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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Prof. Hugo Goes
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Prof. Hugo Goes
Edital
DIREITO PREVIDENCIÁRIO : 1 Seguridade Social. 1.1 Origem e evolução legislativa no Brasil. 
1.2 Conceituação. 1.3 Organização e princípios constitucionais. 2 Legislação Previdenciária. 2.1 
Conteúdo, fontes, autonomia. 2.3 Aplicação das normas previdenciárias. 2.3.1 Vigência, hierar-
quia, interpretação e integração. 3 Regime Geral de Previdência Social. 3.1 Segurados obriga-
tórios. 3.2 Filiação e inscrição. 3.3 Conceito, características e abrangência: empregado, empre-
gado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. 3.4 Segurado 
facultativo: conceito, características, filiação e inscrição. 3.5 Trabalhadores excluídos do Regime 
Geral. 4 Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. 5 Financiamento da Segu-
ridade Social. 5.1 Receitas da União. 5.2 Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das 
empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre 
a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 5.3 Salário-de-contribuição. 
5.3.1 Conceito. 5.3.2 Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes. 5.3.3 Limites mínimo e 
máximo. 5.3.4 Proporcionalidade. 5.3.5 Reajustamento. 5.4 Arrecadação e recolhimento das 
contribuições destinadas à seguridade social. 5.4.1 Competência do INSS e da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil. 5.4.2 Obrigações da empresa e demais contribuintes. 5.4.3 Prazo de 
recolhimento. 5.4.4 Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. 6 Deca-
dência e prescrição. 7 Crimes contra a Seguridade Social. 8 Recurso das decisões administrati-
vas. 9 Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de prestações, benefí-
cios, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-benefício, renda mensal 
do benefício, reajustamento do valor dos benefícios. 10 Manutenção, perda e restabelecimen-
to da qualidade de segurado. 11 Lei nº 8.212/1991 e alterações. 12 Lei nº 8.213/1991 e alte-
rações. 13 Decreto nº 3.048, de 06/05/1999 e alterações. 14 Lei de Assistência Social (LOAS): 
conteúdo; fontes e autonomia (Lei nº 8.742/1993 e Decreto nº 6.214/2007 e alterações).
BANCA: CESPE
CARGO: Técnico do Seguro Social
7concurseiro.vip
Direito Previdenciário
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Esta apostila é apenas um roteiro para as aulas que ministro em cursos preparatórios para 
concursos públicos.
Para um maior aprofundamento da matéria, indico os seguintes livros de minha autoria:
1. Manual de Direito Previdenciário, 14ª edição;
2. Resumo de Direito Previdenciário, 8ª edição;
3. Direito Previdenciário ESAF, 4ª edição;
4. Direito Previdenciário CESPE/UnB, 4ª edição;
5. Direito Previdenciário FCC, 2ª edição.
CAPÍTULO I – SEGURIDADE SOCIAL
1. Origem e evolução legislativa no Brasil.
1.1 Lei Eloy Chaves e as Caixas de Aposentadorias e Pensões
A doutrina majoritária considera como marco inicial da Previdência Social brasileira a Lei Eloy 
Chaves (Decreto Legislativo 4.682, de 24/01/1923). 
Em 1926, o Decreto Legislativo 5.109 estendeu os benefícios da Lei Eloy Chaves aos empregados 
portuários e marítimos.
Em 1928, por força do Decreto 5.485, os trabalhadores das empresas de serviços telegráficos e 
radiotelegráficos foram abrangidos pelo regime da Lei Eloy Chaves.
Em 1930, por meio do Decreto 19.497, foram instituídas as CAPs para os empregados nos 
serviços de força, luz e bondes. 
1.2 Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs)
Até 1930, como visto, a tendência era os regimes previdenciários se organizarem por empresa, 
por meio das CAPs. Na década seguinte, no entanto, houve a unificação das CAPs em Institutos 
de Aposentadorias e Pensões (IAPs). 
 
8 concurseiro.vip
Os IAPs eram autarquias de nível nacional, centralizadas no governo federal, organizadas em 
torno de categorias profissionais.
Enquanto as CAPs eram organizadas por empresas, os IAPs eram organizados por categorias 
profissionais.
1.3 FUNRURAL
Em 1963, tem início a proteção social na área rural: a Lei 4.214/63 criou o Fundo de Assistência 
ao Trabalhador Rural (FUNRURAL). 
1.4 Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)
Em 1º de janeiro de 1967, com o surgimento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), 
foram unificados os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs). 
O INPS foi criado pelo Decreto-Lei 72/66. Este decreto-lei é de 21/11/1966, mas só entrou 
em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao de sua publicação, ou seja, no dia 
01/01/1967.
1.6 Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS)
Em 1977, por meio da Lei 6.439, foi instituído o Sistema Nacional de Previdência e Assistência 
Social (SINPAS), que agregava as seguintes entidades:
 • INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, que tratava da concessão e manutenção 
dos benefícios;
 • IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, que 
cuidava da arrecadação, da fiscalização e da cobrança das contribuições previdenciárias;
 • INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, que prestava 
assistência médica;
 • LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência, que prestava assistência social à população 
carente;
 • FUNABEM – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor, que executava a política voltada 
para o bem-estar do menor;
 • DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social, que cuida do 
processamento de dados da previdência Social;
 • CEME – Central de Medicamentos, que distribuía medicamentos, gratuitamente ou a baixo 
custo. 
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9concurseiro.vip
1.7 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS
A Lei 8.029, de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, mediante a 
fusão do IAPAS com o INPS. O INSS é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do 
Desenvolvimento Social e Agrário.
2. Conceito de Organização
A Seguridade Social, nos termos do art. 194 da Constituição Federal, “compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
 
