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Prévia do material em texto

Apostila sobre os 
Cetáceos; Baleias e Golfinhos da Rota da Baleia Franca. 
 
Autor: Milene Novais /Bióloga do Projeto Cetáceos 
 
Garopaba SC, ano 2020. 
 
 
Em tempo de COVID19 e quarentena, nós do Projeto Cetáceos, pensamos como poderíamos contribuir 
neste momento. Então criamos esta apostila para que você assim como nós, está em casa de quarentena e 
aproveitando o momento para ler, estudar, aprofundar seus conhecimentos, meditar e se inspirar! 
Esta apostila é uma contribuição carinhosa do Projeto Cetáceos para nossos seguidores; estudantes e 
apaixonados pelas baleias e golfinhos. 
Traz informações básicas sobre os Cetáceos; baleias e golfinhos da Rota da Baleia Franca onde 
apresentamos os principais tópicos de forma esquemática e resumida. 
Pra você se inspirar! Aproveite e se cuide! Fique em casa! 
 
Conteúdo: 
 
1- Projeto Cetáceos, Rota da Baleia Franca, Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, 
2- Cetáceos em geral, 
3- Odontocetos e mysticetos, 
4- A caça as baleias, 
5- A baleia franca austral; principais características, 
6- O boto da tainha; principais características, 
7- Referências bibliográficas. 
 
Projeto Cetáceos 
 
Instagram: @projetocetaceos 
Facebook: @projetocetaceos 
E-mail: projetocetaceos@gmail.com 
 
O Projeto Cetáceos é uma organização independente que atua através de cursos na área da biologia 
marinha com foco em educação ambiental e divulgação científica. 
mailto:projetocetaceos@gmail.com
 
 
 
 
 O objetivo do Projeto Cetáceos é levar ao conhecimento de curiosos e estudantes de biologia, oceanografia e áreas 
afins, informações a respeito da biologia e conservação de cetáceos; baleias e golfinhos. 
No Projeto Cetáceos realizamos as seguintes atividades; cursos online e presenciais, palestras, vivências, 
ecoturismo, pesquisa e educação ambiental. 
Atuamos na região da Rota da Baleia Franca e Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca /APA-BF. 
 
 
 
 
Atividades do Projeto Cetáceos: 
 
Programa Vivências: 
• Vivencie de 1 a 7 dias como um pesquisador de baleias e golfinhos. 
• Aulas teóricas e práticas. 
• Direcionado ao público em geral 
• Direcionado às crianças (Programa Mirim). 
Curso online e presencial: 
• A baleia franca austral; biologia e ações para conservação. 
• Cetáceos; baleias e golfinhos da Rota da Baleia Franca. 
• Turismo científico (expedições científicas) 
Palestras itinerantes: 
• Direcionadas a comunidade local e turista. 
Palestras nas escolas. 
Atividades de educação ambiental: 
• Oficinas de arte educação direcionadas às crianças da comunidade e turistas. 
Atividades de ecoturismo: 
• Trilhas guiadas 
• Observação de baleias e golfinhos. 
Campanhas de conscientização ambiental. 
Participação de eventos e feiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto Cartilha Educativa do Projeto Cetáceos. 
 
 
A Rota da Baleia Franca (RBF) 
 
Localizada a 70 km de Florianópolis, a Rota da Baleia Franca é um destino turístico que integra os 
municípios de Garopaba, Imbituba e Laguna. 
O Projeto da Rota da Baleia Franca foi concebido pelo SEBRAE, em parceria com o ICMBIO e as prefeituras de 
Garopaba, Laguna, Imbituba e tem como intuito posicionar a APA da Baleia Franca como destino turístico de 
excelência no segmento de ecoturismo, por meio do aumento da competitividade e sustentabilidade dos pequenos 
negócios e pela obtenção do registro de Indicação Geográfica para o Turismo de Observação de Baleias, 
contribuindo para organização e promoção da atividade e consequente minimização da sazonalidade da demanda 
turística regional. 
 
