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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS Editoração e Revisão: Editora Prominas e Organizadores Coordenação Pedagógica INSTITUTO PROMINAS SUMÁRIO Impressão e Editoração APOSTILA RECONHECIDA E AUTORIZADA NA FORMA DO CONVÊNIO FIRMADO ENTRE UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES E O INSTITUTO PROMINAS. MÓDULO – 11 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 2 UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................... 03 UNIDADE 2 – LEGISLAÇÃO: CONSTITUIÇÃO, LEI, DECRETO, PORTARIA. HIERARQUIA: LEGISLAÇÃO FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL ................. 05 UNIDADE 3 – LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA, PREVIDENCIÁRIA E SINDICAL ............................................................................................................. 10 UNIDADE 4 – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. TRABALHO DA MULHER E DO MENOR ................................................................................. 26 UNIDADE 5 – ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO ENGENHEIRO E TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA .......................................................... 29 UNIDADE 6 – EMBARGOS OU INTERDIÇÃO .................................................... 34 UNIDADE 7 – CONVENÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT ........................................................... 35 UNIDADE 8 – NORMAS TÉCNICAS. PORTARIAS NORMATIVAS, NORMAS NACIONAIS, ESTRANGEIRAS E INTERNACIONAIS ......................................... 39 UNIDADE 9 – TÉCNICAS DO PREPARO DE NORMAS, INSTRUÇÕES E ORDENS DE SERVIÇO. IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS INTERNAS PARA A ENGENHARIA DE SEGURANÇA ...................................... 50 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 52 UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 3 A Saúde e Segurança do Trabalho é matéria constitucional, regulamentada e normalizada. A Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), artigo 6º e artigo 7º, incisos XII, XIII, XXVIII e XXXIII, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos trabalhadores. Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos [...]. Igualmente a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT – dedica o seu Capítulo V à Segurança e Medicina do Trabalho, de acordo com a redação dada pela Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977. O Ministério do Trabalho, por intermédio da Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras – NR – previstas no Capítulo V da CLT. Esta mesma Portaria estabeleceu que as alterações posteriores das NR seriam determinadas pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, órgão do atual Ministério do Trabalho e Emprego. A segurança do trabalho rural tem regulamentação específica através da Lei nº 5.889, de 5 de junho de 1973, cujas Normas Regulamentadoras Rurais – NRR – foram aprovadas pela Portaria nº 3.067, de 12 de abril de 1988. Há pouco tempo essa portaria foi revogada e a regulamentação do trabalho rural está concentrada em uma norma regulamentadora específica, que é a NR-31. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 4 Incorporam-se às leis brasileiras, as Convenções da OIT – Organização Internacional do Trabalho – quando promulgadas por Decretos Presidenciais. As Convenções Internacionais são promulgadas após submetidas e aprovadas pelo Congresso Nacional. Além dessa legislação básica, há um conjunto de Leis, Decretos, Portarias e Instruções Normativas que complementam o ordenamento jurídico dessa matéria. Além disso, há a legislação acidentária, pertinente à área da Previdência Social. Aqui se estabelecem os critérios das aposentadorias especiais, do seguro de acidente do trabalho, indenizações e reparações. Completando essa extensa legislação, devemos lembrar que a ocorrência dos acidentes (lesões imediatas ou doenças do trabalho) pode dar origem a ações civis e penais, concorrendo com as ações trabalhistas e previdenciárias (MATTOS, 2012). Veremos então neste último módulo básico, a legislação, convenções, portarias normativas e outros dispositivos legais que fornecem o suporte legal para que o Engenheiro de Segurança do Trabalho atue de maneira hábil, justa e competente no desenvolvimento de sua profissão. Esperamos que apreciem o material e busquem nas referências anotadas ao final da apostila subsídios para sanar possíveis lacunas que venham surgir ao longo dos estudos. Ressaltamos que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original. UNIDADE 2 – LEGISLAÇÃO: CONSTITUIÇÃO, LEI, DECRETO, PORTARIA. HIERARQUIA: LEGISLAÇÃO FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 5 Legislação e fontes formais do direito A hierarquia das fontes formais no nosso sistema de direito é a seguinte: 1° - constituição e leis constitucionais (emendas constitucionais); 2° - leis complementares; 3° - leis ordinárias e tratados internacionais incorporados ao direito interno. Dentre as leis, as federais predominam sobre as estaduais e estas sobre as municipais, enquanto a complementar prevalece sobre a lei ordinária; 4°- costume; 5°- contratos coletivos de trabalho, que, desde que não transgridam norma de ordem pública, têm valor de lei ordinária; 6°- regulamentos. Princípios gerais do direito, quando inexistir norma a ser aplicada ao caso concreto, isto é, no caso de lacuna. Essa hierarquia das fontes formais, ou seja, das normas do direito positivo significa que o juiz, ao ter de decidir um caso, só deve aplicar uma fonte quando não existir outra imediatamente superior(GUSMÃO, 2011). A Constituição A Constituição é a pedra angular de toda a ordem jurídica estatal, fonte de validade de todo o direito do Estado, estabelecedora do processo de criação do direito estatal. Está acima de qualquer lei, sendo, por isso, a lei suprema. É a fonte principal do direito do Estado, a lei fundamental, à qual devem adaptar-se todas as demais leis, pois se com ela conflitarem são inconstitucionais. A Constituição é expressão do poder constituinte que detém a sociedade política (Estado). Como lei fundamental, organiza e estrutura Estado e governo, bem como prescreve os direitos individuais, que devem ser respeitados pelo poder público, prevendo para tal fim procedimentos eficazes, aptos a garanti-los, como o habeas corpus, para a defesa da liberdade, ou o mandado de segurança, para a proteção de direito líquido e certo. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 6 A Constituição, por isso, é lei de organização do Estado e lei de garantias. É a lei das leis que estrutura e organiza o Estado e o governo, dando-lhes forma jurídica, estabelecendo as suas funções e os seus limites, bem como prescreve os direitos individuais e os procedimentos aptos a defendê-los. Enuncia os princípios fundamentais a serem observados pela legislação. Transforma o Estado em Estado constitucional; pode sofrer modificações através de emendas constitucionais, que não podem alterá-la substancialmente, por decorrerem do poder de reforma, que é limitado, derivado do poder constituinte. A lei A lei é a principal fonte do direito moderno. Historicamente (promovendo breve retrospectiva), a primeira legislação que se tem notícia é o Código de Hamurabi, que depois se apurou não ser o mais antigo, mas o mais completo que se conhece. Depois, entre os romanos, a Lei das XII Tábuas, e o corpus iuris civilis (§ 164). Anteriormente a ela predominou o costume. E entre nós e em países que optaram pela codificação, como, por exemplo, a França, a Itália, a Alemanha, Portugal, a Espanha etc., e toda a América Latina, não há outra acima dela. É a principal fonte do direito estatal, com validade, eficácia e aplicabilidade no território do Estado (princípio da territorialidade do direito). A lei não é produto espontâneo como o costume, mas fruto de elaboração discursiva, de estudos, discussões, debates, votações, sanção, publicação, que permite, com facilidade, determinar o momento em que se torna ela obrigatória, o que não ocorre com o direito consuetudinário, isto é, o direito resultante de costume. Regulamento É a norma jurídica emanada, exclusivamente, da Administração Pública (Poder Executivo) em virtude de atribuição constitucional de poder normativo. É também denominado lei material, em contraposição à lei formal, ou, então, decreto. Em sentido amplo, os regulamentos são internos ou administrativos e externos ou normativos. Os primeiros têm por objeto a organização de um órgão, ou de um ente público. Daí serem denominados regulamentos de organização; não vinculam terceiros. Os “externos” ou “normativos” alcançam terceiros, isto é, pessoas estranhas à Administração. