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Aula sobre CONTRIBUIÇÕES DOS SEGURADOS

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social – Parte 4
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SUMÁRIO
Financiamento da Seguridade Social .............................................................3
Orçamento da Seguridade Social na União .....................................................8
Custeio da Seguridade Social – Lei n. 8.212/1991 ...........................................9
Contribuições dos Segurados......................................................................10
Contribuição do Empregador, da Empresa e da Entidade Equiparada ................22
Questões de Concursos .............................................................................30
Gabarito ..................................................................................................38
Questões Comentadas ...............................................................................39
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social – Parte 4
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FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
Olá, amigos!
Neste módulo, nós vamos estudar o financiamento da seguridade social, ou 
seja, vamos conhecer a origem dos recursos que sustentam a proteção social no 
Brasil. Em um primeiro momento, serão apresentadas as contribuições previstas 
na Constituição de 88 e, em seguida, vamos detalhar a Lei n. 8.212/1991. Estão 
prontos? 
Conforme preconiza o art. 195 da CF/1988, a Seguridade Social será financiada 
por toda a sociedade, de forma direta e indireta. A forma indireta é representada 
pelos recursos orçamentários (impostos) da União, dos Estados, do DF e dos Muni-
cípios, cada um administrando seus próprios recursos. Na forma direta, a sociedade 
financia a Seguridade de forma por meio do pagamento das seguintes contribui-
ções sociais: 
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, inciden-
tes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
CARLOS MENDONÇA
Ex-Presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). 
Detentor de notório conhecimento em legislação previdenciária, 
conhecido nacionalmente por suas contribuições como Procurador 
Federal do INSS há mais de 15 anos. Carlos Mendonça exerceu, ainda, a 
função de Procurador-Chefe Nacional da Procuradoria Federal do Fundo 
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de Coordenador-
Geral de Contencioso Judicial da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) 
e de Chefe da Divisão de Contencioso do Instituto Brasileiro de Turismo 
(Embratur). Professor do Gran Cursos. Professor Universitário. Autor.
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título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contri-
buição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos;
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
IMPORTANTE!
As contribuições sociais acima podem ser instituídas por medida provi-
sória ou lei ordinária. Todavia, novas contribuições para a seguridade 
social só podem ser instituídas por lei complementar.
As contribuições sociais acima só podem ser exigidas após o prazo de no-
venta dias da publicação da lei que as instituiu ou aumentou – Princípio 
da Noventena.
A Pessoa Jurídica em débito com a Seguridade Social não pode contratar 
com o poder público ou dele receber empréstimos ou financiamentos.
As contribuições sociais acima indicadas são as principais fontes de recursos 
para a Saúde, Assistência e Previdência Social, sendo que, por expressa previsão 
constitucional (art. 167, inciso XI), as contribuições sobre a folha e as dos traba-
lhadores são exclusivas para pagamento de benefícios previdenciários – razão pela 
qual se encontra revogado o art. 18 da Lei n. 8.212/19911.
O art. 195 da Constituição ainda contempla as seguintes regras:
1 Art. 18. Os recursos da Seguridade Social referidos nas alíneas a, b, c e d do parágrafo único do art. 11 desta Lei poderão contribuir, a 
partir do exercício de 1992, para o financiamento das despesas com pessoal e administração geral apenas do Instituto Nacional do Seguro 
Social – INSS, do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, da Fundação Legião Brasileira de Assis-
tência – LBA e da Fundação Centro Brasileira para Infância e Adolescência.
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§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas 
à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o 
orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma in-
tegrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência 
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como es-
tabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
A regra estampada no parágrafo terceiro acima transcrito prestigia a Seguridade 
Social, evitando que o poder público (União, Estados, DF e Municípios) contrate ou 
conceda benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios a pessoas jurídicas em débito 
com o referido sistema. Vale registrar que a Constituição se refere apenas ao débito 
com a Seguridade Social, não fazendo qualquer referência a outra espécie tributá-
ria. Todavia, a Lei n. 8.666/1993, nos procedimentos licitatórios, exige a Certidão 
Negativa de Débito dos demais tributos administrados pela receita fazendária.
É importante destacar que o rol de contribuições para a seguridade social é 
exemplificativo, tendo vista que outras contribuições poderão ser criadas para o 
custeio da seguridade social, desde que sejam veiculadas por lei complementar, a 
teor do parágrafo quarto do art. 195:
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Assim, as contribuições sociais previstas no art. 195 da CF/1988 podem ser 
criadas ou majoradas por lei ordinária ou medida provisória. Caso haja a necessi-
dade de criação de uma nova contribuição social, o instrumento normativo a ser 
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utilizado é a lei complementar, em obediência ao art. 154, I do Texto Magno. Caso 
seja criada uma nova contribuição social, esta poderá ter a mesma base de cálculo 
e fato gerador dos impostos, segundo entendimento do STF2.
Em outra perspectiva, há no Texto Constitucional uma regra de responsabilida-
de fiscal que impede o aumento de gastos sem a respectiva indicação da fonte de 
custeio total:
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, ma-
jorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Trata-se do Princípio da preexistência de custeio, introduzido no Brasil em 1965, 
pelo qual é exigida a indicação da fonte de custeio que fará face à criação, majora-
ção ou extensão de qualquer benefício ou serviço da seguridade social. Isso evita a 
utilização política do sistema de proteção social, impedindo medidas irresponsáveis 
que aumentem a despesa sem se preocupar com a origem da receita. Pela perti-
nência, destaco que o referido princípio não impede o reajuste dos benefícios, pois 
reajuste é diferente de majoração, eis que esta relaciona-se com a elevação do 
percentual de concessão. Sendo assim, o auxílio-doença pode ser reajustado, mas,para majorar este benefício de 91 para 100% do salário de benefício, por exemplo, 
deve-se indicar a fonte de custeio.