 
APA-BF (ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BALEIA FRANCA) 
 
A Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca é uma unidade de conservação (uso sustentável) federal 
localizada no litoral sul de Santa Catarina. Foi criada pelo Decreto s/nº em 14 de setembro de 2000. Com uma área 
de 156 mil hectares, 130 km de costa marítima, abrange nove municípios, desde o sul da Ilha de Santa Catarina até 
o Balneário Rincão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rede de Encalhes: 
 
Ao avistar um animal marinho debilitado ou morto na praia, entre em contato por meio do número; PMP 
(Projeto de Monitoramento de Praia). 
Sua ajuda é muito importante! 
 
APA-BF / POLICIA AMBIENTAL / R3 ANIMAL / INSTITUTO AUSTRALIS 
PMP 0800.642.33.41 
 
 
Cetáceos em geral: 
 
Origem e Evolução 
 
O nome CETACEA deriva do grego ketos significando mostro marinho e do latim cetus, grande animal 
marinho. 
Os cetáceos fizeram parte da mitologia Grega, de folclores, lendas e atualmente são popularmente conhecidos em 
parques aquáticos e filmes. 
Os Cetáceos são os mamíferos marinhos mais bem adaptados ao meio aquático, com representantes em todos os 
oceanos, certos mares e algumas bacias fluviais da América do sul e Ásia. Toda sua vida ocorre dentro da água. 
Os cetáceos estão divididos em Odontoceti (botos, cachalotes, golfinhos, orcas, etc), Mysticeti (baleias de 
barbatanas ou cerdas bucais) e Archeocetis (baleias arcaicas) extintas há cerca de 25 milhões de anos. 
Acreditava-se que durante as transformações geológicas, um grupo de Mesoniquídeos (animais semelhantes aos 
lobos) começou a explorar o meio aquático, mudando seu hábito alimentar. Mas, fósseis recentes e evidências 
molecular sugerem que os cetáceos estão mais relacionados aos Artiodátilos (bovinos, ovinos, camelos, etc.). 
 
Até o séc. XX eram incluídos na “Ordem Cetácea”, entretanto, diversos trabalhos publicados no final do séc. XX e 
início do séc. XXI mostraram a proximidade dos cetáceos e dos artiodáctilos. 
Atualmente se considera que ambos devem estar juntos dentro da Ordem Cetartiodactyla, ficando os cetáceos 
na Infraordem Cetácea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Arqueocetos foram os vertebrados que fizeram a transição terra-mar e evoluíram a cerca de 60 
milhões de anos. Representam o grupo extinto que deu origem aos cetáceos modernos. Existiram classes diferentes 
com tamanhos bem variados. Eram animais quadrúpedes que evoluíram para nadadores. As aberturas nasais 
migraram da ponta do focinho para parte superior da cabeça, para facilitar a troca gasosa (respiração) durante o 
deslocamento. 
 
 
ODONTOCETOS 
 
São os cetáceos que possuem dentes. Esses animais se alimentam de peixes e cefalópodes, e poucos são 
carnívoros. Abrangem os golfinhos, orcas e cachalotes. Possuem um único orifício respiratório, e uma estrutura 
gordurosa na parte frontal da cabeça, o melão, que é importante na comunicação e localização de presas. 
 
 
MYSTICETOS 
 
São caracterizadas por seu aparato alimentar altamente diferenciadas, onde foram perdidos os dentes e 
houve o surgimento das barbatanas ou cerdas bucais que são fundamentais para filtrar o alimento na água. 
Possuem dois orifícios respiratórios no alto da cabeça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADAPTAÇÕES À VIDA AQUÁTICA 
 
Os cetáceos tornaram-se animais especializados a viverem no ambiente aquático, para isto, durante sua 
evolução, sofreram diversas adaptações; 
 