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 7 Os regulamentos podem ser ainda de execução, independentes, delegados ou por autorização especial. Os de execução contêm normas especiais para a aplicação de lei, sendo, assim, normas secundárias em relação à lei, que é, então, a norma primária. Pressupõem, portanto, lei anterior, que limita, previamente, a sua matéria, não podendo ampliá-la ou modificá-la. Nesse caso, a Administração possui poder normativo limitado, subordinado ao preceituado na lei. Os regulamentos independentes resultam de poder normativo genérico, atribuído pelo legislador à Administração. O fundamento desses regulamentos está no fato de a Administração necessitar de competência para formular normas para desempenhar a sua função: administração e serviços públicos; não podem dispor sobre a matéria reservada, constitucionalmente, à lei (GUSMÃO, 2011). Decreto-lei Regra de direito baixada pelo chefe do Poder Executivo, quando monopolizar o poder legiferante com ou sem autorização constitucional. É também denominado, impropriamente, decreto legislativo, ou ainda, ordenança de necessidade ou de urgência, ou como em alguns países, decreto, denominação que o confunde com regulamento. Tem força de lei e vale como lei. Nos países em que impera divisão de poderes não há lugar para essa norma. Querendo defini-lo, pode- se dizer ser a lei ditada pelo Executivo. No Brasil, de 1930 a 1934, o Presidente da República legislava através de decretos (leis), porque a Revolução de 1930 havia dissolvido o Congresso, mas, durante o Estado Novo (Constituição de 1937), por decreto-lei. Assim, entre nós, só a partir de 1937 foi oficialmente empregada a expressão decreto-lei. Medida Provisória Ato normativo, editado pelo Presidente da República, com força de lei, em havendo extraordinária urgência e necessidade, cuja eficácia cessa, retroativamente, se não aprovado pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado). Aprovando-a, transforma-se em lei. A Medida Provisória é medida normativa de extraordinária necessidade e urgência, exigida pela ordem econômico-financeira, pela paz social ou pela ordem e segurança públicas. Extraordinária necessidade e urgência a justificam, desde que Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 8 não possam aguardar a elaboração de uma lei. Matéria penal está dela excluída por não haver crime no Estado de direito sem ser previsto em lei (§§ 71 e 105). Prevista no art. 62 de nossa Constituição Federal de 1988, em “caso de relevância e urgência”, editada, produz efeitos da data de sua publicação, devendo o Presidente da República imediatamente submetê-la ao Congresso Nacional, que, se em recesso, deve ser convocado para se reunir extraordinariamente, no prazo de cinco dias, para apreciá-la.” Perde a eficácia retroativamente se não convertida em lei pelo Congresso no prazo de trinta dias (parágrafo único do art. 63). Rejeitada, deverá o Congresso elaborar, com urgência, lei disciplinadora da matéria da medida provisória não aprovada. Porém, o Presidente da República (art. 84, XXVI, da Constituição Federal), no caso de o Congresso retardar a aprovação da medida, antes de expirar o prazo fatal de trinta dias, para evitar a insegurança das relações jurídicas dela decorrentes, pode, e deve, baixar outra idêntica ou semelhante, encaminhando-a, de imediato, ao Congresso. Se rejeitada, não pode ser repetida sob pena de inconstitucionalidade. Hierarquia das leis No Brasil, Estado Federado, a Constituição Federal fundamenta a validade de todas as regras jurídicas da União, dos Estados e dos Municípios. Uma lei federal só é válida se estiver no seu âmbito de atuação, traçado na Constituição Federal. Uma lei estadual vale enquanto esteja de acordo com a esfera de competência do Estado para regular determinada matéria, nos termos da mesma Constituição Federal. Da mesma forma, uma lei municipal retira seu fundamento de validade no rol de competência que foi conferido ao Município pela Constituição Federal. Assim, se uma lei federal invade a competência estadual ou municipal, torna-se inválida e inconstitucional. Porém, por óbvio, não se trata de hierarquia, mas deconflito de competências, a ser resolvido sempre com base na Constituição Federal. Não há, portanto, que se falar em hierarquia entre normas oriundas de entes estatais distintos, autônomos, como na nossa Federação. Em caso de conflito entre lei federal, estadual e municipal, prevalecerá sempre aquela competente para o trato Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 9 da matéria. Caso a lei federal esteja, por exemplo, invadindo competência do município, a lei municipal é que prevalecerá. UNIDADE 3 – LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA, PREVIDENCIÁRIA E SINDICAL A legislação brasileira referente a acidentes de trabalho tem acontecido de forma lenta e gradual e tem a finalidade de amparar o trabalhador, assim como os Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 10 seus dependentes, por ocasião de um acidente fatal. Atualmente existe uma legislação que compreende a proteção ampla, da mesma forma que outros direitos têm sido criados ainda pela jurisprudência. O Código Comercial - 1850, foi o primeiro diploma a tratar da matéria e nele eram previstos a garantia de pagamento de três meses de salários ao preposto que sofresse acidente de trabalho (art. 78). Vamos começar por entender algumas diferenças existentes entre benefícios acidentários e previdenciários. O Regime Geral de Previdência Social compreende os seguintes benefícios gerais: Quanto ao segurado: Quanto ao dependente: Quanto ao segurado e dependente: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade: c) aposentadoria por tempo de serviço; d) aposentadoria especial; e) salário-família; f) salário-maternidade; g) auxílio-acidente. a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão. a) pecúlio; b) serviço social; c) reabilitação profissional. Quando ocorre acidente de trabalho, a Previdência Social proporciona auxílio-doença acidentário, na hipótese de redução temporária, ou incapacitação temporária para o trabalho; auxílio-acidente na hipótese de redução parcial e permanente da capacidade para o trabalho; aposentadoria por invalidez acidentária, quando ocorre incapacitação total e permanente para o trabalho; pensão por morte acidentária e por fim, abono anual que obedece às mesmas normas do décimo terceiro salário e é pago a quem vem recebendo prestações acidentárias em decorrência desses benefícios (GONÇALVES, 2009). BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS Auxílio-doença Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 11 O auxílio-doença será devido ao segurado que, cumprido o período de carência exigido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias, devendo encaminhar o segurado empregado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar os quinze dias. O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processos de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não-recuperável, for aposentado por invalidez. O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como licenciado. Auxílio- acidente O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 12 A Previdência Social prevê que a perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho, que habitualmente exercia. Aposentadoria por invalidez A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio- doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação mediante exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias. Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento: I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem interrupção, o benefício cessará de imediato para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 13 forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social. II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem interrupção, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízoda volta à atividade. Observe-se que o beneficiário empregado em gozo de uma das prestações, acima citadas, tem direito ao abono anual, equivalente ao 13º salário. Pensão por morte A pensão por morte,seja por acidente típico, seja por doença ocupacional, é devida aos dependentes do segurado. Estabilidade provisória O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Em se tratando de contrato por prazo determinado, a rescisão contratual poderá ser efetuada no término do prazo ajustado, não havendo que se falar em estabilidade. Ressalte-se que, se o empregado se afasta apenas por até 15 (quinze) dias da empresa, não há concessão do auxílio-doença e não haverá garantia de emprego. A garantia de emprego de doze meses só é assegurada após a cessação do auxílio-doença. Caso o empregado se afaste com periodicidade para tratamento médico, com percepção de auxílio-doença acidentário, será computada a garantia Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 14 de doze meses a partir do retorno do empregado ao trabalho, isto é, quando da cessação definitiva do auxílio-doença acidentário. Destaque-se, também, que o contrato de trabalho do empregado encontra- se interrompido até o décimo quinto dia e suspenso a partir do décimo sexto dia ao do acidente. Seguro Acidente do Trabalho – SAT O Seguro Acidente do Trabalho – SAT – tem sua base constitucional estampada no inciso XXVIII do art. 7º, Inciso I do art.195 e inciso I do art. 201, todos da Carta Magna de 1988, garantindo ao empregado um seguro contra acidente do trabalho, às expensas do empregador, mediante pagamento de um adicional sobre a folha de salários, com administração atribuída à Previdência Social. A base infraconstitucional da exação é a Lei nº 8.212/91, que estabelece em seu art. 22, II: “Art.22 – A contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: I - ............................................................................................................. II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei 8.213/91, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado grave. A atividade preponderante da empresa, para fins de enquadramento na alíquota de grau de risco destinada a arrecadar recursos para custear o Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 15 financiamento dos benefícios concedidos em razão de maior incidência de incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais, é aquela que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos (CENOFISCO, 2012). O enquadramento das atividades da empresa é de responsabilidade da própria empresa como, também, estabelece o Decreto nº 3.048/99, em seu art.202, § 4º, que a empresa o faça de acordo com a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes graus de risco, prevista em seu Anexo V, obedecidas as seguintes disposições: a) a empresa com estabelecimento único e uma única atividade enquadrar- se-á na respectiva atividade; b) a empresa com estabelecimento único e mais de uma atividade econômica para enquadrar-se simulará o enquadramento em cada uma delas, prevalecendo como preponderante aquela que tenha o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos; b1) para fins de enquadramento não serão considerados os empregados que prestam serviços em atividades-meio, assim entendidas aquelas atividades que auxiliam ou complementam indistintamente as diversas atividades econômicas da empresa, como, por exemplo, administração geral, recepção, faturamento, cobrança, etc.; c) a empresa com mais de um estabelecimento e diversas atividades econômicas procederá da seguinte forma: c1) enquadrar-se-á, inicialmente, por estabelecimento, em cada uma das atividades econômicas existentes, prevalecendo como preponderante aquela que tenha o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos e, em seguida, comparará os enquadramentos dos estabelecimentos para definir o enquadramento da empresa, cuja atividade econômica preponderante será aquela que tenha o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos, apurada dentre todos os seus estabelecimentos; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 16 c2) na ocorrência de atividade econômica preponderante idêntica (mesmo CNAE), em estabelecimentos distintos, o número de segurados empregados e trabalhadores avulsos dessas atividades será totalizado para definição da atividade econômica preponderante da empresa; d) apurando-se, no estabelecimento, na empresa ou no órgão do poder público, o mesmo número de segurados empregados e trabalhadores avulsos em atividades econômicas distintas, será considerado como preponderante aquela que corresponder ao maior grau de risco. Importante frisar que, para o financiamento dos benefícios de aposentadoria especial, segundo a Lei nº 9.732/98 (DOU de 14.12.98), com vigência a partir da competência de abril/99, as alíquotas (1%, 2% ou 3%) serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade, exercida pelo segurado a serviço da empresa, que permita a concessão desse benefício após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente (CENOFISCO, 2012). Observe-se que o acréscimo incide exclusivamente sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos sujeitos a condições especiais. Com relação aos demais empregados da empresa, que não estiverem expostos a agente nocivo e, consequentemente, não fizerem jus à aposentadoria especial, não haverá qualquer acréscimo na alíquota destinada ao SAT. Cabe destacar que, com a revogação do § 9º, do art. 202 do Regulamento da Previdência Social aprovado pelo Decreto nº 3.048/99 pelo art. 4º do Decreto nº 3.265/99, a microempresa e a empresa de pequeno porte não optantes pelo SIMPLES, que recolhiam a contribuição sobre o percentual mínimo de 1% para o financiamento das aposentadorias especiais, ficam sujeitas às alíquotas normais de 1%, 2% ou 3%, conforme o enquadramento. Havendo agente nocivo, que propicie ao empregado o benefício de aposentadoria especial, deverá ser observada a majoração de alíquota contida na Lei nº 9.732/98. Ressalte-se que a Medida Provisória nº 83, de 12.12.2002, publicada no DOU de 13.12.02, que dispõe sobre a concessão da aposentadoria especial ao Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.brTelefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 17 cooperado de cooperativa de trabalho e de produção, em seu § 1º do art. 1º, criou para as empresas tomadoras de serviços de cooperado, que labore em condições especiais, contribuições adicionais de 9%, 7% e 5%, incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou sobre a fatura de prestação de