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RESUMO PROVA DE EMPRESARIAL

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DIREITO EMPRESARIAL I
ORIGEM E EVOLUÇÃO
A história do direito empresarial se desenvolve em 3 fases. A primeira fase é a fase das Corporações de Ofício, a segunda é a fase dos Atos de Comércio e a terceira é a fase da Teoria da Empresa.
Na época do Mercantilismo, quando houve grande expansão do comércio e do mercado, entre o século XV e o final do século XVIII, começaram a surgir as Corporações de Ofício, onde os comerciantes inscritos criaram suas próprias normas para regular a atividade comercial. Essas regras eram aplicáveis apenas aos comerciantes inscritos nas corporações, os que não eram inscritos eram regidos pelas leis civis comuns à todos. Ou seja, o fato de ser ou não comerciante inscrito, era o que determinava se as regras das corporações de ofício se aplicavam para determinado comerciante.
Com a Revolução Francesa de 1789, com os ideais de Liberdade, Igualdade, Fraternidade, chegou a fase dos Atos de Comércio. O sistema das corporações de ofício não era um sistema igualitário para todos os comerciantes e ia de encontro com os novos ideias de igualdade, assim, com o Código Napoleônico, passaram a ser considerados comerciantes aqueles que praticassem os atos de comércio, atividade comercial LISTADA no Código Comercial Francês. Esse trazia literalmente uma lista dos atos considerados de comércio, sendo essa teoria fundada no objetivismo dos atos de comércio.
No Brasil, o antigo Código Comercial brasileiro de 1850, era fruto do Código Comercial Francês e também trazia uma lista de atos de comércio.
Com o tempo e com a dinâmica das atividades de mercado foram surgindo cada vez mais diferentes atividades que eram de comércio, porém não estavam listadas no código, e as pessoas estavam exercendo essas atividades de maneira irregular. A fim de regularizar essas atividades, surge a Teoria da Empresa, e é a época da história empresarial em que estamos vivendo atualmente. Com a nova teoria surgida na Itália em 1947, a atividade comercial passa a ser chamada de atividade empresarial, pois essa última abrange um círculo maior de fatores e atividades, como a indústria.
Diante desse breve contexto histórico, podemos responder as 2 primeiras questões.
1- Com relação as atividades de exploração econômica, qual teoria foi adotada pelo Código Civil Brasileiro em 2002? Qual era a teoria anteriormente adotada?
A teoria adotada pelo Código Civil em 2002, foi a Teoria da Empresa, em que o foco do Direito Comercial deixa de ter o conceito de “ato de comércio” (teoria anteriormente adotada, aquela que trazia uma lista de atos do comércio) e passa a ser a empresa, ou seja – toda atividade econômica organizada para a produção OU circulação de bens ou serviços.
2- O Código Comercial Brasileiro foi revogado com a entrada em vigor do Código Civil, a partir de 2002?
O Código Civil de 2002 não revogou totalmente o Código Comercial, por isso diz-se “derrogou”, quer dizer que revogou em parte, pois a parte que trata do direito marítimo ainda está em vigor, mas apenas essa, as normas que tratam da atividade empresaria agora é vigida pelo Código Civil de 2002 e leis especiais.
A partir de 2002, o importante para definir empresário e empresa é a prática da atividade empresária.
ATIVIDADE EMPRESÁRIA
Como o Código não traz o conceito de atividade empresária, retira-se esse conceito a partir do conceito de empresário descrito no artigo 966 que diz que “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.”
Profissionalmente diz respeito à habitualidade, a prática da atividade tem que ser reiterada e habitual. Atividade econômica é aquela que visa lucro. E organizada quer dizer que dispõem os fatores de produção (insumo, mão de obra, tecnologia e capital) para a produção ou circulação de bens ou serviços. Portanto, atividade empresária é a atividade econômica exercida profissionalmente organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
3- Como você conceitua “empresa”, sob a ótica do Direito Empresarial?
A Empresa é sinônimo de atividade, portanto, podemos conceituar Empresa como a organização que resulta da ação dos empresários que produzem bens e serviços imprescindíveis à vida humana.
4- Com relação as atividades de exploração econômica, como se baseia o “Sistema Francês”?
O sistema francês é o da teoria dos atos do comércio, toda vez que alguém explorar uma atividade considerada comercial pelo direito, o ato do comércio é chamado também de mercancia, logo, tem a proteção e as obrigações do código comercial, que hoje é a parte especial do código civil.
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Trata-se da junção de duas ou mais pessoas buscando exercer atividade econômica visando lucro. Estas pessoas podem ser tanto naturais – físicas -, quanto jurídicas.
5- Quais as condições para que a sociedade empresária seja considerada juridicamente regular?
As sociedades empresárias, independente do objeto a que se dedicam, devem se registrar na Junta Comercial do Estado em que estão sediadas. A sociedade empresária que explora irregularmente sua atividade econômica, ou seja, que funciona sem registro na Junta Comercial, está sujeita a sanções.
EMPRESA
6- O que é empresa?
A Empresa é a atividade, cuja marca essencial é a obtenção de lucros com oferecimento ao mercado de bens ou serviços, gerando estes, mediante a organização dos fatores de produção.
EMPRESÁRIO
7- O que é empresário?
O empresário é a pessoa física ou jurídica que exerce atividade econômica e organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
8- O que é estabelecimento empresarial?
