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ATIVIDADE DE CAMPO I ( ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA)

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Aluna Amanda Rosa Silveira 
Matrícula: 202001213198
Professor : Douglas de Freitas Cardoso
ATIVIDADE DE CAMPO I 
FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS
RESUMO AULA 1 A 4.
AULA 1 (TEAMS)
A questão do conhecimento e a sociedade como objeto de estudo
O conhecimento como característica do homem
 O homem é o único animal que vive no mundo e pensa sobre o mundo em que vive. Ao pensar, ele fórmula explicações acerca da realidade e dos fenômenos que o cerca. Portanto, é no ato de pensar que o homem conhece a si e o mundo, manifestando isso através da linguagem. É importante observar que as coisas não têm um sentido em si, os homens é que lhes dão sentido, através do pensamento e da palavra, que, sistematizados de alguma maneira, formam o conhecimento. 
 Formas de conhecimento 
O homem sempre buscou expressar o conhecimento dos fenômenos da natureza e de si mesmo utilizando-se de diferentes tipos de linguagem:
 O mito
 O mito é uma narrativa, uma fala, que contém em si diversas ideias. É uma mensagem cifrada, que não é entendida facilmente por quem não está dentro da cultura de que o mito faz parte. O mito não é objetivo, assim como não se situa no tempo, fala das origens, sem, no entanto, referir-se ao contexto histórico. Trata de tempos fabulosos. Os mitos dão forma e aparência explícita a uma realidade que as pessoas sentem intuitivamente. O mito pode também transmitir, de geração a geração, uma espécie de conhecimento, muitas vezes sobre a origem do mundo, algumas sobre processos de cura, outras sobre interpretações de fenômenos da natureza e, ainda, sobre a sociedade e a relação entre os homens, através de histórias mitológicas.
 Conhecimento religioso 
Esse tipo de conhecimento do mundo se dá a partir da separação entre a esfera do sagrado e do profano. As religiões também apresentam, de forma geral, uma narrativa sobrenatural para o mundo, porém, para aderir a uma religião, é condição fundamental crer ou ter fé nessa narrativa. Além disso, é uma parte essencial da crença religiosa a fé no fato de que essa narrativa sobrenatural pode proporcionar ao homem uma garantia de salvação, bem como prescrever maneiras ou técnicas de obter e conservar essa garantia, que são os ritos, os sacramentos e as orações. 
Conhecimento filosófico
 De modo geral, o conhecimento filosófico pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento. O saber filosófico como aquele que trata de compreender a realidade, os problemas mais gerais do homem e sua presença no universo. A Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. Por isso, é, sobretudo, especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade. Mas, embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas questões formuladas pela mente, ela influi diretamente na vida concreta do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual. 
Senso comum 
Retomando a ideia de que as coisas por si só não têm sentido, sendo este atribuído a elas pelos homens, tratemos agora do senso comum, que é algum sentido dado coletivamente às coisas vividas. Para se orientar no mundo, o ser humano assume como certas e seguras diversas coisas, situações e relações entre fatos, coisas e situações. Estabelece, assim, sistemas de discursos sobre o que tem vivido, isto é, sistemas de conhecimento. Nem sempre o senso comum representa a realidade. Às vezes, conceitos errôneos são formulados e adotados por coletividades. É o caso daquele cidadão fumante que, respeitoso pelas regras de convívio, não fuma em ambientes em que haja outras pessoas, como um ônibus. Ele costuma esperar seu ônibus sem acender um cigarro, pois logo o ônibus chegará, deixando, assim, o prazer de fumar para depois da viagem. Se o ônibus, porém, demora a chegar, a falta de nicotina em seu organismo o deixará em estado de ansiedade que o levará a acender um cigarro. Como já se terá passado algum tempo de espera, o ônibus provavelmente já estará próximo e, assim, nosso amigo será surpreendido antes de acabar o cigarro. Como em sua experiência diária, pouco depois de acender o cigarro, é surpreendido com a aparição do ônibus, poderia supor que o fato de acender o cigarro causa a chegada do ônibus. O fenômeno observado por várias pessoas poderia estabelecer uma crença comum na causalidade entre o ato de acender o cigarro e o ônibus chegar. Aí está um caso de armadilha que o senso comum pode conter. Algo simples como observar coisas como esta contribuiu muito para que a humanidade estabelecesse mais uma diferença fundamental entre formas de pensamento humano, entre o senso comum e a ciência. 