serviços. A Medida, em seu art. 6º, majorou para 4%, 3% e 2% os percentuais de retenção do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços relativos a serviços prestados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, por segurado empregado, cuja atividade permita a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. A MP também criou, em seu art. 4º, para as empresas a obrigação de arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 02 do mês seguinte ao da competência. No caso do contratado não ser inscrito no INSS, a empresa deverá inscrevê-lo no INSS como contribuinte individual. Em seu art. 10, a MP disciplinou que a alíquota de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinquenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo a metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social. A Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, ou seja 13.12.02, produzindo seus efeitos, quanto aos §§ 1º e 2º do art. 1º e aos arts. 4º a 6 e 9º, a partir do dia primeiro ao nonagésimo dia da sua publicação (CENOFISCO, 2012). O Direito do Trabalho e a Legislação sindical Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 18 O Direito do Trabalho vem passando por um processo evolutivo que amplia cada vez mais o papel do empregador nos infortúnios laborais decorrentes de uma ordem de serviço. Essa evolução tem implicações nas esferas civil e criminal do Direito cuja deflagração independe da vontade da vítima, ou seja, os processos de acidente do trabalho passam pela intervenção do Ministério Público (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). As implicações, diante da legislação vigente, dizem respeito à conscientização dos prepostos que exercem cargos de chefia, pelo desenvolvimento de mentalidade prevencionista. Legalmente, acidente do trabalho é aquele decorrente do exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Cabe à empresa adotar medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, bem como informar os riscos da operação a ser executada e do produto manipulado. Sempre que for constatado um acidente do trabalho ou doença profissional, esse deve ser comunicado pela empresa ao INSS, através do Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), sob pena de multa em caso de omissão. A comunicação é obrigatória, e cópia fiel do documento será fornecida ao empregado ou à sua família e ao sindicato. Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social. Conforme Tavares, Ribeiro Neto e Hoffmann (2008), no caso da contratação de serviços prestados por empresas especializadas (limpeza, construção civil, jardinagem, etc.), cabe à empresa e seus prepostos a fiscalização dos serviços prestados, visando eximir possível responsabilidade de ordem trabalhista. Para tanto, cabe ao preposto da empresa: � exigir o cumprimento das normas de higiene e segurança; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 19 � permitir que somente pessoas habilitadas executem o serviço; � reportar-se ao chefe de cada equipe nomeado pela contratada, que deve estar presente em todos os momentos do trabalho. O descumprimento das normas de higiene e segurança do trabalho por parte da contratada deve ser comunicado ao gestor do contrato, para as providências cabíveis. Embora se reconheça a importância do conhecimento das normas regulamentadoras, não se pode perder de vista a valoração do ser humano, não pela penalização imposta ao infrator, mas principalmente pelas garantias dos direitos individuais e da preservação da saúde e da vida (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). De acordo com a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, o montante das despesas decorrentes de acidente do trabalho é pago pelo empregador por meio do recolhimento de uma taxa ao INSS cuja variação percentual obedece à graduação de risco da empresa. Uma vez enquadrada a empresa, caberá ao Ministério do Trabalho e à Previdência Social proceder, se necessário, ao reenquadramento, caso as estatísticas de acidente do trabalho o justifiquem, visando estimular investimentos em prevenção de acidentes. Empregador/preposto/chefe ao determinar a realização de certa atividade, deve observar três princípios básicos: viabilidade da execução da tarefa, habilitação do empregado para executá-Ia e condições de segurança para a execução. Viabilidade de execução da tarefa – existem determinadas tarefas que, embora não sejam de risco, poderão apresentá-lo, por exemplo: substituição de uma lâmpada. Se houver presença de tensão, há risco; se não houver, não há risco. O interruptor desliga apenas um polo (neutro ou fase); portanto, a cautela manda que desliguemos neutro e fase pelo disjuntor. Habilitação do empregado para a tarefa – ainda nos reportando ao exemplo da troca da lâmpada, tarefa aparentemente simples, se realizada por pessoa inabilitada, que desconheça os princípios básicos de eletricidade, poderá causar Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 20 acidentes, isto é, a pessoa pode tomar um choque e, estando sobre uma escada, poderá cair, acidentando-se. Condições de segurança para a execução – usando ainda o exemplo da lâmpada, imaginemos que a troca seja feita por uma pessoa habilitada para essa tarefa. Ela desliga o disjuntor elétrico, mas passa por um piso molhado e os sapatos, consequentemente molhados, fazem-na escorregar do alto da escada, ocasionando o acidente com lesões. Nos exemplos anteriores, selecionamos uma situação extremamente fácil, visando a sensibilização da chefia, pois, por mais simples e corriqueira que possa parecer, toda situação requer cuidados. Responsabilidade civil e penal do empregador Em alguns casos, pode-se invocar para um mesmo fato tutela jurisdicional das esferas cível e penal. Para tanto, é necessário que o fato concreto seja tipificado como crime e importe em prejuízo de ordem material, podendo este ser a suspensão temporáriaou perda da capacidade de trabalho do empregado (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). É oportuno conhecermos um conceito básico de definição do crime, que consiste na ação ou omissão do agente. Não necessariamente o crime se constitui quando a ordem leva a uma condição insegura. A simples omissão em permitir que determinada atividade seja realizada, cuja condição insegura esteja presente ou seja presumível, levará o agente (supervisor, chefe) a responder por ato, que, por dever de ofício,deveria impedir. A responsabilidade civil independe da penal; todavia, a sentença penal torna indiscutível a responsabilidade reparatória na esfera civil. Mesmo em casos de sentença absolutória (absolvição) na esfera penal, existem casos em que é possível intentar ação de reparação de danos na esfera civil. Para tanto, é necessário que a absolvição tenha se dado por falta ou insuficiência de provas, cuja imputação do crime não fique de todo comprovada. Assim, é correto afirmarmos que doravante a possibilidade de termos ações cíveis Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 21 acumuladas com ações penais deve constituir a regra, excetuando-se os casos em que só haja ações cíveis (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). Em algumas empresas com determinadas características, muitas vezes torna- se difícil identificar o responsável pela ordem, podendo este ser desde o chefe imediato até o superior que assinou a Ordem de Serviço (OS), o técnico que a elaborou, ou outros. Pode haver ainda a coautoria. Assim, se a gerência, por meio de uma OS ou outro documento oficial, manda que seja executado um serviço sob condições inadequadas e essa posição é ratificada em campo, resultando assim acidente do trabalho com vítima, todos os culpados estarão sujeitos a responder. Nos casos de dúvida, a questão deve ser discutida internamente, e, se