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Modulo-11

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Prévia do material em texto

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
 
LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Editoração e Revisão: Editora Prominas e Organizadores 
 
 
 
 
Coordenação Pedagógica 
INSTITUTO PROMINAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Impressão 
e 
Editoração 
APOSTILA RECONHECIDA E AUTORIZADA NA FORMA DO CONVÊNIO 
FIRMADO ENTRE UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
E O INSTITUTO PROMINAS. 
 
 
MÓDULO – 11 
 
 
 
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2
 
 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................... 03 
 
UNIDADE 2 – LEGISLAÇÃO: CONSTITUIÇÃO, LEI, DECRETO, PORTARIA. 
HIERARQUIA: LEGISLAÇÃO FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL ................. 05 
 
UNIDADE 3 – LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA, PREVIDENCIÁRIA E 
SINDICAL ............................................................................................................. 10 
 
UNIDADE 4 – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. TRABALHO 
DA MULHER E DO MENOR ................................................................................. 26 
 
UNIDADE 5 – ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO ENGENHEIRO E 
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E A IMPLANTAÇÃO DE UM 
SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA .......................................................... 29 
 
UNIDADE 6 – EMBARGOS OU INTERDIÇÃO .................................................... 34 
 
UNIDADE 7 – CONVENÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO 
INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT ........................................................... 35 
 
UNIDADE 8 – NORMAS TÉCNICAS. PORTARIAS NORMATIVAS, NORMAS 
NACIONAIS, ESTRANGEIRAS E INTERNACIONAIS ......................................... 39 
 
UNIDADE 9 – TÉCNICAS DO PREPARO DE NORMAS, INSTRUÇÕES E ORDENS 
DE SERVIÇO. IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS 
INTERNAS PARA A ENGENHARIA DE SEGURANÇA ...................................... 50 
 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 
 
 
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A Saúde e Segurança do Trabalho é matéria constitucional, regulamentada e 
normalizada. A Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), artigo 
6º e artigo 7º, incisos XII, XIII, XXVIII e XXXIII, dispõe, especificamente, sobre 
segurança e saúde dos trabalhadores. 
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: 
[...] 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa 
renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta 
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem 
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de 
aprendiz, a partir de quatorze anos [...]. 
Igualmente a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT – dedica o seu 
Capítulo V à Segurança e Medicina do Trabalho, de acordo com a redação dada 
pela Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977. 
O Ministério do Trabalho, por intermédio da Portaria nº 3.214, de 8 de junho 
de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras – NR – previstas no Capítulo V da 
CLT. Esta mesma Portaria estabeleceu que as alterações posteriores das NR seriam 
determinadas pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, órgão do atual 
Ministério do Trabalho e Emprego. 
A segurança do trabalho rural tem regulamentação específica através da Lei 
nº 5.889, de 5 de junho de 1973, cujas Normas Regulamentadoras Rurais – NRR – 
foram aprovadas pela Portaria nº 3.067, de 12 de abril de 1988. Há pouco tempo 
essa portaria foi revogada e a regulamentação do trabalho rural está concentrada 
em uma norma regulamentadora específica, que é a NR-31. 
 
 
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Incorporam-se às leis brasileiras, as Convenções da OIT – Organização 
Internacional do Trabalho – quando promulgadas por Decretos Presidenciais. As 
Convenções Internacionais são promulgadas após submetidas e aprovadas pelo 
Congresso Nacional. Além dessa legislação básica, há um conjunto de Leis, 
Decretos, Portarias e Instruções Normativas que complementam o ordenamento 
jurídico dessa matéria. 
Além disso, há a legislação acidentária, pertinente à área da Previdência 
Social. Aqui se estabelecem os critérios das aposentadorias especiais, do seguro de 
acidente do trabalho, indenizações e reparações. 
Completando essa extensa legislação, devemos lembrar que a ocorrência 
dos acidentes (lesões imediatas ou doenças do trabalho) pode dar origem a ações 
civis e penais, concorrendo com as ações trabalhistas e previdenciárias (MATTOS, 
2012). 
Veremos então neste último módulo básico, a legislação, convenções, 
portarias normativas e outros dispositivos legais que fornecem o suporte legal para 
que o Engenheiro de Segurança do Trabalho atue de maneira hábil, justa e 
competente no desenvolvimento de sua profissão. 
Esperamos que apreciem o material e busquem nas referências anotadas ao 
final da apostila subsídios para sanar possíveis lacunas que venham surgir ao longo 
dos estudos. 
Ressaltamos que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser 
científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às 
regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem 
de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, 
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, 
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma 
redação original. 
UNIDADE 2 – LEGISLAÇÃO: CONSTITUIÇÃO, LEI, 
DECRETO, PORTARIA. HIERARQUIA: LEGISLAÇÃO 
FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL 
 
 
 
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Legislação e fontes formais do direito 
 
A hierarquia das fontes formais no nosso sistema de direito é a seguinte: 
1° - constituição e leis constitucionais (emendas constitucionais); 
2° - leis complementares; 
3° - leis ordinárias e tratados internacionais incorporados ao direito interno. 
Dentre as leis, as federais predominam sobre as estaduais e estas sobre as 
municipais, enquanto a complementar prevalece sobre a lei ordinária; 
4°- costume; 
5°- contratos coletivos de trabalho, que, desde que não transgridam norma 
de ordem pública, têm valor de lei ordinária; 
6°- regulamentos. Princípios gerais do direito, quando inexistir norma a ser 
aplicada ao caso concreto, isto é, no caso de lacuna. 
Essa hierarquia das fontes formais, ou seja, das normas do direito positivo 
significa que o juiz, ao ter de decidir um caso, só deve aplicar uma fonte quando não 
existir outra imediatamente superior(GUSMÃO, 2011). 
 
A Constituição 
A Constituição é a pedra angular de toda a ordem jurídica estatal, fonte de 
validade de todo o direito do Estado, estabelecedora do processo de criação do 
direito estatal. Está acima de qualquer lei, sendo, por isso, a lei suprema. É a fonte 
principal do direito do Estado, a lei fundamental, à qual devem adaptar-se todas as 
demais leis, pois se com ela conflitarem são inconstitucionais. 
A Constituição é expressão do poder constituinte que detém a sociedade 
política (Estado). Como lei fundamental, organiza e estrutura Estado e governo, bem 
como prescreve os direitos individuais, que devem ser respeitados pelo poder 
público, prevendo para tal fim procedimentos eficazes, aptos a garanti-los, como o 
habeas corpus, para a defesa da liberdade, ou o mandado de segurança, para a 
proteção de direito líquido e certo. 
 
 
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A Constituição, por isso, é lei de organização do Estado e lei de garantias. É 
a lei das leis que estrutura e organiza o Estado e o governo, dando-lhes forma 
jurídica, estabelecendo as suas funções e os seus limites, bem como prescreve os 
direitos individuais e os procedimentos aptos a defendê-los. Enuncia os princípios 
fundamentais a serem observados pela legislação. Transforma o Estado em Estado 
constitucional; pode sofrer modificações através de emendas constitucionais, que 
não podem alterá-la substancialmente, por decorrerem do poder de reforma, que é 
limitado, derivado do poder constituinte. 
A lei 
A lei é a principal fonte do direito moderno. Historicamente (promovendo 
breve retrospectiva), a primeira legislação que se tem notícia é o Código de 
Hamurabi, que depois se apurou não ser o mais antigo, mas o mais completo que se 
conhece. Depois, entre os romanos, a Lei das XII Tábuas, e o corpus iuris civilis (§ 
164). Anteriormente a ela predominou o costume. E entre nós e em países que 
optaram pela codificação, como, por exemplo, a França, a Itália, a Alemanha, 
Portugal, a Espanha etc., e toda a América Latina, não há outra acima dela. É a 
principal fonte do direito estatal, com validade, eficácia e aplicabilidade no território 
do Estado (princípio da territorialidade do direito). 
A lei não é produto espontâneo como o costume, mas fruto de elaboração 
discursiva, de estudos, discussões, debates, votações, sanção, publicação, que 
permite, com facilidade, determinar o momento em que se torna ela obrigatória, o 
que não ocorre com o direito consuetudinário, isto é, o direito resultante de costume. 
Regulamento 
É a norma jurídica emanada, exclusivamente, da Administração Pública 
(Poder Executivo) em virtude de atribuição constitucional de poder normativo. É 
também denominado lei material, em contraposição à lei formal, ou, então, decreto. 
Em sentido amplo, os regulamentos são internos ou administrativos e 
externos ou normativos. Os primeiros têm por objeto a organização de um órgão, ou 
de um ente público. Daí serem denominados regulamentos de organização; não 
vinculam terceiros. Os “externos” ou “normativos” alcançam terceiros, isto é, pessoas 
estranhas à Administração. 
 