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2.1 Regime Geral de Previdência Social
Nos termos do art. 201 da Constituição Federal, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) 
tem caráter contributivo e é de filiação obrigatória. Esse é o regime de previdência mais amplo, 
responsável pela proteção da grande maioria dos trabalhadores brasileiros. As regras relativas 
ao RGPS serão detalhadas nos capítulos seguintes.
2.2 Regimes Próprios de Previdência Social dos servidores públicos e militares
Os beneficiários de Regime Próprio de Previdência Social – RPPS são 
 • Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (CF, art. 40)
 • Magistrados (CF, art. 93, VI)
 • Membros do Ministério Público (CF, 129, §4º)
 • Ministros e conselheiros de Tribunais de Contas (CF, arts. 73, §3º e 75)
 • Militares (CF, arts. 42, §1º e 142, §3º, X) 
2.3 Previdência Complementar
O Regime de Previdência Complementar é facultativo. A pessoa tem a possibilidade de entrar 
no sistema, de nele permanecer e dele retirar-se, dependendo de sua vontade
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3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Constituição Federal
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, 
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – eqüidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos 
órgãos colegiados. 
CAPÍTULO II – LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
1. Fontes do Direito Previdenciário
Nos sistemas de direito escrito, como o nosso, a principal fonte do direito é a lei, entendida 
como ato emanado do Poder Legislativo. As outras fontes apenas subsidiam a fonte principal.
 
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2. Hierarquia
A hierarquia das normas é a ordem de graduação entre estas, segundo uma escala decrescente, 
na qual a norma superior é substrato de validade da norma inferior. A norma superior prevalece 
sobre a inferior. A legislação previdenciária, portanto, é submetida à seguinte hierarquia:
1º Constituição Federal e Emendas Constitucionais;
2º Lei complementar, lei ordinária, medida provisória, lei delegada, decretos legislativos, 
resoluções do Senado e tratados internacionais;
3º Decretos (editados pelo presidente da República);
4º Portarias (expedidas pelo ministro da Previdência ou da Fazenda);
5º Outras normas internas da administração (instruções normativas, ordens de serviço etc.).
Os tratados internacionais, via de regra, possuem status de lei ordinária.
Já os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (CF, art. 5º, § 3º).
De acordo com o art. 85-A da Lei nº 8.212/91, “os tratados, convenções e outros acordos 
internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, 
e que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei especial”. (critério da 
especialidade).
3. Autonomia 
Do ponto de vista científico, não se deve falar em autonomia de nenhum ramo do Direito, que 
é uno.
Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o Direito em ramos, com o objetivo de facilitar 
o estudo.
Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há duas teorias: (1) previdência social 
encontra-se no âmbito do Direito do Trabalho; (2) autonomia didática deste ramo do Direito.
Todavia, o entendimento dominante é que há autonomia do Direito Previdenciário, mostrando 
que esse ramo do Direito não se confunde com o Direito do Trabalho. 
4. Aplicação
Havendo duas ou mais normas sobre a mesma matéria, começa a surgir o problema de qual 
deve ser aplicada. 
Estes conflitos são resolvidos através dos critérios da hierarquia, da especialidade e da 
cronologia.
 • Hierarquia: a norma superior prevalece sobre a inferior.
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 • Especialidade: a norma específica prevalece sobre a genérica.
 • Cronologia, a norma posterior prevalece sobre a anterior.
5. Vigência
Vigência é o período que vai do momento em que a norma entra em vigor até o momento em 
que é revogada, ou em que se esgota o prazo prescrito para sua duração.
Se a lei expressamente determinar, sua vigência pode iniciar na data de sua publicação, o que é 
muito comum ocorrer.
Todavia, o início de sua vigência pode ser postergado. De acordo com o art. 1º do Decreto-
Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro), uma lei começa a ter 
vigência em todo o país 45 dias depois de publicada, salvo se dispuser de outro modo (o que, 
geralmente, acontece).
Se, publicada a lei, sua vigência só tiver início em data futura, dá-se o vacatio legis (período 
compreendido entre a data da publicação até sua entrada em vigor). Durante o vacatio legis, 
a norma já é válida (já pertence ao ordenamento), mas não é vigente. Assim, nesse período, 
ela convive com normas que lhe são contrárias, que continuam válidas e vigentes até que ela 
própria comece a viger, quando, então, as outras estarão revogadas.
6. Interpretação
Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica. Os estudiosos enumeram, co-
mumente, os seguintes métodos de interpretação:
 • Gramatical (ou literal) – exame do texto normativo sob o ponto de vista linguístico, anali-
sando a pontuação, colocação das palavras na frase, a sua origem etimológica etc. (Ex.: art. 
65 da Lei 8.213/91).
 • Sistemática – parte do pressuposto de que uma lei não existe isoladamente. A lei pertence 
a um ordenamento jurídico (Ex.: idade do segurado facultativo)
 • Histórica – baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, do processo legislativo, a 
fim de descobrir o seu exato significado (Ex. CF, art. 201, § 7º).
 • Teleológica (ou finalista) – busca descobrir o fim almejado pelo legislador; a finalidade que 
se pretendeu atingir com a norma.
7. Integração
Integração é a busca de outra norma, aplicável, por adaptação, ao caso concreto, na ausência 
de norma específica. As ferramentas utilizadas na integração são:
 • Analogia – aplica-se lei que regula um caso semelhante (EX.: CF, art. 40, § 4º).
 