não se chegar a um consenso, deve ser acionado o SESMT, que emitirá laudo vislumbrando o desfecho da questão. Aqui é importante ressaltar que, com o advento do novo Código Civil, é obrigatório no contrato social das empresas a identificação do(s) administrador(es) da sociedade, que, em tese, é(são) o(s) primeiro(s) responsável(eis) pela má gestão e incompetência empresarial; surgindo assim, a imediata responsabilidade acidentária (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). Efeitos do acidente do trabalho Ao ser constatado um acidente do trabalho com vítima, por cuja ocorrência a chefia seja culpada, esta estará sujeita às sanções cominadas em lei. No acidente do trabalho com vítima fatal em que se comprove a culpabilidade de quem ordenou o serviço ou de quem deveria evitá-lo por exercício de função e deixou de fazê-lo, este poderá responder por crime previsto no art. 121, entre outros, do Código Penal. A culpa não decorre da vontade do agente de praticar a lesão, mas do ato de negligência, imprudência ou imperícia. Qualquer dessas condições presentes caracteriza a culpa. Assim, na inobservância de uma norma ou de um procedimento que cause lesão, o responsável pode ser penalizado. Ainda que no acidente tenha havido culpa recíproca (do empregado e da chefia), isso não exclui a Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 22 responsabilidade daquele que tenha contribuído para o fato (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). O Código Penal brasileiro, em seu art. 121, caput, trata do homicídio simples. O parágrafo 3º (homicídio culposo), do mesmo artigo, engloba a hipótese de a morte ser provocada por acidente do trabalho cuja culpa possa ser imputada à chefia, a qualquer preposto envolvido na atividade ou mesmo a um colega de trabalho, bastando a constatação de imprudência, imperícia ou negligência. A culpa recíproca (vitima,chefia, preposto e colega) não exclui a responsabilidade. Assim, quem tiver contribuído de alguma forma para a morte do colega, mesmo que também tenha sido vítima, poderá ser responsabilizado pelo evento. Se houver negligência, imprudência ou imperícia, ficará caracterizado o homicídio culposo, e a culpa poderá ser: • Pela escolha do empregado – o empregado que provocou o acidente não tinha a qualificação necessária para executar o serviço; • Pela ausência de fiscalização – o responsável pela fiscalização deixou de fazê-la (exemplo: não testou o equipamento e uma falha neste resultou em acidente com lesões corporais nos envolvidos); • Pela ação – o indivíduo praticou ato imprudente ou imperito que resultou em dano (exemplo: movimentou ou alterou o sentido de uma escada rolante sem observar a presença de um colega ou usuário sobre ela); • Pela omissão – o agente negligenciou as cautelas recomendadas, deixando de praticar os atos impeditivos da ocorrência do ato danoso (exemplo: deixou de limpar substância escorregadia derramada na área de circulação, o que resultou em queda com lesões); • Por custódia – o indivíduo faltou com a cautela ou atenção devida na guarda do bem. A responsabilidade civil foi ampliada com a inserção do novo Código Civil brasileiro, de 2002, em especial no que diz respeito aos elementos caracterizadores ou que fundamentam o dever de reparar o dano causado, sendo mais fácil a constatação, já que em diversos casos não mais existe a necessidade da Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 23 demonstração de culpa (negligência, imperícia ou imprudência). Nesse aspecto, o fato, e não a culpa, torna-se o elemento mais importante para que surja o dever de reparar o dano causado, o que implica radical evolução a respeito da responsabilidade civil (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). É fundamental destacar o art. 927: “Aquele que, por ato ilícito (ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. A lei preconiza, também, em seu parágrafo único, que “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os direitos de outrem”. Dessa forma, a nova lei possibilita uma interpretação ampla e extensiva do que se pode entender por atividade que envolva risco para terceiros, aumentando, assim, as hipóteses de responsabilidade sem culpa, que mais se enquadram com os princípios e ideais de justiça que inspiram e sustentam o Direito e o pensamento da sociedade moderna. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem, independentemente de culpa, pelos danos causados pelos produtos postos em circulação. Segundo o art. 932: “São também responsáveis pela reparação civil: [...] III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”. Outro dispositivo importante, o art. 931, por sua vez, é um complemento ao parágrafo único do art. 927 (todos do Código Civil), ao delimitar que os riscos inerentes à exploração de determinada atividade econômica são os fatos geradores do dever de indenizar. O art. 932 traduz o que já vinha ocorrendo, já que vem expor o posicionamento que a doutrina e a jurisprudência já tinham adotado antes mesmo do advento do novo Código Civil. E, finalmente, o art. 933: “As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, aindaque não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos”. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 24 Desta forma, a responsabilidade civil é a obrigação de reparação do dano causado, mediante indenização. As causas que originam a responsabilidade civil são o dolo e a culpa. Não se exclui ainda a responsabilidade objetiva, que consiste na ocorrência de fatos indesejáveis e imprevisíveis, em que o simples nexo causal entre o fato lesivo e os danos verificados já é suficiente para obrigar a reparação do dano sofrido pela vítima, independentemente de ter ou não havido culpa do agente que praticou ou provocou o dano. Nesse sentido, contudo, o dano é, sem dúvida, o ator principal da responsabilidade civil. Não poderia se falar em indenização nem em ressarcimento se não houvesse a figura do dano. Pode haver responsabilidade sem culpa; contudo, não pode haver responsabilidade sem dano. Na lógica da responsabilidade objetiva, qualquer que seja a característica do risco que tenha fundamento: risco profissional, risco ocupacional, risco proveito, risco criado, etc., o dano constitui o seu elemento principal. Haja vista que, sem dano, evidentemente, não haverá o que reparar, ainda que a conduta tenha sido culposa ou até mesmo dolosa (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). Intervenção do Ministério Público Nos processos de acidente do trabalho há intervenção compulsória do Ministério Público, independentemente da vontade da vítima. Isso significa que, embora haja inércia do interessado, compete ao Estado, por meio da Promotoria Pública, instaurar a demanda judicial cabível. Essa competência deve-se à natureza da lide de ordem pública, alimentar, de direito indisponível e irrenunciável e, ainda, à qualidade da parte, normalmente mais fraca na relação jurídica processual. O processo penal poderá ser deflagrado após o encerramento do inquérito policial, que para ser iniciado basta existir um fato aparentemente criminoso, sendo várias as possibilidades de sua instauração, ou seja, exame de corpo de delito, flagrante, comunicação por indivíduo comum, solicitação do Ministério Público, etc. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 25 Concluída a fase de inquérito policial, este é encaminhado ao Promotor Público, que, constatando indícios da existência do crime, oferecerá denúncia. Caso aceite a denúncia, o juiz dará início ao processo penal, decidindo sobre a existência ou não do crime e seu regular apenamento. Sendo promulgada sentença condenatória, haverá também implicações cíveis, ou seja, não há discussão quanto ao mérito da questão, ficando pendente apenas a apuração do valor devido. Outra possibilidade é a sentença absolutória, que não eximirá de responsabilidade no civil, caso sua fundamentação tenha sido insuficiência de provas ou por excludente de ilicitude, comportando, assim, reapreciação nessa esfera (TAVARES, RIBEIRO NETO, HOFFMANN, 2008). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 26 UNIDADE 4 – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. TRABALHO DA MULHER E DO MENOR A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) expressa direitos e deveres do trabalhador e do empregador, tendo relação direta e imediata com a questão da responsabilidade em sentido amplo. Tomando como exemplo o parágrafo 2º do art. 229 da Constituição Estadual de São Paulo, fica garantido ao empregado o direito de parar ou se negar a fazer determinada atividade até a eliminação de risco grave presente ou iminente no local de trabalho. O empregado também tem obrigações a cumprir, sob pena de sanções disciplinares cabíveis, podendo, em decorrência disso, até ser dispensado por justa causa. Conforme prescreve o art. 158 da CLT, o empregado deve observar as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, colaborando com a empresa na aplicação das ordens de serviços quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada de realização de determinada tarefa. A responsabilidade decorre da inobservância das disposições legais referentes à legislação trabalhista, tanto por parte do empregador quanto do empregado. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e o Direito processual do trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. TRABALHO DA MULHER A Constituição da República traz a base dos direitos da mulher trabalhadora. Pela Lei Maior, à mulher são concedidos os seguintes direitos sociais: licença a Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 27 gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e oitenta dias; proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, e proibição de diferença de salário, dentre outros. Em nível infraconstitucional, a CLT cuida da proteção do trabalho da mulher nos arts. 372 a 401. À mulher é permitido cumprir trabalho em jornada extraordinária, devendo receber adicional de 50%. ; é igualmente permitida a mulher o trabalho em atividades insalubres e perigosas. É proibida a mulher o deslocamento de peso, quando utilizada apenas energia muscular, sendo superior a vinte quilos em se tratando de serviço contínuo; e vinte e cinco quilos quando se tratar de serviço ocasional (art. 390 da CLT). Tratando-se de tração mecânica esta proibição desaparece (parágrafo único do art. 390 da CLT). Quanto a proteção à maternidade, a Constituição Federal determina que a empregada não poderá ser despedida desde a confirmação da gravidez e até cinco meses após o parto. No caso de aborto não criminoso a mulher terá direito a um repouso remunerado de 2 (duas) semanas. A Lei nº 9.799, de 26-5-1999, inseriu texto consolidado, com significativas regras que disciplinaram o acesso da mulher ao trabalho. TRABALHO DO MENOR A Constituição da República proíbe o trabalho do menor até 16 anos de idade. Veda, também, o trabalho a menores de dezoito anos à noite, ou em atividades pe- rigosas ou insalubres (art. 7º, inc. XXXIII). A jornada de trabalho do menor poderá ser de oito horas, ficando vedada a hora extra, exceto duas horas a mais, sem acréscimo salarial, desde que respeitada a duração semanal de 44 horas; e até o máximo de 12 horas de trabalho num dia, em excepcional no caso de força maior e que sua presença seja imprescindível, com remuneração das horas excedentes com 50% a mais ao da hora normal (art. 413 da CLT). Quando o menor tiver dois empregos, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horáriosde Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 28 O menor que possua Carteira de Trabalho pode celebrar Contrato de Trabalho sem a assistência paterna. Poderá, durante a vigência do Contrato, assinar os recibos de pagamento; não poderá, todavia, dar quitação das verbas rescisórias quando da extinção do pacto laboral, havendo a necessária participação de seu representante legal. Temos, hoje em dia, além das normas previstas na CLT, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), que traz um capítulo sobre o trabalho desses menores (arts. 60 a 69). O menor não pode trabalhar em local que prejudique a moralidade. Segundo a Lei nº 8.069/90, é vedado ao menor o trabalho em atividades penosas. Para exercer trabalho nas ruas, praças e demais logradouros, será necessário prévia autorização do Juiz da Infância e da Juventude. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 29 UNIDADE 5 – ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO ENGENHEIRO E TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA Segundo Silva (2010), quando se fala da implantação, seja de um sistema de gestão ou então de uma cultura voltada à segurança do trabalho, o primeiro passo está relacionado ao estabelecimento de uma política de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), onde esta pode ser definida como a linha de conduta adotada pela empresa para o desenvolvimento, o desempenho e os objetivos das suas atividades preventivas de infortúnios trabalho. Todos os tópicos a seguir não só podem como devem ser acompanhados pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho, mostrando seu interesse e co- responsabilidade para com a implantação do SST. Trata-se de uma orientação geral que ao ser desenvolvida deve levar em conta fatores como as características da organização, seus riscos, legislação e cultura. O principal aspecto que norteia este processo é o fato de que a política de segurança e saúde no trabalho deve ser desenvolvida e ratificada pela alta administração da empresa. Essa política deve atender no mínimo a alguns requisitos, tais como: � ser apropriada à natureza e escala dos riscos de saúde e segurança da organização; � incluir o comprometimento para melhoria contínua; � comprometer-se em cumprir com a legislação e regulamentos em vigor referentes à saúde e segurança, e com outros requisitos com os quais a organização se subscreva; � ser comunicada a todos os empregados para que se conscientizem de suas obrigações pessoais com relação à saúde e segurança; � estar disponível às partes interessadas; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 30 � ser revisadas periodicamente para assegurar que permaneça relevante e apropriada para organização; � colocação da gestão da SST como uma primeira responsabilidade dos gerentes de linha, do mais alto executivo ao primeiro nível de supervisão; � garantia de treinamento de todos empregados; � análises críticas periódicas das políticas e auditorias; � garantia de seu entendimento, implementação e manutenção de todos os níveis da organização (SILVA, 2010). Programa de Segurança Visando auxiliar na implantação da política e objetivo, devem ser criados programas de segurança direcionados a diversas atividades da empresa, sendo gerenciados conforme as atividades, produtos, serviços e condições operacionais a organização. Definem as principais ações relacionadas a este programa: � Ações formadas e seu cumprimento; � Definição de responsabilidades; � Prazos Fixados; � Recursos necessários. Estrutura e Responsabilidade A principal responsabilidade sobre a segurança e saúde do trabalho é da alta administração da empresa, que deve garantir os recursos necessários para sua implementação. Esta deve também nomear um membro responsável pela perfeita implantação e manutenção do sistema de gestão de SST, e que repasse para cada empregado o seu papel perante esta atividade. Definem que estas atividades devem ser definidas, documentadas e comunicadas, a fim de facilitar a gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SILVA, 2010). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 31 Treinamento, conscientização e competência Ao estabelecer uma política educacional na área da prevenção, a empresa estará garantindo pessoas mais capacitadas para o desenvolvimento de seu trabalho, utilizando-se de procedimentos mais seguros. Descreve que as pessoas devem compreender o que se espera delas na realização de suas tarefas e de como estas atividades contribuem para os resultados da organização, certamente terão um desempenho satisfatório na realização de seus serviços. Ao mesmo tempo, estes procedimentos servem de apoio para que os empregados tenham mais condições de participar no processo prevencionista, além de tirar lições do seu dia-a-dia para empregado ou grupo frente à segurança do trabalho. Desta forma, verifica-se a necessidade constante de treinamento e conscientização dos empregados, de forma a tornar a segurança do trabalho um processo contínuo no dia-a-dia do trabalho. Prevenir é um processo e não um produto, um objeto acabado e palpável. É um processo à medida que é composto por cadeias de comportamento dos profissionais que ao final produzem como resultado, que é no caso da segurança no trabalho, a baixa probabilidade, ao final, de ocorrer acidentes após a execução de uma atividade. Os profissionais que atuam com segurança do trabalho e os empregados devem desenvolver competências adequadas, com o objetivo de capacitar este para agir em relação aos determinantes dos acidentes. Isto significa que a empresa deve relacionar os diversos cargos e atividades existentes em seus processos, visando detectar em cada um quais as variáveis relacionadas à segurança do trabalho, para com isso definir as competências necessárias para cada empregado em sua atividade (SILVA, 2010). Esta etapa é definida como aquela relacionada com as competências necessárias para desempenhar tarefas que possam ter algum impacto sobre a segurança e saúde do trabalho. Isto significa criar nos empregados uma consciência de garantir a concreta implementação e continuidade do programa, e qual sua importância para a melhoria da produtividade na empresa. Deve também ser garantida a formação específica sobre os riscos de sua atividade. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 32 Consulta e Comunicação Devem ser considerados os seguintes aspectos quanto à consulta e comunicação aos empregados: � Envolvimento no desenvolvimento e análise das políticas e procedimentos para a gestão dos riscos; � Consulta quando existir qualquer mudança que afete sua segurança e saúde no local de trabalho; � Representação nos assuntos de Segurança e Saúde; � Informação quanto a quem são seus representantes nos assuntos SST e o representante nomeado pela alta administração. Documentação A documentação relativa ao sistema de gestão deve ser criada e mantida, seja em papel ou meio eletrônico, objetivando a descrição dos principais elementos do sistema e sua interação,além de fornecer orientação sobre a documentação relacionada. A organização deve documentar e manter atualizada toda a documentação necessária para assegurar que o seu sistema de gestão SST seja adequadamente compreendido e eficazmente implementado. Todos os documentos relativos ao sistema de gestão devem ser controlados de maneira a estar disponível, sempre que necessário, tanto para procedimentos internos quanto de possível fiscalização dos órgãos competentes (SILVA, 2010). Monitoração do Desempenho Entende-se por controle operacional as ações visando monitorar o desempenho garantindo o cumprimento do programa e o atendimento dos objetivos propostos. O controle operacional está estritamente relacionado com os riscos (mais críticos) e com a política, os objetivos e o programa de gestão SST. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 33 Serão identificadas as operações e atividades associadas aos riscos, e onde serão necessárias as medidas de controle. As operações específicas ligadas a esta ação são: � Estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados; � Estipulação e manutenção de procedimentos relativos aos riscos de locais de trabalho, processo, instalações, equipamentos, procedimentos operacionais e organização de trabalho, incluindo suas adaptações às capacidades humanas, de forma a eliminar ou reduzir os riscos de SST na sua fonte (SILVA, 2010). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 34 UNIDADE 6 – EMBARGOS OU INTERDIÇÃO A NR 03 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 161 da CLT. Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de grave e iminente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em critérios técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente a interdição do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas que deverão ser adotadas para a correção das situações de risco. A autoridade regional competente, à vista de novo laudo técnico do agente da inspeção do trabalho, procederá à suspensão ou não da interdição ou embargo. E à vista de relatório circunstanciado, elaborado por agente da inspeção do trabalho que comprove o descumprimento reiterado das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, poderá convocar representante legal da empresa para apurar o motivo da irregularidade e propor solução para corrigir as situações que estejam em desacordo com exigências legais. Entende-se por descumprimento reiterado a lavratura do auto de infração por 3 (três) vezes no tocante ao descumprimento do mesmo item de norma regulamentadora ou a negligência do empregador em cumprir as disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, violando-as reiteradamente, deixando de atender às advertências, intimações ou sanções e sob reiterada ação fiscal por parte dos agentes da inspeção do trabalho. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 35 UNIDADE 7 - CONVENÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT Uma das funções mais importantes da OIT é o estabelecimento e adoção de normas internacionais de trabalho sob a forma de convenções ou recomendações. Estes instrumentos são adotados pela Conferência Internacional do Trabalho com a participação de representantes dos trabalhadores, empregadores e dos governos. As Convenções da OIT são tratados internacionais que, uma vez ratificados pelos Estados Membros, passam a integrar a legislação nacional. A aplicação das normas pelos países é examinada por uma Comissão de Peritos na Aplicação de Convenções e Recomendações da OIT que recebe e avalia queixas, dando-lhes seguimento e produzindo relatórios de memórias para discussão, publicação e difusão. Em 1998, foi adotada a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento. É uma reafirmação universal do compromisso dos Estados Membros e da comunidade internacional em geral de respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, que são reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores. Esses princípios e direitos fundamentais estão recolhidos em oito Convenções que cobrem quatro áreas básicas: liberdade sindical e direito à negociação coletiva, erradicação do trabalho infantil, eliminação do trabalho forçado e não discriminação no emprego ou ocupação. Na realidade, Convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT – são tratados multilaterais abertos, de caráter normativo, que podem ser ratificadas sem limitação de prazo por qualquer dos Estados-Membros. RATIFICAÇÃO • Até 18 meses da adoção de uma convenção, cada Estado-Membro tem obrigação de submetê-la à autoridade nacional competente (no Brasil, o Congresso Nacional) para aprovação; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 36 • após aprovação, o Governo (Presidente da República) promove a ratificação do tratado junto à OIT; • após