2 “Contribuição social. Constitucionalidade do artigo 1º, I, da Lei Complementar n. 84/96. - O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 
228.321, deu, por maioria de votos, pela constitucionalidade da contribuição social, a cargo das empresas e pessoas jurídicas, inclusive 
cooperativas, incidente sobre a remuneração ou retribuição pagas ou creditadas aos segurados empresários, trabalhadores autônomos, 
avulsos e demais pessoas físicas, objeto do artigo 1º, I, da Lei Complementar n. 84/96, por entender que não se aplica às contribuições 
sociais novas a segunda parte do inciso I do artigo 154 da Carta Magna, ou seja, que elas não devam ter fato gerador ou base de cálculos 
próprios dos impostos discriminados na Constituição. - Nessa decisão está ínsita a inexistência de violação, pela contribuição social em 
causa, da exigência da não-cumulatividade, porquanto essa exigência – e é este, aliás, o sentido constitucional da cumulatividade tributá-
ria – só pode dizer respeito à técnica de tributação que afasta a cumulatividade em impostos como o ICMS e o IPI – e cumulatividade que, 
evidentemente, não ocorre em contribuição dessa natureza cujo ciclo de incidência é monofásico –, uma vez que a não-cumulatividade 
no sentido de sobreposição de incidências tributárias já está prevista, em caráter exaustivo, na parte final do mesmo dispositivo da Carta 
Magna, que proíbe nova incidência sobre fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados nesta Constituição. – 
Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 258470/RS, 1ª Turma, rel. Min. Moreira 
Alves, j. 21.03.2000, DJ 12.05.2000, p. 32).
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Uma outra restrição prevista no artigo 195 impede o efeito imediato de cobran-
ça da contribuição social no caso de sua criação ou aumento do seu valor:
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas 
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver insti-
tuído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.
A norma acima contempla o princípio da noventena ou da anterioridade mitiga-
da, pois permite que a contribuição social para a seguridade social seja exigida no 
mesmo ano da sua criação ou majoração, desde que respeitado o prazo de 90 dias. 
Sendo assim, não se aplica às contribuições sociais para a seguridade social 
o princípio da anterioridade tributária, ou seja, a determinação de que a criação 
ou aumento de um tributo em determinado ano só produza efeito no ano seguinte3.
Todavia, nem sempre a noventena deverá ser aplicada. No caso de redução 
da contribuição ou alteração da data de recolhimento, o princípio da noventena é 
inaplicável, ou seja, produz efeito imediato.
O art. 195 da Constituição contempla, ainda, as seguintes regras para a Segu-
ridade Social:
§7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem 
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia 
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante 
a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão 
jus aos benefícios nos termos da lei.
§9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da uti-
lização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do 
mercado de trabalho.
3 CF/88, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: III – cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
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§10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de 
saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de 
recursos.
§11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tra-
tam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em 
lei complementar.
§12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições in-
cidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não cumulativas. 
§13. Aplica-se o disposto no §12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou 
parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita 
ou o faturamento.
ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL NA UNIÃO
O orçamento da Seguridade Social, no plano federal, segundo o art. 11 da Lei 
n. 8.212/1991, é composto das receitas:
a) da União;
b) das contribuições sociais;
c) de outras fontes.
As receitas da União são as provenientes dos impostos, as contribuições sociais 
são as que vimos no Texto Constitucional logo acima e as demais fontes estão pre-
vistas na própria lei de custeio. 
De acordo com o artigo 27 da Lei 8.212/91, a seguridade social possui como 
outras receitas:
“Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social:
I – as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;
II – a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança pres-
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tados a terceiros; (sem efeito, pois cabe à Receita Federal a arrecadação)
III – as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou 
arrendamento de bens;
IV – as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;
V – as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;
VI – 50% (cinquenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo 
único do art. 243 da Constituição Federal;
VII – 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo De-
partamento da Receita Federal;
VIII – outras receitas previstas em legislação específica.
Parágrafo único. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de da-
nos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei n. 
6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinquenta por 
cento) do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde – SUS, 
para custeio da assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de 
trânsito”.
IMPORTANTE!
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da 
Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação 
continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual (§ único 
do art.16 da Lei 8.212/91).
CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL – LEI N. 8.212/1991
Após o estudo da parte constitucional do financiamento da seguridade social, 
impõe-se conhecer a Lei 8.212/91. Essa lei disciplina os contribuintes (trabalhado-
res e empregadores), a contribuição, a base de cálculo, a alíquota e as obrigações 
acessórias ao recolhimento das contribuições para a seguridade social. Vamos co-
meçar pela contribuição dos segurados.
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CONTRIBUIÇÕES DOS SEGURADOS
I – Contribuição do trabalhador empregado, avulso, empregado doméstico
A contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e avulso incide 
sobre o salário de contribuição (basede cálculo), que não pode ter valor inferior ao 
salário-mínimo ou piso da categoria e nem superior ao teto do INSS. 
No caso dos empregados, o salário de contribuição pode ser inferior ao mínimo 
apenas no mês de admissão e dispensa4.
A alíquota incidente sobre o salário de contribuição varia de acordo com a faixa 
salarial do trabalhador no percentual de 8%, 9% ou 11%.
IMPORTANTE!
A contribuição do empregador doméstico é de 8,8%. Todavia, o empregador re-
colhe sua parte (8,8%) junto com a parte do doméstico (8%, 9% ou 11%).
A contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e avulso é tra-
tado no artigo 20 da Lei 8.212/91 da seguinte forma:
“Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalha-
4 Lei 8.212/91, Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 
 I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendi-
mentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, 
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos ser-
viços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, 
ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;
 § 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado ocorrer no curso do mês, o salário-de-contribuição 
será proporcional ao número de dias de trabalho efetivo, na forma estabelecida em regulamento.
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dor avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu 
salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, observado o disposto no 
art. 28, de acordo com a seguinte tabela (valores válidos para 2018):
Salário-de-contribuição Alíquota em %
até 1.693,72 8,00
de 1.6593,73 até 2.822,90 9,00
de 2.822,91 até 5.645,80 11,00
Cuidado: Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados na mesma 
época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de pres-
tação continuada da Previdência Social. 
A tabela acima aplica-se também aos segurados empregados e trabalhadores 
avulsos que prestem serviços a microempresas.
Salário de contribuição – Conceito
O salário de contribuição é a base de cálculo da contribuição para a seguridade 
social, sendo certo que existem parcelas que integram e parcelas que não integram 
o salário de contribuição, tudo de acordo com art. 28 da Lei n. 8.213/1991:
“Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:
I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou credita-
dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que 
seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades 
e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente 
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos 
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa;
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II – para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para 
comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração; (a lei Complemen-
tar 150/15 ampliou o conceito de salário de contribuição para remuneração da 
doméstica)
III – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas 
ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite 
máximo a que se refere o § 5o;
IV – para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo 
a que se refere o § 5o.
§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado ocorrer no 
curso do mês, o salário-de-contribuição será proporcional ao número de dias de traba-
lho efetivo, na forma estabelecida em regulamento.
§ 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição.
§ 3º O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde ao piso salarial, legal ou 
normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário-mínimo, tomado no seu valor 
mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante 
o mês.
§ 4º O limite mínimo do salário-de-contribuição do menor aprendiz corresponde à sua 
remuneração mínima definida em lei”.
