante-
riormente no mês se tiver havido retenção.
Portanto, havendo mais de um pagamento no 
mês ao mesmo beneficiário, o imposto não retido no 
primeiro pagamento, por não ter superado o limite de 
R$ 10,00, poderá ser retido no segundo pagamento 
em diante se, da aplicação da tabela sobre a soma 
dos rendimentos pagos no mês, resultar imposto de 
valor superior a esse limite.
(RIR/2018, art. 122; Instrução NormativaRFB nº 1.500/2014, 
art. 58)
2.2.2 Rendimentos pagos a pessoas jurídicas
No caso de rendimentos pagos a pessoas jurí-
dicas, o imposto incide sobre cada pagamento ou 
crédito de rendimento, sem acumulação com outros 
valores pagos ou creditados anteriormente à mesma 
beneficiária.
No caso de importâncias creditadas, considera-se 
ocorrido o fato gerador do Imposto de Renda Retido 
na Fonte (IRRF), na data do lançamento contábil 
efetuado por pessoa jurídica, nominal ao fornecedor 
do serviço, a débito de despesas em contrapartida 
com o crédito de conta do passivo, à vista da nota 
fiscal ou fatura emitida pela contratada e aceita pela 
contratante. Dessa forma, a retenção do IRRF, inci-
dente sobre as importâncias creditadas por pessoa 
jurídica a outra pessoa jurídica pela prestação de 
serviços caracterizadamente de natureza profissional, 
será efetuada na data da contabilização do valor dos 
serviços prestados, considerando-se a partir dessa 
data o prazo para o recolhimento.
Portanto, se no mês ocorrer mais de um paga-
mento ou crédito de rendimento à mesma beneficiária, 
o imposto calculado sobre o valor de cada um que 
não superar R$ 10,00 ficará dispensado de retenção 
ainda que, se fosse calculado sobre a soma dos 
rendimentos, ultrapassasse esse limite. Observa-se, 
todavia, que, por ocasião de cada pagamento ou 
crédito de rendimento, o valor pago ou creditado 
constitui uma base de cálculo unitária do imposto, 
independentemente do número de documentos em 
que se baseia.
Entendemos que essa norma se aplica ao soma-
tório dos valores pagos ou creditados em um mesmo 
dia. Assim, tomemos como exemplo, a contratação 
entre pessoas jurídicas de serviços profissionais, em 
que tenham acordado como contrapartida aos servi-
ços prestados o valor de R$ 800,00. Porém, a empresa 
prestadora dos serviços emitiu duas notas fiscais 
no valor unitário de R$ 400,00 cada uma e datadas 
do mesmo dia. Por sua vez, a empresa contratante 
efetuou o registro desses documentos fiscais em 
sua contabilidade na mesma data. Nessa hipótese, 
tais valores estarão sujeitos à incidência do IRRF, o 
qual deve ser calculado e retido sobre a totalidade, 
ou seja, incidirá a alíquota do imposto de 1,5% sobre 
R$ 800,00, resultando no valor do IRRF a recolher de 
R$ 12,00.
(Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 8/2014; Solução de 
Consulta Cosit nº 161/2014)
2.3 Casos aos quais não se aplica
De acordo com a regra informada no item 1, a 
dispensa de retenção não se aplica aos casos de 
tributação exclusivamente na fonte, tais como:
35-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
I - gratificação natalina (13º salário) paga a em-
pregados, trabalhadores avulsos, servidores 
públicos e aposentados e pensionistas da Pre-
vidência Social (RIR/2018, art. 700, III);
II - rendimentos de aplicações financeiras (aplica-
ções de renda fixa e fundos de investimentos) 
e juros remuneratórios do capital próprio, pa-
gos ou creditados a (RIR/2018, arts. 726, § 1º, 
e 858):
a) pessoas físicas;
b) pessoas jurídicas isentas do Imposto de 
Renda;
c) microempresas e empresas de pequeno 
porte inscritas no Simples;
III - rendimentos pagos ou creditados a pessoas 
físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas 
no exterior.
Dessa forma, nos casos ilustrados neste subitem, 
deverão ser submetidos à retenção na fonte, mesmo 
inferiores a R$ 10,00.
3. IMPOSTO OU CONTRIBUIÇÃO A PAGAR 
APURADO EM VALOR INFERIOR A R$ 10,00
De acordo com o art. 68 da Lei nº 9.430/1996 e 
com a Instrução Normativa SRF nº 82/1996:
a) o Darf não pode ser utilizado para pagamento 
de tributos e contribuições de valor inferior a 
R$ 10,00;
b) se o valor do imposto ou da contribuição for in-
ferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao va-
lor do imposto ou da contribuição, do mesmo 
código, correspondente a período subsequen-
te, até que o valor total seja igual ou superior 
a R$ 10,00 quando, então, deverá ser pago no 
prazo estabelecido na legislação para este úl-
timo período de apuração sem acréscimo.