• Corpo fusiforme e hidrodinâmico 
• Ausência de pelos (só no feto) 
• Membros anteriores transformaram-se em nadadeiras peitorais que auxiliam para equilíbrio e manobras 
durante a natação. 
• Membros posteriores desapareceram tornando-se vestigiais. 
• Desenvolvimento da cauda em posição horizontal. 
• Alongamento da coluna vertebral. 
• Internalização das orelhas e órgãos sexuais 
• Pele elástica devido às células epiteliais que produzem gotículas de gordura, facilitando o deslizamento do 
corpo na água. 
• Orifício respiratório - alto cabeça 
• Crânio modificado o que permitiu que os odontocetos desenvolvessem um sofisticado sistema de 
comunicação usando sons de alta frequência, e os mysticetos, um especializado sistema de alimentação 
através da filtragem e retenção de alimentos pelas barbatanas ou cerdas bucais. 
 
 
 
Órgãos do Sentido: 
 
 
 Visão: é importante em águas pouco profundas, com luminosidade. Possuem uma mucosa espessa ajuda 
na proteção e músculos quese fecham rapidamente. Não possuem glândulas lacrimais. 
 
 Visão. 
 
 Tato: bem desenvolvido. Os sensores estão embaixo da pele e funcionam como sensores da pressão 
durante a imersão. 
 Paladar: possuem papilas gustativas. Os golfinhos distinguem sabores e demonstram preferências de 
comidas. 
 Audição: Um dos sentidos mais bem desenvolvidos nos cetáceos; Comunicação eficiente; Odontocetos: 
melão - eco localização e Mysticetos: vocalização (sacos nasais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sons: os cetáceos não possuem cordas vocais, mas emitem sons de várias frequências pelos canais 
respiratórios. A ampla gama de sons serve para diferenciar os indivíduos e os grupos. 
 Vocalização: são os sons em baixas frequências emitidos pelos mysticetos. È a passagem do ar pelos 
orifícios respiratórios. 
 Eco locação: são os sons em altas frequências emitidos pelos odontocetos. A emissão de um feixe de sons 
agudos rebate em um objeto e regressa em forma de eco, ajudando-o a determinar a distância, posição e 
tamanho. Os cliques e estalos são produzidos nas passagens aéreas pelo complexo de tecidos dos 
condutos nasais, e a camada de gordura e lipídios na cabeça emite o som na água = MELÃO. 
A Eco locação é importante na ausência da luz, em águas turvas e profundas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Regulagem da temperatura: os cetáceos necessitam manter a temperatura corporal em 36ºC. Como não 
possuem os espessos mantos de pêlos, como os demais mamíferos, o isolamento térmico é feito pela 
Camada de gordura que pode chegar aos 50 cm. Além do isolamento térmico, auxilia a flutuabilidade e 
serve de reserva de energia. 
Para realizar a perda de calor, expõem as nadadeiras peitorais ou nadadeira caudal em contato com o 
meio externo. O fluxo sanguíneo modifica-se, priorizando os órgãos vitais como o coração, levando o 
sangue resfriado. A Rete Mirabile ou rede maravilhosa que é um complexo onde veias e artérias ficam 
muito próxima, paralela umas as outras, o sangue venoso e o sangue arterial circulam em sentidos 
opostos, criando assim um sistema contracorrente, que permite uma maior conservação de calor nos 
músculos e uma circulação mais rápida do sangue no corpo, possibilitando o aumento da temperatura 
corporal, trocas gasosas e de nutrientes. 
 
 Rete Mirabile 
 
 
 Migração: é o movimento anual entre as zonas de alimentação e cria. Os Mysticetos realizam migrações N-
S entre águas de alimentação frias no verão e zonas tropicais no inverno para criar seus filhotes. Os 
Odontocetos não têm padrões migratórios tão definidos como as grandes baleias. 
 Reprodução: no período fértil as fêmeas aumentam sua atividade hormonal. A reprodução é lenta e nasce 
apenas um filhote por gestação. O período de gestação é de 10 a 12 meses. 
 