IMPORTANTE!
Considera-se salário-de-contribuição, para o segurado empregado e trabalhador 
avulso, na condição prevista no § 5º do art. 12, a remuneração efetivamente au-
ferida na entidade sindical ou empresa de origem (§ 10, Art. 28 da Lei 8.212/91).
A lei de custeio disciplina as parcelas que devem integrar o salário de contribui-
ção, valendo ressaltar que a parcela que não integra o salário de contribuição não 
será considerada para efeito de contribuição do segurado e nem da empresa sobre a 
folha. O quadro abaixo esclarece as parcelas que incidem e não incidem contribuição:
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Parcelas que integram Parcelas que não integram
o décimo-terceiro salário (gratificação 
natalina) integra o salário-de-contribuição, 
exceto para o cálculo de benefício, na forma 
estabelecida em regulamento
os benefícios da previdência social, nos termos e 
limites legais, salvo o salário-maternidade
as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos 
pelo aeronauta nos termos da Lei n. 5.929, de 
30 de outubro de 1973
O salário-maternidade
a parcela in natura recebida de acordo com os 
programas de alimentação aprovados pelo Ministério 
do Trabalho e da Previdência Social, nos termos 
da Lei n. 6.321, de 14 de abril de 1976
as importâncias recebidas a título de férias 
indenizadas e respectivo adicional constitucional, 
inclusive o valor correspondente à dobra da 
remuneração de férias de que trata o art. 137 da 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
e) as importâncias:
1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias; 
2. relativas à indenização por tempo de serviço, 
anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado 
não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço – FGTS;
3. recebidas a título da indenização de que trata 
o art. 479 da CLT;
4. recebidas a título da indenização de que trata 
o art. 14 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973;
5. recebidas a título de incentivo à demissão;
6. recebidas a título de abono de férias na forma 
dos arts. 143 e 144 da CLT;
7. recebidas a título de ganhos eventuais e os 
abonos expressamente desvinculados do salário;
8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;
9. recebidas a título da indenização de que trata o 
art. 9º da Lei n. 7.238, de 29 de outubro de 1984;
a parcela recebida a título de vale-transporte, na 
forma da legislação própria
a ajuda de custo, em parcela única, recebida 
exclusivamente em decorrência de mudança de 
local de trabalho do empregado, na forma do art. 
470 da CLT;
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as diárias para viagens
a importância recebida a título de bolsa de 
complementação educacional de estagiário, 
quando paga nos termos da Lei n. 6.494, de 7 
de dezembro de 1977
a participação nos lucros ou resultados da 
empresa, quando paga ou creditada de acordo 
com lei específica;
o abono do Programa de Integração Social – 
PIS e do Programa de Assistência ao Servidor 
Público –PASEP;
os valores correspondentes a transporte, 
alimentação e habitaçãofornecidos pela empresa 
ao empregado contratado para trabalhar 
em localidade distante da de sua residência, 
em canteiro de obras ou local que, por força 
da atividade, exija deslocamento e estada, 
observadas as normas de proteção estabelecidas 
pelo Ministério do Trabalho;
a importância paga ao empregado a título de 
complementação ao valor do auxílio-doença, 
desde que este direito seja extensivo à totalidade 
dos empregados da empresa
as parcelas destinadas à assistência ao 
trabalhador da agroindústria canavieira, de que 
trata o art. 36 da Lei n. 4.870, de 1º de dezembro 
de 1965;
o valor das contribuições efetivamente pago 
pela pessoa jurídica relativo a programa de 
previdência complementar, aberto ou fechado, 
desde que disponível à totalidade de seus 
empregados e dirigentes, observados, no que 
couber, os arts. 9º e 468 da CLT;
o valor relativo à assistência prestada por serviço 
médico ou odontológico, próprio da empresa ou 
por ela conveniado, inclusive o reembolso de 
despesas com medicamentos, óculos, aparelhos 
ortopédicos, despesas médico-hospitalares e 
outras similares, desde que a cobertura abranja 
a totalidade dos empregados e dirigentes da 
empresa;
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o valor correspondente a vestuários, 
equipamentos e outros acessórios fornecidos ao 
empregado e utilizados no local do trabalho para 
prestação dos respectivos serviços
o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo 
do empregado e o reembolso creche pago em 
conformidade com a legislação trabalhista, 
observado o limite máximo de seis anos de idade, 
quando devidamente comprovadas as despesas 
realizadas;
o valor relativo a plano educacional, ou bolsa 
de estudo, que vise à educação básica de 
empregados e seus dependentes e, desde que 
vinculada às atividades desenvolvidas pela 
empresa, à educação profissional e tecnológica 
de empregados, nos termos da Lei n. 9.394, de 
20 de dezembro de 1996, e: (Redação dada pela 
Lei n. 12.513, de 2011)
1. não seja utilizado em substituição de parcela 
salarial; e (Incluído pela Lei n. 12.513, de 2011)
2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa 
de estudo, considerado individualmente, não 
ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração 
do segurado a que se destina ou o valor 
correspondente a uma vez e meia o valor do 
limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, 
o que for maior;
a importância recebida a título de bolsa de 
aprendizagem garantida ao adolescente até 
quatorze anos de idade, de acordo com o disposto 
no art. 64 da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990;
os valores recebidos em decorrência da cessão 
de direitos autorais
o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da 
CLT.
o valor correspondente ao vale-cultura
IMPORTANTE!
O 13º não é considerado no cálculo do benefício, mas incide contribuição.
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II – Contribuição do contribuinte individual e do contribuinte facultativo
A contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo, em regra, é 
de 20% incidente sobre o salário de contribuição, a teor do art. 21 da Lei 8.212/91:
“Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo 
será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição”. 
Todavia, no caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentado-
ria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite 
mínimo mensal do salário de contribuição será de: 
I – 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressal-
vado o disposto no item II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho 
com empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na 
alínea b do item II;
II – 5% (cinco por cento):
 
a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei 
Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006; e
b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao 
trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família 
de baixa renda (considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro 
Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico cuja renda 
mensal seja de até 2 (dois) salários-mínimos).
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social – Parte 4
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Se, no futuro, o segurado que tenha contribuído na forma acima pretenda con-
tar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentado-
ria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição, 
deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor 
correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na 
competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 
20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios. A referida contribuição com-
plementar será exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício.
Contribuinte Individual Condutor Autônomo – Salário de Contribuição
Considera-se remuneração do contribuinte individual que trabalha como condu-
tor autônomo de veículo rodoviário, como auxiliar de condutor autônomo de veículo 
rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei n. 