Esta norma aplica-se a todos os tributos e contribui-
ções administrados pela Secretaria da Receita Federal 
(exceto nos casos tratados no item 1), tais como:
- Imposto de Renda Pessoa Jurídica;
- Imposto de Renda Pessoa Física;
- Contribuição Social sobre o Lucro;
- Cofins;
- contribuição para o PIS-Pasep.
Dessa forma, a distinção básica é se o valor a ser 
arrecadado é pertencente à pessoa jurídica na cate-
goria de contribuinte ou se trata de recolhimento na 
modalidade de responsável tributário. Nessa última 
hipótese, observará as regras referidas no subitem 
2.1 e 2.2. Por fim, no tocante ao Imposto de Renda 
incidente na fonte, esse procedimento somente se 
aplica aos casos não abrangidos pela dispensa de 
retenção (referidos no subitem 2.3).
4. TRIBUTOS FEDERAIS DEVIDOS PELO 
CONTRIBUINTE DE VALORES NÃO SUPERIORES 
A R$ 10,00 - DISPENSA DE RETENÇÃO
De acordo com a Lei nº 9.430/1996, art. 68, caput 
e § 1º, e com a Instrução Normativa SRF nº 82/1996, 
ficou estabelecido que:
a) o Darf não pode ser utilizado para pagamento 
de tributos e contribuições de valor inferior a 
R$ 10,00;
b) se o valor do imposto ou da contribuição for in-
ferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao va-
lor do imposto ou da contribuição, do mesmo 
código, correspondente a período subsequen-
te, até que o valor total seja igual ou superior 
a R$ 10,00, quando, então, deverá ser pago 
no prazo estabelecido na legislação para este 
último período de apuração sem acréscimo.
Portanto, pode-se observar que o disposto nas 
letras “a” e “b“ aplica-se a todos os tributos e contribui-
ções administrados pela Secretaria da Receita Federal 
do Brasil (RFB), inclusive em relação às contribuições 
para o PIS-Pasep e da Cofins, e à Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido (CSL), todos devidos pelo pró-
prio contribuinte.
Todavia, quanto à retenção na fonte das contribui-
ções sociais (CSL, contribuição para o PIS-Pasep e 
Cofins), deve-se observar o seguinte:
a) desde o dia 22.06.2015, fica dispensada a re-
tenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00. 
Essa regra foi estabelecida pelo art. 24 da Lei 
nº 13.137/2015;
b) até o dia 21.06.2015, havia a dispensa de re-
tenção na fonte para os pagamentos aos pres-
tadores de serviços de valor igual ou inferior a 
R$ 5.000,00, considerando o somatório dos pa-
gamentos no mesmo mês à mesma pessoa ju-
rídica;
c) desde 22.06.2015, é dispensada a retenção 
de valor igual ou inferior a R$ 10,00, exceto na 
hipótese de Documento de Arrecadação de 
Receitas Federais (Darf) eletrônico efetuado 
por meio do Siafi.
(Lei nº 9.430/1996, arts. 67 e 68; RIR/2018, art. 938, §§ 4º e 
5º; Lei nº 10.833/2003, art. 31, § 3º, alterado pelo art. 24 da Lei 
nº 13.137/2015; Instrução Normativa SRF nº 459/2004, art. 1º, 
§ 3º; Solução de Consulta Cosit nº 7/2013)
N
35-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
a Sociedade Anônima
Grupo de sociedades
 SUMÁRIO
 1. Quadro sinótico
 2. Constituição
 3. Companhias que dependem de autorização de órgão 
governamental para funcionar
 4. Comando do grupo
 5. Estrutura administrativa
 6. Arquivamento na Junta Comercial
 7. Publicidade
 8. Alterações nos atos constitutivos
 9. Demonstrações financeiras
 10. Utilização privativa da expressão “grupo”
1. QUADRO SINÓTICO
Relacionamos, no quadro a seguir, os principais 
aspectos a serem observados pelas sociedades anô-
nimas quanto à constituição de grupo de sociedades:
Característica
O grupo de sociedades é uma forma de concentração de empresas, do mesmo tipo jurídico ou não, 
ou seja, o grupo pode ser constituído por companhias ou sociedades por ações e sociedades por 
quotas de responsabilidade limitada. A característica fundamental do grupo de sociedades é que 
as empresas dele participantes mantêm personalidades jurídicas próprias, emborafiquem subor-
dinadas a uma política econômica centralizada na sociedade de comando (também conhecida por 
empresa-mãe).
Constituição
A convenção de constituição deve conter (Lei nº 6.404/1976, art. 269):
a) a designação do grupo;
b) a indicação da sociedade de comando e das filiadas;
c) as condições de participação das diversas sociedades;
d) o prazo de duração, se houver, e as condições de extinção;
e) as condições para admissão de outras sociedades e para a retirada das que componham o 
grupo;
f) os órgãos e os cargos da administração do grupo, suas atribuições e as relações entre a estrutura 
administrativa do grupo e as das sociedades que o componham;
g) a declaração da nacionalidade de controle do grupo;
h) as condições para alteração da convenção.