14 concurseiro.vip
 • Princípios gerais do direito (Ex: igualdade perante a lei (CF, art. 5º, caput); contraditório e 
ampla defesa (CF, art. 5º, LV); Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza; Ninguém 
está obrigado ao impossível).
 • Equidade – usada para amenizar e humanizar o direito. Quando autorizado a decidir por 
equidade, o juiz aplicará a norma que estabeleceria se fosse legislador.
CAPÍTULO III – BENEFICIÁRIOS DO RGPS: SEGURADOS E DEPENDENTES
1. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
1.1. SEGURADO EMPREGADO
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, 
sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação 
específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal 
regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, 
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excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela 
legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou 
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, 
salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa 
brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, 
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a 
regime próprio de previdência social ;
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, 
salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a 
regime própriode previdência social; 
1.2. SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO
Empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa 
e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por 
mais de 2 (dois) dias por semana (LC 150/2015, art. 1º).
É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, 
de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e 
com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. 
1.3. SEGURADO TRABALHADOR AVULSO
REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
[...]
VI – como trabalhador avulso – aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza 
urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação 
obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 
1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados:
a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de 
carga, vigilância de embarcação e bloco;
b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
 
16 concurseiro.vip
d) o amarrador de embarcação;
e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
f) o trabalhador na indústria de extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos.
1.4. SEGURADO ESPECIAL
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
[...]
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado 
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda 
que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, 
comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do 
caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal 
meio de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal 
meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este 
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, 
trabalhem com o grupo familiar respectivo. 
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Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da 
família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo 
familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de 
empregados permanentes (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 1º).
Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores 
de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades 
rurais do grupo familiar (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 6º).
O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de 
trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 pessoas por 
dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em ho-
ras de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência 
da percepção de auxílio-doença (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 7º).
De acordo com o § 14 do art. 9º do RPS, considera-se pescador artesanal aquele que, indivi-
dualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio 
principal de vida, desde que:
I – não utilize embarcação; ou
II – utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009. 
De acordo com o § 14-A do art. 9º do RPS, considera-se assemelhado ao pescador artesanal 
aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e 
de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou 
atuando no processamento do produto da pesca artesanal. 
OBSERVAÇÃO: Em regra, o MEI é contribuinte individual. No entanto, o empreendedor que 
exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito ru-
ral que efetuar seu registro como Microempreendedor Individual – MEI não perderá a condição 
de segurado especial da Previdência Social (LC 123/06, art. 18-E, §5º).
1.5. SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
[...]
V – como contribuinte individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer títu-
lo, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, 
quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com au-
xílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9º e 10 
deste artigo;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral – garimpo, em 
caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem 
o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
 
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c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação 
ou de ordem religiosa;
d) (Revogado pela Lei nº 9.876, de 26.11.1999)
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil 
é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime 
próprio de previdência social;
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de con-
selho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio 
gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa 
urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou en-
tidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para 
exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais em-
presas, sem relação de emprego;
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com 
fins lucrativos ou não.
2. SEGURADO FACULTATIVO
Pode filiar-se ao RGPS como segurado facultativo, mediante contribuição, a pessoa física maior 
de 16 anos de idade, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que implique filia-
ção obrigatória a qualquer regime de previdência social no País.
É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de 
regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e des-
de que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. 
A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente 
a partir da inscrição e do primeiro recolhimento.
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A inscrição do segurado facultativo não pode retroagir, não sendo permitido o pagamento de 
contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.
Após a inscrição, o seguradofacultativo somente poderá recolher contribuições em atraso 
quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado.
O Regulamento da Previdência Social (art. 11, § 1º) apresenta a seguinte lista exemplificativa de 
pessoas que podem filiar-se na qualidade de segurado facultativo:
I – a dona-de-casa;
II – o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III – o estudante; 
IV – o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V – aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI – o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei 8.069/90, quando não esteja 
vinculado a qualquer regime de previdência social;
VII – o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei 11.788/08;
VIII – o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-
-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a 
qualquer regime de previdência social;
IX – o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regi-
me de previdência social;
X – o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de 
país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
XI – o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, 
preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem inter-
mediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por 
conta própria.
3. Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado
De acordo com o art. 15 da Lei 8.213/91 e com o art. 13 do RPS, mantém a qualidade de segu-
rado, independentemente de contribuições:
I – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II – até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das con-
tribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência 
social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III – até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segre-
gação compulsória;
IV – até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
 
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V – até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para 
prestar serviço militar;
VI – até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já 
tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a 
perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado de-
sempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério 
do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Pre-
vidência Social.
RPS, Art. 14. O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos fixa-
dos no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual 
relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.
4. Dependentes
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado:
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, 
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou 
deficiência grave;
II – os pais;
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido 
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às pres-
tações os das classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e 
desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união 
estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição 
Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais 
deve ser comprovada.
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5. Filiação e Inscrição
Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para Previdência Social e 
esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
Para o segurado obrigatório – a filiação decorre automaticamente, do exercício de atividade 
remunerada.
Para o segurado facultativo – a filiação decorre da inscrição formalizada com o pagamento da 
primeira contribuição.
Inscrição é a formalização do cadastramento do segurado junto ao Regime Geral de Previdência 
Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à 
sua caracterização. Pode-se dizer que a inscrição é o ato que materializa a filiação.
Incumbe ao dependente promover a sua inscrição quando do requerimento do benefício a que 
estiver habilitado (Lei 8.213/91, art. 17, §1º). 
CAPÍTULO IV – PRESTAÇÕES DO RGPS: 
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS
 