6.094, de 30 de agosto de 1974, como operador de trator, máquina de terraplena-
gem, colheitadeira e assemelhados, o montante correspondente a 20% (vinte por 
cento) do valor bruto do frete, carreto, transporte de passageiros ou do serviço pres-
tado, observado o teto do salário de contribuição (Art. 28, § 11 da Lei 8.213/91).
Exemplo:
Valor do frete: R$ 20.000,00 (20% de R$ 20.000,00= R$ 4.000,00)
Valor do Salário de Contribuição do Motorista de Caminhão Autônomo: R$ 
4.000,00
Nesse caso, a empresa que contratar o serviço deve lançar em sua folha de 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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pagamento o valor de R$ 4.000,00, ou seja, a remuneração do motorista pelo res-
pectivo frete. Essa metodologia de cálculo encontra-se prevista na Lei 8.212/91:
“Art. 22, § 15. Na contratação de serviços de transporte rodoviário de carga ou de pas-
sageiro, de serviços prestados com a utilização de trator, máquina de terraplenagem, 
colheitadeira e assemelhados, a base de cálculo da contribuição da empresa correspon-
de a 20% (vinte por cento) do valor da nota fiscal, fatura ou recibo, quando esses servi-
ços forem prestados por condutor autônomo de veículo rodoviário, auxiliar de condutor 
autônomo de veículo rodoviário, bem como por operador de máquinas”.
Contribuinte Individual que Presta Serviço à Empresa
O artigo 30, § 4º, da Lei 8.212/91 autoriza a redução da contribuição do Contri-
buinte Individual que presta serviço à empresa de 20 para 11%. Confira:
“Art. 30, § 4o Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais 
empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal (20%), quarenta e cinco por 
cento da contribuição da empresa (45% de 20% = 11%), efetivamente recolhida ou de-
clarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada 
a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição”.
Contribuinte Individual que Exerce Atividade Religiosa
Os profissionais da religião são enquadrados na legislação previdenciária como 
contribuintes individuais e, como tais, devem contribuir para a seguridade social. 
Todavia, a remuneração recebida não vai integrar a folha de pagamento da igreja, 
evitando, assim, a tributação do “empregador”. Essa conclusão foi extraída do ar-
tigo 22 da Lei 8.212/91:
Art. 22…
....
§ 13. Não se considera como remuneração direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, 
os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacionalDIREITO PREVIDENCIÁRIO
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com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de con-
gregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência 
desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do 
trabalho executado. (Incluído pela Lei n. 10.170, de 2000).
III – Segurados especiais
Tanto o segurado especial quanto o empregador rural pessoa física contribuem 
da mesma forma, ou seja, 1,2% da receita da comercialização da produção, con-
forme dicção do art. 25 da Lei 8.212/91:
“Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contri-
buição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, 
respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada 
à Seguridade Social, é de:
I – 1,2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; 
 
II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para finan-
ciamento das prestações por acidente do trabalho. (Execução suspensa pela Resolução 
do Senado Federal n. 15, de 2017)”. 
O segurado especial, além da contribuição obrigatória referida acima, poderá 
contribuir, facultativamente, caso deseje se aposentar por tempo de contribuição 
ou obter benefício superior ao salário-mínimo.
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IMPORTANTE!
Integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal 
ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou 
industrialização rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos 
de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, 
pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, cristalização, 
fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação, bem como 
os subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos.
Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos valores decorrentes da 
comercialização da produção relativa aos produtos a que se refere o § 3o deste 
artigo, a receita proveniente: 
I – da comercialização da produção obtida em razão de contrato de parceria ou 
meação de parte do imóvel rural;
II – da comercialização de artigos de artesanato de que trata o inciso VII do § 10 
do art. 12 desta Lei;
III – de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercia-
lizados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento 
desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, 
recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços espe-
ciais;
IV – do valor de mercado da produção rural dada em pagamento ou que tiver sido 
trocada por outra, qualquer que seja o motivo ou finalidade; e 
V – de atividade artística de que trata o inciso VIII do § 10 do art. 12 desta Lei. 
Segurado Especial – Consórcio Simplificado
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A. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de 
produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que 
outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para 
prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento 
registrado em cartório de títulos e documentos. 
 
O documento acima mencionado deverá conter a identificação de cada produtor, 
seu endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem como o respectivo registro 
no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA ou informações 
relativas a parceria, arrendamento ou equivalente e a matrícula no Instituto Nacio-
nal do Seguro Social – INSS de cada um dos produtores rurais. O consórcio deverá 
ser matriculado no INSS em nome do empregador a quem hajam sido outorgados 
os poderes, na forma do regulamento. 
IMPORTANTE!
Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput serão respon-
sáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias.
Contribuição dos Inativos – aposentados e pensionistas
RGPS SERVIÇO PÚBLICO
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Aposentados e pensionistas do INSS não 
contribuem para a previdência, a teor do art. 
195, II da CF/88:
Art. 195, II – do trabalhador e dos 
demais segurados da previdência social, 
não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo 
regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201.
CUIDADO: SE O INATIVO DO RGPS 
VOLTAR A TRABALHAR, DEVE CONTRIBUIR 
SOBRE O SALÁRIO RECEBIDO.
Lei 8.213/91 – art. 18, § 2º O aposentado 
pelo Regime Geral de Previdência Social–
RGPS que permanecer em atividade sujeita 
a este Regime, ou a ele retornar, não fará 
jus a prestação alguma da Previdência Social 
em decorrência do exercício dessa atividade, 
exceto ao salário-família e à reabilitação 
profissional, quando empregado.
Os servidores públicos aposentados e os 
respectivos pensionistas devem contribuir 
para o regime próprio de previdência, de 
acordo com as seguintes regras:
a) A contribuição só incide sobre o valor 
que exceder o teto do INSS.
CF/88, art. 40, § 18. Incidirá contribuição 
sobre os proventos de aposentadorias e 
pensões concedidas pelo regime de que trata 
este artigo que superem o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime 
geral de previdência social de que trata o art. 
201, com percentual igual ao estabelecido 
para os servidores titulares de cargos efetivos.
b) no caso de portador de doença 
incapacitante, a contribuição incidirá apenas 
sobre o valor que exceder o dobro do teto do 
INSS (CF/88, art. 40, parágrafos 18 e 20)
CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR, DA EMPRESA E DA ENTIDADE EQUI-
PARADA
Contribuição do Empregador Doméstico – Art. 24 da Lei 8.213/91
Com a nova lei das domésticas, a contribuição do empregador doméstico so-
freu algumas alterações. A alíquota que era de 12% foi reduzida para 8,8%, sendo 
0,8% específica para o custeio das prestações decorrentes de acidente do trabalho. 
