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FACULDADE DE ROLIM DE MOURA – FAROL BACHARELADO DE DIREITO ADRIANA MUDELÃO DA SILVA JOYCE KRAMER DA SILVA LIDIANY FERNANDA PEREIRA DA COSTA SAMARA SOARES SILVA DIREITO AMBIENTAL: A teoria afastada da prática ROLIM DE MOURA 2020 ADRIANA MUDELÃO DA SILVA JOYCE KRAMER DA SILVA LIDIANY FERNANDA PEREIRA DA COSTA SAMARA SOARES SILVA DIREITO AMBIENTAL: A teoria afastada da prática Projeto de trabalho de apresentação de interdisciplinar do curso de Bacharelado em Direito, apresentado a Faculdade de Rolim de Moura – FAROL, como exigência parcial para obtenção de nota, sob a orientação do Professor Anderson Ferreira da Costa. ROLIM DE MOURA 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................5 2 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................5 3 PERGUNTA-PROBLEMA......................................................................................6 4 HÍPOTESE..............................................................................................................6 5 OBJETIVOS...........................................................................................................7 5.1 objetivo geral.......................................................................................................8 5.2 objetivos especificos...........................................................................................8 6 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................8 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................9 7.1 Legislação e meio ambiente................................................................................9 7.2 Responsabilidade ambiental..............................................................................12 7.3 Educação ambiental...........................................................................................13 8. METODOS...........................................................................................................15 9. CONCLUSÃO......................................................................................................15 CRONOGRAMA......................................................................................................16 RECURSOS FINANCEIROS...................................................................................16 REFERÊNCIAS.......................................................................................................16 5 1 INTRODUÇÃO O presente projeto de pesquisa tem como objetivo elucidar fatos sobre o direito ambiental bem como o olhar do ordenamento jurídico no contexto brasileiro para esse tema de suma importância. Saturamos o tema no âmbito da faculdade de Rolim de Moura - FAROL para que se tenha uma dimensão de como algo que pode parecer pequeno, acaba se tornar totalmente complexo. Ao se falar em sustentabilidade, em produção de resíduos sólidos ou líquidos, ou em qualquer das outras espécies de resíduos bem como a sua destinação, é de salutar importância destacar que, é inevitável não se produzir lixo, porem se pode ser reduzidos de forma significativa, bem como serem reutilizados. O projeto que aqui se apresenta, teve como base inicial a realização de pesquisa bibliográfica e posteriormente realizou-se uma pesquisa exploratória. Após isso, aplicaram-se tais pesquisas na dissertação inicial do projeto. No que se refere ao projeto de pesquisa, no qual foi realizado pelas estudantes do 3ª período do curso de Direito do FAROL – Faculdade de Rolim de Moura é essencial proferir que desde séculos passados o meio ambiente vem sendo destruído sem que haja qualquer manutenção ou cuidado especifico. Essa exploração desenfreada, o que em longo prazo fez com que chegasse a um ponto de extrema vulnerabilidade. O projeto de pesquisa é requisito para a elaboração, apresentação e consequentemente obtenção de nota no Interdisciplinar da Faculdade de Rolim de Moura – FAROL, que tem por objetivo interligar as disciplinas na teoria e na prática visando assim um maior desempenho acadêmico. 