 
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Os regulamentos podem ser ainda de execução, independentes, delegados 
ou por autorização especial. Os de execução contêm normas especiais para a 
aplicação de lei, sendo, assim, normas secundárias em relação à lei, que é, então, a 
norma primária. Pressupõem, portanto, lei anterior, que limita, previamente, a sua 
matéria, não podendo ampliá-la ou modificá-la. Nesse caso, a Administração possui 
poder normativo limitado, subordinado ao preceituado na lei. 
Os regulamentos independentes resultam de poder normativo genérico, 
atribuído pelo legislador à Administração. O fundamento desses regulamentos está 
no fato de a Administração necessitar de competência para formular normas para 
desempenhar a sua função: administração e serviços públicos; não podem dispor 
sobre a matéria reservada, constitucionalmente, à lei (GUSMÃO, 2011). 
Decreto-lei 
Regra de direito baixada pelo chefe do Poder Executivo, quando 
monopolizar o poder legiferante com ou sem autorização constitucional. É também 
denominado, impropriamente, decreto legislativo, ou ainda, ordenança de 
necessidade ou de urgência, ou como em alguns países, decreto, denominação que 
o confunde com regulamento. Tem força de lei e vale como lei. Nos países em que 
impera divisão de poderes não há lugar para essa norma. Querendo defini-lo, pode- 
se dizer ser a lei ditada pelo Executivo. No Brasil, de 1930 a 1934, o Presidente da 
República legislava através de decretos (leis), porque a Revolução de 1930 havia 
dissolvido o Congresso, mas, durante o Estado Novo (Constituição de 1937), por 
decreto-lei. Assim, entre nós, só a partir de 1937 foi oficialmente empregada a 
expressão decreto-lei. 
Medida Provisória 
Ato normativo, editado pelo Presidente da República, com força de lei, em 
havendo extraordinária urgência e necessidade, cuja eficácia cessa, 
retroativamente, se não aprovado pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados 
e Senado). Aprovando-a, transforma-se em lei. 
A Medida Provisória é medida normativa de extraordinária necessidade e 
urgência, exigida pela ordem econômico-financeira, pela paz social ou pela ordem e 
segurança públicas. Extraordinária necessidade e urgência a justificam, desde que 
 
 
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não possam aguardar a elaboração de uma lei. Matéria penal está dela excluída por 
não haver crime no Estado de direito sem ser previsto em lei (§§ 71 e 105). Prevista 
no art. 62 de nossa Constituição Federal de 1988, em “caso de relevância e 
urgência”, editada, produz efeitos da data de sua publicação, devendo o Presidente 
da República imediatamente submetê-la ao Congresso Nacional, que, se em 
recesso, deve ser convocado para se reunir extraordinariamente, no prazo de cinco 
dias, para apreciá-la.” Perde a eficácia retroativamente se não convertida em lei pelo 
Congresso no prazo de trinta dias (parágrafo único do art. 63). Rejeitada, deverá o 
Congresso elaborar, com urgência, lei disciplinadora da matéria da medida 
provisória não aprovada. 
Porém, o Presidente da República (art. 84, XXVI, da Constituição Federal), 
no caso de o Congresso retardar a aprovação da medida, antes de expirar o prazo 
fatal de trinta dias, para evitar a insegurança das relações jurídicas dela decorrentes, 
pode, e deve, baixar outra idêntica ou semelhante, encaminhando-a, de imediato, ao 
Congresso. Se rejeitada, não pode ser repetida sob pena de inconstitucionalidade. 
 
Hierarquia das leis 
No Brasil, Estado Federado, a Constituição Federal fundamenta a validade 
de todas as regras jurídicas da União, dos Estados e dos Municípios. Uma lei federal 
só é válida se estiver no seu âmbito de atuação, traçado na Constituição Federal. 
Uma lei estadual vale enquanto esteja de acordo com a esfera de competência do 
Estado para regular determinada matéria, nos termos da mesma Constituição 
Federal. Da mesma forma, uma lei municipal retira seu fundamento de validade no 
rol de competência que foi conferido ao Município pela Constituição Federal. 
Assim, se uma lei federal invade a competência estadual ou municipal, 
torna-se inválida e inconstitucional. Porém, por óbvio, não se trata de hierarquia, 
mas deconflito de competências, a ser resolvido sempre com base na Constituição 
Federal. 
Não há, portanto, que se falar em hierarquia entre normas oriundas de entes 
estatais distintos, autônomos, como na nossa Federação. Em caso de conflito entre 
lei federal, estadual e municipal, prevalecerá sempre aquela competente para o trato 
 
 
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da matéria. Caso a lei federal esteja, por exemplo, invadindo competência do 
município, a lei municipal é que prevalecerá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 3 – LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA, 
PREVIDENCIÁRIA E SINDICAL 
 
A legislação brasileira referente a acidentes de trabalho tem acontecido de 
forma lenta e gradual e tem a finalidade de amparar o trabalhador, assim como os 
 
 
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seus dependentes, por ocasião de um acidente fatal. Atualmente existe uma 
legislação que compreende a proteção ampla, da mesma forma que outros direitos 
têm sido criados ainda pela jurisprudência. 
O Código Comercial - 1850, foi o primeiro diploma a tratar da matéria e nele 
eram previstos a garantia de pagamento de três meses de salários ao preposto que 
sofresse acidente de trabalho (art. 78). 
Vamos começar por entender algumas diferenças existentes entre 
benefícios acidentários e previdenciários. 
O Regime Geral de Previdência Social compreende os seguintes benefícios 
gerais: 
Quanto ao segurado: 
 
Quanto ao dependente: Quanto ao segurado 
e dependente: 
a) aposentadoria por 
invalidez; 
b) aposentadoria por idade: 
c) aposentadoria por tempo 
de serviço; 
d) aposentadoria especial; 
e) salário-família; 
f) salário-maternidade; 
g) auxílio-acidente. 
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão. 
 
a) pecúlio; 
b) serviço social; 
c) reabilitação 
profissional. 
 
 
Quando ocorre acidente de trabalho, a Previdência Social proporciona 
auxílio-doença acidentário, na hipótese de redução temporária, ou incapacitação 
temporária para o trabalho; auxílio-acidente na hipótese de redução parcial e 
permanente da capacidade para o trabalho; aposentadoria por invalidez acidentária, 
quando ocorre incapacitação total e permanente para o trabalho; pensão por morte 
acidentária e por fim, abono anual que obedece às mesmas normas do décimo 
terceiro salário e é pago a quem vem recebendo prestações acidentárias em 
decorrência desses benefícios (GONÇALVES, 2009). 
 