A base de cálculo da contribuição deixou de ser o salário registrado em carteira e 
passou a ser a remuneração auferida, a teor do art. 34, § 1º da indigitada Lei Com-
plementar 150/15:
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“Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento 
único de arrecadação, dos seguintes valores: 
I – 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, a cargo 
do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei n. 8.212, de 24 de 
julho de 1991; 
II – 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade so-
cial, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24 de 
julho de 1991; 
III – 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do seguro 
contra acidentes do trabalho; 
IV – 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; 
V – 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei; e 
VI – imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7o da Lei no 
7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente. 
§ 1o As contribuições, os depósitos e o imposto arrolados nos incisos I a VI 
incidem sobre a remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada empre-
gado, incluída na remuneração a gratificação de Natal a que se refere a Lei n. 
4.090, de 13 de julho de 1962, e a Lei n. 4.749, de 12 de agosto de 1965”.
Por sua vez, a Lei 8.212/91 trata da contribuição do empregador doméstico da 
seguinte forma:
“Art. 24. A contribuição do empregador doméstico incidente sobre osalário de contribui-
ção do empregado doméstico a seu serviço é de: 
I – 8% (oito por cento); e
II – 0,8% (oito décimos por cento) para o financiamento do seguro contra acidentes de 
trabalho.
 
Parágrafo único. Presentes os elementos da relação de emprego doméstico, o emprega-
dor doméstico não poderá contratar microempreendedor individual de que trata o art. 
18-A da Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, sob pena de ficar su-
jeito a todas as obrigações dela decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e previ-
denciárias”.
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Contribuição da empresa (art. 22 da Lei n. 8.212/1993) 
A empresa deve contribuir sobre a folha de salários com alíquota de 20%. Nesse 
caso, a contribuição deve incidir sobre a folha de empregados, avulsos e eventuais 
contribuintes individuais que prestaram serviço à empresa naquele mês. Todavia, é 
importante destacar que não serão consideradas na folha de pagamento da empresa 
as parcelas que não integram o salário de contribuição (Lei 8.212/91, art. 28, § 9º).
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do 
disposto no art. 23, é de:
I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a 
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que 
lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, 
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos 
decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo 
tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do 
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
III – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer 
título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem 
serviços;
Em razão do princípio da equidade na forma de participação no custeio, que 
permite cobrança diferenciada, se o empregador for uma de instituição financeira, 
a base de cálculo é a folha de salários, mas com alíquota de 22,5%:
Art. 22, § 1º No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desen-
volvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, 
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valo-
res mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empre-
sas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e 
de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribui-
ções referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula 
cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo.
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Para o custeio dos benefícios decorrentes de acidente do trabalho, a empresa 
deve recolher uma contribuição adicional de 1%, 2% ou 3%, de acordo com o risco 
de acidente do trabalho. Vamos verificar os dispositivos pertinentes.
Art. 22, II – para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213, 
de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de in-
capacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das 
remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos: 
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de 
acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco 
seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco 
seja considerado grave.
O adicional de 1%, 2% ou 3% são fontes de custeio dos benefícios de origem 
acidentária, bem como das aposentadorias especiais (art. 57 da Lei 8.213/91).
IMPORTANTE!
Lei 10.666/03 – Art. 10. A alíquota de contribuição de um, dois ou três por 
cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou 
daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa 
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até 
cinquenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser 
o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva 
atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos 
a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo 
metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social.
Cobranças diferenciadas
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Existem situações previstas na Lei n. 8.212/91 em que a contribuição não incide 
sobre a folha de salários e sim sobre outra base de cálculo. Vamos conhecer essas 
situações.
I) Agroindústria – base de cálculo: receita sobre a comercialização da produ-
ção com alíquota de 2,5% e SAT de 0,1%. Exceção: Avicultura, Piscicultura, Suino-
cultura e Carcinicultura (Crustáceo).
“Art. 22-A. A contribuição devida pela agroindústria, definida, para os efeitos 
desta Lei, como sendo o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica 
seja a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de 
terceiros, incidente sobre o valor da receita bruta proveniente da comercialização da 
produção, em substituição às previstas nos incisos I e II do art. 22 desta Lei, é de:
I – dois vírgula cinco por cento destinados à Seguridade Social;
II – zero vírgula um por cento para o financiamento do benefício previsto nos 
arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em 
razão do grau de incidência de incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos 
ambientais da atividade. 
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica às operações relativas à prestação de 
serviços a terceiros, cujas contribuições previdenciárias continuam sendo devidas 
na forma do art. 22 desta Lei.
§ 3o Na hipótese do § 2o, a receita bruta correspondente aos serviços prestados 
a terceiros será excluída da base de cálculo da contribuição de que trata o caput. 
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§ 4o O disposto neste artigo não se aplica às sociedades cooperativas e às 
agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura. 
§ 5o O disposto no inciso I do art. 3o da Lei no 8.315, de 23 de dezembro de 1991, 
não se aplica ao empregador de que trata este artigo, que contribuirá com o adicional 
de zero vírgula vinte e cinco por cento da receita bruta proveniente da comerciali-
zação da produção, destinado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).
§ 6o Não se aplica o regime substitutivo de que trata este artigo à pessoa jurídi-
ca que, relativamente à atividade rural, se dedique apenas ao florestamento e re-
florestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria mediante 
a utilização de processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou 
a transforme em pasta celulósica. 
§ 7o Aplica-se o disposto no § 6o ainda que a pessoa jurídica comercialize resídu-
os vegetais ou sobras ou partes da produção, desde que a receita bruta decorrente 
dessa comercialização represente menos de um por cento de sua receita bruta pro-
veniente da comercialização da produção”.
II) Produtor rural (pessoa jurídica) – base de cálculo: receita da comercia-
lização com alíquota de 1,7% e SAT de 0,1% (Lei n. 13.606/18).
III) Equipes de Futebol – base de cálculo: receita dos jogos, patrocínio, pu-
blicidade, imagem, propaganda e transmissão dos jogoscom alíquota de 5%. 
Essa cobrança diferenciada é tratada nos seguintes dispositivos da Lei 8.212/91:
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Art. 22, § 6º A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém 
equipe de futebol profissional destinada à Seguridade Social, em substituição à 
prevista nos incisos I e II deste artigo, corresponde a cinco por cento da receita 
bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em todo território 
nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de 
qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publici-
dade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos. 