Ciência 
A ciência é uma forma de conhecimento, ou seja, é um tipo de sistematização de discursos (logos). Não é só o modo como são organizados os discursos, mas o próprio discurso científico é que tem características próprias. Ele se refere a algo bastante especificado. Não se faz ciência sobrea vida em geral ou o mundo em geral. Faz-se ciência quando se delimita aquilo que se quer estudar, o objeto de que se quer tratar. O objeto não é apenas delimitado, é construído, pois trata-se de algo ideal, de uma representação. Na produção do conhecimento científico é necessário, também, que se aja com MÉTODO. Método grego methodos :meta(por, através de) + hodos (caminho) Método, assim, é o caminho que se deve trilhar para se obter determinado resultado desejado. No caso de que tratamos aqui, método científico é o caminho para se obter o CONHECIMENTO CIENTÍFICO. 
Aplicação Prática Teórica 
Analisar a responder à questão objetiva, indicando a (única) opção correta: 
Dentre as expressões abaixo, qual delas indica o tipo de conhecimento conhecido como senso comum: a) Para os cristãos, Deus é uno e trino: Pai, Filho e Espírito Santo. 
b) A lua apaixonada chorou tanto, que do seu pranto nasceu o rio-mar (narrativa referente ao nascimento do Rio Amazonas) 
c) Conhece-te a ti mesmo, aforismo grego que revela a importância do autoconhecimento para os seres humanos.
 d) O sol é menor que a terra e tem o tamanho de uma pequena bola de fogo. 
e) Na natureza nada se cria, tudo se transforma (lei da conservação de massa, de Lavoisier)
AULA 2 (TEAMS)
Objeto e método das Ciências Sociais
 As assim chamadas Ciências Sociais 
-Por Ciências Sociais entende-se o conjunto de saberes relativos às áreas da Antropologia, Sociologia e Ciência Política. Assim, o objeto de estudo das Ciências Sociais é a sociedade em suas dimensões sociológicas, antropológicas e políticas. As Ciências Sociais fazem parte do grupo de saberes intitulado Ciências Humanas, e apresentam métodos próprios de investigação dos fenômenos que analisam. Neste sentido, em geral, são postas em contraste com as Ciências Naturais e Exatas, já que essas podem ser avaliadas e quantificadas pelo método científico e na área social os métodos utilizados são outros.
- Isso acontece porque nas Ciências Sociais se trabalha muito com o discurso, com as ideias das pessoas. Então a quantificação da informação é possível - existem várias técnicas de análise do discurso que transformam as ideias em dados numéricos -, mas de forma diferente das Ciências da Natureza e das Exatas. As Ciências Sociais também trabalham com pesquisas quantitativas e mesmo qualitativas que envolvem números. Mas esses números surgem de maneira diferente, muitas vezes subjetiva. 
-As Ciências Sociais nos ajudam a "limpar a lente" para enxergarmos melhor as diferentes realidades com que convivemos. Elas têm como objeto de estudo tudo o que diz respeito às culturas humanas, sua história, suas realizações, seus modos de vida e seus comportamentos individuais e sociais. Elas ajudam a identificar e compreender os diferentes grupos sociais, contextualizando seus hábitos e costumes na estrutura de valores que rege cada um deles.
 2- Objeto de estudo da Antropologia e da Sociologia. 
-A Sociologia estuda o homem e o universo sociocultural , analisando as interrelações entre os diversos fenômenos sociais. Neste campo de conhecimento, a vida social é analisadaa partir de diferentes perspectivas teóricas, notadamente as que têm como base conceitual os estudos desenvolvidos por Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx. A partir dessas matrizes teóricas, estudam-se os fatos sociais, as ações sociais, as classes sociais, as relações sociais, as relações de trabalho, as relações econômicas, as instituições religiosas, os movimentos sociais etc. 