2 PROBLEMATIZAÇÃO A sociedade atual vive um momento onde há cada vez mais produção e consumo. A era da informação trouxe consigo inúmeras tecnologias que facilitam o 6 desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo em que deixa de lado algumas discussões extremamente importantes: o meio ambiente. O sistema de produção e consumo encobre um problema a respeito de dois temas: a matéria-prima e o descarte. Hoje se sabe que os recursos que são utilizados para a produção de inúmeros bens de consumo são finitos, e que o descarte desses bens (quando feitos de maneira incorreta) pode prejudicar muitos ecossistemas. O Direito Brasileiro tem como um dos seus princípios o direito ao desenvolvimento sustentável, expresso na própria Constituição Federal da República do Brasil, de 1988. É possível reconhecer o esforço dos legisladores nos últimos anos a observância desse princípio em variadas legislações. Porém, analisando a realidade brasileira, pode-se perceber o longo caminho que ainda há de se trilhar para tornar tais ideias legislativas efetivas no meio social. A forma como os governos e a sociedade agem diante do fato de que se não houver políticas públicas e conscientização a respeito do tema, a vida terrestre sofrerá drásticos impactos ambientais. Diante dessas questões, surge a responsabilidade política e civil a respeito do meio ambiente. O compromisso com as vidas atuais e futuras não está somente sobre as mãos dos entes públicos, mas também sobre as iniciativas privadas. Por conseguinte, a faculdade como uma instituição de ensino, formadora de cidadãos e de cidadãs conscientes, cabe a ela zelar pelo descarte correto de seus resíduos sólidos, a preservação do meio ambiente e a conscientização do seu corpo acadêmico. 3 PERGUNTA-PROBLEMA Qual a quantidade de lixo (em média) que a FAROL produz mensalmente e quais medidas devem adotar para cumprir com sua responsabilidade ambiental e diminuir sua produção de lixo? 4 HIPÓTESES 7 Em virtude do cenário atual em que se encontra o meio ambiente, é de suma importância destacar que no Brasil, desde os séculos passados não há uma máxima preocupação com o meio ambiente, tão pouco se toma medidas necessárias para a diminuição na produção exacerbada de lixo. Vale destacar que no ano de 2018 segundo a ABRELPE (Associação brasileira de empresas de limpeza), o Brasil produziu cerca de 79 milhões1 de toneladas de lixo sólido, e esse número sobe a cada ano, no qual não há locais adequados para a sua destinação, além disso, não há um incentivo de grande proporção para a introdução na vida das pessoas da sustentabilidade. Ao entrarmos em um cenário regional, em sendo mais específico, no estado de Rondônia, há uma preocupação razoável com o meio ambiente, onde já se tem alguns projetos voltados ao desenvolvimento sustentável. Porém ao se falar na quantidade de lixo produzida não há se sabe ao certo, pois ainda não há um levantamento do total de lixo que é produzido pelo estado, sabem-se que por mês encontra-se 19 mil toneladas2 de lixo sólido jogadas em céu aberto, no lixão na capital do estado, Porto Velho. Em consonância com o que foi dito, ao abordar um cenário local, referindo-se a Faculdade de Rolim de Moura - FAROL é perceptível que não há uma preocupação com a destinação do lixo que é produzido, nem em como se é utilizado esse lixo, antes mesmo de se tornar lixo, tão pouco em se introduzir medidas para que se tenha uma menorprodução de lixo e para que ocorra uma destinação correta. Em se tratando a quantidade de lixo que a FAROL produz não se sabe ao certo, pois não há um levantamento por parte da instituição para se ter esses números. Faz-se necessário citar algumas propostas para a tomada de medidas preventivas e corretivas, tais como, adotar um plano de desenvolvimento sustentável 1 SOUZA, Ludimila. Brasil gera 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Agência Brasil. 2019. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-11/brasil-gera-79-milhoes- de-toneladas-de-residuos-solidos-por- ano#:~:text=Comparando%20com%20os%20pa%C3%ADses%20da,segundo%20a%20ONU%20Mei o%20Ambiente).&text=Os%20res%C3%ADduos%20s%C3%B3lidos%20urbanos%20abrangem,nas% 20cidades%20pelos%20servi%C3%A7os%20locais.>. Acesso em: 13 de junho de 2020. 2NÚBIA, Jheniffer. Por mês, 19 mil toneladas de lixo são jogadas a céu aberto em Porto Velho. G1 RO. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/por-mes-19-mil-toneladas-de-lixo- sao-jogados-a-ceu-aberto-em-porto-velho.ghtml>. Acesso em: 13 de junho de 2020. 8 para a diminuição da produção exacerbada de lixo, conscientização dos acadêmicos na destinação do lixo que eles produzem escolher produtos que sejam menos danosos ao meio ambiente e produtos com maior duração, além disso, procurar separar corretamente o lixo e dar um destino adequado eles. 5 OBJETIVOS 5.1 OBJETIVO GERAL Analisar a produção de lixo e os impactos causados pela Faculdade de Rolim de Moura – FAROL. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apontar as medidas a serem tomadas para que seja realizada a manipulação correta do lixo produzido pela FAROL; Desenvolver mecanismos para instrução dos acadêmicos da instituição; Diminuir o impacto ambiental da instituição; e Buscar uma realidade alternativa que gere o mínimo possível de resíduos sólidos. 6 JUSTIFICATIVA Quando se fala em impacto ambiental falamos em coletividade, a produção de resíduos, seja sólido ou líquido, é um resultado indesejado, porém inevitável, mas existem maneiras mais sustentáveis para diminuir o impacto ambiental, como o descarte em lugares apropriados, ou até mesmo a reutilização destes com a reciclagem. Ao passo que, ao se tratar das questões ambientais no âmbito da Faculdade de Rolim de Moura – FAROL é possível perceber que os resíduos que são produzidos, os produtos que são utilizados, tanto a maneira a qual é descartada pela referida instituição não agrega para tanto na diminuição a agressão ao meio ambiente. Para que exista uma diminuição relevante no impacto causado pelo lixo que se é produzido, é de substancial importância que se escolha melhor os produtos a ser comprado para uso, o lixo a ser produzido descartado corretamente, realizando a separação de cada material, diminuir o consumo exacerbado de produtos 9 descartáveis e utilizar produtos de uso duradouro, além dessas atitudes, incentivar aos acadêmicos de toda a instituição a se tornarem conscientes com os danos que são causados por falta de responsabilidade, atitude essa que poderá gerar resultado positivos em a médio e longo praz para o meio ambiente e, por consequência, para o corpo acadêmico e toda a população. 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7.1 Legislação e meio ambiente Para falar em meio ambiente é preciso primeiramente definir o que é. Segundo o dicionário online, meio ambiente é: Reunião do que compõe a natureza, o ambiente em que os seres estão inseridos, bem como suas condições ambientais, biológicas, físicas e químicas, tendo em conta a sua relação com os seres, especialmente com o ser humano.3 A luz da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88), no seu artigo 225, diz que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”4 A CF/88 revelou a importância da sociedade, bem como dos entes federados, devem ter com o bem jurídico ambiental. O ordenamento jurídico brasileiro só passou a ter um olhar mais crítico para com as questões ambientais em 1960, sendo esse um grande passo para uma proteção do meio ambiente, porém foi na década seguinte, após participar de uma conferência internacional em Estocolmo em 1972, que o Brasil buscou uma atuação mais relevante com as questões ambientais, pois foi nessa mesma década que teve um estímulo do governo brasileiro para o crescimento industrial, o que ocasionou uma crescente poluição. A proteção constitucional do meio ambiente é bastante recente levando-se em consideração os mais de 500 anos de história do Brasil, pois a carta magna foi promulgada em 1988 e no seu bojo dedicou o capítulo VI ao meio ambiente. É 3 Disponível em: <https://www.dicio.com.br/meio-ambiente/>. Acesso em: 08 de junho de 2020. 4 Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 08 de junho de 2020. 