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Tema 02 - TEXTO LIMITES NO INFINITO E LIMITES INFINITOS (1)

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CURSOS: ENGENHARIA CIVÍL; ENHENHARIA DA COMPUTAÇÃO; ENHENHARIA ELÉTRICA; 
ENHENHARIA DE PRODUÇÃO.
DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
TEMA 02: LIMITES NO INFINITO E LIMITES INFINITOS
Objetivo: Explorar a definição de limite em suas diferentes formas; analisar funções quando tomamos para x valores suficientemente elevados, e da mesma forma fazendo x decrescer ilimitadamente.
Limite no Infinito
Há determinadas situações em que a função assume valores elevados mesmo quando estamos analisando o limite em um ponto, para exemplificar esta ideia suponha que uma cartolina de um metro quadrado vai ser repartida em pedaços cada vez menores. A tabela a seguir mostra a relação entre o tamanho dos pedaços de cartolina e o número de pedaços.
	Tamanho dos Pedaços (m²)
	Números de Pedaços
	1
	1
	0,50
	2
	0,10
	10
	0,05
	20
	0,01
	100
	0,001
	1.000
	0,0001
	10.000
	0,00001
	100.000
	
0
	
Note que conforme o tamanho diminui consideravelmente, se aproximando de zero, o número de pedaços assume valores suficientemente elevados.
De modo similar, observe a função , quando x se aproxima de zero. Note que .
	 x
	f(x)
	x
	f(x)
	1
	-1
	1
	1
	-0,50
	-2
	0,50
	2
	-0,10
	-10
	0,10
	10
	-0,05
	-20
	0,05
	20
	-0,01
	-100
	0,01
	100
	-0,001
	-1.000
	0,001
	1.000
	-0,0001
	-10.000
	0,0001
	10.000
	-0,00001
	-100.000
	0,00001
	100.000
	-0,000001
	-1.000.000
	0,000001
	1.000.000
	
0
	
	
0
	
Desta forma à esquerda do ponto , a função assume valores cada vez menores (); à direita do ponto 0, a função assume valores cada vez maiores ().
	
	
Podemos observar este comportamento no gráfico da função.
	
De modo geral, seja uma função onde e tendendo a um ponto . Se e , então:
Para determinarmos efetivamente a tendência do limite da função podemos realizar um estudo do sinal das funções e nas redondezas do ponto .
Exemplo:
Análise do limite da função no ponto x = 0.
Observe que para todo x real a função sempre assume valores positivos, pois é uma função constante e é uma função modular, logo, e .
Deste modo,
Mais alguns exemplos.
Análise da função no ponto x = 0. 
Observe que para todo x real a função sempre assume valores negativos, pois é uma função constante, onde e é uma função quadrática, onde .
Deste modo,
Análise da função no ponto x = -1 e no ponto x = 0.
Neste caso, a função possui variabilidade de sinal nas redondezas de do ponto x = 0 e nas redondezas de x = -1, já que a função é constante e positiva e a função possui variação do sinal segundo análise abaixo:
	Análise do sinal da função:
Função do segundo grau, com a concavidade voltada para cima, cujas raízes são e .
Ponto x = -1
Deste modo,
Ponto x = 0
Deste modo,
Análise da função no ponto x = 0.
Neste caso, precisamos analisar o sinal da função do numerador e do denominador.
	Análise do sinal da função :
Função do primeiro grau crescente, cuja raiz é .
Análise do sinal da função :
Função do segundo grau, com a concavidade voltada para cima, cujas raízes são e .
A partir da análise das funções e podemos analisar a função :
Propriedades:
Se , então dizemos que tem limite (mais infinito) no ponto a.
Se , então dizemos que tem limite (menos infinito) no ponto a.
Limite no Infinito
Retomando o problema da cartolina de um metro quadrado, suponha agora que x seja a quantidade de pedaços em que cartolina é repartida e represente a área de cada pedaço, esta relação está expressa na tabela a seguir:
	Número de 
Pedaços
	Medida de Cada Pedaço
	1
	1
	2
	0,50
	10
	0,10
	20
	0,05
	100
	0,01
	1.000
	0,001
	10.000
	0,0001
	100.000
	0,00001
	
	
0
À medida que o número de pedaços aumenta a área de cada pedaço diminui. Desta forma, à medida que x tende a mais infinito, a função tende à zero.
Formalmente, podemos construir algumas ideias com x tendendo a infinito (mais infinito ou menos infinito).
Seja uma função definida no intervalo . Se à medida que assume valores cada vez maiores no intervalo dado, os correspondentes valores de se aproximam de , então dizemos que o limite de para tendendo a é e escrevemos: 
Seja uma função definida no intervalo . Se à medida que assume valores cada vez menores no intervalo dado, os correspondentes valores de se aproximam de , então dizemos que o limite de para tendendo a é e escrevemos: 
Se é um inteiro positivo qualquer (, então: e .
Exemplo:
Análise da função , para x tendendo a mais infinito.
Para algumas funções a abstração da função para o cálculo do limite pode ser efetuada considerando o comportamento da função. Veja os seguintes exemplos:
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Observe a função . Para analisar o limite desta função quando x está tendendo a mais infinito ou quando x está tendendo a menos infinito, precisamos entender o comportamento da função. No caso de funções polinomiais, é importante determinar o grau da função já que este indica o seu comportamento. Logo, como é uma função do segundo grau com a concavidade da parábola voltada para cima, podemos concluir que:
Explorando um pouco mais esta situação observe a tabela abaixo:
	
	
	
	
	
	
	1
	
	1
	-10 
	
	-9 
	5
	
	25 
	-50 
	
	-25 
	9
	
	81 
	-90 
	
	-9 
	10
	
	100 
	-100 
	
	0
	11
	
	121 
	-110 
	
	11 
	100
	
	10.000 
	- 1.000 
	
	9.000 
	1.000
	
	 1.000.000 
	- 10.000 
	
	990.000 
	
	
	
	
	
	
Note que para x tendendo a mais infinito tende a mais infinito e tende a menos infinito, no entanto, a função tende a mais infinito. 
De modo prático, podemos determinar este limite da seguinte forma:
Para determinar o limite da função quando x tendendo a menos infinito, por exemplo, basta analisarmos o termo de maior potência.
Limites cujo resultado inicial expressa situações como , , são denominados limites indeterminados. Para encontrarmos a solução para eles é necessário realizar uma análise mais detalhada de cada caso, aplicar algumas propriedades e realizar manipulações algébricas.
Exemplos:Atenção!
Este método só é valido para x tendendo a mais infinito ou para x tendendo a menos infinito.
De modo geral, temos:
Considere .
Bibliografia:
FLEMMING, Diva Marília; GONÇALVES, Mirian Buss. Cálculo A - Funções, limite, derivação e integração. 6. ed. Pearson, 2006.
GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2010.
IEZZI, Gelson. Fundamentos de Matemática Elementar – Limites, Derivadas e Noções de Integral. 6. ed. Atual, 2005. v.8.
LEITHOLD, Louis. Cálculo com geometria analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1994. v.1.
MUNEM, M. FOULIS D. Cálculos. Rio de Janeiro: Guanabara Dois. Vol.1
	6
	Cálculo I

x

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

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