Autorização governamental
A companhia que, por seu objeto, depende de autorização de órgão governamental para funcionar 
somente poderá participar de grupo de sociedades após a aprovação da convenção do grupo pela 
autoridade competente para aprovar suas alterações estatutárias (Lei nº 6.404/1976, art. 268).
Comando do grupo
A sociedade controladora ou de comando do grupo deve ser brasileira e exercer direta ou indireta-
mente, e de modo permanente, o controle das sociedades filiadas como titular de direitos de sócio 
ou acionista ou mediante acordo com outros sócios ou acionistas (Lei nº 6.404/1976, art. 265, § 1º).
Estrutura administrativa
a) Administradores do grupo: a representação das sociedades perante terceiros, salvo disposição 
expressa na convenção do grupo, caberá exclusivamente aos administradores de cada sociedade 
de acordo com os respectivos estatutos ou contratos sociais (Lei nº 6.404/1976, art. 272, parágrafo 
único);
b) Administradores das sociedades filiadas: competem aos administradores das sociedades filiadas 
observar a orientação geral estabelecida e as instruções expedidas pelos administradores do grupo 
que não importem violação da lei ou da convenção do grupo (Lei nº 6.404/1976, art. 273);
c) Remuneração de administradores do grupo: os administradores do grupo e os investidos em 
cargos de mais de uma sociedade poderão ter a sua remuneração rateada entre as diversas 
sociedades, e a sua gratificação, se houver, pode ser fixada dentro dos limites previstos na Lei 
nº 6.404/1976, art. 152, § 1º, com base nos resultados apurados nas demonstrações financeiras 
consolidadas do grupo (Lei nº 6.404/1976, art. 274).
Arquivamento
As sociedades filiadas devem arquivar nas Juntas Comerciais das Unidades da Federação onde 
se localizarem as respectivas sedes as atas de assembleias ou alterações contratuais que tiverem 
aprovado a convenção, sem prejuízo do arquivamento da constituição do grupo pela sociedade de 
comando. (Instrução Normativa DREI nº 81/2020, art. 2º).
Demonstrações financeiras
O grupo de sociedades deve publicar, além das demonstrações financeiras referentes a cada uma 
das companhias que o compõem, demonstrações consolidadas, que compreendam todas as so-
ciedades do grupo, elaboradas com observância das normas sobre consolidação estabelecidas no 
art. 250 da Lei das S/A (Lei nº 6.404/1976, art. 275, caput).
Uso da expressão “grupo”
Somente os grupos organizados com observância das normas aqui focalizadas poderão usar desig-
nação com as palavras “grupo” ou “grupo de sociedades” ((Lei nº 6.404/1976, art. 267, parágrafo 
único).
35-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
1.1 Características
O grupo de sociedades, que está disciplinado na 
Lei nº 6.404/1976, arts. 265, 266, 267, 268, 269, 270, 
271, 272, 273, 274, 275, 276 e 277 é uma forma de 
concentração de empresas, do mesmo tipo jurídico 
ou não, ou seja, o grupo pode ser constituído por 
companhias ou sociedades por ações e sociedades 
por quotas de responsabilidade limitada. Diz a Lei 
nº 6.404/1976, art. 265 (caput) que a sociedade 
controladora e suas controladas podem constituir 
grupo de sociedades, mediante convenção pela qual 
se obriguem a combinar recursos ou esforços para a 
realização dos respectivos objetos ou a participar de 
atividades ou empreendimentos comuns.
A característica fundamental do grupo de socie-
dades é que as empresas dele participantes mantêm 
personalidades jurídicas próprias, embora fiquem 
subordinadas a uma política econômica centralizada 
na sociedade de comando (também conhecida por 
empresa-mãe). Em virtude de cada sociedade partici-
pante do grupo conservar personalidade e patrimônio 
distintos (Lei nº 6.404/1976, art. 266), não se presume 
responsabilidade solidária das sociedades do mesmo 
grupo. O grupo de sociedades terá designação da 
qual constarão as palavras “grupo de sociedades” ou 
“grupo” (Lei nº 6.404/1976, art. 267).
2. CONSTITUIÇÃO
2.1 Convenção de constituição
A convenção de constituição deve conter (Lei 
nº 6.404/1976, art. 269):
a) a designação do grupo;
b) a indicação da sociedade de comando e das 
filiadas;
c) as condições de participação das diversas so-
ciedades;
d) o prazo de duração, se houver, e as condições 
de extinção;
e) as condições para admissão de outras socie-
dades e para a retirada das que componham 
o grupo;
f) os órgãos e os cargos da administração do 
grupo, suas atribuições e as relações entre a 
estrutura administrativa do grupo e as das so-
ciedades que o componham;
g) a declaração da nacionalidade de controle do 
grupo;
h) as condições para alteração da convenção.