-Na Antropologia privilegiam-se os aspectos culturais do comportamento de grupos e comunidades. Questões cruciais para o entendimento da vida em grupo, como alteridade, diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo cultural são tratadas por essa ciência, que, em seus primórdios estudava povos e grupos geográfica e culturalmente distantes dos povos ocidentais. Ao longo de seu desenvolvimento, os antropólogos passaram a analisar grupos sociais relativamente próximos, buscando transformar o exótico, o distante, em familiar.
- Assim, em sua história, a Antropologia revelou estudos notáveis sobre sociedades indígenas e sociedades camponesas, identificando suas diferentes visões de mundo, sistemas de parentesco, formas de classificação, cosmologias, linguagens etc. Também desenvolveu uma série de estudos sobre grupos sociais urbanos, enfatizando a diferenciação entre seus indivíduos, com base em critérios de raça, cor, etnia, gênero, orientação sexual, nacionalidade, regionalidade, afiliação religiosa, ideologia política, sistemas de crenças e valores, estilos de vida etc. 
Comparação entre os enfoques das Ciências Naturais e das Ciências Sociais
 -Ao contrário das Ciências Naturais, as Ciências Sociais lidam não apenas com o que se chama de realidade, com fatos exteriores aos homens, mas igualmente com as interpretações que são feitas sobre a realidade. 
-Neste sentido, no que se refere ao objeto de estudo e, consequentemente ao método de investigação, as ciências sociais diferem bastante das ciências naturais. Tal diferença, aliás, suscita intensos debates quanto à validade e o rigor científico do conhecimento produzido pelas ciências sociais. Os argumentos utilizados têm como princípio epistemológico a dificuldade de reconhecê-las como verdadeiras ciências, à medida que elas tratam com eventos complexos, de difícil determinação, uma vez que envolvem valores e significados socialmente dados. Outra questão reside no fato de estar o pesquisador social, de alguma forma, envolvido com os fenômenos que pretende investigar dificultando a objetividade e a neutralidade científica. 
-É possível, percebermos, portanto, que as ciências sociais não podem ser enquadradas em modelos de cientificidade de outras ciências, pois possuem uma racionalidade e especificidades próprias, relativas ao seu objeto de estudo.
- Nessa perspectiva, tal campo de saber não comporta métodos ou técnicas rígidas e rigorosas, nem fórmulas de aplicação imediata que garantam a obtenção de resultados objetivos e exatos. Assim, o que mais importa é a interpretação dos fenômenos, ou seja, não apenas os fatos por si só, mas a forma como se constituem esses fatos. O sujeito (o pesquisador) deve ser considerado no contexto no qual estes fatos ou fenômenos se apresentam, pois ele também faz parte do objeto que investiga.
- Assim, para que se possa interpretar, analisar, investigar nessa área do conhecimento, é necessário um suporte teórico que fundamente determinadas opções metodológicas, não podendo ser considerada apenas a aplicação de determinada técnica, pois isto não garante por si só a obtenção de resultados válidos. 
Aplicação Prática Teórica 
Analisar a responder à questão objetiva, indicando a (única) opção correta:
 No que tange às diferenças entre Ciências Sociais e Ciências Naturais é correto afirmar que:
 a) O cientista social faz uso do laboratório para realizar as suas pesquisas. 
b) O cientista natural é o único que faz uso de hipóteses em seu trabalho de investigação. 
c) As ciências naturais podem ter resultados iguais provados por dois pesquisadores distintos em locais diferentes. 
d) As Ciências Sociais não conseguem ser objetivas por conta da subjetividade do pesquisador.
 e) As Ciências Naturais possuem um grau de dificuldade de elaboração superior às Ciências Sociais.
AULA 3 ( Teams)
O conceito de cultura e seus antecedentes
O conceito de cultura 
-O conceito de cultura é uma preocupação intensa atualmente em diversas áreas do pensamento humano, no entanto a Antropologia é a área por excelência de debate sobre esta questão. 
-O primeiro antropólogo a sistematizar o conceito de cultura foi Edward Tylor que, em Primitive Culture, formulou a seguinte definição: cultura é todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade.?.