10 importante salientar que a referida constituição não restringe a defesa do meio ambiente somente ao artigo 255, trazendo o artigo 170 caput e inciso VI, tratando também sobre o tema: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social. VI – Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.5 Os anos após as primeiras discussões a nível mundial levaram sociedade, juntamente com os estados e ambientalistas, buscar políticas de preservação ao meio ambiente. Influenciado por criação de leis internacionais, o Brasil criou leis específicas de grande relevância para a proteção ambiental, dando ênfase para a lei nº 6.938/81 (que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências)6 que está em vigência até os dias atuais. A partir da década de 80, as disposições legais referentes à proteção ambiental apresentaram maior fôlego, culminando na Constituição Federal de 1988, que dedicou um capítulo inteiro ao tema. A Lei nº 6.803, de 1980, veio normatizar o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição. Em 1981, podemos destacar a Lei nº 6.902, que cria áreas de proteção ambiental e as estações ecológicas, além do advento da Lei nº 6.938, que disciplinou e instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, adotando princípios e regras estabelecidas pela Carta resultante da Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, em 1972. 7 A preocupação com o meio ambiente, o clima, o efeito estufa, vem sendo um ponto importante em muitas conferências a nível mundial. Em 2015, por exemplo, na Conferência das Nações Unidas, o Secretário-Geral da ONU (Organização das nações unidas), Ban Ki-Moon declarou: O clima do planeta sempre sofreu alterações, mas nunca antes [sic] em uma velocidade tão rápida. E este agravamento do efeito estufa na atmosfera do planeta é resultado do crescimento demográfico e econômico acelerado promovido desde a revolução industrial, que está alterando o ciclo natural de variação do clima e causando uma mudança climática global irreversível em curto e médio prazo.8 5 Constituição Federal de 1988. 6 Lei 6.938 de 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm>. Acesso dia 11 de junho de 2020. 7 MEDEIROS, Fernanda Luiza apud TOMELEI, Lucas Brito. Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/4873/O-meio-ambiente-na-Constituicao-Federal-de- 1988>. Acesso em:10 de junho de 2020. 8 CORTESE, Tatiana Tucunduva P. Mudanças Climáticas. In: SPINOLA, Ana Luíza, 2016. p. 108 11 Isso revela a necessidade de um crescimento econômico que mantenha um ambiente equilibrado. Dessa maneira cabe salientar que o meio ambiente é um bem jurídico que cabe ao poder público e a sociedade a sua proteção e responsabilidade. A necessidade de assegurar a base natural da vida (natureza) coloca novos matizes na política econômica. É, na verdade, o grande desafio das políticas econômicas. A obviedade da necessidade de uma relação sustentável entre o desenvolvimento industrial e meio ambiente é exatamente a mesma da irreversibilidade da dependência da sociedade moderna dos seus avanços técnicos e industriais. Assim, qualquer política econômica deve zelar por um desenvolvimento da atividade econômica e de todo seu instrumental tecnológico ajustado com a conservação dos recursos naturais e com uma melhora efetiva da qualidade de vida da população.9 Nesse ponto, chega-se à conclusão de que a busca irresponsável do capitalismo por lucro será um preço alto a ser pago pelas gerações vindouras. É urgente a necessidade de frear o desenvolvimento a custo da natureza que permite a existência do ser humano. A lucratividade buscada pelo sistema, ampliando sem limites as condições de reprodução e de produtividade do capital, exige a exploração sem limites dos recursos naturais, exaurindo desordenadamente as riquezas do planeta, poluindo severamente o meio ambiente e prejudicando o bem-estar e a dignidade das futuras gerações.10 O desenvolvimento sustentável é pauta urgente na sociedade do século XXI. Cada vez mais a forma de produção e consumo coloca em perigo a vida do planeta. A sustentabilidade leva uma ideia muito mais abrangente de sustentação, de manutenção positiva, de conservação equilibrada de recursos sociais, econômicos, éticos, políticos, culturais e naturais para garantir a dignidade e a qualidade de vida dos homens e de seu meio, prevenindo a deterioração e o esgotamento desses recursos e dos meios adequados aos fins valiosos do ser humano.11 O grande desafio é descobrir formas menos prejudiciais ao meio ambiente na produção no mercado capitalista que grande parte do globo adota. Uma série de novos problemas socioeconômicos e políticos estão elevando a prioridade das questões relativas à segurança ecológica nas políticas públicas nacionais. Por exemplo, as mudanças climáticas colocam o problema dos limites dos recursos aquíferos, incertezas quanto à segurança 9 DERANI, Cristiane apud TOMELEI. 