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1. Carência
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que 
o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses 
de suas competências.
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende 
dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 
180 contribuições mensais.
III – salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III 
será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto 
foi antecipado.
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I – pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
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II – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza 
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, 
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, 
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que 
lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III – os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos 
no inciso VII do art. 11 desta Lei;
IV – serviço social;
V – reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada 
doméstica.
Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições:
I – referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social 
(RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores 
avulsos;
II – realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, 
não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a 
competênciasanteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, 
referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13.
Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos 
benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência 
Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.
2. Salário de benefício (SB)
Salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal inicial dos benefícios, 
exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e o auxílio-reclusão. 
 
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3. Fator previdenciário
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4. Benefícios do RGPS
Aposentadoria por invalidez
Fato gerador
Incapacidade permanente e total para o trabalho e insuscetível de reabilitação 
para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Beneficiários Todos 
os segurados.
Carência
Em regra, 12 contribuições mensais. Todavia, quando a invalidez for decorrente de 
acidente, doença profissional ou do trabalho ou de alguma doença especificada 
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, não será 
exigida a carência.
 
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Renda mensal 
inicial
I- Não precedida de auxílio-doença – 100% do SB;
II – Precedida de auxílio-doença – 100% do SB que serviu de base para o cálculo 
da renda mensal inicial do auxílio-doença, reajustado pelos mesmos índices de 
correção dos benefícios em geral;
Será acrescida de 25%, se o segurado necessitar da assistência permanente de 
outra pessoa. Nesse caso, poderá ultrapassar o limite máximo do salário de 
contribuição.
Data do início do 
benefício
I – Precedida de auxílio-doença – dia imediato ao da cessação do auxílio-doença.
II – Não precedida de auxílio-doença:
a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade 
ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a 
entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e
b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da 
data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 
dias.
Cessação do 
benefício
Retorno voluntário à atividade;
Recuperação da capacidade laborativa; e
Morte do segurado.
Aposentadoria por idade
Fato gerador
Idade de 65 anos, se homem, ou 60, se mulher.
A idade será reduzida para 60 anos, se homem, ou 55, se mulher, para o trabalhador 
rural, para o segurado especial e para o garimpeiro que trabalha em regime de 
economia familiar (CF, art. 201, §7º, II).
Beneficiários Todos os segurados
Carência Em regra, 180 contribuições mensais. Para os segurados inscritos até 24/07/91, observa-se a regra de transição prevista no art. 142 da Lei 8.213/91.
Renda mensal 70% do SB + 1% do SB para cada grupo de 12 contribuições mensais, não podendo superar 100% do SB.
Início do 
benefício
I – Para os segurados empregado e empregado doméstico:
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerido no prazo de 
90 dias, contados da data do desligamento; ou
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego 
ou quando for requerida depois de 90 dias, contados da data do desligamento.
II – Para os demais segurados, a partir da data de entrada do requerimento.
Cessação do 
benefício Somente com a morte do segurado.
Aposentadoria por tempo de contribuição
Fato gerador
Homem: 35 anos de contribuição. Mulher: 30 anos de contribuição. Há redução 
de 5 anos para o professor ou a professora que comprove, exclusivamente, tempo 
de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino 
fundamental ou no ensino médio (CF, art. 201, §8º).
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Beneficiários
Todos os segurados têm direito.
Todavia, é necessário que duas ressalvas sejam feitas:
1. O segurado especial só tem direito a este benefício se contribuir, facultativamente, 
com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição.
2. O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação 
de trabalho com empresa ou equiparado, o microempreendedor individual e o 
segurado facultativo que contribuam com a alíquota de 11% ou 5% sobre um 
salário mínimo, não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição (Lei 
8.213/91, art. 18, §3º).
Carência Em regra, 180 contribuições mensais. Para os segurados inscritos até 24/07/91, observa-se a regra de transição prevista no art. 142 da Lei 8.213/91.
Renda mensal 100% do salário de benefício.
Início do 
benefício
I – Para os segurados empregado e empregado doméstico:
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerido no prazo de 
90 dias, contados da data do desligamento; ou
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego 
ou quando for requerido depois de 90 dias, contados da data do desligamento.
II – Para os demais segurados, a partir da data de entrada do requerimento.
Cessação do 
benefício Somente com a morte do segurado.
Aposentadoria Especial
Fato gerador Exposição contínua e habitual a agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos, prejudiciais à saúde ou à integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos.
Beneficiários
Segurados empregados e trabalhador avulso;
O cooperado, filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, embora seja 
contribuinte individual, também tem direito ao benefício.
Carência Em regra, 180 contribuições mensais. Para os segurados inscritos até 24/07/91, observa-se a regra de transição prevista no art. 142 da Lei 8.213/91.
Renda mensal 100% do salário de benefício.
Início do 
benefício
I – Para o segurado empregado:
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerido no prazo de 
90 dias, contados da data do desligamento; ou
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego 
ou quando for requerido depois de 90 dias, contados da data do desligamento.
II – Para o trabalhador avulso e o cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou 
de produção: a partir da data do requerimento.
Cessação do 
benefício
Em regra, com a morte do segurado, mas também cessará se o segurado retornar 
a atividade que o sujeite aos agentes nocivos, que prejudiquem sua saúde ou 
integridade física.
 