 § 7º Caberá à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar 
o desconto de cinco por cento da receita bruta decorrente dos espetáculos despor-
tivos e o respectivo recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo 
de até dois dias úteis após a realização do evento. 
§ 8º Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional 
informar à entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas 
no evento, discriminando-as detalhadamente. 
§ 9º No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol pro-
fissional receber recursos de empresa ou entidade, a título de patrocínio, licencia-
mento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de 
espetáculos, esta última ficará com a responsabilidade de reter e recolher o percen-
tual de cinco por cento da receita bruta decorrente do evento, inadmitida qualquer 
dedução, no prazo estabelecido na alínea b, inciso I, do art. 30 desta Lei.
§ 11. O disposto nos §§ 6º ao 9º deste artigo aplica-se à associação desporti-
va que mantenha equipe de futebol profissional e atividade econômica organizada 
para a produção e circulação de bens e serviços e que se organize regularmente, 
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segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092 da Lei n. 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 - Código Civil. (Redação dada pela Lei n. 11.345, de 2006).
§ 11-A. O disposto no § 11 deste artigo aplica-se apenas às atividades direta-
mente relacionadas com a manutenção e administração de equipe profissional de 
futebol, não se estendendo às outras atividades econômicas exercidas pelas referi-
das sociedades empresariais beneficiárias. 
Concurso de Prognósticos
Constitui receita da Seguridade Social a renda líquida dos concursos de prognós-
ticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo. Para 
efeito de tributação, consideram-se concursos de prognósticos todos e quaisquer 
concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em 
reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.
Cuidado: art. 26, § 2º, da Lei n. 8.213/91: Para efeito do disposto 
neste artigo, entende-se por renda líquida o total da arrecadação, 
deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de 
impostos e de despesas com a administração, conforme fixado em lei, 
que inclusive estipulará o valor dos direitos a serem pagos às entidades 
desportivas pelo uso de suas denominações e símbolos.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
1. (VUNESP/2017/IPRESB-SP/ANALISTA) A seguridade social será financiada por 
toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios e das contribuições sociais especificadas pela Constituição Federal. A esse 
respeito, é correto afirmar que
a) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguri-
dade social constarão dos respectivos orçamentos e integrarão o orçamento da União.
b) a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma regiona-
lizada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, 
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei do plano plurianual, as-
segurada a cada área a gestão de seus recursos. 
c) nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado 
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
d) além das fontes expressamente estabelecidas na Constituição Federal, é vedada 
a instituição de outras, ainda que se destinem à expansão da seguridade social.
e) o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, 
bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de 
economia familiar, sem empregados permanentes, são isentos de contribuir para a 
seguridade social.
2. (CESPE/2017/DPU/DEFENSOR) A respeito da condição de segurados e depen-
dentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
O princípio da equidade na forma de participação no custeio do RGPS não veda a 
existência de alíquotas de contribuições diferenciadas entre empregadores nem 
entre empregados.
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3. (CESPE/2016/INSS/ANALISTA) 
 – Ana, servidora aposentada por RPPS, recebe R$ 6.500,00 de aposentadoria.
 – Bruno, portador de doença incapacitante devidamente comprovada por 
perícia médica, é pensionista da União e percebe um benefício de R$ 
10.000,00.
 – Caio aposentou-se recentemente pelo RGPS e recebe o teto do salário-de-
-benefício.
Com relação a essas situações hipotéticas, e considerando que o teto do salário-de-
-benefício corresponda a R$ 5.189,82, julgue o item que se segue com base na CF.
Bruno não precisa contribuir com a previdência, pois portadores de doença inca-
pacitante comprovada por perícia médica contribuem apenas sobre as parcelas de 
proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo 
estabelecido para os benefícios do RGPS.
4. (AOCP/2016/PREFEITURA DE VALENÇA-BA/TÉCNICO) Assinale a alternativa cor-
reta sobre os objetivos e fontes de financiamento da Seguridade Social.
a) A seguridade tem como objetivo o tratamento desigual entre as populações ur-
banas e rurais, tendo em vista as peculiaridades de cada uma.
b) O empregador contribuir apenas sobre a folha de salário.
c) Além das fontes de custeio expressamente previstas na Constituição, a lei po-
derá, obedecidos os limites impostos na própria Constituição, instituir outras fontes 
destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social.
d) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes 
de assistência social, não podendo a lei exigir delas o cumprimento de qualquer 
exigência para que possam gozar dessa imunidade.
e) As contribuições sociais para a seguridade social podem ser exigidas imediata-
mente após a publicação da lei que as houver instituído.
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5. (FCC/2016/PREFEITURA DE SÃO LUÍZ-MA/PROCURADOR) No que diz respeito 
ao financiamento da seguridade social, é INCORRETO afirmar: 
a) a lei complementar poderá instituir outras fontes para financiar a seguridade social. 
b) não incide contribuição social sobre aposentadoria e pensão concedidas pelos 
regimes de previdência social, devida pelo trabalhador e demais segurados. 
c) o sistema será financiado por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, além das contribuições sociais. 
d) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à segurida-
de social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamentoda União.
e) a fixação de alíquotas e bases de cálculo diferenciadas da contribuição social 
do empregador, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão 
de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, 
demonstra a equidade na forma de custeio do sistema.
6. (CESPE/2016/DPU/ANALISTA) No que se refere ao financiamento da seguridade 
social, julgue o item a seguir.
Em caso de eventual déficit entre os valores arrecadados e os valores pagos a título 
de benefício previdenciário, o INSS poderá suspender temporariamente o paga-
mento dos benefícios aos segurados, até que arrecade valor suficiente para efetuar 
tal pagamento.
7. (CESPE/2016/DPU/ANALISTA) No que se refere ao financiamento da seguridade 
social, julgue o item a seguir.
Lei que aprovar a majoração de contribuição previdenciária para efeito de custeio 
de benefício ou serviço da seguridade social só poderá ser aplicada após decorridos 
noventa dias da data da sua publicação.
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8. (CESPE/2015/STJ/ANALISTA) Conforme a legislação social em vigor, julgue o 
item seguinte. 
Conforme a Lei Orgânica de Seguridade Social, a seguridade social possui, entre 
seus princípios e diretrizes, a irredutibilidade do valor dos benefícios, e, como for-
ma de garantir esse preceito, o seu financiamento deve ser realizado por duas fon-
tes — receitas da União e contribuições sociais das empresas empregadoras.