10 CAFFE, 2016. p. 79 11 CAFFE, Alaôr Alves. Sustentabilidade expandida. Crítica social aos limites do direito, da ética e do estado e reflexos na política do meio ambiente. In.: SILVA SPINOLA, Ana Luíza. Direito ambiental e sustentabilidade. São Paulo: Manole, 2016. v. 18. p. 53. 12 energética e à propagação geográfica de doenças. Preocupação quanto à segurança dos recursos ecológicos acabam se relacionando diretamente às prioridades dos estados nacionais e às responsabilidades relativas ao bem- estar social e à competitividade econômica.12 Se a dignidade da pessoa humana (fundamento da República Federativa do Brasil) está intimamente ligada ao desenvolvimento sustentável, surge então a pergunta: Qual a responsabilidade do Estado e da sociedade em relação ao desenvolvimento sadio e ao bem-estar social? 7.2 A responsabilidade ambiental A responsabilidade estatal e coletiva a respeito do meio ambiente pode ser encontrada na CF/88. Em seu artigo 225, ela define que “[...] impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”13 A responsabilidade ambiental torna-se uma imposição feita pela CF/88 não só sobre o Estado, mas a impõe também sobre a coletividade. O artigo 225 da Constituição Federal demonstra a preocupação do constituinte com o desenvolvimento sustentável no ordenamento jurídico pátrio, pois prevê o direito de todos indivíduos ao usufruto do meio ambiente saudável, considerando o dever do Estado de intervir quando houver dano a esse direito coletivo. A previsão alcança a geração presente e a futura, sendo exatamente essa a grande causa de defesa do desenvolvimento sustentável, a preservação do ecossistema que precisa permanecer vivo para as futuras gerações.14 O desenvolvimento sustentável precisa ser a busca da sociedade e, compreender isso, é um desafio que vai além do Direito, atingindo outros ramos do conhecimento. É através da educação preocupada com a sustentabilidade que será possível o crescimento e desenvolvimento do país.15 Atualmente, o Estado brasileiro já possui muitas legislações a respeito desse tema. A preocupação com o meio ambiente extrapola as normas constitucionais. Além da Constituição Federal, há a lei 7735/89 que trata sobre o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis; o Código 12 HODSON, M.; MARVIN, S., 2014 apud COLLET BRUNA, Gilda; PHILIPPI JUNIOR, Arlindo. Políticas Públicas e Sustentabilidade no Meio Urbano. In: SPINOLA, Ana Luíza, 2016. p. 5. 13 BRASIL. Constituição (1988), art. 225. (grifo nosso) 14 DIAS, Denise Oliveira. Direito ao desenvolvimento sustentável, 2016. Disponível em:<https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/direito-ao-desenvolvimento- sustentavel/>. Acesso em: 11 de junho de 2020. 15 DIAS, Denise Oliveira, 2016. 13 Florestal que dispõe sobre as regras de utilização dos recursos ambientais; a Lei 7802/89 que trata sobre os Danos ao meio ambiente; a Lei 9605/98 que trata sobre os Crimes Ambientais e o Código Penal na parte que toca nos crimes contra a saúde pública, como o artigo 270 e 271 e ainda o Código Florestal, que teve em sua reformulação a participação social que demonstrou interesse com as questões ambientais [..]16 Dessa maneira, a participação da população, empresas privadas, associações etc., são de extrema importância para tornar as políticas públicas efetivas. Não basta somente a criação de leis se os problemas não forem resolvidos na prática e a ideia de preservação não for solidificada na população. Para isso, é de suma importância que o setor privado, como gerador de renda, compreenda sua responsabilidade socioambiental. Responsabilidade socioambiental é um conceito empregado por empresas e companhias que expressa o quão responsáveis são as mesmas para com as questões sociais e ambientais que envolvem a produção de sua mercadoria ou a realização de serviços, para com a sociedade e o meio ambiente, buscando reduzir ou evitar possíveis riscos e danos sem redução nos lucros.17 A responsabilidade socioambiental é um compromisso das empresas que queiram não só cumprir com todas as legislações ambientais, mas também promover a educação ambiental de maneira que traga menos impactos sociais e ambientais, revendo dessa forma sua maneira de produção e as consequências de seu consumo. 