Nota
A convenção também deve definir a estrutura administrativa do grupo 
de sociedades.
2.2 Aprovação pelos sócios ou acionistas das 
sociedades que devam compor o grupo
De acordo com a Lei nº 6.404/1976, art. 270, a 
convenção de grupo deve ser aprovada com obser-
vância das normas para alteração do contrato social 
ou do estatuto.
A Lei nº 6.404/1976, art. 136, V, com a redação 
dada pela Lei nº 9.457/1997, exigem a aprovação 
de acionistas que representem metade, no mínimo, 
das ações com direito a voto para a deliberação de 
participar em grupo de sociedades, ressalvadas:
a) a observância de quorum maior previsto no es-
tatuto, no caso de companhia cujas ações não 
estejam admitidas à negociação em bolsa ou 
no mercado de balcão; e
b) a possibilidade de redução do quorum qua-
lificado, mediante autorização da Comissão 
de Valores Mobiliários, no caso de companhia 
aberta com a propriedade das ações disper-
sas no mercado e cujas três últimas assem-
bléias tenham sido realizadas com a presen-
ça de acionistas que representaram menos da 
metade das ações com direito a voto, hipó-
tese em que a autorização da CVM deve ser 
mencionada nos avisos de convocação da as-
sembléia, e a deliberação com quorum redu-
zido somente poderá ser tomada em terceira 
convocação.
Os acionistas ou sócios dissidentes da delibera-
ção de se associar a grupo poderão exercer o direito 
de retirada da sociedade mediante o reembolso do 
valor das suas ações ou quotas, observadas as nor-
mas estabelecidas na Lei nº 6.404/1976, art. 137, com 
as alterações da Lei nº 9.457/1997.
3. COMPANHIAS QUE DEPENDEM DE 
AUTORIZAÇÃO DE ÓRGÃO GOVERNAMENTAL 
PARA FUNCIONAR
A companhia que, por seu objeto, depende de 
autorização de órgão governamental para funcionar 
somente poderá participar de grupo de sociedades 
após a aprovação da convenção do grupo pela 
autoridade competente para aprovar suas alterações 
estatutárias (Lei nº 6.404/1976, art. 268).
35-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
4. COMANDO DO GRUPO
Diz a Lei nº 6.404/1976, art. 265, § 1º, que a socie-
dade controladora ou de comando do grupo deve ser 
brasileira e exercer direta ou indiretamente, e de modo 
permanente, o controle das sociedades filiadas como 
titular de direitos de sócio ou acionista ou mediante 
acordo com outros sócios ou acionistas.
O grupo de sociedades é considerado sob con-
trole brasileiro (Lei nº 6.404/1976, art. 269, parágrafoúnico) se a sua sociedade de comando estiver sob o 
controle de:
a) pessoas naturais residentes ou domiciliadas 
no Brasil;
b) pessoas jurídicas de direito público interno; ou
c) sociedade ou sociedades brasileiras que, di-
reta ou indiretamente, estejam sob o controle 
das pessoas mencionadas nas letras “a” e “b”.
5. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
5.1 Administradores do grupo
Conforme dispõe a Lei nº 6.404/1976, art. 272, 
a convenção de grupo deve definir a sua estrutura 
administrativa, podendo criar órgãos de deliberação 
colegiada e cargos de direção geral. A representação 
das sociedades perante terceiros, salvo disposição 
expressa na convenção do grupo, caberá exclusi-
vamente aos administradores de cada sociedade de 
acordo com os respectivos estatutos ou contratos 
sociais (Lei nº 6.404/1976, art. 272, parágrafo único).
5.2 Administradores das sociedades filiadas
Sem prejuízo de suas atribuições, poderes e res-
ponsabilidades, de acordo com os respectivos esta-
tutos ou contratos sociais, competem aos administra-
dores das sociedades filiadas observar a orientação 
geral estabelecida e as instruções expedidas pelos 
administradores do grupo que não importem violação 
da lei ou da convenção do grupo (Lei nº 6.404/1976, 
art. 273).
5.3 Remuneração de administradores do grupo
Os administradores do grupo e os investidos em 
cargos de mais de uma sociedade poderão ter a sua 
remuneração rateada entre as diversas sociedades, e 
a sua gratificação, se houver, poderá ser fixada dentro 
dos limites previstos na Lei nº 6.404/1976, art. 152, § 
1º, com base nos resultados apurados nas demons-
trações financeiras consolidadas do grupo (Lei nº 
6.404/1976, art. 274).
Nota
A Lei nº 6.404/1976, art. 152, § 1º, estabelece limites e condições para 
a atribuição de participação no lucro da companhia aos administradores, nos 
seguintes termos: “O estatuto da companhia que fixar o dividendo obrigatório 
em 25% (vinte e cinco por cento) ou mais do lucro líquido pode atribuir aos 
administradores participação no lucro da companhia, desde que o seu total 
não ultrapasse a remuneração anual dos administradores nem 0,1 (um déci-
mo) dos lucros (artigo 190) prevalecendo o limite que for menor.”.