9. (TRT21/2015 JUIZ DO TRABALHO) Levando em conta as disposições existentes 
no ordenamento jurídico nacional sobre o sistema de financiamento da Seguridade 
Social, é incorreto dizer:
a) A Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de forma direta e in-
direta, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e de contribuições sociais.
b) Cabe à União Federal a cobertura de eventuais insuficiências financeiras da 
Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação 
continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.
c) O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição.
d) A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de vinte 
por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer 
título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe 
prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, 
ressalvadas as gorjetas e os ganhos habituais sob a forma de utilidades, quer pelos 
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou 
tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou 
acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
e) Constitui receita da Seguridade Social a renda líquida dos concursos de prog-
nósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo.
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10. (FCC/2015/TRT23/JUIZ DO TRABALHO) No tocante às contribuições, considere:
I – 50% dos valores obtidos e aplicados em razão da apreensão decorrente de 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas. 
II – 50% do resultado dos leilões de bens apreendidos pelo departamento da 
Receita Federal.
III – Renda líquida dos concursos de prognósticos, incluindo valores destinados ao 
Programa de Crédito Educativo. 
IV – Remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança 
prestados a terceiros.
Constitui receita da Seguridade Social as indicadas APENAS em 
a) II, III e IV.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I e III.
11. (CESPE/2018/STJ/ANALISTA) Acerca do custeio da seguridade social, julgue o 
próximo item.
O salário-de-contribuição de segurado empregado deverá corresponder à integrali-
dade de uma remuneração auferida durante o mês de trabalho.
12. (VUNESP/2018/IPSM/PROCURADOR) Sobre o salário de contribuição no Regi-
me Geral de Previdência Social, assinale a alternativa que está de acordo com o 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça.
a) O pagamento de férias gozadas não possui natureza remuneratória e salarial e 
não integra o salário de contribuição. 
b) A parcela relativa ao décimo terceiro salário integra o salário de contribuição, 
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exceto para efeito de cálculo do salário de benefício. 
c) O auxílio-acidente não integra o salário de contribuição para fins de cálculo do 
salário de benefício de aposentadoria previdenciária.
d) O salário paternidade não integra o salário de contribuição, pois não possui na-
tureza de verba salarial.
e) O auxílio-alimentação, ainda que pago habitualmente e em dinheiro, não inte-
gra o salário de contribuição.
13. (FCC/2017/TRT21/ANALISTA) De acordo com a Lei n. 13.467/2017, para fins 
de contribuição à Previdência Social, 
a) o total das diárias para viagem pagas pelo empregador, quando excedente a 
cinquenta por cento do salário mensal, integra o salário de contribuição. 
b) as diárias para viagem pagas pelo empregador, em nenhuma hipótese, integram 
o salário de contribuição. 
c) apenas o percentual das diárias para viagem que exceder cinquenta por cento 
do salário mensal do empregado integra o salário de contribuição. 
d) os prêmios e abonos integram o salário de contribuição, desde que decorram de 
regulamento interno da empresa. 
e) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico con-
veniado pela empresa integra o salário de contribuição, desde que concedido a 
todos os empregados.
14. (CESPE/2016/INSS/TÉCNICO) No próximo item, é apresentada uma situação 
hipotética acerca de salário-de-contribuição, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Bruna, empregada da empresa Vargas & Vargas Cia. Ltda., entrou em gozo de li-
cença-maternidade. Nessa situação, haverá incidência da contribuição previdenciá-
ria sobre o valor recebido por Bruna a título de salário-maternidade.
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15. (CESPE/2016/INSS/TÉCNICO) No próximo item, é apresentada uma situação 
hipotética acerca de salário-de-contribuição, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Gustavo inscreveu-se na previdência social na condição de segurado facultativo. 
Nessa situação, o salário-de-contribuição de Gustavo deverá variar entre um salá-
rio-mínimo e o teto máximo fixado em portaria interministerial.
16. (CESPE/2016/INSS/TÉCNICO) No próximo item, é apresentada uma situação 
hipotética acerca de salário-de-contribuição, seguida de uma assertiva a ser julgada.
O contrato de trabalho de Carlos, empregado da empresa L & M Ltda., foi rescin-
dido antes que ele pudesse usufruir de férias vencidas. Nessa situação, haverá a 
incidência de contribuição previdenciária sobre a importância paga a título de inde-
nização das férias vencidas e sobre o respectivo adicional constitucional.
17. (IADES/2016/CEITEC S/A/ANALISTA) Na relação taxativa contida na Lei n. 
8.212/1991, que dispõe a respeito da organização da seguridade social, institui 
plano de custeio, e dá outras providências, não integra(m) o salário de contribuição
a) o salário-maternidade.
b) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais.
c) o reembolso-creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, inde-
pendentemente da comprovação das despesas realizadas, se observado o limite 
máximo de seis anos de idade.
d) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxí-
lio-doença, desde que esse direito não seja extensivo à totalidade dos empregados 
da empresa.
e) a participação nos lucros ou resultados da empresa, desde que paga ou credi-
tada de acordo com previsão originária em regulamentaçãoespecífica coletiva de 
trabalho.
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18. (TRF3/2016/JUIZ FEDERAL) Assinale a alternativa correta, acerca do cálculo do 
valor dos benefícios: 
a) O cálculo do valor dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social 
corresponde à média dos 36 últimos salários-de-contribuição, corrigidos moneta-
riamente mês a mês, de modo a preservar o seu valor real. 
b) O salário-de-benefício corresponde à renda mensal inicial dos benefícios pagos 
pela Previdência Social e é apurado por meio da aplicação da fórmula denominada 
Fator Previdenciário, não podendo ser inferior a um salário-mínimo, nem superior 
ao limite máximo do salário-de-contribuição. 
c) A Lei 9.876/99 instituiu o Fator Previdenciário que passou a incidir no cálculo 
das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, ampliando o período de 
apuração dos salários-de-contribuição e agregando a expectativa de sobrevida e a 
idade do segurado no momento da aposentadoria. 
d) Período Básico de Cálculo – PBC é o período contributivo dos segurados filiados 
ao Regime Geral da Previdência Social, considerado para o cálculo do valor de todos 
os benefícios previdenciários, com exceção apenas do salário-maternidade.
19. (CESPE/2016/DPU/ANALISTA) No que se refere ao financiamento da segurida-
de social, julgue o item a seguir.
Segundo a legislação vigente, deve haver incidência de contribuição previdenciária so-
bre importância recebida a título de incentivo a demissão voluntária e abono de férias.