- Desde sempre os homens se preocuparam em entender por que outros homens possuíam hábitos alimentares, formas de se vestir, de formarem famílias, de acessarem o sagrado de maneiras diferentes das suas. A essa multiplicidade de formas de vida dá-se o nome de diversidade cultural. 
-Contudo, foi a partir da descoberta do Novo Mundo, nos séculos XV e XVI, que os europeus se depararam com modos de vida completamente distintos dos seus, e passaram a elaborar mais intensamente interpretações sobre esses povos e seus costumes. É fundamental lembrarmos que o impacto e a estranheza se deram dos dois lados. Os grupos não europeus se espantavam com o ser diferente que chegava até eles desembarcando em suas praias e tomando posse de seu território. Existem relatos de povos que após a morte de um europeu em combate, colocavam seu corpo dentro de um rio e esperavam sua decomposição para ver se eram pessoas como eles. A diferença é que não temos contato com esses relatos dos povos não europeus para conhecermos a visão que eles tinham dos brancos. 
O olhar eurocêntrico sobre a cultura
-Mas de onde surge a preocupação com o tema da cultura? Vamos posicionar nosso olhar. Toda construção científica nasce na Europa. A reflexão teórico-científica sobre a humanidade se iniciou nesse ambiente e nesta perspectiva. Logo a noção de ser humano de referência para todas as Ciências Humanas e Sociais é a do homem europeu e da sociedade europeia. No entanto, a partir dos esforços de conquista de outros continentes, os europeus ‘’encontraram-se’’ com ‘’seres’’ diferentes o suficiente para causarem estranhamento, mas ‘’parecidos’’ o suficiente para produzirem o seguinte incômodo: serão estes seres ’’humanos’’?
- A relação com agrupamentos humanos de localidades até então desconhecidas como as que hoje denominamos África, América, Austrália, fizeram com que os europeus se questionassem sobre as características peculiares ao humano e as razões de tanta diferença entre os componentes de uma mesma espécie. O movimento pré-científico, que domina o campo da diversidade cultural até o século XVIII, é aquele que oscilava entre conceber o ’’diferente’’ ora como humano ora como não humano, provido ou desprovido de alma, bom ou mal selvagem, etc. 
-Na ótica do ‘’mal selvagem’’, estes ‘’humanos’’ eram vistos como perigosos, mais próximos aos animais, brutos, imbuídos de uma sexualidade descontrolada, primitivos, com uma inteligência restrita, iludidos pela magia, enfim, seres limitados que precisavam ser ‘’civilizados’’ pela cultura europeia.
A prática etnográfica 
Na segunda metade do século XIX, esta metodologia é questionada, afinal, como falar sobre uma cultura que nunca se viu? Como descrever eventos que nunca se vivenciou? Assim, cunha-se a etnografia, que é a metodologia característica da antropologia até os dias de hoje: o próprio antropólogo vai ao campo, entra no grupo, vivencia esta cultura diferente, deixa-se fazer parte deste dia a dia, registra esta vivência, retorna para sua própria cultura e finaliza seu trabalho de escrita que é o registro final desta experiência. A prática etnográfica consiste em impregnar-se dos temas de uma sociedade, de seus ideais, de suas angústias. O etnógrafo é aquele que deve ser capaz de viver nele mesmoa tendência principal da cultura que estuda. Para tal, faz-se necessário o exercício da alteridade, ou seja, a postura de apreender a visão do outro na plenitude de seu significado.