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
Auxílio-doença 
 
 
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O auxílio-doença será devido ao segurado que, cumprido o período de 
carência exigido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar 
incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 
(quinze) dias consecutivos. Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do 
afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao 
segurado empregado o seu salário integral. 
A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a 
seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 
quinze dias, devendo encaminhar o segurado empregado à perícia médica da 
Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar os quinze dias. 
O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para 
sua atividade habitual, deverá submeter-se a processos de reabilitação profissional 
para o exercício de outra atividade. 
Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o 
desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando 
considerado não-recuperável, for aposentado por invalidez. 
O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela 
empresa como licenciado. 
 
Auxílio- acidente 
O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, 
após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, 
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia. 
O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do 
auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento 
auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. O 
recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, 
não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
 
 
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A Previdência Social prevê que a perda da audição, em qualquer grau, 
somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do 
reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, 
comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho, que 
habitualmente exercia. 
 
Aposentadoria por invalidez 
A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a 
carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-
doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de 
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer 
nesta condição. 
A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação 
mediante exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o 
segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. 
Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e 
definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida ao segurado 
empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, ou a partir da 
entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento 
decorrerem mais de trinta dias. Durante os primeiros quinze dias de afastamento da 
atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado 
o salário. 
O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá 
sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. 
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por 
invalidez, será observado o seguinte procedimento: 
I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data 
do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem 
interrupção, o benefício cessará de imediato para o segurado empregado que tiver 
direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na 
 
 
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forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado 
de capacidade fornecido pela Previdência Social. 
II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, 
contados da data da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a 
anteceda sem interrupção, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o 
exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será 
mantida, sem prejuízoda volta à atividade. 
Observe-se que o beneficiário empregado em gozo de uma das prestações, 
acima citadas, tem direito ao abono anual, equivalente ao 13º salário. 
 
Pensão por morte 
A pensão por morte,seja por acidente típico, seja por doença ocupacional, é 
devida aos dependentes do segurado. 
 
Estabilidade provisória 
O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo de 
doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a 
cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de 
auxílio-acidente. 
Em se tratando de contrato por prazo determinado, a rescisão contratual 
poderá ser efetuada no término do prazo ajustado, não havendo que se falar em 
estabilidade. 
Ressalte-se que, se o empregado se afasta apenas por até 15 (quinze) dias 
da empresa, não há concessão do auxílio-doença e não haverá garantia de 
emprego. 
A garantia de emprego de doze meses só é assegurada após a cessação do 
auxílio-doença. Caso o empregado se afaste com periodicidade para tratamento 
médico, com percepção de auxílio-doença acidentário, será computada a garantia 
 
 
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de doze meses a partir do retorno do empregado ao trabalho, isto é, quando da 
cessação definitiva do auxílio-doença acidentário. 
Destaque-se, também, que o contrato de trabalho do empregado encontra-
se interrompido até o décimo quinto dia e suspenso a partir do décimo sexto dia ao 
do acidente. 
 
Seguro Acidente do Trabalho – SAT 
O Seguro Acidente do Trabalho – SAT – tem sua base constitucional 
estampada no inciso XXVIII do art. 7º, Inciso I do art.195 e inciso I do art. 201, todos 
da Carta Magna de 1988, garantindo ao empregado um seguro contra acidente do 
trabalho, às expensas do empregador, mediante pagamento de um adicional sobre a 
folha de salários, com administração atribuída à Previdência Social. 
A base infraconstitucional da exação é a Lei nº 8.212/91, que estabelece em 
seu art. 22, II: “Art.22 – A contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade 
Social, além do disposto no art. 23, é de: 
I - ............................................................................................................. 
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei 
8.213/91, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de 
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, 
sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos 
segurados empregados e trabalhadores avulsos: 
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o 
risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; 
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o 
risco de acidentes do trabalho seja considerado médio; 
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o 
risco de acidentes do trabalho seja considerado grave. 
A atividade preponderante da empresa, para fins de enquadramento na 
alíquota de grau de risco destinada a arrecadar recursos para custear o 
 
 
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financiamento dos benefícios concedidos em razão de maior incidência de 
incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais, é aquela que ocupa, na 
empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos 
(CENOFISCO, 2012). 
O enquadramento das atividades da empresa é de responsabilidade da 
própria empresa como, também, estabelece o Decreto nº 3.048/99, em seu art.202, 
§ 4º, que a empresa o faça de acordo com a Relação de Atividades Preponderantes 
e correspondentes graus de risco, prevista em seu Anexo V, obedecidas as 
seguintes disposições: 
a) a empresa com estabelecimento único e uma única atividade enquadrar-
se-á na respectiva atividade; 
b) a empresa com estabelecimento único e mais de uma atividade 
econômica para enquadrar-se simulará o enquadramento em cada uma delas, 
prevalecendo como preponderante aquela que tenha o maior número de segurados 
empregados e trabalhadores avulsos; 
b1) para fins de enquadramento não serão considerados os empregados 
que prestam serviços em atividades-meio, assim entendidas aquelas atividades que 
auxiliam ou complementam indistintamente as diversas atividades econômicas da 
empresa, como, por exemplo, administração geral, recepção, faturamento, cobrança, 
etc.; 
c) a empresa com mais de um estabelecimento e diversas atividades 
econômicas procederá da seguinte forma: 
c1) enquadrar-se-á, inicialmente, por estabelecimento, em cada uma das 
atividades econômicas existentes, prevalecendo como preponderante aquela que 
tenha o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos e, em 
seguida, comparará os enquadramentos dos estabelecimentos para definir o 
enquadramento da empresa, cuja atividade econômica preponderante será aquela 
que tenha o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos, 
apurada dentre todos os seus estabelecimentos; 
 
 
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c2) na ocorrência de atividade econômica preponderante idêntica (mesmo 
CNAE), em estabelecimentos distintos, o número de segurados empregados e 
trabalhadores avulsos dessas atividades será totalizado para definição da atividade 
econômica preponderante da empresa; 
d) apurando-se, no estabelecimento, na empresa ou no órgão do poder 
público, o mesmo número de segurados empregados e trabalhadores avulsos em 
atividades econômicas distintas, será considerado como preponderante aquela que 
corresponder ao maior grau de risco. 
Importante frisar que, para o financiamento dos benefícios de aposentadoria 
especial, segundo a Lei nº 9.732/98 (DOU de 14.12.98), com vigência a partir da 
competência de abril/99, as alíquotas (1%, 2% ou 3%) serão acrescidas de doze, 
nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade, exercida pelo segurado a 
serviço da empresa, que permita a concessão desse benefício após quinze, vinte ou 
vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente (CENOFISCO, 2012). 
Observe-se que o acréscimo incide exclusivamente sobre o total das 
remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados 
empregados e trabalhadores avulsos sujeitos a condições especiais. 
Com relação aos demais empregados da empresa, que não estiverem 
expostos a agente nocivo e, consequentemente, não fizerem jus à aposentadoria 
especial, não haverá qualquer acréscimo na alíquota destinada ao SAT. Cabe 
destacar que, com a revogação do § 9º, do art. 202 do Regulamento da Previdência 
Social aprovado pelo Decreto nº 3.048/99 pelo art. 4º do Decreto nº 3.265/99, a 
microempresa e a empresa de pequeno porte não optantes pelo SIMPLES, que 
recolhiam a contribuição sobre o percentual mínimo de 1% para o financiamento das 
aposentadorias especiais, ficam sujeitas às alíquotas normais de 1%, 2% ou 3%, 
conforme o enquadramento. 
Havendo agente nocivo, que propicie ao empregado o benefício de 
aposentadoria especial, deverá ser observada a majoração de alíquota contida na 
Lei nº 9.732/98. 
Ressalte-se que a Medida Provisória nº 83, de 12.12.2002, publicada no 
DOU de 13.12.02, que dispõe sobre a concessão da aposentadoria especial ao 
 