6. ARQUIVAMENTO NA JUNTA COMERCIAL
Para constituição, alteração e extinção de grupo 
devem ser arquivados, na Junta Comercial da sede 
da sociedade de comando, os seguintes documentos 
(Lei nº 6.404/1976, art. 271):
a) requerimento (capa do processo), sendo dis-
pensado no caso de registro digital;
b) convenção de constituição do grupo;
c) atas das assembleias gerais, ou instrumentos 
de alteração contratual, de todas as socieda-
des que tiverem aprovado a constituição do 
grupo;
d) declaração autenticada do número das ações 
ou quotas de que a sociedade de comando 
e as demais sociedades integrantes do gru-
po são titulares em cada sociedade filiada, ou 
exemplar de acordo de acionistas que asse-
gura o controle de sociedade filiada;
e) comprovantes de pagamento do preço dos 
serviços devido à Junta Comercial (recolhi-
mento estadual).
A partir da data do arquivamento, a sociedade de 
comando e as filiadas passarão a usar os respectivos 
nomes empresariais acrescidos da designação do 
grupo. A companhia que, por seu objeto, depender de 
autorização prévia do Conselho de Defesa Nacional 
para funcionar, somente poderá participar de grupo 
de sociedades após a aprovação da convenção do 
grupo pela autoridade competente para aprovar suas 
alterações estatutárias.
As sociedades filiadas deverão arquivar nas 
Juntas Comerciais das Unidades da Federação 
onde se localizarem as respectivas sedes as atas de 
assembleias ou alterações contratuais que tiverem 
aprovado a convenção, sem prejuízo do arquivamento 
da constituição do grupo pela sociedade de comando
(Lei nº 6.404/1976, art. 271; Instrução Normativa DREI 
nº 81/2020, art. 89)
7. PUBLICIDADE
As certidões dos arquivamentos referidos no 
subtópico anterior serão publicadas com observância 
35-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
das normas tratadas no subitem que cuida das publi-
cações legais.
8. ALTERAÇÕES NOS ATOS CONSTITUTIVOS
As alterações na convenção do grupo deverão 
ser arquivadas e publicadas com observância das 
normas focalizadas nos tópicos 6 e 7, mas a falta do 
cumprimento dessas formalidades não poderá ser 
oposta, pelas sociedades ou pelos seus sócios ou 
acionistas, a terceiros de boa-fé (Lei nº 6.404/1976, 
art. 271, § 4º).
9. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
O grupo de sociedades deve publicar, além das 
demonstrações financeiras referentes a cada uma das 
companhias que o compõem, demonstrações con-
solidadas, que compreendam todas as sociedades 
do grupo, elaboradas com observância das normas 
sobre consolidação estabelecidas no art. 250 da Lei 
nº 6.404/1976.
As demonstrações consolidadas devem ser 
publicadas juntamente com as da sociedade de 
comando. A sociedade de comando deve publicar 
demonstrações financeiras nos termos da Lei das 
S/A, ainda que não tenha a forma de companhia, vale 
dizer: se for sociedade por cotas de responsabilidade 
limitada, ainda assim estará sujeita à publicação. As 
companhias filiadas devem indicar, em nota explica-
tiva às suas demonstrações financeiras publicadas 
(individualmente), o órgão que publicou a última 
demonstração consolidada do grupo a que perten-
cem. Quando, em um grupo de sociedades, existir 
uma companhia aberta, as demonstrações consolida-
das devem observar as normas pertinentes, baixadas 
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
(Lei nº 6.404/1976, art. 275)
10. UTILIZAÇÃO PRIVATIVA DA EXPRESSÃO 
“GRUPO”
Somente os grupos organizados com observância 
das normas aqui focalizadas poderão usar designação 
com as palavras “grupo” ou “grupo de sociedades”.
(Lei nº 6.404/1976, art. 267, parágrafo único)
N
a IOB Comenta
TRIBuTOS e COnTRIBuIçõeS FedeRAIS
Guarda e manutenção de documentos 
fiscais
Apesar de grande parte dos dados e informações 
ser armazenada, atualmente, em formato digital, as 
empresas devem preocupar-se com a guarda dos 
documentos, sejam eles fiscais, contábeis, trabalhis-
tas, encargos sociais, tributos, contribuições, recibos, 
comprovantes, etc. Informamos que a guarda de 
documentos está efetivamente relacionada com o 
prazo decadencial e prescricional de ações que lhes 
sejam pertinentes e, portanto, devemos, em princípio, 
estar atentos a esses prazos.