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GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. C
5. B
6. E
7. C
8. E
9. D
10. D
11. E
12. B
13. B
14. A
15. C
16. C
17. E
18. B
19. C
20. C
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (VUNESP/2017/IPRESB-SP/ANALISTA) A seguridade social será financiada por 
toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios e das contribuições sociais especificadas pela Constituição Federal. A esse 
respeito, é correto afirmar que
a) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguri-
dade social constarão dos respectivos orçamentos e integrarão o orçamento da União.
b) a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma regiona-
lizada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, 
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei do plano plurianual, as-
segurada a cada área a gestão de seus recursos. 
c) nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado 
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
d) além das fontes expressamente estabelecidas na Constituição Federal, é vedada 
a instituição de outras, ainda que se destinem à expansão da seguridade social.
e) o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, 
bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de 
economia familiar, sem empregados permanentes, são isentos de contribuir para a 
seguridade social.
Comentário
a) Errada: cada ente federativo possui seu próprio orçamento da seguridade social. 
Portanto, as receitas dos Estados, do DF e dos Municípios destinadas à seguridade 
social não integram o orçamento da União (CF/88, art. 195, § 1º As receitas dos 
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Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social cons-
tarão dos respectivos orçamentos, NÃO integrando o orçamento da União).
b) Errada: não é regionalizada e sim integrada, segundo o parágrafo segundo do 
art. 195: A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma 
integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência 
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes or-
çamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
c) Correta: art. 195, § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social pode-
rá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
d) Errada: art. 195, § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
e) Errada: a contribuição está prevista no art. 195, § 8º O produtor, o parceiro, o 
meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos 
cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem em-
pregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação 
de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos 
benefícios nos termos da lei.
2. (CESPE/2017/DPU/DEFENSOR) A respeito da condição de segurados e depen-
dentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
O princípio da equidade na forma de participação no custeio do RGPS não veda a 
existência de alíquotas de contribuições diferenciadas entre empregadores nem 
entre empregados.
Comentário
Item CORRETO, pois a essência do princípio da equidade na forma de participação 
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no custeio é exatamente possibilitar a cobrança diferenciada da contribuição social 
para a seguridade social a cargo dos empregadores. Inclusive, essa possibilidade 
está expressa no artigo 195 do Texto Constitucional: § 9º As contribuições sociais 
previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo 
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de 
obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.
3. (CESPE/2016/INSS/ANALISTA) 
 – Ana, servidora aposentada por RPPS, recebe R$ 6.500,00 de aposentadoria.
 – Bruno, portador de doença incapacitante devidamente comprovada por 
perícia médica, é pensionista da União e percebe um benefício de R$ 
10.000,00.
 – Caio aposentou-se recentemente pelo RGPS e recebe o teto do salário-de-
-benefício.
Com relação a essas situações hipotéticas, e considerando que o teto do salário-de-
-benefício corresponda a R$ 5.189,82, julgue o item que se segue com base na CF.
Bruno não precisa contribuir com a previdência, pois portadores de doença inca-
pacitante comprovada por perícia médica contribuem apenas sobre as parcelas de 
proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo 
estabelecido para os benefícios do RGPS.
Comentário
Item CORRETO. Em relação a Bruno, portador de doença incapacitante, a contribui-
ção só incidiria sobre o valor que excedesse o dobro do teto do INSS (2X 5.189,82 
= 10.379,64), o que não ocorreu, pois Bruno ganha R$ 10.000,00. Portanto, NÃO 
PRECISA CONTRIBUIR.
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Art. 40. § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pen-
sões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata 
o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de 
cargos efetivos. 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas 
de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata 
o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador 
de doença incapacitante.No caso de Ana, a contribuição previdenciária (11%), incidirá apenas sobre o valor 
que exceder o teto do INSS.
A terceira situação, ou seja, de Caio, vinculado ao RGPS, não incidirá contribuição, 
tendo em vista a imunidade concedida pelo art. 195, II do Texto Constitucional: 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta 
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribui-
ções sociais: 
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previ-
dência social de que trata o art. 201.
4. (AOCP/2016/PREFEITURA DE VALENÇA-BA/TÉCNICO) Assinale a alternativa cor-
reta sobre os objetivos e fontes de financiamento da Seguridade Social.
a) A seguridade tem como objetivo o tratamento desigual entre as populações ur-
banas e rurais, tendo em vista as peculiaridades de cada uma.
b) O empregador contribuir apenas sobre a folha de salário.
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c) Além das fontes de custeio expressamente previstas na Constituição, a lei po-
derá, obedecidos os limites impostos na própria Constituição, instituir outras fontes 
destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social.
d) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes 
de assistência social, não podendo a lei exigir delas o cumprimento de qualquer 
exigência para que possam gozar dessa imunidade.
e) As contribuições sociais para a seguridade social podem ser exigidas imediata-
mente após a publicação da lei que as houver instituído.
Comentário
a) Item ERRADO: a seguridade social é regida pelo princípio da uniformidade e 
equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais (art. 194, 
parágrafo único, II);
b) Item ERRADO: o empregador contribui sobre folha, receita ou faturamento e 
lucro (Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes con-
tribuições sociais: I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada 
na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste ser-
viço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; 
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo con-
tribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201; III – sobre a receita de concursos de prognósticos; V 
– do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar).
c) Item CORRETO.
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5. (FCC/2016/PREFEITURA DE SÃO LUIZ-MA/PROCURADOR) No que diz respeito 
ao financiamento da seguridade social, é INCORRETO afirmar:
a) a lei complementar poderá instituir outras fontes para financiar a seguridade social. 
b) não incide contribuição social sobre aposentadoria e pensão concedidas pelos 
regimes de previdência social, devida pelo trabalhador e demais segurados. 
c) o sistema será financiado por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, além das contribuições sociais. 
d) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à segurida-
de social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
e) a fixação de alíquotas e bases de cálculo diferenciadas da contribuição social 
do empregador, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão 
de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, 
demonstra a equidade na forma de custeio do sistema.
Comentário
a) Item CORRETO. CF/88, art. 195, § 4º A lei poderá instituir outras fontes des-
tinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o 
disposto no art. 154, I.
b) Item ERRADO. Somente os aposentados e pensionistas do RGPS são isentos de 
contribuir na inatividade (art. 195, II da CF/88). Os servidores públicos inativos 
devem contribuir (art. 40 da CF/88).
c) Item CORRETO. CF/88, art. 195. A seguridade social será financiada por toda a 
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos prove-
nientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
e das seguintes contribuições sociais.
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d) Item CORRETO: art. 195, § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, 
não integrando o orçamento da União.
e) Item CORRETO: o princípio da equidade na forma de participação no custeio 
permite a cobrança diferenciada, o que é confirmado pelo art. 195, parágrafo 9º da 
CF/88: § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo po-
derão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econô-
mica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição 
estrutural do mercado de trabalho.

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