 
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cooperado de cooperativa de trabalho e de produção, em seu § 1º do art. 1º, criou 
para as empresas tomadoras de serviços de cooperado, que labore em condições 
especiais, contribuições adicionais de 9%, 7% e 5%, incidentes sobre o valor bruto 
da nota fiscal ou sobre a fatura de prestação de serviços. 
A Medida, em seu art. 6º, majorou para 4%, 3% e 2% os percentuais de 
retenção do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços relativos a 
serviços prestados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de 
trabalho temporário, por segurado empregado, cuja atividade permita a concessão 
de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. A MP também 
criou, em seu art. 4º, para as empresas a obrigação de arrecadar a contribuição do 
segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva 
remuneração, e recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu 
cargo até o dia 02 do mês seguinte ao da competência. No caso do contratado não 
ser inscrito no INSS, a empresa deverá inscrevê-lo no INSS como contribuinte 
individual. 
Em seu art. 10, a MP disciplinou que a alíquota de um, dois ou três por 
cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou 
daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa 
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinquenta 
por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, 
em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, 
apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de 
frequência, gravidade e custo, calculados segundo a metodologia aprovada pelo 
Conselho Nacional de Previdência Social. 
A Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, ou seja 
13.12.02, produzindo seus efeitos, quanto aos §§ 1º e 2º do art. 1º e aos arts. 4º a 6 
e 9º, a partir do dia primeiro ao nonagésimo dia da sua publicação (CENOFISCO, 
2012). 
 
O Direito do Trabalho e a Legislação sindical 
 
 
 
 
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O Direito do Trabalho vem passando por um processo evolutivo que amplia 
cada vez mais o papel do empregador nos infortúnios laborais decorrentes de uma 
ordem de serviço. Essa evolução tem implicações nas esferas civil e criminal do 
Direito cuja deflagração independe da vontade da vítima, ou seja, os processos de 
acidente do trabalho passam pela intervenção do Ministério Público (TAVARES, 
RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). 
As implicações, diante da legislação vigente, dizem respeito à 
conscientização dos prepostos que exercem cargos de chefia, pelo desenvolvimento 
de mentalidade prevencionista. 
Legalmente, acidente do trabalho é aquele decorrente do exercício do 
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho. 
Cabe à empresa adotar medidas coletivas e individuais de proteção e 
segurança da saúde do trabalhador, bem como informar os riscos da operação a ser 
executada e do produto manipulado. 
Sempre que for constatado um acidente do trabalho ou doença profissional, 
esse deve ser comunicado pela empresa ao INSS, através do Cadastro da 
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), sob pena de multa em caso de 
omissão. A comunicação é obrigatória, e cópia fiel do documento será fornecida ao 
empregado ou à sua família e ao sindicato. Cabe ressaltar a importância da 
comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo 
em vista as informações nele contidas não apenas do ponto de vista previdenciário, 
estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social. 
Conforme Tavares, Ribeiro Neto e Hoffmann (2008), no caso da contratação 
de serviços prestados por empresas especializadas (limpeza, construção civil, 
jardinagem, etc.), cabe à empresa e seus prepostos a fiscalização dos serviços 
prestados, visando eximir possível responsabilidade de ordem trabalhista. Para 
tanto, cabe ao preposto da empresa: 
� exigir o cumprimento das normas de higiene e segurança; 
 
 
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� permitir que somente pessoas habilitadas executem o serviço; 
� reportar-se ao chefe de cada equipe nomeado pela contratada, que deve 
estar presente em todos os momentos do trabalho. 
O descumprimento das normas de higiene e segurança do trabalho por parte 
da contratada deve ser comunicado ao gestor do contrato, para as providências 
cabíveis. 
Embora se reconheça a importância do conhecimento das normas 
regulamentadoras, não se pode perder de vista a valoração do ser humano, não 
pela penalização imposta ao infrator, mas principalmente pelas garantias dos direitos 
individuais e da preservação da saúde e da vida (TAVARES, RIBEIRO NETO, 
HOFFMANN, 2008). 
De acordo com a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, o montante das 
despesas decorrentes de acidente do trabalho é pago pelo empregador por meio do 
recolhimento de uma taxa ao INSS cuja variação percentual obedece à graduação 
de risco da empresa. Uma vez enquadrada a empresa, caberá ao Ministério do 
Trabalho e à Previdência Social proceder, se necessário, ao reenquadramento, caso 
as estatísticas de acidente do trabalho o justifiquem, visando estimular investimentos 
em prevenção de acidentes. 
Empregador/preposto/chefe ao determinar a realização de certa atividade, 
deve observar três princípios básicos: viabilidade da execução da tarefa, habilitação 
do empregado para executá-Ia e condições de segurança para a execução. 
Viabilidade de execução da tarefa – existem determinadas tarefas que, 
embora não sejam de risco, poderão apresentá-lo, por exemplo: substituição de uma 
lâmpada. Se houver presença de tensão, há risco; se não houver, não há risco. O 
interruptor desliga apenas um polo (neutro ou fase); portanto, a cautela manda que 
desliguemos neutro e fase pelo disjuntor. 
Habilitação do empregado para a tarefa – ainda nos reportando ao exemplo 
da troca da lâmpada, tarefa aparentemente simples, se realizada por pessoa 
inabilitada, que desconheça os princípios básicos de eletricidade, poderá causar 
 
 
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acidentes, isto é, a pessoa pode tomar um choque e, estando sobre uma escada, 
poderá cair, acidentando-se. 
Condições de segurança para a execução – usando ainda o exemplo da 
lâmpada, imaginemos que a troca seja feita por uma pessoa habilitada para essa 
tarefa. Ela desliga o disjuntor elétrico, mas passa por um piso molhado e os sapatos, 
consequentemente molhados, fazem-na escorregar do alto da escada, ocasionando 
o acidente com lesões. 
Nos exemplos anteriores, selecionamos uma situação extremamente fácil, 
visando a sensibilização da chefia, pois, por mais simples e corriqueira que possa 
parecer, toda situação requer cuidados. 
 
Responsabilidade civil e penal do empregador 
Em alguns casos, pode-se invocar para um mesmo fato tutela jurisdicional 
das esferas cível e penal. Para tanto, é necessário que o fato concreto seja tipificado 
como crime e importe em prejuízo de ordem material, podendo este ser a suspensão 
temporáriaou perda da capacidade de trabalho do empregado (TAVARES, RIBEIRO 
NETO, HOFFMANN, 2008). 
É oportuno conhecermos um conceito básico de definição do crime, que 
consiste na ação ou omissão do agente. Não necessariamente o crime se constitui 
quando a ordem leva a uma condição insegura. A simples omissão em permitir que 
determinada atividade seja realizada, cuja condição insegura esteja presente ou seja 
presumível, levará o agente (supervisor, chefe) a responder por ato, que, por dever 
de ofício,deveria impedir. A responsabilidade civil independe da penal; todavia, a 
sentença penal torna indiscutível a responsabilidade reparatória na esfera civil. 
Mesmo em casos de sentença absolutória (absolvição) na esfera penal, 
existem casos em que é possível intentar ação de reparação de danos na esfera 
civil. Para tanto, é necessário que a absolvição tenha se dado por falta ou 
insuficiência de provas, cuja imputação do crime não fique de todo comprovada. 
Assim, é correto afirmarmos que doravante a possibilidade de termos ações cíveis 
 
 
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acumuladas com ações penais deve constituir a regra, excetuando-se os casos em 
que só haja ações cíveis (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). 
Em algumas empresas com determinadas características, muitas vezes torna-
se difícil identificar o responsável pela ordem, podendo este ser desde o chefe 
imediato até o superior que assinou a Ordem de Serviço (OS), o técnico que a 
elaborou, ou outros. Pode haver ainda a coautoria. Assim, se a gerência, por meio 
de uma OS ou outro documento oficial, manda que seja executado um serviço sob 
condições inadequadas e essa posição é ratificada em campo, resultando assim 
acidente do trabalho com vítima, todos os culpados estarão sujeitos a responder. 
Nos casos de dúvida, a questão deve ser discutida internamente, e, se não se 
chegar a um consenso, deve ser acionado o SESMT, que emitirá laudo 
vislumbrando o desfecho da questão. 
Aqui é importante ressaltar que, com o advento do novo Código Civil, é 
obrigatório no contrato social das empresas a identificação do(s) administrador(es) 
da sociedade, que, em tese, é(são) o(s) primeiro(s) responsável(eis) pela má gestão 
e incompetência empresarial; surgindo assim, a imediata responsabilidade 
acidentária (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). 
 