Estabelecimento empresarial é o conjunto de bens que o empresário reúne para exploração e desenvolvimento de sua atividade econômica. (tais bens podem ser materiais, corpóreos ou imateriais, incorpóreos).
9- O que é fundo de comércio?
O fundo de comércio ou estabelecimento comercial é o instrumento da atividade do empresário. Com ele o empresário aparelha-se para exercer sua atividade. Assim forma o fundo de comercio a base física da empresa, constituindo um instrumento da atividade empresarial.
10- O que é trespasse?
É o negócio jurídico pelo qual se transmite um estabelecimento comercial, em sua integralidade, ou seja, transfere- se o direito de propriedade sobre o estabelecimento. Ou seja, ocorre o trespasse quando o estabelecimento deixa de fazer parte da propriedade de um empresário e passa para a propriedade de outro.
11- O que é ponto comercial?
O ponto comercial é um dos elementos de um estabelecimento empresarial, mas podemos simplificar dizendo que é a localização em que se encontra o comércio. Ou seja, nada mais é do que o local qualificado pelo fato de lá situar-se a empresa. É a localização geográfica do estabelecimento.
12- Qual a diferença entre venda de quotas e trespasse?
O contrato de compra e venda do estabelecimento empresarial denomina-se “trespasse”, e não deve ser confundido com a cessão de quotas sociais de sociedade limitada ou a alienação de controle da sociedade anônima. Assim, diferencia-se:
 - Trespasse: Neste caso, o estabelecimento empresarial deixa de integrar o patrimônio da sociedade empresária (alienante) e passa para o patrimônio de outra sociedade empresária (adquirente). O objeto da venda é o complexo de bens corpóreos e incorpóreos, envolvidos com a exploração de uma atividade empresarial.
 - Cessão de Quotas: Neste caso, o estabelecimento empresarial não muda de titular. Tanto antes quanto após a transação, ele pertencia e continua pertencendo à sociedade empresária, alterando apenas a sua composição de sócios. O objeto da venda é a participação societária.
13- Quais as consequências para aquele que embora proibido, exerça a atividade empresarial?
A pessoa que, estando legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, vier a praticar atos empresariais, por eles responderá, com seu patrimônio pessoal, arcando com as obrigações assumidas e também reparando os prejuízos causados; além disso, sujeitar-se-á às penalidades administrativase criminais (Lei de Contravenções Penais, art. 47) relativas ao exercício ilegal da profissão e poderá, se insolvente, incidir em falência (Lei n° 11.101/2005 art. 178, c/c CC, art. 1.011,§ 1°), embora não tenha direito de requerer sua recuperação judicial (Lei n° 11.101/2005, art. 48) ou extrajudicial (Lei n° 11.101/2005, art. 161).
14- Cite as diferenças entre as teorias da empresa e a dos atos do comércio.
De acordo com a teoria dos atos de comércio, parte da atividade econômica era comercial, isto é, tinha um regime jurídico próprio, diferenciado do regime jurídico de uma outra parte da atividade econômica, que se sujeitava ao direito civil. Isso significava dizer que certos atos estavam sujeitos ao direito comercial e outros não. Os atos de comércio eram os atos sujeitos ao direito comercial; os demais eram sujeitos ao direito civil. Ou seja, nessa teoria, são considerados empresários aqueles que praticavam um ato de comércio e tinham a mercancia como profissão.
Outra diferença, é que para essa teoria o registro era facultativo, porém necessário para que o empresário fosse amparado pela lei comercial. Como o registro não era de fato obrigatório, e sim facultativo, um vendedor ambulante, por exemplo, era considerado empresário, já que praticava um ato de comércio e exercia a mercancia como profissão.
Já para a teoria da empresa, são considerados empresários aqueles que praticam uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços e tem registro na junta comercial.
É a teoria adotada no Brasil desde o Código Civil de 2002, expressa em seu artigo 966.
O empresário assume a antiga figura do comerciante, e não se fala mais em ato de comércio, mas sim em atividade econômica organizada.
Para ser empresário no Brasil, atualmente, é obrigatório o registro público de empresas mercantis (Art.967,CC).
15- Quais as consequências da ausência de registro para as sociedades irregulares?
No que tange às Sociedades Simples e as Sociedades Empresárias, estão em condição de irregularidade registral quando: não há contrato escrito, ausência de registro e desatualização em vista de alteração substancial. A Sociedade Simples tem o prazo de 30 dias para fazer o registro a partir do início das atividades. Já a Sociedade Empresária deve fazer o registro antes do início das atividades pois, a lei não lhe dá prazo para registrar, se encontrando irregular se não fizer o registro até quando do início das atividades. A consequência da irregularidade é a responsabilidade pessoal solidária dos sócios sobre as obrigações, seguindo as regras de sociedades em comum.
Além da responsabilidade recair sobre a pessoa natural, diretamente sobre os bens pessoais no caso do empresário individual e EIRELI irregulares, ou solidariamente no caso das Sociedades Simples e Sociedades Empresárias irregulares, a irregularidade acarreta outras consequências como:
Não poder pedir a Falência de terceiros. O irregular pode sofrer falência, mas o registro é um requisito para pedir a Falência de terceiros. Também não pode se beneficiar da Recuperação de Empresas, e nem participar de Licitações. São, de fato, uma forma de punição para o exercício irregular, o legislador pensou muito bem neste quesito, é importante a regularidade, e essas impossibilidades fazem com que se incentive ainda mais que se leve à registro as atividades empresárias.

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