 Etnocentrismo
 Não é nada fácil vivenciar outra cultura diferente da nossa. Por quê? Não sentimos nossa cultura como uma construção específica de hábitos e costumes: pensamos que nossos hábitos e nossa forma de ver o mundo, devem ser os mesmos para todos! Naturalizamos nossos costumes e achamos o do outro diferente. Diferente de quê? Qual é o padrão ‘’normal’’ segundo o qual analisamos o diferente? Essa postura é chamada de etnocentrismo, uma visão do mundo em que o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc. Por essa razão, da visão etnocêntrica acerca de manifestações culturais diferentes das mais presentes em nossa cultura decorre uma série de atitudes preconceituosas, discriminatória e intolerantes
Relativismo cultural: 
É a postura, privilegiada pela antropologia contemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se aceitamos ou não esta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-la, e verificar que, ao seu jeito, outra vida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumes. Assim, o relativismo cultural pressupõe o reconhecimento das diferenças culturais, sem hierarquização de saberes e visões de mundo
Aplicação Prática Teórica (aula 4 SIA)
Analisar a responder à questão objetiva, indicando a (única) opção correta: 
O professor de Sociologia, ao entrar na sala de aula, encontrou um grupo de alunos numa calorosa discussão sobre cultura. Aproveitando o interesse pelo tema, organizou um debate no qual ficaram evidenciadas várias formas de entender o que é cultura. Algumas estão destacadas abaixo. Na perspectiva da sociologia crítica, qual a afirmação que melhor expressa a visão antropológica do que é cultura?
 A) Cultura é a leitura de muitos livros; é estudar bastante, é o saber lidar com muita coisa. (aluna Mara).
 B) Quando uma pessoa é bem educada a gente diz: Que culta! Então, cultura é uma boa educação, é tratar bem as pessoas, é escrever e falar corretamente. (aluna Sandra). 
C) A cultura é aquilo que a gente sabe, é aquilo que a gente faz, portanto, todas as pessoas têm cultura. (aluno Carlos). 
D) Marcos não tem muita cultura, porque só cursou as séries iniciais do ensino fundamental. (aluno Eduardo).
 E) Cultura é aquilo que faz a gente ser superior ao outro, que faz a gente subir na vida.
Aplicação Prática Teórica (aula 3 SIA)
 Analisar a responder à questão objetiva, indicando a (única) opção correta:
 Eu odeio o Cairo, mas jamais seria capaz de sair daqui", afirma Sonallah Ibrahim, um respeitado escritor egípcio que nasceu há 73 anos nessa megacidade que é a capital do Egito, um lugar que, segundo ele, é fácil desenvolver uma relação de amor e ódio. "Eu já morei na Alemanha, na Rússia e nos Estados Unidos", diz ele. "Mas eu não era feliz, aqui eu me sinto à vontade, eu sei encarar a vida." (Fantástico, 09/05/2010). O texto acima reflete, de acordo com a perspectiva socioantropológica, a relação entre o indivíduo e o meio no qual foi socializado. É por esse processo de socialização que se pode explicar que este indivíduo: 
A) Sente-se feliz no Cairo por compartilhar os mesmo hábitos, costumes, crenças, tradições, valores, símbolos e representações que foram herdados geneticamente. 
B) Sente-se feliz no Cairo por compartilhar uma forma de linguagem expressa nos hábitos, costumes, crenças, tradições, valores e símbolos adquiridos na convivência com outras pessoas.
 C) Sente-se feliz no Cairo por compartilhar hábitos, costumes, crenças, tradições, valores e símbolos que são a-históricos e lhe proporciona um sentimento de pertencimento e identidade a um lugar. 
D) Sente-se feliz no Cairo por compartilhar hábitos, costumes, crenças, tradições, valores, símbolos e representações que foram determinados pelo meio geográfico. 
E) Sente-se feliz no Cairo por compartilhar hábitos, costumes, crenças, tradições, valores, símbolos e representações que foram determinados por intervenção div 
Aplicação Prática Teórica (aula 5 SIA)
Analisar a responder à questão objetiva, indicando a (única) opção correta:
A noção de etnocentrismo em Antropologia busca:
 A) Designar a ocorrência de uma imprecisão conceitual na teoria antropológica. 
B) Expressar o processo de observação dos valores da própria cultura como se fossem únicos ou superiores. 
C) Descrever a preeminência da relação entre os termos em qualquer análise antropológica.
 D) Apontar para o risco de suspensão moral das categorias de nossa própria cultura.
 E) Nomear o processo de construção de conceitos abstratos a partir das representações nativas.