Efeitos do acidente do trabalho 
Ao ser constatado um acidente do trabalho com vítima, por cuja ocorrência a 
chefia seja culpada, esta estará sujeita às sanções cominadas em lei. No acidente 
do trabalho com vítima fatal em que se comprove a culpabilidade de quem ordenou 
o serviço ou de quem deveria evitá-lo por exercício de função e deixou de fazê-lo, 
este poderá responder por crime previsto no art. 121, entre outros, do Código Penal. 
A culpa não decorre da vontade do agente de praticar a lesão, mas do ato de 
negligência, imprudência ou imperícia. Qualquer dessas condições presentes 
caracteriza a culpa. Assim, na inobservância de uma norma ou de um procedimento 
que cause lesão, o responsável pode ser penalizado. Ainda que no acidente tenha 
havido culpa recíproca (do empregado e da chefia), isso não exclui a 
 
 
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responsabilidade daquele que tenha contribuído para o fato (TAVARES, RIBEIRO 
NETO, HOFFMANN, 2008). 
O Código Penal brasileiro, em seu art. 121, caput, trata do homicídio simples. 
O parágrafo 3º (homicídio culposo), do mesmo artigo, engloba a hipótese de a morte 
ser provocada por acidente do trabalho cuja culpa possa ser imputada à chefia, a 
qualquer preposto envolvido na atividade ou mesmo a um colega de trabalho, 
bastando a constatação de imprudência, imperícia ou negligência. A culpa recíproca 
(vitima,chefia, preposto e colega) não exclui a responsabilidade. Assim, quem tiver 
contribuído de alguma forma para a morte do colega, mesmo que também tenha 
sido vítima, poderá ser responsabilizado pelo evento. 
Se houver negligência, imprudência ou imperícia, ficará caracterizado o 
homicídio culposo, e a culpa poderá ser: 
• Pela escolha do empregado – o empregado que provocou o acidente não 
tinha a qualificação necessária para executar o serviço; 
• Pela ausência de fiscalização – o responsável pela fiscalização deixou de 
fazê-la (exemplo: não testou o equipamento e uma falha neste resultou em 
acidente com lesões corporais nos envolvidos); 
• Pela ação – o indivíduo praticou ato imprudente ou imperito que resultou em 
dano (exemplo: movimentou ou alterou o sentido de uma escada rolante sem 
observar a presença de um colega ou usuário sobre ela); 
• Pela omissão – o agente negligenciou as cautelas recomendadas, deixando 
de praticar os atos impeditivos da ocorrência do ato danoso (exemplo: deixou 
de limpar substância escorregadia derramada na área de circulação, o que 
resultou em queda com lesões); 
• Por custódia – o indivíduo faltou com a cautela ou atenção devida na guarda 
do bem. 
A responsabilidade civil foi ampliada com a inserção do novo Código Civil 
brasileiro, de 2002, em especial no que diz respeito aos elementos caracterizadores 
ou que fundamentam o dever de reparar o dano causado, sendo mais fácil a 
constatação, já que em diversos casos não mais existe a necessidade da 
 
 
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demonstração de culpa (negligência, imperícia ou imprudência). Nesse aspecto, o 
fato, e não a culpa, torna-se o elemento mais importante para que surja o dever de 
reparar o dano causado, o que implica radical evolução a respeito da 
responsabilidade civil (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). 
É fundamental destacar o art. 927: “Aquele que, por ato ilícito (ação ou 
omissão voluntária, negligência ou imprudência), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo”. A lei preconiza, também, em seu parágrafo único, que “Haverá 
obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados 
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, riscos para os direitos de outrem”. 
Dessa forma, a nova lei possibilita uma interpretação ampla e extensiva do 
que se pode entender por atividade que envolva risco para terceiros, aumentando, 
assim, as hipóteses de responsabilidade sem culpa, que mais se enquadram com os 
princípios e ideais de justiça que inspiram e sustentam o Direito e o pensamento da 
sociedade moderna. 
Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários 
individuais e as empresas respondem, independentemente de culpa, pelos danos 
causados pelos produtos postos em circulação. 
Segundo o art. 932: “São também responsáveis pela reparação civil: [...] III - o 
empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício 
do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”. 
Outro dispositivo importante, o art. 931, por sua vez, é um complemento ao 
parágrafo único do art. 927 (todos do Código Civil), ao delimitar que os riscos 
inerentes à exploração de determinada atividade econômica são os fatos geradores 
do dever de indenizar. 
O art. 932 traduz o que já vinha ocorrendo, já que vem expor o 
posicionamento que a doutrina e a jurisprudência já tinham adotado antes mesmo do 
advento do novo Código Civil. E, finalmente, o art. 933: “As pessoas indicadas nos 
incisos I a V do artigo antecedente, aindaque não haja culpa de sua parte, 
responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos”. 
 
 
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Desta forma, a responsabilidade civil é a obrigação de reparação do dano 
causado, mediante indenização. As causas que originam a responsabilidade civil 
são o dolo e a culpa. Não se exclui ainda a responsabilidade objetiva, que consiste 
na ocorrência de fatos indesejáveis e imprevisíveis, em que o simples nexo causal 
entre o fato lesivo e os danos verificados já é suficiente para obrigar a reparação do 
dano sofrido pela vítima, independentemente de ter ou não havido culpa do agente 
que praticou ou provocou o dano. 
Nesse sentido, contudo, o dano é, sem dúvida, o ator principal da 
responsabilidade civil. Não poderia se falar em indenização nem em ressarcimento 
se não houvesse a figura do dano. Pode haver responsabilidade sem culpa; 
contudo, não pode haver responsabilidade sem dano. Na lógica da responsabilidade 
objetiva, qualquer que seja a característica do risco que tenha fundamento: risco 
profissional, risco ocupacional, risco proveito, risco criado, etc., o dano constitui o 
seu elemento principal. Haja vista que, sem dano, evidentemente, não haverá o que 
reparar, ainda que a conduta tenha sido culposa ou até mesmo dolosa (TAVARES, 
RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). 
 
Intervenção do Ministério Público 
Nos processos de acidente do trabalho há intervenção compulsória do 
Ministério Público, independentemente da vontade da vítima. Isso significa que, 
embora haja inércia do interessado, compete ao Estado, por meio da Promotoria 
Pública, instaurar a demanda judicial cabível. 
Essa competência deve-se à natureza da lide de ordem pública, alimentar, de 
direito indisponível e irrenunciável e, ainda, à qualidade da parte, normalmente mais 
fraca na relação jurídica processual. 
O processo penal poderá ser deflagrado após o encerramento do inquérito 
policial, que para ser iniciado basta existir um fato aparentemente criminoso, sendo 
várias as possibilidades de sua instauração, ou seja, exame de corpo de delito, 
flagrante, comunicação por indivíduo comum, solicitação do Ministério Público, etc. 
 