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Aposentadoria da pessoa com deficiência
Fato gerador
I – 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso 
de segurado com deficiência grave;
II – 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso 
de segurado com deficiência moderada;
III – 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso 
de segurado com deficiência leve; ou
IV – 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, independentemente 
do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 
anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. 
Beneficiários Todos os segurados que, mediante perícia própria do INSS, sejam considerados como pessoas com deficiência.
Carência 180 contribuições mensais
Renda mensal 
I – No caso da aposentadoria por tempo de contribuição: 100% do SB.
II – No caso da aposentadoria por idade: 70% do SB + 1% do SB para cada grupo 
de 12 contribuições mensais. Não pode superar 100% do SB.
 Auxílio-doença
Fato gerador Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. 
Beneficiários Todos os segurados.
Carência
Em regra, 12 contribuições mensais. Todavia, quando a incapacidade for 
decorrente, doença profissional ou do trabalho ou de alguma doença especificada 
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, não será 
exigida a carência.
Renda mensal 
91% do salário de benefício, não podendo exceder a médiaaritmética dos últimos 
12 salários de contribuição ou, se não alcançado o número de 12, a média 
aritmética dos salários de contribuição existentes.
Início do 
benefício
I – ao segurado empregado, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou 
a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de 
entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e
II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada 
do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Cessação do 
benefício
a) Recuperação da capacidade; b) transformação em aposentadoria por invalidez; 
c) transformação em auxílio-acidente ou d) morte do segurado.
 Auxílio-acidente
Fato gerador Sequela decorrente de acidente de qualquer natureza que implique a redução da capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia.
Beneficiários Empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico e segurado especial. 
Carência Não é exigida.
Renda mensal 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença. Pode ser inferior a um salário mínimo. 
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Início do 
benefício A partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença. 
Cessação do 
benefício
a) Aposentadoria do segurado;
b) Morte do segurado; ou
c) Emissão da certidão de tempo de contribuição.
 Salário-família
Fato gerador Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.319,18); e Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido.
Beneficiários
a) Segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso;
b) Aposentado por invalidez ou por idade; e
c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, ou 60 anos de 
idade, se mulheres. 
Carência Não é exigida.
Renda mensal 
Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou 
inválido. O valor da cota é de:
I – R$45,00, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$877,67; 
e
II – R$31,71, para o segurado com remuneração mensal superior a R$877,67 e 
igual ou inferior a R$1.319,18.
Pagamento
Será pago mensalmente:
a) Pela empresa – ao empregado em atividade;
b) Pelo empregador doméstico – ao empregado doméstico em atividade;
c) Pelo sindicato ou OGMO – ao trabalhador avulso em atividade; 
d) Pelo INSS – ao segurado que tenha direito ao salário-família e esteja em gozo 
de auxílio-doença ou aposentadoria.
Início do 
benefício
A partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da 
documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação 
anual de atestado de vacinação obrigatória, até 6 anos de idade, e de comprovação 
semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 anos de 
idade.
Cessação do 
benefício
a) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; b) 
quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, 
a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; c) pela recuperação da 
capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da 
cessação da incapacidade; d) pelo desemprego do segurado; ou e) pela morte do 
segurado.
 Salário-maternidade
Fato gerador a) Parto; b) Aborto não criminoso; ou c) Adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança.
Beneficiários
a) No caso de parto e aborto não criminoso, todas as seguradas do RGPS;
b) No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, todos os 
segurados e todas as seguradas.
 