Na Lei nº 5.172/1966 (Código Tributário Nacional 
- CTN), o prazo de decadência está previsto no 
art. 173, ao passo que o prazo prescricional consta do 
art. 174, os quais transcrevemos a seguir:
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito 
tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que hou-
ver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente 
efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo 
extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele 
previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a 
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito 
passivo, de qualquer medida preparatória indispensável 
ao lançamento.
35-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário 
prescreve em cinco anos, contados da data da sua 
constituição definitiva.
Desse modo, podemos depreender que deca-
dência é o prazo que a Fazenda Pública tem para 
constituir o crédito tributário, por meio de Auto de 
Infração ou Notificação de Lançamento, enquanto 
a prescrição refere-se ao direito de cobrar o crédito 
constituído.
Basicamente, encontramos em três dispositivos 
legais as regras que tratam do prazo de guarda de 
documentos tanto na área comercialcomo na área 
fiscal. São eles:
a) o art. 195, parágrafo único do CTN, que de-
termina que os livros obrigatórios de escritura-
ção comercial e fiscal e os comprovantes dos 
lançamentos neles efetuados serão conserva-
dos até que ocorra a prescrição dos créditos 
tributários decorrentes das operações a que 
se refiram. Podemos concluir que o prazo de 
guarda de documentos segue o prazo previsto 
da prescrição dos tributos;
b) o art. 37 da Lei nº 9.430/1996, o qual dispõe 
que os comprovantes da escrituração da pes-
soa jurídica, relativos a fatos que repercutam 
em lançamentos contábeis de exercícios fu-
turos, serão conservados até que se opere a 
decadência do direito de a Fazenda Pública 
constituir os créditos tributários relativos a es-
ses exercícios; e
c) o art. 1.194 da Lei nº 10.406/2002 (Código Ci-
vil), que estipula que o empresário e a socie-
dade empresária são obrigados a conservar 
em boa guarda toda a escrituração, corres-
pondência e mais papéis concernentes à sua 
atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou 
decadência no tocante aos atos neles consig-
nados.
Os livros obrigatórios de escrituração comercial e 
fiscal e os comprovantes de lançamentos neles efe-
tuados podem ser armazenados em meio eletrônico, 
óptico ou equivalente, para fins do disposto no pará-
grafo único do art. 195 do CTN, observando-se que:
a) documento digital: o documento digital e sua 
reprodução terão o mesmo valor probatório do 
documento original para fins de prova perante 
a autoridade administrativa em procedimentos 
de fiscalização, observados os critérios de in-
tegridade e autenticidade estabelecidos pelo 
art. 2º-A da Lei nº 12.682/2012, incluído pelo 
art. 10 da Lei nº 13.874/2019, e pelo art. 1º da 
Medida Provisória nº 2.200-2/2001;
b) documentos originais: os documentos originais 
poderão ser destruídos depois de digitalizados, 
ressalvados os documentos de valor histórico, 
cuja preservação é sujeita à legislação específica;
c) guarda de documento digitais: os documen-
tos armazenados em meio eletrônico, óptico 
ou equivalente poderão ser eliminados depois 
de transcorrido o prazo de prescrição dos cré-
ditos tributários decorrentes das operações a 
que eles se referem.
Para melhor entendimento da questão, relaciona-
mos, a seguir, alguns tipos de documentos e o seu 
respectivo prazo de guarda:
Tipos de Documentos Prazo de Guarda Fundamento Legal 
Sistemas de processamento 
eletrônico de dados para re-
gistrar negócios e atividades 
econômicas ou financeiras, 
escriturar livros ou elaborar 
documentos de natureza con-
tábil ou fiscal.
5 anos Instrução Normativa SRF nº 86/2001, art. 1º.
Comprovantes da escritura-
ção da pessoa jurídica, rela-
tivos a fatos que repercutam 
em lançamentos contábeis de 
exercícios futuros.
5 anos
Lei nº 9.430/1996, 
art. 37, Lei nº 8.981/1995, 
art. 45, III; CTN, art. 173.
Decore Eletrônica- Declara-
ção Comprobatória de Per-
cepção de Rendimentos 
5 anos
Resolução CFC 
nº 1.364/2011, art. 4º, 
§ 4º; Resolução CFC 
nº 1.403/2012, art. 1º.
DIRF - Declaração de imposto 
de Renda Retido na Fonte 5 anos
Instrução Normativa 
RFB nº 1.915/2019, 
art. 27.
Declaração de Ajuste Anual - 
IRPF e deduções 5 anos CTN, arts. 173 e 174.
Defis - Declaração de Infor-
mações Socioeconômicas e 
Fiscais (desde o ano-calen-
dário de 2012) (**)
5 anos
CTN, arts. 173 e 174; 
Lei Complementar 
nº 123/2006, art. 26, 
II; Resolução CGSN 
nº 140/2018, art. 66.
Imposto de Renda - Docu-
mentos relativos à declaração 
(geral) 
5 anos CTN, arts. 173 e 174.