 
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Concluída a fase de inquérito policial, este é encaminhado ao Promotor 
Público, que, constatando indícios da existência do crime, oferecerá denúncia. Caso 
aceite a denúncia, o juiz dará início ao processo penal, decidindo sobre a existência 
ou não do crime e seu regular apenamento. Sendo promulgada sentença 
condenatória, haverá também implicações cíveis, ou seja, não há discussão quanto 
ao mérito da questão, ficando pendente apenas a apuração do valor devido. 
Outra possibilidade é a sentença absolutória, que não eximirá de 
responsabilidade no civil, caso sua fundamentação tenha sido insuficiência de 
provas ou por excludente de ilicitude, comportando, assim, reapreciação nessa 
esfera (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 4 – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. 
TRABALHO DA MULHER E DO MENOR 
 
 
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) expressa direitos e deveres do 
trabalhador e do empregador, tendo relação direta e imediata com a questão da 
responsabilidade em sentido amplo. 
Tomando como exemplo o parágrafo 2º do art. 229 da Constituição Estadual 
de São Paulo, fica garantido ao empregado o direito de parar ou se negar a fazer 
determinada atividade até a eliminação de risco grave presente ou iminente no local 
de trabalho. 
O empregado também tem obrigações a cumprir, sob pena de sanções 
disciplinares cabíveis, podendo, em decorrência disso, até ser dispensado por justa 
causa. Conforme prescreve o art. 158 da CLT, o empregado deve observar as 
Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, colaborando com a empresa na 
aplicação das ordens de serviços quanto às precauções a tomar no sentido de evitar 
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. Constitui ato faltoso do empregado 
a recusa injustificada de realização de determinada tarefa. 
A responsabilidade decorre da inobservância das disposições legais 
referentes à legislação trabalhista, tanto por parte do empregador quanto do 
empregado. 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a principal norma legislativa 
brasileira referente ao Direito do trabalho e o Direito processual do trabalho. Ela foi 
criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo 
então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, unificando toda 
legislação trabalhista então existente no Brasil. Seu objetivo principal é a 
regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. 
 
TRABALHO DA MULHER 
A Constituição da República traz a base dos direitos da mulher trabalhadora. 
Pela Lei Maior, à mulher são concedidos os seguintes direitos sociais: licença a 
 
 
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gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e oitenta 
dias; proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, 
nos termos da lei, e proibição de diferença de salário, dentre outros. 
Em nível infraconstitucional, a CLT cuida da proteção do trabalho da mulher 
nos arts. 372 a 401. À mulher é permitido cumprir trabalho em jornada 
extraordinária, devendo receber adicional de 50%. ; é igualmente permitida a mulher 
o trabalho em atividades insalubres e perigosas. 
É proibida a mulher o deslocamento de peso, quando utilizada apenas 
energia muscular, sendo superior a vinte quilos em se tratando de serviço contínuo; 
e vinte e cinco quilos quando se tratar de serviço ocasional (art. 390 da CLT). 
Tratando-se de tração mecânica esta proibição desaparece (parágrafo único do art. 
390 da CLT). 
Quanto a proteção à maternidade, a Constituição Federal determina que a 
empregada não poderá ser despedida desde a confirmação da gravidez e até cinco 
meses após o parto. No caso de aborto não criminoso a mulher terá direito a um 
repouso remunerado de 2 (duas) semanas. A Lei nº 9.799, de 26-5-1999, inseriu 
texto consolidado, com significativas regras que disciplinaram o acesso da mulher ao 
trabalho. 
 
TRABALHO DO MENOR 
 
A Constituição da República proíbe o trabalho do menor até 16 anos de idade. 
Veda, também, o trabalho a menores de dezoito anos à noite, ou em atividades pe-
rigosas ou insalubres (art. 7º, inc. XXXIII). 
A jornada de trabalho do menor poderá ser de oito horas, ficando vedada a 
hora extra, exceto duas horas a mais, sem acréscimo salarial, desde que respeitada 
a duração semanal de 44 horas; e até o máximo de 12 horas de trabalho num dia, 
em excepcional no caso de força maior e que sua presença seja imprescindível, com 
remuneração das horas excedentes com 50% a mais ao da hora normal (art. 413 da 
CLT). Quando o menor tiver dois empregos, as horas de trabalho em cada um 
serão totalizadas. 
 
 
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O menor que possua Carteira de Trabalho pode celebrar Contrato de 
Trabalho sem a assistência paterna. Poderá, durante a vigência do Contrato, assinar 
os recibos de pagamento; não poderá, todavia, dar quitação das verbas rescisórias 
quando da extinção do pacto laboral, havendo a necessária participação de seu 
representante legal. 
Temos, hoje em dia, além das normas previstas na CLT, o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), que traz um capítulo sobre o trabalho 
desses menores (arts. 60 a 69). 
O menor não pode trabalhar em local que prejudique a moralidade. 
Segundo a Lei nº 8.069/90, é vedado ao menor o trabalho em atividades 
penosas. Para exercer trabalho nas ruas, praças e demais logradouros, será 
necessário prévia autorização do Juiz da Infância e da Juventude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 5 – ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO 
ENGENHEIRO E TÉCNICO DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO E A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE 
GESTÃO DE SEGURANÇA 
 
Segundo Silva (2010), quando se fala da implantação, seja de um sistema 
de gestão ou então de uma cultura voltada à segurança do trabalho, o primeiro 
passo está relacionado ao estabelecimento de uma política de Segurança e Saúde 
no Trabalho (SST), onde esta pode ser definida como a linha de conduta adotada 
pela empresa para o desenvolvimento, o desempenho e os objetivos das suas 
atividades preventivas de infortúnios trabalho. 
Todos os tópicos a seguir não só podem como devem ser acompanhados 
pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho, mostrando seu interesse e co-
responsabilidade para com a implantação do SST. 
Trata-se de uma orientação geral que ao ser desenvolvida deve levar em 
conta fatores como as características da organização, seus riscos, legislação e 
cultura. O principal aspecto que norteia este processo é o fato de que a política de 
segurança e saúde no trabalho deve ser desenvolvida e ratificada pela alta 
administração da empresa. 
Essa política deve atender no mínimo a alguns requisitos, tais como: 
� ser apropriada à natureza e escala dos riscos de saúde e segurança da 
organização; 
� incluir o comprometimento para melhoria contínua; 
� comprometer-se em cumprir com a legislação e regulamentos em vigor 
referentes à saúde e segurança, e com outros requisitos com os quais a 
organização se subscreva; 
� ser comunicada a todos os empregados para que se conscientizem de suas 
obrigações pessoais com relação à saúde e segurança; 
� estar disponível às partes interessadas; 
 
 
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� ser revisadas periodicamente para assegurar que permaneça relevante e 
apropriada para organização; 
� colocação da gestão da SST como uma primeira responsabilidade dos 
gerentes de linha, do mais alto executivo ao primeiro nível de supervisão; 
� garantia de treinamento de todos empregados; 
� análises críticas periódicas das políticas e auditorias; 
� garantia de seu entendimento, implementação e manutenção de todos os 
níveis da organização (SILVA, 2010). 
 
Programa de Segurança 
Visando auxiliar na implantação da política e objetivo, devem ser criados 
programas de segurança direcionados a diversas atividades da empresa, sendo 
gerenciados conforme as atividades, produtos, serviços e condições operacionais a 
organização. Definem as principais ações relacionadas a este programa: 
� Ações formadas e seu cumprimento; 
� Definição de responsabilidades; 
� Prazos Fixados; 
� Recursos necessários. 
 