7.3 Educação Ambiental Segundo a lei 9.795 de 1999 (que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências) em seu artigo 1o, educação ambiental pode ser definida como: [..] os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.18 16 DIAS, Denise Oliveira, 2016. 17 NOVO, Benigno Núñez. Responsabilidade socioambiental. Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11152/Responsabilidade-socioambiental>. Acesso em: 11 de junho de 2020. 18 Lei de número 9.795/99. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>.Acesso em 12 de junho de 2020. 14 A educação ambiental deve estar presente desde a séries iniciais e acompanhando os indivíduos por toda a vida, isso inclui sua formação superior (ainda que no setor privado). A lei 9.795/99, em seu artigo 3º, inciso II, diz que incube “às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem”.19 A partir da educação é possível construir uma realidade diferente. A formação de pessoas conscientes sobre o ambiente em que vive e sua responsabilidade com ele, torna-se uma das principais ferramentas para a proteção e restauração de ecossistemas. [educação ambiental] é um processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política. 20 A mudança da realidade depende de projetos bem estruturados e efetivos, postos em prática nos mais diversos graus de formação. Com efeito, o projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e as prioridades estabelecidos pela coletividade, que fixa, por meio da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo. Merece ser destacado que, quanto mais se avança nos níveis hierárquicos educacionais no nosso País, a matéria educação ambiental é esquecida, quando da elaboração dos projetos político pedagógicos, refletindo na formação de profissionais e alunos, despreocupados com este assunto, contribuindo, sobremaneira, para uma maior degradação do meio ambiente.21 É a reponsabilidade das gerações atuais com o bem-estar social e o comprometimento do direito a à vida das futuras gerações o desenvolvimento sustentável, esse que só poderá existir com uma educação ambiental séria e comprometida com a dignidade da pessoa humana e o equilíbrio ecológico. 19 Lei de número 9.795. 20 MOUSINHO, Patrícia apud SILVA JÚNIOR, Ivanaldo Soares. A Educação Ambiental Como Meio para a Concretização do Desenvolvimento Sustentável, 2007. Disponível em: <http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/a-educacao-ambiental-como-meio-para-a- concretizacao-do-desenvolvimento-sustentavel.pdf>. Acesso em: 10 de junho de 2020. 21 SILVA JÚNIOR, Ivanaldo Soares, 2007. 15 8 MÉTODOS Esse projeto de pesquisa foi realizado com a finalidade de analisar o comportamento da Faculdade de Rolim de Moura - FAROL na destinação do lixo que se é produzido. Inicialmente, as informações foram coletadas por meio de pesquisa bibliográfica, que segundo GIL (2002)22 “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”, e exploratórios, de acordo com Cervo, Bervian e da Silva (2006, p.75)23 “a pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes”. Contendo caráter jurídico e doutrinário, no qual se buscou um maior aprofundamento no tema, tendo o intuito de obter um conhecimento vasto, bem como um posicionamento do ordenamento jurídico sobre a temática abordada. Utilizando para tanto artigos, livros digitais e pesquisa em sítios oficiais para explicar e trazer contexto histórico sobre o tema abordado. Em consonância aos sítios e livros digitais, utilizamos a Biblioteca virtual (pearson) e site do Planalto (legislação). 