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1 Principal rota para o metabolismo dos carboidratos. É um mecanismo das células no qual uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalisadas por enzimas citosólicas gerando o piruvato. Caracteriza-se como uma via central quase universal do catabolismo da glicose, essa quebra glicolítica pode ser a única fonte de energia em alguns tecidos, nos eritrócitos por exemplo. A glicólise é o centro do metabolismo de carboidratos, utilizado por todas as células – visto que consiste em transformar a glicose em piruvato – além do fornecimento de ATP e outros intermediários para outras vias. Acontece no citoplasma devido às enzimas necessárias estarem presentes no citosol. A glicólise é classificada como um processo anaeróbico quando se observa a formação de um produto final estável (lactato), no citoplasma celular. Em condições de aerobiose, o metabolismo da glicose prossegue com as demais vias produtoras de energia (ciclo de Krebs e cadeia respiratória), mas somente se a célula possuir mitocôndrias funcionais, uma vez que esses processos são todos intramitocondriais. A quebra da glicose em 2 moléculas de piruvato (cada um com três carbonos) ocorre em 10 etapas, sendo que as 5 primeiras etapas constituem a fase preparatória ou de investimento – em que há o gasto de 2 ATP’s para a ativação da reação. A glicose é fosforilada em glicose-6-fosfato, reação catalisada pela enzima hexocinase. Essa enzima possui baixo Km (alta afinidade), está totalmente saturada no fígado e requer Mg2+ para sua atividade, sofrendo, assim, ajuste induzido. O fosfato inorgânico é responsável pela ativação do processo, uma vez que proporciona a permanência da glicose dentro da célula, tornando a reação irreversível – com gasto de ATP. 2 Conversão da glicose-6-fosfato em frutose-6-fosfato catalisada pela enzima fosfo- hexose-isomerase, transformando aldose em cetose para atingir a simetria necessária para ação das enzimas e posteriormente quebrar a molécula ao meio. A terceira reação é uma fosforilação catalisada pela enzima fosfofrutocinase 1 (PFK1), formando a frutose-1,6-bifosfato. Essa etapa é considerada “comprometida” em que o produto formado é diretamente para a glicólise. PFK-1 é uma enzima alostérica; Importante ponto de regulação da glicólise; Controla a velocidade da glicólise; Irreversível em condições fisiológicas. A enzima aldolase cliva a frutose-1,6-bifosfato em duas trioses-fosfato diferentes: Gliceroaldeído-3-fosfato; Diidroxiacetona fosfato. Interconversão de trioses – na qual ocorre a degradação do gliceroaldeído-3- fosfato. Essa reação completa a fase preparatória da glicólise. A molécula de hexose foi fosforilada em C-1 e no C-6 e, então, clivada para formar duas moléculas de glicerol-aldeído-3-fosfato. É transformada em glicerol-aldeído- 3-fosfato para ser degradada. Triose que é degradada na etapa 5. Balanço Parcial Fase 1: entrou uma molécula de glicose: 6C; consumo de 2 ATPs para a fosforilação da glicose; saíram 2 moléculas de GAP (3C fosforilado). 3 Ocorre ganho energético na forma de 4 ATP’s e 1 NADH + H+, constituindo o saldo líquido de 2 ATP’s e 2 NADH. (Reações duplicadas devido aos dois glicerol-aldeídos) Oxidação do glicero-aldeído-3-fosfato a 1,3-bifosfoglicerato, reação catalisada pela enzima gliceroaldeído-3-fosfato-desidrogenase. É necessária a utilização do NAD+ para a adição de um fosfato inorgânico (do citoplasma) formando o 1,3-bifosfoglicerato, totalizando um saldo de 2 NADH+ (H são adicionados). Reação ocorre em duas etapas: 1) A GAP é oxidado pelo NAD+; 2) Fosforilação Transferência de uma fosforila de alta energia do 1,3- bifosfoglicerato para ADP, formando, assim o ATP e 3-fosfoglicerato. Balanço parcial Fase 2 2 moléculas de ATP formadas; 2 Moléculas de NADH formadas. 4 Ocorre a conversão de 3-fosfoglicerato a 2-fosfoglicerato, sendo o Mg2 essencial para essa reação. Rearranjo do grupo Pi; Isomerização; Essa reação é uma preparação para a próxima etapa da via; 2,3-BPG é o intermediário. Ocorre a desidratação de 2-fosfoglicerato a fosfoenolpiruvato. A transferência de um grupo fosforil do fosfoenolpiruvato para ADP. A última etapa na glicólise é a transferência do grupo fosforil do fosfoenolpiruvato ao ADP, catalisada pela piruvato-cinase, que exige K1 e Mg21 ou Mn21. PEP doa 1 Pi para o ADP: Fosforilação ao nível do substrato; Piruvato Quinase é importante ponto de regulação; Reação dependente de K+ e Mg2+ ou Mn2+; O Piruvato é mais estável do que o PEP. 5 Glicose + 2NAD+ + 4ADP + 2Pi → 2Piruvato + 2NADH + 2H+ + 2ATP + 2H2O 6 O fluxo da glicose na via glicolítica é regulado para manter os níveis de ATP praticamente constantes. Pontos de regulação: locais que podem ser inibidos ou estimulados. Hexocinase: enzima que será inibida pela quantidade de produto (glicose-6-fosfato). Quando há o valor necessário, o produto inibe a ação da enzima (efeito alostérico); Fosfofrutocinase: enzima inibida por ATP (feedback) e citrato (ajusta velocidade da glicólise ao Ciclo de Krebs) e estimulada pelo AMP (uma vez que pouco P estimula a produção de ATP) e frutose 1,6-bifosfato; Piruvato quinase: inibida por alanina e estimulada pelo seu substrato: frutose-1,6-bifosfato. A insulina é responsável por estimular as enzimas (pontos de regulação) durante a glicólise, aumentando a expressão do glut- 4 nas membranas celulares e possibilitando a entrada de glicose. Enquanto o glucagon irá inibir essa reação, visto que é responsável pela quebra do glicogênio e liberação da glicose na corrente sanguínea. 7 Glicólise Aeróbia: oxidação completa da glicose a piruvato → Acetil-CoA →ciclo de Krebs → Cadeia Respiratória (O2 ) → CO2 e H2O; Glicólise Anaeróbia: caminho alternativo de oxidação, sem participação do O2 (Fermentação Láctica e Alcoólica) → glicólise contínua! Após exercícios vigorosos, o lactato produzido pela glicólise anaeróbia no musculo esquelético retorna para o fígado e é convertido a glicose, que volta para os músculos e é convertida a glicogênio – circuito chamado de ciclo de Cori.
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