Estrutura e Responsabilidade 
A principal responsabilidade sobre a segurança e saúde do trabalho é da 
alta administração da empresa, que deve garantir os recursos necessários para sua 
implementação. Esta deve também nomear um membro responsável pela perfeita 
implantação e manutenção do sistema de gestão de SST, e que repasse para cada 
empregado o seu papel perante esta atividade. Definem que estas atividades devem 
ser definidas, documentadas e comunicadas, a fim de facilitar a gestão da 
Segurança e Saúde do Trabalho (SILVA, 2010). 
 
 
 
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Treinamento, conscientização e competência 
Ao estabelecer uma política educacional na área da prevenção, a empresa 
estará garantindo pessoas mais capacitadas para o desenvolvimento de seu 
trabalho, utilizando-se de procedimentos mais seguros. 
Descreve que as pessoas devem compreender o que se espera delas na 
realização de suas tarefas e de como estas atividades contribuem para os 
resultados da organização, certamente terão um desempenho satisfatório na 
realização de seus serviços. Ao mesmo tempo, estes procedimentos servem de 
apoio para que os empregados tenham mais condições de participar no processo 
prevencionista, além de tirar lições do seu dia-a-dia para empregado ou grupo frente 
à segurança do trabalho. 
Desta forma, verifica-se a necessidade constante de treinamento e 
conscientização dos empregados, de forma a tornar a segurança do trabalho um 
processo contínuo no dia-a-dia do trabalho. Prevenir é um processo e não um 
produto, um objeto acabado e palpável. É um processo à medida que é composto 
por cadeias de comportamento dos profissionais que ao final produzem como 
resultado, que é no caso da segurança no trabalho, a baixa probabilidade, ao final, 
de ocorrer acidentes após a execução de uma atividade. 
Os profissionais que atuam com segurança do trabalho e os empregados 
devem desenvolver competências adequadas, com o objetivo de capacitar este para 
agir em relação aos determinantes dos acidentes. Isto significa que a empresa deve 
relacionar os diversos cargos e atividades existentes em seus processos, visando 
detectar em cada um quais as variáveis relacionadas à segurança do trabalho, para 
com isso definir as competências necessárias para cada empregado em sua 
atividade (SILVA, 2010). 
Esta etapa é definida como aquela relacionada com as competências 
necessárias para desempenhar tarefas que possam ter algum impacto sobre a 
segurança e saúde do trabalho. Isto significa criar nos empregados uma consciência 
de garantir a concreta implementação e continuidade do programa, e qual sua 
importância para a melhoria da produtividade na empresa. Deve também ser 
garantida a formação específica sobre os riscos de sua atividade. 
 
 
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Consulta e Comunicação 
Devem ser considerados os seguintes aspectos quanto à consulta e 
comunicação aos empregados: 
� Envolvimento no desenvolvimento e análise das políticas e procedimentos 
para a gestão dos riscos; 
� Consulta quando existir qualquer mudança que afete sua segurança e saúde 
no local de trabalho; 
� Representação nos assuntos de Segurança e Saúde; 
� Informação quanto a quem são seus representantes nos assuntos SST e o 
representante nomeado pela alta administração. 
 
Documentação 
A documentação relativa ao sistema de gestão deve ser criada e mantida, 
seja em papel ou meio eletrônico, objetivando a descrição dos principais elementos 
do sistema e sua interação,além de fornecer orientação sobre a documentação 
relacionada. 
A organização deve documentar e manter atualizada toda a documentação 
necessária para assegurar que o seu sistema de gestão SST seja adequadamente 
compreendido e eficazmente implementado. 
Todos os documentos relativos ao sistema de gestão devem ser controlados 
de maneira a estar disponível, sempre que necessário, tanto para procedimentos 
internos quanto de possível fiscalização dos órgãos competentes (SILVA, 2010). 
 
Monitoração do Desempenho 
Entende-se por controle operacional as ações visando monitorar o 
desempenho garantindo o cumprimento do programa e o atendimento dos objetivos 
propostos. O controle operacional está estritamente relacionado com os riscos (mais 
críticos) e com a política, os objetivos e o programa de gestão SST. 
 
 
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Serão identificadas as operações e atividades associadas aos riscos, e onde 
serão necessárias as medidas de controle. 
As operações específicas ligadas a esta ação são: 
� Estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados; 
� Estipulação e manutenção de procedimentos relativos aos riscos de locais de 
trabalho, processo, instalações, equipamentos, procedimentos operacionais e 
organização de trabalho, incluindo suas adaptações às capacidades 
humanas, de forma a eliminar ou reduzir os riscos de SST na sua fonte 
(SILVA, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 6 – EMBARGOS OU INTERDIÇÃO 
 
A NR 03 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as 
empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou 
equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização 
trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a 
Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá 
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 161 da CLT. 
Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de grave e 
iminente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em critérios 
técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente a interdição 
do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo 
parcial ou total da obra, determinando as medidas que deverão ser adotadas para a 
correção das situações de risco. 
A autoridade regional competente, à vista de novo laudo técnico do agente 
da inspeção do trabalho, procederá à suspensão ou não da interdição ou embargo. 
E à vista de relatório circunstanciado, elaborado por agente da inspeção do trabalho 
que comprove o descumprimento reiterado das disposições legais e/ou 
regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, poderá convocar 
representante legal da empresa para apurar o motivo da irregularidade e propor 
solução para corrigir as situações que estejam em desacordo com exigências legais. 
Entende-se por descumprimento reiterado a lavratura do auto de infração 
por 3 (três) vezes no tocante ao descumprimento do mesmo item de norma 
regulamentadora ou a negligência do empregador em cumprir as disposições legais 
e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, violando-as 
reiteradamente, deixando de atender às advertências, intimações ou sanções e sob 
reiterada ação fiscal por parte dos agentes da inspeção do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 7 - CONVENÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT 
 
Uma das funções mais importantes da OIT é o estabelecimento e adoção de 
normas internacionais de trabalho sob a forma de convenções ou recomendações. 
Estes instrumentos são adotados pela Conferência Internacional do Trabalho com a 
participação de representantes dos trabalhadores, empregadores e dos governos. 
As Convenções da OIT são tratados internacionais que, uma vez ratificados 
pelos Estados Membros, passam a integrar a legislação nacional. A aplicação das 
normas pelos países é examinada por uma Comissão de Peritos na Aplicação de 
Convenções e Recomendações da OIT que recebe e avalia queixas, dando-lhes 
seguimento e produzindo relatórios de memórias para discussão, publicação e 
difusão. 
Em 1998, foi adotada a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos 
Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento. É uma reafirmação universal do 
compromisso dos Estados Membros e da comunidade internacional em geral de 
respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, 
que são reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores. 
Esses princípios e direitos fundamentais estão recolhidos em oito 
Convenções que cobrem quatro áreas básicas: liberdade sindical e direito à 
negociação coletiva, erradicação do trabalho infantil, eliminação do trabalho forçado 
e não discriminação no emprego ou ocupação. 
Na realidade, Convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT 
– são tratados multilaterais abertos, de caráter normativo, que podem ser ratificadas 
sem limitação de prazo por qualquer dos Estados-Membros. 
 
RATIFICAÇÃO 
• Até 18 meses da adoção de uma convenção, cada Estado-Membro tem 
obrigação de submetê-la à autoridade nacional competente (no Brasil, o 
Congresso Nacional) para aprovação; 
 
 
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• após aprovação, o Governo (Presidente da República) promove a ratificação 
do tratado junto à OIT; 
• após a ratificação, o Estado-Membro deve promulgar o tratado, ou seja, 
adotar medidas legais ou outras que assegurem a aplicação da Convenção 
em prazos determinados, incluindo o estabelecimento de sanções 
apropriadas, mantendo serviços de inspeção que zelem por seu cumprimento. 
Em geral, é prevista consulta prévia às entidades mais representativas de 
empregadores e trabalhadores. 
 