 
 
 
 Identificação dos sexos: é feita pela análise da morfologia ano-genital. Órgãos genitais são internos. As 
fêmeas apresentam, além da fenda genital, duas fendas onde se encontram as glândulas mamárias. 
 
 
 
 Amamentação: o filhote nada em baixo da mãe e estimula as glândulas mamárias. O leite é jogado na água 
e por ser muito gorduroso, não se dispersa. Os filhotes também podem fazer um “canudinho” com a 
língua para a amamentação. No final da lactação, os filhotes duplicam seu tamanho. Os jovens imitam o 
comportamento dos adultos. Os filhotes demoram cerca de um ano para se tornarem independentes e 
amadurecem sexualmente por volta dos 5-6 anos. 
 
 
 
 
 Predadores naturais: são os tubarões e as orcas. No Ártico, os ursos polares predam as belugas. 
 
 
ALIMENTAÇÃO DOS MYSTICETOS 
 
 Alimentam-se basicamente de crustáceos como o Krill e pequenas espécies de peixes. 
 Apresentam as barbatanas filtradoras, que são lâminas de material resistente e flexível que surgem da 
parte superior da boca. O número, tamanho e cor variam de espécie para espécie. 
 Algumas baleias possuem pregas ventrais embaixo da boca e garganta, que facilitam a dilatação da boca 
para introduzir grande volume de água com alimento. São os rorquais. 
 As baleias têm o esôfago muito estreito, o que faz com que não se alimentarem de peixes grandes. 
 
 
 Pregas ventrais 
 
 
ALIMENTAÇÃO DOS ODONTOCETOS 
 
 A adaptabilidade de alimentação varia conforme o habitat. Podem alimentar-se de peixes, lulas ou 
crustáceos. Também existem algumas espécies que são carnívoras como as orcas e os cachalotes. 
 
 
 
 
 
 
A CAÇA DE BALEIAS (Baleação) 
 
 As baleias filtradoras foram muito visadas por possuírem as barbatanas, que combinavam força e flexibilidade 
utilizadas na fabricação de espartilhos. As “baleias” com dentes eram capturadas e os dentes transformados em 
artefatos para decoração. O principal produto de interesse dos caçadores era o óleo das baleias, que foi muito 
utilizado para construção civil (argamassa) e para iluminação pública. Houve também, nesta época, a crescente 
popularidade dos cosméticos à base do óleo de baleia. 
 A exploração dos cetáceos agravou-se ainda mais em 1920, com a invenção do arpão com granada 
explosiva e a caça passou a contar com um navio-fábrica. 
 Estima-se que 50 a 60 mil baleias foram mortas por ano durante o período da caça comercial mundial. 
 Atualmente países como Noruega e Japão ainda caçam baleias, justificando sua atividade baleeira com a 
RESEARCH. O Japão afirma que promove pesquisas científicas para reunir dados sobre o tamanho e a 
estrutura das populações de baleias no mundo, porém, este argumento não é aceitável, visto que muitos 
outros países realizam pesquisas sem o método letal. 
 
 
 
 
Observação de baleias e golfinhos em Santa Catarina 
 
No Projeto Cetáceos, são desenvolvidas atividades de observação de baleias e golfinhos que estão 
incluídas no nosso programa de educação ambiental e ecoturismo. 
As atividades são direcionadas aos turistas, comunidade e estudantes. 
Acontecem através de minicursos, palestras e saída de campo para observação da Baleia Franca Austral e do 
Golfinho Nariz de Garrafa, também conhecido como Boto da Tainha. 
A temporada reprodutiva das baleias franca é de julho a novembro e os golfinhos durante todo o ano. 
Existe uma pequena população de golfinhos residentes em Laguna SC e são frequentemente encontrados nos moles 
onde ocorre a interação com os pescadores locais. 
Na sequência, apresentaremos as principais características destas 2 espécies que ocorrem no litoral sul de Santa 
Catarina, região da Rota da Baleia Franca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Baleia Franca Austral 
 
Características Principais: 
 
Nomes: Southern Right Whale = Baleia certa / Baleia Franca Austral 
 
Nome científico: Eubalaena australis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características gerais: 
 
• Podem medir até 17 metros 
• Pesar em média 50 toneladas 
• Ventre com manchas brancas. 
• Podem viver 80 anos 
• Velocidade de deslocamento 5 a 17 km/h 
 
 
Calosidades: 
Apresentam calosidades que são importantes, pois é a “identidade” de cada indivíduo; sua impressão 
digital. 
Através das calosidades podem-se diferenciar as baleias, sabendo suas rotas migratórias, reprodução e troca de 
informações com outros países. 
 
