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6 Formação dos reinos de Portugal e Espanha

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Formação dos reinos de Portugal e Espanha 
Idade Média
Introdução
		Denomina-se como Península Ibérica a porção mais ocidental (a oeste) do Continente Europeu, estabelecida como um grande "quadrado" que adentra o Oceano Atlântico e abre caminho para o famoso Mar Mediterrâneo. Por sua posição de destaque na geopolítica do continente há muitos séculos, sua história está absolutamente ligada a dele como um todo, tendo, assim, se alterado profundamente com o passar dos tempos, conforme também se alterava a Europa.
		É exatamente na Península Ibérica que irão ser formados os reinos centralizados de Portugal e Espanha, aquele mais cedo que esse, e que, contituídos reformulariam para sempre a História ao realizarem um dos empredimentos mais audaciosos que o mundo já presenciou: a Expansão Marítima. A partir do "descobrimento" e colonização do que viria a ser chamado de um "Novo Mundo", hoje conhecido como América, realizaram aquilo que , para muitos historiadores , foi início do que denominamos hoje como Mundo Globalizado. 
		Desse modo, compreender o funcionamento e o modo como se formaram esses dois reinos ibéricos torna-se fundamental para conhecer a História Mundial, a História da América e, com certeza, também a História do Brasil. Vamos então começar encarando de frente essa questão, partindo, nossa análise , de uma Península Ibérica antiguíssima, ainda sobre o domínio dos romanos.
Estruturas Políticas da Península Ibérica
Império Romano
	A conquista da região pelos romanos fez a península, nomeada por eles como Hispania, ser dividida em provícias, assim como todas a demais partes do império. No final da Antiguidade, portanto, a Península Ibérica era conhecida pelo nome de suas cinco provícias romanas:
	- Lusitania;	- Cartaginensis;
	- Galecea;	- Terraconensis.
	- Baetica;
Os reinos bárbaros 
	Com a Queda do Império Romano do Ocidente, fenômeno que inclusive traça o fim, na historiografia tradicional, da Antiguidade, a região é dominada pelos povos bárbaros que subjugaram a autoridade de Roma. Nascia, assim, dois reinos bárbaros (não romanos), e que, posteriormente, se aliaram à Igreja Cristã como forma de conseguirem estabilidade e maior legitimidade : 
	- Reino Suevo
	- Reino Visigótico
Províncias Romanas da “Hispania” a partir de Dioclesiano.
Imagem: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/60/Provincias_de_la_Hispania_Romana_(Diocleciano)-pt.svg/280px-Provincias_de_la_Hispania_Romana_(Diocleciano)-pt.svg.png>
Imagem geral do desmantelamento do Império Romano na Península Ibérica.
Imagem: <http://historiaespana.es/wp-content/uploads/mapa-reino-visigodo.jpg>
A conquista árabe
	O século VIII d.c. viu o apogeu do movimento expansionista árabe. Empenhados na sua missão de espalhar a “fé verdadeira”, cruzaram o Estreito de Gibraltar, atravessando o norte da África e chegando a Península Ibérica, onde conseguiram dominar os reinos bárbaros cristãos e levar o Islã à Europa. Dominaram praticamente toda a região, tendo sua expansão contida pelos francos em 732. Os cristãos sobreviventes refugiaram-se no norte da península, numa região fora do alcance árabe e, assim, formaram-se dois novos reinos:
	 - Califado Omíada;
	 - Reino das Astúrias. 
A Reconquista Cristã
	Também chamada de “Cruzada do Ocidente”, a Reconquista foi o processo de retomada dos cristãos de toda a Península a partir do Reino das Astúrias, que, crescendo, dividiu-se várias vezes até se estabilizar em quatro reinos:
	- Reino de Leão;	- Reino de Navarra;
	- Reino de Castela;	- Reino de Aragão. 
Máxima extensão do domínio árabe na Península Ibérica. 
imagem: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9b/Map_Iberian_Peninsula_750-pt.svg/280px-Map_Iberian_Peninsula_750-pt.svg.png>
A Expansão e divisão do Reino das Astúrias durante a Reconquista Cristã
Imagem <http://2.bp.blogspot.com/-JWeiQvf7Z9I/UzBpgCSPNXI/AAAAAAAAKLU/66xFQfZFxew/s1600/download+(7).jpg>
A formação de Portugal
Auxílio para a Reconquista
	Afonso VI, rei de Leão, entrega nos fins do século XI a mão de sua filha bastarda, D. Teresa, a Henrique da Borgonha, nobre e sobrinho do rei da França, como forma de ganhar apoio na Reconquista e de diminuir o poder da nobreza local.
	- A Henrique da Borgonha entrega as terras entre o rio Douro e o rio Minho, o chamado Condado Portucalense. 