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Carência
a) Contribuinte individual e facultativa: 10 contribuições mensais.
b) Segurada especial: exercício de atividade rural nos últimos 10 meses anteriores 
à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do 
parto, mesmo que de forma descontínua;
c) Empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica: independe de 
carência.
Renda mensal 
a) Empregada e trabalhadora avulsa: remuneração integral, limitada ao subsídio 
dos ministros do STF;
b) Empregada doméstica: seu último salário de contribuição
c) Segurada especial: um salário mínimo;
d) Contribuinte individual e facultativa: 1/12 da soma dos 12 últimos salários de 
contribuição, apurados em período não superior a 15 meses.
Período de 
duração
I – em caso de parto: 120 dias (com início 28 dias antes e término 91 dias depois 
do parto). Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao 
parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico 
específico.
II – em caso de aborto não criminoso: duas semanas.
III- em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção: 120 dias.
Cessação do 
benefício
a) Após o decurso do prazo legal (período de duração);
b) Pelo óbito do beneficiário (mas há casos em que o benefício passará a ser pago 
ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado);
c) Para a segurada empregada, pela dispensa sem justa causa durante o período 
de estabilidade.
Pagamento do salário-maternidade
Fato gerador Beneficiário Quem paga?
Parto ou aborto não criminoso
Empregada
Regra geral A empresa
Empregada do MEI Previdência Social 
Demais seguradas Previdência Social
Adoção ou guarda judicial para 
fins de adoção Todos os segurados Previdência Social
No caso de falecimento da 
segurada ou segurado que fizer 
jus ao recebimento do salário-
maternidade.
Cônjuge ou companheiro sobrevivente 
que tenha a qualidade de segurado. Previdência Social
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Pensão por morte
Fato gerador
a) Morte do segurado; b) Sentença declaratória de ausência, expedida por 
autoridade judiciária; c) Desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, 
acidente ou desastre, mediante apresentação de prova hábil. Neste caso, é 
dispensada a decisão judicial.
Beneficiários Os dependentes do segurado falecido (respeitada a ordem das classes). 
Carência Não é exigida.
Renda mensal 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.
Início do 
pagamento do 
benefício
I. Regra geral:
a) data do óbito, quando requerido até 90 dias depois deste
b) data do requerimento, quando requerido após os 90 dias
II. Nos casos de morte presumida:
a) data da sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária; 
ou
b) data da ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, 
acidente ou desastre, mediante prova hábil.
Cessação do 
pagamento da 
cota individual
I – pela morte do pensionista;
II – para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 
21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;
III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;
IV – para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento;
V – para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento.
Cessação do 
benefício
a) Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será 
encerrada;
b) No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado, o 
pagamento da pensão cessa imediatamente.
 Auxílio-reclusão
Fato gerador
Recolhimento à prisão do segurado de baixa renda que não receber remuneração 
da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de 
abono de permanência em serviço. 
Beneficiários Os dependentes do segurado recolhido à prisão (respeitada a ordem das classes). 
Carência Não é exigida.
Renda mensal 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão.
Início do 
benefício
Data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 90 dias 
depois desta, ou na data do requerimento, se posterior. 
Período de 
duraçãoO auxílio-reclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou 
recluso.
 
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Suspensão do 
benefício
Os pagamentos do auxílio-reclusão serão suspensos nos casos de:
I – fuga do segurado;
II – opção pelo recebimento do auxílio-doença;
III – o beneficiário deixar de apresentar atestado trimestral de que o segurado 
permanece recolhido à prisão.
Cessação do 
pagamento da 
cota individual
I – pela morte do pensionista;
II – para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 
21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;
III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;
IV – para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento;
V – para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento.
Cessação do 
benefício
I – com a extinção da última cota individual;
II – se o segurado passar a receber aposentadoria;
III – pelo óbito do segurado;
IV – na data da soltura;
V – quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumpri-
mento da pena em regime aberto.
5. Abono anual 
Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-do-
ença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclu-
são (RPS, art. 120). Como fica evidente, o único benefício previdenciário que não dá origem 
ao abono anual é o salário-família. O abono anual também pode ser chamado de gratificação 
natalina (CF, art. 201, §6º).
6. Serviços do RGPS
Serviços são prestações previdenciárias de natureza imaterial postas à disposição dos segura-
dos e dos dependentes do RGPS.159
6.1 Habilitação e reabilitação profissional
A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapa-
citado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios 
para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do merca-
do de trabalho e do contexto em que vive (Lei 8.213/91, art. 89).
6.2 Serviço social
Compete ao serviço social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de 
exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que 
emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição 
como na dinâmica da sociedade (Lei 8.213/91, art. 88).
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O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficiário orientação 
e apoio no que concerne à solução dos problemas pessoais e familiares e à melhoria da sua 
interrelação com a Previdência Social, para a solução de questões referentes a benefícios, bem 
como, quando necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade (RPS, art. 161).
7. Acumulação de benefícios
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes 
benefícios da Previdência Social:
I – aposentadoria e auxílio-doença;
II – mais de uma aposentadoria;
III – aposentadoria e abono de permanência em serviço;
IV – salário-maternidade e auxílio-doença;
V – mais de um auxílio-acidente;
VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção 
pela mais vantajosa;
VII – auxílio-acidente com qualquer aposentadoria;
VIII – auxílio-acidente com auxílio-doença, decorrente do mesmo acidente ou da mesma 
doença que o gerou;
IX – auxílio-reclusão pago aos dependentes, com auxílio-doença, aposentadoria ou abono de 
permanência em serviço do segurado recluso.
CAPÍTULO V – EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO: 
CONCEITO PREVIDENCIÁRIO
1. EMPRESA
O art. 15, I, da Lei 8.212/91 conceitua empresa nos seguintes termos:
Empresa: a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana 
ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração 
pública direta, indireta e fundacional.
Nos termos do parágrafo único do art. 12 do RPS, equiparam-se a empresa:
I – o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço;
II – a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a 
missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras;
 
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III – o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei 8.630/93; e
IV – o proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a 
segurado que lhe presta serviço.
2. EMPREGADOR DOMÉSTICO
O art. 12, II, do RPS conceitua empregador doméstico nos seguintes termos: 
“II – empregador doméstico – aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem 
finalidade lucrativa, empregado doméstico.”
CAPÍTULO VI – FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:
I – receitas da União;
II – receitas das contribuições sociais;
III – receitas de outras fontes.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes 
sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, 
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
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b) a receita ou o faturamento;c
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição 
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata 
o art. 201;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
1. RECEITAS DA UNIÃO
A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados 
obrigatoriamente na Lei Orçamentária Anual (art. 16 da Lei 8.212/91).
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade 
Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da 
previdência social, na forma da Lei Orçamentária Anual (Lei 8.212/91, art. 16, parágrafo único).
O Tesouro Nacional repassará mensalmente recursos referentes às contribuições incidentes 
sobre o faturamento e o lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos, 
destinados à execução do Orçamento da Seguridade Social (Lei 8.21/91, art. 19).
2. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Estão obrigados ao pagamento destas contribuições sociais previdenciárias: os segurados do 
RGPS, a empresa, a entidade equiparada à empresa na forma da lei e o empregador doméstico.
2.1. CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO
A base de cálculo da contribuição do segurado é, em regra, o seu salário-de- contribuição. 
O segurado especial é a exceção: a base de cálculo da contribuição do segurado especial é a 
receita bruta da comercialização de sua produção rural.
2.1.1. EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO
A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada 
mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, 
de forma não-cumulativa (Lei 8.212/91, art. 20). Em valores atualizados, a partir de 01/01/2018, 
a tabela de contribuição destes segurados é a seguinte:
 