 
Borrifo em forma de “V” Nadadeira caudal tem 4,5 M de envergadura 
Nadadeira peitoral em forma de trapézio Não tem nadadeira dorsal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Migração: é o movimento anual entre as zonas de alimentação e zonas de reprodução. As Baleias realizam 
migrações e todos os anos procuram águas mais quentes e protegidas para ter e amamentar seus filhotes. 
 
As Baleias Franca veem a SC na temporada reprodutiva de julho a novembro. 
Por que Santa Catarina? 
 
• Águas mais quente. 
• Águas claras e tranquilas 
• Sem predadores naturais/ não tem registro de ataques de orcas às baleias. 
• Local ideal para acasalar, ter e amamentar os filhotes. 
 
 
Reprodução: 
 
o Vários machos para 1 fêmea 
o Gestação: dura 12 meseso Nascimento dos filhotes: julho a novembro, com cerca de 5m de comprimento e cerca de 4 a 5 toneladas 
o Um filhote a cada 3 anos. 
 
 
Alimentação: 
 
Alimentam-se principalmente do Krill. São filtradores. Filtram o “krill” através das barbatanas ou cerdas bucais. A 
alimentação ocorre basicamente no verão, nas águas próximas da convergência Antártica. 
 
 
 
 
 
A CAÇA: Período colonial até 1973. 
 
As Baleias Franca foram caçadas devido à rica camada de gordura (50 cm) que era utilizada para iluminação das 
ruas e construções de casas. A última baleia morta em SC foi em 1973 em Imbituba SC. 
 
Ciamídeos ‘piolho de baleia’. 
Krill Barbatanas ou cerdas 
bucais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boto da Tainha: 
 
Nomes comuns: (Golfinho-flíper, Boto, Golfinho-nariz-de-garrafa, Toninha, Bottlenose dolphin, Roaz). 
 Gênero: Tursiops 
 Espécie: Tursiops truncatus 
 
 
Principais características: 
 
 Tamanho aproximado de 3 metros e pesam em média 600 kg. 
 Dorso varia de cinza mais claro a cinza mais escuro e clareia nas laterais em direção à barriga, que é clara 
(branco/rosada); 
 Manto mais escuro, às vezes interrompido abaixo da dorsal por uma entrada mais clara. 
 Localizam objetos com clicks (eco localização) – reconhecidos 7 clicks diferentes; 
 Alimentação: peixes, lulas, polvos e crustáceos (predador oportunista); 
 Inimigos naturais: orcas e grandes tubarões; 
 Principais ameaças: Capturas acidentais e intencionais em rede de pesca, degradação de habitat, poluição 
química e sonora; 
 O boto da espécie Tursiops truncatus, ou boto-da-tainha, como também é conhecido, foi declarado 
Patrimônio Natural do Município de Laguna pela Lei 521/97, de 1997. 
 São conhecidos pela interação que realizam junto aos pescadores. 
 
 
 
 
Igreja de Garopaba construída com óleo de Baleia. Caça 
Farol de Santa Marta/construído com óleo de Baleia 
 
 
 
 
 
Locais em que ocorrem interações entre os golfinhos e os pescadores: 
 
• Narbonne (Sul da França), Moreton (leste da Austrália), Mauritânia (África), Tramandaí RS; 
• Laguna (SC) - área para alimentação e interações social como atividades sexual e cria dos filhotes. 
 