ECD - Escrituração Contábil 
Digital 5 anos
CTN, arts. 174 e 195; 
Lei nº 8.218/1991, 
art. 11..
ECF - Escrituração Contábil 
Fiscal (desde o ano-calendá-
rio de 2014) (*)
5 anos
CTN, arts. 174 e 
195; Decreto-lei 
nº 486/1969, art. 4º; Lei 
nº 9.430/1996, art. 37.
EFD - Contribuições 5 anos
CTN, arts. 174 e 195; 
Lei nº 8.218/1991, 
art. 11.
e-Financeira 5 anos
CTN, arts. 174 e 195; 
Instrução Normativa 
RFB nº 1.571, art. 9º, 
parágrafo único.
35-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
Tipos de Documentos Prazo de Guarda Fundamento Legal 
PIS-Pasep 5 anos
Lei nº 8.212/1991, 
arts. 33 e 45 c/c Súmu-
la Vinculante nº 8 do 
STF:
Súmula Vinculante 8 
do STF
São inconstitucionais 
o parágrafo único do 
art. 5º do Decreto-lei 
nº 1.569/1977 e os 
arts. 45 e 46 da Lei 
nº 8.212/1991, que tra-
tam de prescrição e 
decadência de crédito 
tributário.
Cofins 5 anos
Lei nº 8.212/1991, arts. 
33 e 45, c/c Súmula 
Vinculante nº 8 STF:
Súmula Vinculante 8 
do STF
São inconstitucionais 
o parágrafo único do 
art. 5º do Decreto-lei 
nº 1.569/1977 e os 
arts. 45 e 46 da Lei 
nº 8.212/1991, que tra-
tam de prescrição e 
decadência de crédito 
tributário.
(*) DIPJ - Declaração Integrada de Informações Econômico-Fiscal - 
Pessoa Jurídica (até o ano-calendário de 2013).
(**) DASN - Declaração Anual do Simples Nacional (até o ano-calen-
dário de 2011).
Nota
O Decreto nº 10.278/2020 regulamenta a técnica e os requisitos para 
a digitalização de documentos públicos ou privados, a fim de que os do-
cumentos digitalizados produzam os mesmos efeitos legais dos documen-
tos originais, conforme o disposto no inciso X do caput do art. 3º da Lei 
nº 13.874/2019, e no art. 2º-A da Lei nº 12.682/2012.
Para esse efeito:
a) aplica-se aos documentos físicos digitalizados que sejam produ-
zidos:
a.1) por pessoas jurídicas de direito público interno, ainda que 
envolva relações com particulares; e
a.2) por pessoas jurídicas de direito privado ou por pessoas naturais 
para comprovação perante:
a.2.1) pessoas jurídicas de direito público interno; ou
a.2.2) outras pessoas jurídicas de direito privado ou outras pes-
soas naturais.
b) não se aplica a:
b.1) documentos nato-digitais, que são documentos produzidos ori-
ginalmente em formato digital;
b.2) documentos referentes às operações e transações realizadas 
no sistema financeiro nacional;
b.3) documentos em microfilme;
b.4) documentos audiovisuais;
b.5) documentos de identificação; e
b.6) documentos de porte obrigatório.
Os procedimentos e as tecnologias utilizados na digitalização de docu-
mentos físicos devem assegurar:
a) a integridade e a confiabilidade do documento digitalizado;
b) a rastreabilidade e a auditabilidade dos procedimentos emprega-
dos;
c) o emprego dos padrões técnicos de digitalização para garantir a 
qualidade da imagem, da legibilidade e do uso do documento digi-
talizado;
d) a confidencialidade, quando aplicável; e
e) a interoperabilidade entre sistemas informatizados.
O documento digitalizado destinado a se equiparar a documento físico 
para todos os efeitos legais e para a comprovação de qualquer ato perante 
pessoa jurídica de direito público interno deverá:
a) ser assinado digitalmente com certificação digital no padrão da In-
fraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, de modo a 
garantir a autoria da digitalização e a integridade do documento e 
de seus metadados;
b) seguir os padrões técnicos mínimos previstos no Anexo I do Decreto 
nº 10.278/2020; e
c) conter, no mínimo, os metadados especificados no Anexo II do refe-
rido Decreto.
Após o processo de digitalização realizado conforme os termos do De-
creto nº 10.278/2020, o documento físico poderá ser descartado, ressalvado 
aquele que apresente conteúdo de valor histórico. Os documentos digitaliza-
dos sem valor histórico serão preservados, no mínimo, até o transcurso dos 
prazos de prescrição ou decadência dos direitos a que se referem.