	- O conde D. Henrique governa como vassalo do rei de Leão e dá prosseguimento à Reconquista, expandindo os limites do Condado Portucalense e do Reino de Leão, evidentemente. 
	- Da união entre o conde D. Henrique e D. Teresa de Leão nasce D. Afonso Henriques, herdeiro presuntivo de seus domínios. 
A hora e a vez de D. Afonso Henriques
	Com a morte do conde D. Henrique, D. Afonso Henriques e D. Teresa de Leão brigam pelo domínio do condado. 
	- A batalha de São Mamede em 1128, com a derrota das tropas de D. Teresa, selam a vitória e o domínio de seu filho no Condado Portucalense.
	- Em 1135, D. Afonso Henriques se recusa a jurar lealdade ao novo rei de Leão, Afonso VII, gerando hostilidades entre ambos.
	- Com a paz de Tui em 1137, termina-se o conflito com a vassalagem de D. Afonso Henriques.
	- Dando prosseguimento da Reconquista, as tropas portucalenses vencem a lendária batalha de Ourique em 1139 e o prestígio do conde se eleva enormemente.
	- D. Afonso Henriques passa a se auto intitular como rei.
	- A conquista de Lisboa em 1147 sedimenta a sua autoridade 
	- Em 1179 o Papa reconhece D. Afonso Henriques como rei de Portugal.
De acordo com a lenda, D. Afonso Henriques recebeu uma mensagem divina momentos antes do conflito que lhe garantiu a vitória em nome do Cristianismo.
Representação da Batalha de Ourique
Iamgem: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9c/BatalhaOurique.jpg/324px-BatalhaOurique.jpg>
Representação romântica da reconquista de Lisboa, em que D. Afonso Henriques aparece em posição magnânima, sentado como em um trono, embora, na época dos fatos, ainda fosse um vassalo do Reino de Leão. 
Rendição mulçumana ao cerco de Lisboa
Imagem: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ab/Siege_of_Lisbon_-_Muslim_surrender.jpg/220px-Siege_of_Lisbon_-_Muslim_surrender.jpg>
A formação da Espanha
Os caminhos da Reconquista
	Durante o conflito com os mulçumanos (mouros para os cristãos da época), o Reino de Leão foi se destacando por suas enormes conquistas e expansão territorial, seguido pelo reino vizinho de Castela.
	- Em 1230, devido a uma crise sucessória, a Coroa de Leão foi entregue a Fernando III, rei de Castela, unindo os dois reinos numa grande potência ibérica.
	- Politicamente muito forte, o Reino de Castela passou a orquestrar a diplomacia dos reinos Ibéricos, dando espaço para uma trégua com os mulçumanos e um relacionamento mais diplomático entre os reinos. 
Novos tempos
	- Isabel de Transtâmara, Princesa de Astúrias, casa-se com Fernando, Príncipe de Aragão em 1469.
	- Isabel assume a Coroa de Castela, tornando-se a sua primeira rainha e umas das primeiras da Europa em 1474 .
	- Fernando assume a Coroa de Aragão em 1479 e os Reinos de Leão, Castela e Aragão se unem na figura dos Reis Católicos. 
Quatro reinos em um só
	- Durante o reinado de Isabel e Fernando renasce a ideia da Reconquista Cristã e uma nova e última fase do conflito é formada contra o Reino Islâmico de Granada, último enclave mulçumano na Península Ibérica.
	- Os Reis Católicos conquistam Granada em 1492 dando fim a secular luta contra os mulçumanos.
	- Cristovão Colombo procura os Reis Católicos para que financiem sua viagem em “uma nova rota para as Índias”.
	- O reino de Navarra e anexado aos domínios de Aragão por Fernando em 1512. 
Isabel de Castela e Fernando de Aragão, os Reis Católicos, uniram seus domínios em casamento e deram fim a Reconquista dominando Granada, o último enclave mulçumano na Península Ibérica. Seriam ambos os pais fundadores do Reino da Espanha. 
A rendição de Granada ao Reis Católicos
Imagem: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/45/La_rendici%C3%B3n_de_Granada.jpg/800px-La_rendici%C3%B3n_de_Granada.jpg>
Reza a lenda que, enquanto todos taxavam Colombo como um louco, a rainha Isabel de Castela acreditou fortemente nos seus planos e argumentos e teria financiado sua viagem a Índia com as jóias do próprio corpo. 
Colombo perante os Reis Católicos
Imagem: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/99/Emanuel_Gottlieb_Leutze_-_Columbus_Before_the_Queen.JPG/250px-Emanuel_Gottlieb_Leutze_-_Columbus_Before_the_Queen.JPG>

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