AULA 4 (Teams)
Tema Diversidade cultural e Globalização
-Conforme estudado no capítulo anterior, em todas as sociedades humana percebemos a existência de diversos hábitos, costumes, linguagem, estilos de vida. Essa multiplicidade de formas de ver, sentir e se inserir no mundo denomina-se diversidade cultural.
 -Como consequência das grandes transformações verificadas com a expansão do processo de globalização nas últimas décadas, o mundo tornou-se, cada vez mais, marcado pela diversidade cultural e a convivência de diferentes formas de agir, de padrões culturais, de estilos de vida. 
-Esse processo, definido por Anthony Giddens como ‘’a intensificação de relações sociais mundiais que unem localidades distantes de tal modo que os acontecimentos locais são condicionados por eventos que acontecem muitas milhas de distância e vice-versa’’, colocou em contato, principalmente através das tecnologias de mídia, povos e culturas distintas. 
-Contudo, devemos notar que esse processo foi liderado pelos Estados Unidos da América, que impôs seu modelo de vida como o padrão a ser seguido pelos outros países, provocando movimentos contestatórios a esse domínio, denominados movimentos antiglobalização. Esses movimentos que buscam não apenas combater o domínio econômico e cultural norte-americano, mas também propor novas formas de organização do mundo, com base na valorização das diferenças étnicas e culturais entre os povos do planeta. 
Multiculturalismo 
-É no quadro acima descrito que se impõe a ideia de multiculturalismo, que preconiza a interação entre as diferentes culturas, sem hierarquização de saberes e modos de vida. Desta forma, o multiculturalismo pressupõe uma visão positiva da diversidade cultural, privilegiando o reconhecimento, valorização e incorporação de identidades múltiplas nas formulações de políticas públicas e nas práticas cotidianas. 
-Como apontado no Capítulo 2 do livro didático (ver bibliografia básica), ‘’a despeito dos desafios impostos pelo mundo globalizado, é preciso que reconheçamos a necessidade do convívio em uma sociedade cuja realidade é multicultural. Para tanto, devemos, mais do que respeitar, valorizar as diferenças próprias de cada indivíduo.
- Neste sentido, lembramos as palavras de uma das mais notáveis antropólogas conhecidas, a americana Margaret Mead, que no prefácio de Sexo e Temperamento afirmou: toda diferença é preciosa e precisa ser tratada com muito carinho. 
Aplicação Prática Teórica (aula 6 SIA)
Analisar a responder à questão objetiva, indicando a (única) opção correta: (Adaptada do ENADE 2009) O movimento antiglobalização apresenta-se, na virada deste novo milênio, como uma das principais novidades na arena política e no cenário da sociedade civil, dada a sua forma de articulação/atuação em redes com extensão global. Ele tem elaborado uma nova gramática no repertório das demandas e dos conflitos sociais, trazendo novamente as lutas sociais para o palco da cena pública, e a política para a dimensão, tanto na forma de operar, nasruas, como no conteúdo do debate que trouxe à tona: o modo de vida capitalista ocidental moderno e seus efeitos destrutivos sobre a natureza (humana, animal e vegetal). GOHN, 2003.É correto afirmar que o movimento antiglobalização referido nesse trecho: 
a) Cria uma rede de adesão ao processo de globalização, expressa em atos de desobediência civil e propostas alternativas à forma atual da globalização, considerada como o principal fator da exclusão social existente.
 b) Defende um outro tipo de globalização, baseado na solidariedade e no respeito às culturas, voltado para um novo tipo de modelo civilizatório, com desenvolvimento econômico, mas também com justiça e igualdade social. 
c) É composto por atores sociais tradicionais, veteranos nas lutas políticas, acostumados com o repertório de protestos políticos, envolvendo, especialmente, os trabalhadores sindicalizados e suas respectivas centrais sindicais. 
d) Aceita as imposições de um mercado global, uno, voraz, além de contestar os valores impulsionadores da sociedade capitalista, alicerçada no lucro e no consumo de mercadorias supérfluas. 
e) Não se utiliza de mídias, tradicionais e novas, de modo relevante para suas ações com o propósito de dar visibilidade e legitimidade mundiais ao divulgar a variedade de movimentos de sua agenda

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