(Lei nº 12.682/2012, art. 2º-A; Lei nº 13.874/2019, art. 10; 
Decreto nº 10.278/2020; Ato Declaratório Interpretativo RFB 
nº 4/2019)
N
a IOB Perguntas e Respostas 
COFInS/PIS-PASeP
Regime cumulativo - Mudança para o regime não 
cumulativo - Apropriação imediata de créditos sobre 
bens do Ativo Imobilizado - Inadmissibilidade
1) Em caso de mudança de regime de tributação 
do lucro presumido (regime cumulativo) parao lucro 
real (regime não cumulativo), é possível a apropriação 
imediata de créditos do PIS-Pasep e da Cofins sobre 
bens do Ativo Imobilizado?
Não. O § 5º do art. 12 da Lei nº 10.833/2003 e o 
§ 3º do art. 11 da Lei nº 10.637/2002 autorizam que 
a pessoa jurídica tributada com base no lucro presu-
mido ou optante pelo Simples Nacional que passar a 
ser tributada com base no lucro real, na hipótese de 
sujeitar-se à incidência não cumulativa da Cofins e do 
PIS-Pasep, terá direito ao aproveitamento do crédito 
presumido nos casos de bens adquiridos para revenda 
ou dos bens e serviços, utilizados como insumo na 
prestação de serviços e na produção ou fabricação 
35-10 IR/LS Manual de Procedimentos - Ago/2020 - Fascículo 35 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
de bens ou produtos destinados à venda (incisos I e 
II do art. 3º da Lei nº 10.833/2003), calculado sobre 
o estoque de abertura, devidamente comprovado, na 
data da mudança do regime de tributação adotado 
para fins do Imposto de Renda.
Não há previsão legal que autorize o desconto 
imediato de créditos estabelecido pelo art. 1º, inciso 
XII, da Lei nº 11.774/2008 relativo a máquinas e equi-
pamentos e outros bens incorporados ao imobilizado 
destinados à produção de bens e à prestação de 
serviços cuja aquisição no mercado interno ou impor-
tação tenha ocorrido antes da citada migração.
(Lei nº 10.833/2003, art. 3º, I e II, e art. 12, § 5º; Lei 
nº 10.637/2002, art. 11, § 3º; Lei nº 11.774/2008, art. 1º, XII; So-
lução de Consulta Cosit nº 309/2019)
SImPLeS nACIOnAL
Exclusão do regime - Falta de comunicação - 
Penalidade aplicável
2) Qual é a penalidade aplicável à microempresas 
(ME) ou empresas de pequeno porte (EPP) optantes 
pelo Simples Federal que deixarem de comunicar sua 
exclusão do regime quando obrigatória?
A falta de comunicação, quando obrigatória, da 
exclusão da ME ou EPP do Simples Nacional sujeitará 
à multa correspondente a 10% do total dos tributos 
devidos de conformidade com o Simples Nacional no 
mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, 
não inferior a R$ 200,00, insusceptível de redução.
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 36; Resolução CGSN 
nº 140/2018, art. 99)
Exclusão do regime por excesso de despesas - 
Hipótese
3) Em qual hipótese a microempresa (ME) ou 
empresa de pequeno porte (EPP) será excluída do 
Simples Nacional por excesso de despesas?
A ME ou EPP será excluída do Simples Nacional 
por excesso de despesas quando for constatado 
que, durante o ano-calendário, o valor das despesas 
pagas supera em 20% valor de ingressos de recur-
sos no mesmo período, excluído o ano de início de 
atividade.
(Resolução CGSN nº 140/2018, art. 84, IV, “h”)
Gorjetas - Inclusão na receita bruta
4) As gorjetas integram a receita bruta para efeito 
da apuração da base de cálculo dos tributos e contri-
buições devidos no Simples Nacional?
Sim. As gorjetas integram a receita bruta, sejam 
elas compulsórias ou não, e não podem ser excluídas 
da base de cálculo do Simples Nacional devido men-
salmente.
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 3º, § 1º; Resolução 
CGSN nº 140/2018, art. 2º, § 4º, II)
Imposto de Renda incidente sobre aplicações 
financeiras de renda fixa e de renda variável - 
Tratamento aplicável
5) Qual é o tratamento aplicável ao Imposto de 
Renda incidente sobre os ganhos auferidos de aplica-
ções financeiras de renda fixa e de renda variável por 
pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional?
O Imposto de Renda incidente sobre os rendi-
mentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações 
de renda fixa ou de renda variável são definitivos, isto 
é, não geram direito a compensação ou restituição 
pela empresa optante pelo Simples Nacional. Cabe 
ressaltar que o rendimento de aplicação financeira 
não integra a base de cálculo para apuração dos 
tributos e contribuições devidos nesse regime.
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 1º, V e § 2º)
◙
	Tributos e Contribuições Federais
	IR/CSL/Cofins/PIS-Pasep
	Dispensa de retenção e recolhimento de imposto ou contribuição de valor inferior a R$ 10,00
	Sociedade Anônima
	Grupo de sociedades
	IOB Comenta
	Tributos e Contribuições Federais
	Guarda e manutenção de documentos fiscais
	IOB Perguntas e Respostas

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