 
 
Legislação: 
 
o Lei Federal 7643/87 – Protege os Cetáceos contra a perseguição e o molestamento 
o Portaria do Ibama 1996 - Normas de Avistagem de Cetáceos. Alterada pela portaria 24/2002 
Decretos importantes para a proteção das Baleias no Brasil: 
o Decreto Estadual 171/1995 – Declara a Baleia Franca monumento natural de SC 
o Decreto Federal – 14/09/1999 – Criação da APA da Baleia Franca 
 
 
 
Notas: 
 
1- Se quiserem aprofundar mais sobre os cetáceos nós oferecemos o curso online com certificado de 
35h. No material está incluído vídeos, e-books, gibi, cartilha educativa, leituras complementares, 
dicas de sites e certificado. O material fica disponível para impressão. 
2- Também oferecemos o Programa Vivências onde você vivencia de 1 a 7 dias como um pesquisador de 
baleias e golfinhos junto a nossa equipe. Tem aula teórica e prática e certificado. Você escolhe a data 
e as atividades. Maiores informações por e-mail; projetocetaceos@gmail.com 
3- As figuras que constam nesta apostila foram retiradas de diversas fontes, incluindo livros e sites da 
internet para fins ilustrativos. Em nenhum momento houve a intenção de infringir os direitos autorais 
dos autores das mesmas. Caso você possua direitos sobre quaisquer materiais, nos avise. 
Imediatamente o material será retirado, ou solicite que essa apostila o informe como autor da obra, 
será ótimo tê-lo como parceiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:projetocetaceos@gmail.com
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
Berta, A. & Sumich, J.L. 1999. Marine Mammals - evolutionary biology. Academic Press, San Diego. 
 
Groch, K. R. “Biologia Populacional e Ecologia Comportamental de Baleia-franca austral, Eubalaena australis 
(Desmoulins, 1822), CETACEAE, MYSTICETI, no litoral sul do Brasil.” Tese de doutorado, UFRGS, Programa de Pós-
Graduação em Biologia Animal, Porto Alegre. 2005. 
 
Hetzel, B. & Lodi, L. 1993. Baleias, botos e golfinhos: guia de identificação para o Brasil. 
Nova Fronteira, Rio de Janeiro. 
 
International Whaling Commission. Report of the Workshop on the comprehensive assessment of right whales: a 
worldwide comparison. J. Cetacean Research Management Edição especial 2:1-60. 2001. 
 
IUCN, International Union for Conservation of Nature. s/l. 2013. Disponível em www.iucn,org. Acessado em 04 de 
setembro 2013. 
 
Jefferson, T. A.; Leatherwood, S. & Webber,M. A. 1993. FAO species identification guide. Marine mammals of the 
world. FAO, Roma. 
 
Leatherwood, S. & Reeves, R. 1983. The Sierra Club Book of Whales and Dolphins. San Francisco: Sierra Club Books. 
 
Mann, J.; Connor, R. C.; Tyack, P. L. & Whitehead, H. (eds.) 1999. Cetacean Societies: Field Studies of Dolphins and 
Whales. University of Chicago Press, Chicago. 
 
Palazzo, J. T. & Carter, L. A. A caça de baleias no Brasil. Porto Alegre: Agapan. 25pp. 1983. 
 
Pinedo, M. C.; Rosas, F. C. W. & Marmontel, M. 1992. Cetáceos e Pinípedes do Brasil: Guia para a identificação das 
espécies. Manaus: UNEP/FUA. 
 
Reeves, R. R.; Stewart, B. S. & Leatherwood, S. 1992 The Sierra Club Handbook of Seals and Sirenians. San Francisco: 
Sierra Club Books. 
 
Reynolds J. E. & Rommel S. A. (eds.). 1999. Biology of Marine Mammals. Smithsonian Institution Press, 
Washington.1999. 
 
Rice, D.W. 1998. Marine mammals of the world – systematics and distribution. Special Publication No. 4. Society for 
Marine Mammalogy, Lawrence.

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