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Os valores dos salários-de-contribuição, constantes da tabela acima, serão reajustados na 
mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamentodos benefícios de prestação 
continuada da Previdência Social (Lei. 8.212/91, art. 20, § 1º).
2.1.2. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte 
por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição.
§ 1º Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a partir da data de entrada em 
vigor desta Lei , na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos 
benefícios de prestação continuada da Previdência Social.
§ 2º No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de 
contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de 
contribuição será de:
I – 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto no 
inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado 
e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste parágrafo;
II – 5% (cinco por cento):
a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 
123, de 14 de dezembro de 2006; e 
b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho 
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda.
§ 3º O segurado que tenha contribuído na forma do § 2º deste artigo e pretenda contar o 
tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo 
de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 
94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal 
mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-
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contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual 
pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 5º 
da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
§ 4º Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na alínea b do inciso II do § 2º 
deste artigo, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – 
CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos.
§ 5º A contribuição complementar a que se refere o § 3º deste artigo será exigida a qualquer 
tempo, sob pena de indeferimento do benefício.
[...]
Art. 30 …………………………………….
§ 4º Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá 
deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, 
efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago 
ou creditado, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição.
REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 216 ...........................
§ 26. A alíquota de contribuição a ser descontada pela empresa da remuneração paga, devida 
ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário-de-
contribuição, é de onze por cento no caso das empresas em geral e de vinte por cento quando se 
tratar de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais.
2.1.3. SEGURADO ESPECIAL
De acordo com o art. 25 da Lei 8.212/91, a contribuição do segurado especial destinada à 
Seguridade Social, é de:
I – 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização 
da sua produção;
II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento 
das prestações por acidente do trabalho.
§ 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida no 
caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei.
 
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2.2. CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA E EQUIPARADOS
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 
23, é de:
I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer 
título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem ser-
viços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os 
ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, 
quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou 
tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo cole-
tivo de trabalho ou sentença normativa.
II – para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho 
de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa 
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou credi-
tadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes 
do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado grave.
III – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no 
decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
§ 1º No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, cai-
xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito 
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de 
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arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitali-
zação, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada 
abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contri-
buição adicional de dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e 
III deste artigo.
[...]
§ 6º A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol pro-
fissional destinada à Seguridade Social, em substituição à prevista nos incisos I e II deste artigo, 
corresponde a cinco por cento da receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de que 
participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos in-
ternacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, 
publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos. 
§ 7º Caberá à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de 
cinco por cento da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo recolhi-
mento ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo de até dois dias úteis após a realização 
do evento.
§ 8º Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional informar à 
entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento, discrimi-
nando-as detalhadamente.
§ 9º No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional receber 
recursos de empresa ou entidade, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e 
símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos, esta última ficará com a res-
ponsabilidade de reter e recolher o percentual de cinco por cento da receita bruta decorrente 
do evento, inadmitida qualquer dedução, no prazo estabelecido na alínea “b”, inciso I, do art. 
30 desta Lei.§ 10. Não se aplica o disposto nos §§ 6º ao 9º às demais associações desportivas, que devem 
contribuir na forma dos incisos I e II deste artigo e do art. 23 desta Lei. 
[...]
§ 13. Não se considera como remuneração direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, os va-
lores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro 
de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em con-
dições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado. 
§ 14. Para efeito de interpretação do § 13 deste artigo:
I – os critérios informadores dos valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições 
de ensino vocacional aos ministros de confissão religiosa, membros de vida consagrada, de 
congregação ou de ordem religiosa não são taxativos e sim exemplificativos;
II – os valores despendidos, ainda que pagos de forma e montante diferenciados, em pecúnia 
ou a título de ajuda de custo de moradia, transporte, formação educacional, vinculados exclusi-
vamente à atividade religiosa não configuram remuneração direta ou indireta.
 