a ratificação, o Estado-Membro deve promulgar o tratado, ou seja, adotar medidas legais ou outras que assegurem a aplicação da Convenção em prazos determinados, incluindo o estabelecimento de sanções apropriadas, mantendo serviços de inspeção que zelem por seu cumprimento. Em geral, é prevista consulta prévia às entidades mais representativas de empregadores e trabalhadores. VIGÊNCIA • Internacional: Inicia-se 12 meses após ratificação de uma convenção por dois Estados-Membros; • Nacional: A partir de 12 meses após a ratificação pelo Estado-Membro, desde que a convenção já vigore em âmbito internacional. VALIDADE • O prazo de validade de cada ratificação é de 10 anos; • Ao término da validade, o Estado-Membro pode denunciar a convenção, cessando sua responsabilidade em relação à mesma 12 meses após; • Não havendo sido denunciada a convenção até 12 meses do término da validade da ratificação, renova-se a validade tacitamente por mais 10 anos. REVISÃO Uma convenção pode ser objeto de revisão. A ratificação por um Estado- Membro da convenção revisora implicará a denúncia imediata da anterior, que deixará de estar aberta à ratificação, embora continue vigorando em relação aos países que a ratificaram e deixaram de aderir ao instrumento de revisão. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 37 ÁREA DE APLICAÇÃO A abrangência de cada convenção é definida em seu texto, havendo, porém, em algumas convenções, possibilidadede exclusão total ou parcial de ramos da atividade econômica, empresas ou produtos, ou mesmo a exclusão de aplicação de parte da convenção em todo o território nacional, a critério da autoridade nacional competente, após consulta às organizações representativas de empregadores e trabalhadores (BRASIL/OIT, 2002). Convenção nº 184 – Segurança e Saúde na Agricultura, 2001. Convenção nº 182 – Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para sua Eliminação, 1999. Convenção nº 176 – Segurança e Saúde na Mineração, 1995. Convenção nº 174 – Prevenção de Acidentes Industriais Maiores, 1993. Convenção nº 170 – Segurança na Utilização de Produtos Químicos, 1990. Convenção nº 167 – Segurança e Saúde na Construção, 1988. Convenção nº 162 – Prevenção e Controle do Asbesto, 1986. Convenção nº 161 – Serviços de Saúde no Trabalho, 1985. Convenção nº 155 – Segurança e Saúde dos Trabalhadores, 1981. Convenção nº 152 – Segurança e Higiene no Trabalho Portuário, 1979. Convenção nº 148 – Meio Ambiente de Trabalho (Contaminação do Ar, Ruído e Vibrações), 1977. Convenção nº 139 – Câncer Profissional, 1974. Convenção nº 136 – Benzeno, 1971. Convenção nº 127 – Peso Máximo, 1967. Convenção nº 124 – Exame Médico dos Menores na Mineração Subterrânea, 1965. Convenção nº 120 – Higiene no Comércio e Escritórios,1964. Convenção nº 115 – Proteção Contra Radiações, 1960. Convenção nº 113 – Exame Médico de Pescadores, 1959. Convenção nº 103 – Proteção à Maternidade (Revisada),1952. Convenção nº 81 – Inspeção do Trabalho, 1947. Convenção nº 45 – Trabalho Subterrâneo de Mulheres,1935. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 38 Convenção nº 42 – Indenização de Trabalhadores por Doenças Ocupacionais (Revisada), 1934. Convenção nº 16 – Exame Médico de Menores no Trabalho Marítimo, 1921. Convenção nº 12 – Indenização por Acidente do Trabalho na Agricultura, 1921. As recomendações da OIT podem ser lidas na íntegra no link: http://www.oitbrasil.org.br/content/recommendations Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 39 UNIDADE 8 – NORMAS TÉCNICAS, PORTARIAS NORMATIVAS, NORMAS NACIONAIS, ESTRANGEIRAS E INTERNACIONAIS No Brasil, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NR, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho no Brasil. São as Normas Regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, foram aprovadas pela Portaria Nº 3.214, 08 de junho de 1978. São de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela CLT. São elaboradas e modificadas por comissões tripartites específicas compostas por representantes do governo, empregadores e empregados. Ao longo do todo o curso elas foram citadas direta ou indiretamente. As normas internacionais foram citadas anteriormente. Elas estão em forma de Convenção estabelecidas pela OIT. As portarias mais importantes são as seguintes: PORTARIA MTB Nº 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978 - Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. PORTARIA 3.275 de 21 de Setembro de 1989 – Sobre as atividades do Técnico de Segurança do Trabalho. PORTARIA Nº 777/GM Em 28 de abril de 2004 – Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no Sistema Único de Saúde. PORTARIA Nº 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006 – Inclui doenças na relação nacional de notificação compulsória, define doenças de notificação imediata, relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos Laboratórios de Referência Nacional ou Regional e normas para notificação de casos. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 40 PORTARIA 262 de 29 de maio de 2008 – Novos procedimentos para emissão do Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho. PORTARIA Nº 76, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2008 – Grau de Risco - Altera o Quadro I da Norma Regulamentadora Nº 4. PORTARIA Nº 84, DE 04 DE MARÇO DE 2009 - SIT - SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO – Altera a redação do item 1.7 da Norma Regulamentadora nº 1. PORTARIA Nº 32, DE 8 DE JANEIRO DE 2009, Disciplina a avaliação de conformidade dos Equipamentos de Proteção Individual e dá outras providências. AS NORMAS REGULAMENTADORAS De acordo com a Portaria Nº 3.214/78, SSST – Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, atualmente, DSST – Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, temos as seguintes normas regulamentadoras: NR1 - Disposições Gerais Determina que as normas regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados celetistas. Determina, também, que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades inerentes. Dá competência às DRT regionais, determina as responsabilidades do empregador e a responsabilidade dos empregados. NR2 - Inspeção Prévia Determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o CAI – Certificado de Aprovação de Instalações, por meio de modelo preestabelecido. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 41 NR3 - Embargo ou Interdição A DRT poderá interditar/embargar o estabelecimento, as máquinas, setor de serviços se os mesmos demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo técnico, e/ou exigir providências a serem adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais. Caso haja interdição ou embargo em um determinado setor, os empregados receberão os salários como se estivessem trabalhando. NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT A implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade principal da empresa (Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE) e do número total de empregados do estabelecimento. Dependendo desses elementos, o SESMT deverá ser composto por um Engenheiro de Segurança do Trabalho, um Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, todos empregados da empresa. Atualmente, esta Norma está sendo revista pela Comissão Tripartite Paritária Permanente. A nova NR4 – Sistema Integrado de Prevenção de Riscos do Trabalho, pela Portaria nº 10, de 6 de abril de 2000. As novidades são os serviços terceirizados, o SEST próprio, o SEST coletivo e a obrigatoriedade de todo estabelecimento, mesmo com um empregado, ser obrigado a participar do programa. NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA Todas empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
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