VIGÊNCIA 
• Internacional: Inicia-se 12 meses após ratificação de uma convenção por dois 
Estados-Membros; 
• Nacional: A partir de 12 meses após a ratificação pelo Estado-Membro, desde 
que a convenção já vigore em âmbito internacional. 
 
VALIDADE 
• O prazo de validade de cada ratificação é de 10 anos; 
• Ao término da validade, o Estado-Membro pode denunciar a convenção, 
cessando sua responsabilidade em relação à mesma 12 meses após; 
• Não havendo sido denunciada a convenção até 12 meses do término da 
validade da ratificação, renova-se a validade tacitamente por mais 10 anos. 
 
REVISÃO 
Uma convenção pode ser objeto de revisão. A ratificação por um Estado-
Membro da convenção revisora implicará a denúncia imediata da anterior, que 
deixará de estar aberta à ratificação, embora continue vigorando em relação aos 
países que a ratificaram e deixaram de aderir ao instrumento de revisão. 
 
 
 
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ÁREA DE APLICAÇÃO 
A abrangência de cada convenção é definida em seu texto, havendo, porém, 
em algumas convenções, possibilidadede exclusão total ou parcial de ramos da 
atividade econômica, empresas ou produtos, ou mesmo a exclusão de aplicação de 
parte da convenção em todo o território nacional, a critério da autoridade nacional 
competente, após consulta às organizações representativas de empregadores e 
trabalhadores (BRASIL/OIT, 2002). 
Convenção nº 184 – Segurança e Saúde na Agricultura, 2001. 
Convenção nº 182 – Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para sua 
Eliminação, 1999. 
Convenção nº 176 – Segurança e Saúde na Mineração, 1995. 
Convenção nº 174 – Prevenção de Acidentes Industriais Maiores, 1993. 
Convenção nº 170 – Segurança na Utilização de Produtos Químicos, 1990. 
Convenção nº 167 – Segurança e Saúde na Construção, 1988. 
Convenção nº 162 – Prevenção e Controle do Asbesto, 1986. 
Convenção nº 161 – Serviços de Saúde no Trabalho, 1985. 
Convenção nº 155 – Segurança e Saúde dos Trabalhadores, 1981. 
Convenção nº 152 – Segurança e Higiene no Trabalho Portuário, 1979. 
Convenção nº 148 – Meio Ambiente de Trabalho (Contaminação do Ar, Ruído e 
Vibrações), 1977. 
Convenção nº 139 – Câncer Profissional, 1974. 
Convenção nº 136 – Benzeno, 1971. 
Convenção nº 127 – Peso Máximo, 1967. 
Convenção nº 124 – Exame Médico dos Menores na Mineração Subterrânea, 1965. 
Convenção nº 120 – Higiene no Comércio e Escritórios,1964. 
Convenção nº 115 – Proteção Contra Radiações, 1960. 
Convenção nº 113 – Exame Médico de Pescadores, 1959. 
Convenção nº 103 – Proteção à Maternidade (Revisada),1952. 
Convenção nº 81 – Inspeção do Trabalho, 1947. 
Convenção nº 45 – Trabalho Subterrâneo de Mulheres,1935. 
 
 
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Convenção nº 42 – Indenização de Trabalhadores por Doenças Ocupacionais 
(Revisada), 1934. 
Convenção nº 16 – Exame Médico de Menores no Trabalho Marítimo, 1921. 
Convenção nº 12 – Indenização por Acidente do Trabalho na Agricultura, 1921. 
 
As recomendações da OIT podem ser lidas na íntegra no link: 
http://www.oitbrasil.org.br/content/recommendations 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 8 – NORMAS TÉCNICAS, PORTARIAS 
NORMATIVAS, NORMAS NACIONAIS, ESTRANGEIRAS E 
INTERNACIONAIS 
 
No Brasil, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NR, 
regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios 
relacionados à segurança e medicina do trabalho no Brasil. São as Normas 
Regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, foram aprovadas pela Portaria 
Nº 3.214, 08 de junho de 1978. São de observância obrigatória por todas as 
empresas brasileiras regidas pela CLT. 
São elaboradas e modificadas por comissões tripartites específicas 
compostas por representantes do governo, empregadores e empregados. Ao longo 
do todo o curso elas foram citadas direta ou indiretamente. 
As normas internacionais foram citadas anteriormente. Elas estão em forma 
de Convenção estabelecidas pela OIT. As portarias mais importantes são as 
seguintes: 
PORTARIA MTB Nº 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978 - Aprova as Normas 
Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do 
Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. 
PORTARIA 3.275 de 21 de Setembro de 1989 – Sobre as atividades do 
Técnico de Segurança do Trabalho. 
PORTARIA Nº 777/GM Em 28 de abril de 2004 – Dispõe sobre os 
procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do 
trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no Sistema Único de Saúde. 
PORTARIA Nº 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006 – Inclui doenças na 
relação nacional de notificação compulsória, define doenças de notificação imediata, 
relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos Laboratórios de 
Referência Nacional ou Regional e normas para notificação de casos. 
 
 
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PORTARIA 262 de 29 de maio de 2008 – Novos procedimentos para 
emissão do Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho. 
PORTARIA Nº 76, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2008 – Grau de Risco - Altera 
o Quadro I da Norma Regulamentadora Nº 4. 
PORTARIA Nº 84, DE 04 DE MARÇO DE 2009 - SIT - SECRETARIA DE 
INSPEÇÃO DO TRABALHO – Altera a redação do item 1.7 da Norma 
Regulamentadora nº 1. 
PORTARIA Nº 32, DE 8 DE JANEIRO DE 2009, Disciplina a avaliação de 
conformidade dos Equipamentos de Proteção Individual e dá outras providências. 
 
AS NORMAS REGULAMENTADORAS 
De acordo com a Portaria Nº 3.214/78, SSST – Secretaria de Segurança e 
Saúde no Trabalho, atualmente, DSST – Departamento de Segurança e Saúde no 
Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, temos as seguintes normas 
regulamentadoras: 
NR1 - Disposições Gerais 
Determina que as normas regulamentadoras, relativas à segurança e 
medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as 
empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados celetistas. 
Determina, também, que o Departamento de Segurança e Saúde no 
Trabalho é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar 
todas as atividades inerentes. 
Dá competência às DRT regionais, determina as responsabilidades do 
empregador e a responsabilidade dos empregados. 
NR2 - Inspeção Prévia 
Determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de 
suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá 
o CAI – Certificado de Aprovação de Instalações, por meio de modelo 
preestabelecido. 
 
 
Site: www.ucamprominas.com.br 
e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br 
Telefone: (0xx31) 3865-1400 
Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 
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NR3 - Embargo ou Interdição 
A DRT poderá interditar/embargar o estabelecimento, as máquinas, setor de 
serviços se os mesmos demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, 
mediante laudo técnico, e/ou exigir providências a serem adotadas para prevenção 
de acidentes do trabalho e doenças profissionais. 
Caso haja interdição ou embargo em um determinado setor, os empregados 
receberão os salários como se estivessem trabalhando. 
NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho - SESMT 
A implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade 
principal da empresa (Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE) e 
do número total de empregados do estabelecimento. Dependendo desses 
elementos, o SESMT deverá ser composto por um Engenheiro de Segurança do 
Trabalho, um Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem 
do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, todos empregados da empresa. 
Atualmente, esta Norma está sendo revista pela Comissão Tripartite 
Paritária Permanente. A nova NR4 – Sistema Integrado de Prevenção de Riscos do 
Trabalho, pela Portaria nº 10, de 6 de abril de 2000. As novidades são os serviços 
terceirizados, o SEST próprio, o SEST coletivo e a obrigatoriedade de todo 
estabelecimento, mesmo com um empregado, ser obrigado a participar do 
programa. 
NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 
Todas empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,

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