9 CONCLUSÃO Diante do que foi exposto fica claro a importância da diminuição de resíduos. A natureza pede socorro e cabe a nós tomar atitudes para salvá-la. A produção e consumo são inevitáveis, mas não é inevitável ter consciência. Medidas para a diminuição de lixo na faculdade, o descarte correto e reciclagem devem ser feitas para que sirva de modelo para os futuros cidadãos que se formarão ali. O conhecimento é a base de tudo, ações e reações são a consequência. A convivência em sociedade nos permite saber que a obtenção de informações não é de acesso de todos, pelo contrário. Mas, aqueles que têm o poder de informar e ser informado deve pôr em pratica e conscientizar todos ao seu redor os danos que causamos ao meio ambiente diariamente. O presente deve ser trabalhado para que haja futuro. Saber que milhares de resíduos são produzidos em uma única noite sem 22 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa: 4ª ed. São Paulo, Atlas S.A, 2002. p. 44 23CERVO, Amado L. BERVIAN, Pedro A. DA SILVA, Roberto. Metodologia científica: 6ª ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2007. p.75 16 necessidade é preocupante, por isso, nos unirmos para diminuir nossa produção é extremamente importante e para que isso ocorra o conhecimento será a base. CRONOGRAMA ATIVIDADES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO Escolha do tema X Escolha e aceite do professor orientador do projeto de pesquisa X Levantamento bibliográfico X Leitura e fichamento das obras X Análise crítica do material X Elaboração do projeto de pesquisa X Entrega preliminar X Revisão e correção X Entrega do projeto de pesquisa X RECURSOS FINANCEIROS DESPESAS: QUADRO 1: RECURSOS MATERIAIS E FINACEIROS FONTE: Próprio autor (2020) REFERÊNCIAS Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 08 de junho de 2020. MATERIAIS UNIDADES VALOR UNITARIO TOTAL Encadernação espiral 0,0 0,0 0,0 Encadernação capa dura 0,0 0,0 0,0 Fotocópias 0,0 0,0 0,0 0,0 17 CAFFE, Alaôr Alves. Sustentabilidade expandida. Crítica social aos limites do direito, da ética e do estado e reflexos na política do meio ambiente. In.: SILVA SPINOLA, Ana Luíza. Direito ambiental e sustentabilidade. São Paulo: Manole, 2016. v. 18. p. 53. CERVO, Amado L. BERVIAN, Pedro A. DA SILVA, Roberto. Metodologia científica: 6ª ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2007. p.75 DIAS, Denise Oliveira. Direito ao desenvolvimento sustentável, 2016. Disponível em:<https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/direito-ao- desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 11 de junho de 2020. Dicio. Dicionário online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/meio-ambiente/>. Acesso em: 08 de junho de 2020. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa: 4ª ed. São Paulo, Atlas S.A, 2002. p. 44 HODSON, M.; MARVIN, S., 2014 apud COLLET BRUNA, Gilda; PHILIPPI JUNIOR, Arlindo. Políticas Públicas e Sustentabilidade no Meio Urbano. In: SPINOLA, Ana Luíza, 2016. p. 5. Lei 6.938 de 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm>. Acesso dia 11 de junho de 2020. Lei de número 9.795/99. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em 12 de junho de 2020. MEDEIROS, Fernanda Luiza apud TOMELEI, Lucas Brito. Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/4873/O-meio-ambiente-na-Constituicao- Federal-de-1988>. Acesso em: 10 de junho de 2020 MOUSINHO, Patrícia apud SILVA JÚNIOR, Ivanaldo Soares. A Educação Ambiental Como Meio para a Concretização do Desenvolvimento Sustentável, 2007. Disponível em: <http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/a-educacao- ambiental-como-meio-para-a-concretizacao-do-desenvolvimento-sustentavel.pdf>. Acesso em: 10 de junho de 2020. 18 NOVO,Benigno Núñez. Responsabilidade socioambiental. Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11152/Responsabilidade- socioambiental>. Acesso em: 11 de junho de 2020. NÚBIA, Jheniffer. Por mês, 19 mil toneladas de lixo são jogadas a céu aberto em Porto Velho. G1 RO. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/por-mes-19-mil-toneladas-de-lixo-sao- jogados-a-ceu-aberto-em-porto-velho.ghtml>. Acesso em: 13 de junho de 2020. SOUZA, Ludimila. Brasil gera 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Agência Brasil. 2019. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-11/brasil-gera-79-milhoes-de- toneladas-de-residuos-solidos-por- ano#:~:text=Comparando%20com%20os%20pa%C3%ADses%20da,segundo%20a %20ONU%20Meio%20Ambiente).&text=Os%20res%C3%ADduos%20s%C3%B3lido s%20urbanos%20abrangem,nas%20cidades%20pelos%20servi%C3%A7os%20loca is.>. Acesso em: 13 de junho de 2020.
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