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§ 15. Na contratação de serviços de transporte rodoviário de carga ou de passageiro, de servi-
ços prestados com a utilização de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e asseme-
lhados, a base de cálculo da contribuição da empresa corresponde a 20% (vinte por cento) do 
valor da nota fiscal, fatura ou recibo, quando esses serviços forem prestados por condutor au-
tônomo de veículo rodoviário, auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, bem como 
por operador de máquinas.
Art. 22-A. A contribuição devida pela agroindústria, definida, para os efeitos desta Lei, como sen-
do o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção 
própria ou de produção própria e adquirida de terceiros, incidente sobre o valor da receita bruta 
proveniente da comercialização da produção, em substituição às previstas nos incisos I e II do art. 
22 desta Lei, é de:
I – dois vírgula cinco por cento destinados à Seguridade Social;
II – zero vírgula um por cento para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da 
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de 
incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos ambientais da atividade.
[...]
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica às sociedades cooperativas e às agroindústrias de 
piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura.
[...]
Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que 
tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a 
do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:
I – 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização 
da sua produção;
II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento 
das prestações por acidente do trabalho.
[...]
§ 13. O produtor rural pessoa física poderá optar por contribuir na forma prevista no caput 
deste artigo ou na forma dos incisos I e II do caput do art. 22 desta Lei, manifestando sua opção 
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro de 
cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e será irretratá-
vel para todo o ano-calendário. (Este parágrafo entrará em vigor no dia 01/01/2019)
LEI Nº 8.870, DE 15 DE ABRIL DE 1994.
Art. 25. A contribuição devida à seguridade social pelo empregador, pessoa jurídica, que se dedique 
à produção rural, em substituição à prevista nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de ju-
lho de 1991, passa a ser a seguinte: (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 9.7.2001)
I – 1,7% (um inteiro e sete décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização 
da sua produção;
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II – um décimo por cento da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção, 
para o financiamento da complementação das prestações por acidente de trabalho.
[...]
§ 7º O empregador pessoa jurídica poderá optar por contribuir na forma prevista no caput 
deste artigo ou na forma dos incisos I e II do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991, manifestando sua opção mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha 
de salários relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da 
atividade rural, e será irretratável para todo o ano- calendário.” (Este parágrafo entrará em vi-
gor no dia 01/01/2019)
LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
Art. 18-C. Observado o disposto no caput e nos §§ 1º a 25 do art. 18-A desta Lei Complementar, po-
derá enquadrar-se como MEI o empresário individual ou o empreendedor que exerça as atividades 
de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que possua um único 
empregado que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissio-
nal.
§ 1º Na hipótese referida no caput, o MEI:
[...]
III – está sujeito ao recolhimento da contribuição de que trata o inciso VI do caput do art. 13, 
calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput, na 
forma e prazos estabelecidos pelo CGSN.
LEI Nº 12.546, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011.
Art. 7º Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os des-
contos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do 
caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991:
I – as empresas que prestam os serviços referidos nos §§ 4º e 5º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 
17 de setembro de 2008;
II – as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacio-
nal de Atividades Econômicas – CNAE 2.0;
III – as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, munici-
pal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional en-
quadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0.
IV – as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da 
CNAE 2.0;
V – as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-
4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0;
VI – as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 
4912-4/03 da CNAE 2.0; 
VII – as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 
429 e 431 da CNAE 2.0.
 
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[...]
Art. 7º-A. A alíquota da contribuição sobre a receita bruta prevista no art. 7º será de 4,5% (quatro 
inteiros e cinco décimos por cento), exceto para as empresas de call center referidas no inciso I, que 
contribuirão à alíquota de 3% (três por cento), e para as empresas identificadas nos incisos III, V e 
VI, todos do caput do art. 7º, que contribuirão à alíquota de 2% (dois por cento).
Art. 8º Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os des-
contos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do 
caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos 
classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos re-
feridos no Anexo I. 
[...]
§ 3º O disposto no caput também se aplica às empresas:
I – de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correla-
tos;
II – de transporte aéreo de carga e de serviços auxiliares ao transporte aéreo de carga;
III – de transporte aéreo de passageiros regular e de serviçosauxiliares ao transporte aéreo de 
passageiros regular;
IV – de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;
V – de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;
VI – de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;
VII – de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;
VIII – de transporte por navegação interior de carga;
IX – de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e
X – de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário.
XI – de manutenção e reparação de embarcações;
XII – de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II desta Lei;
XIII – que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos or-
ganizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0;
XIV – de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0;
XV – de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e
XVI – jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610, 
de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 
5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0.
XVII – de transporte por navegação de travessia, enquadradas na classe 5091-2 da CNAE 2.0;
[...]
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Art. 8º-A. A alíquota da contribuição sobre a receita bruta prevista no art. 8º será de 2,5% (dois 
inteiros e cinco décimos por cento), exceto para as empresas constantes dos incisos II a IX e XIII a 
XVI do § 3º do art. 8º e para as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi nos códigos 
6309.00, 64.01 a 64.06 e 87.02, exceto 8702.90.10, que contribuirão à alíquota de 1,5% (um inteiro 
e cinco décimos por cento), e para as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi nos 
códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 02.10.1, 0210.99.00, 03.03, 03.04, 0504.00, 05.05, 
1601.00.00, 16.02, 1901.20.00 Ex 01, 1905.90.90 Ex 01 e 03.02, exceto 0302.90.00, que contribui-
rão à alíquota de 1% (um por cento).
LEI Nº 10.666, DE 8 DE MAIO DE 2003.
Art. 10. A alíquota de contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do 
benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de 
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até 
cinqüenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em 
razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em con-
formidade com os resultados obtidos a partir dos índices de freqüência, gravidade e custo, calcula-
dos segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social.
REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 202-A. As alíquotas constantes no inciso II do art. 22 da Lei 8.212/91 serão reduzidas em até 
50% ou aumentadas em até 100%, em razão do desempenho da empresa em relação à sua respec-
tiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção – FAP.
§ 1º O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo contínuo de cinco décimos 
(0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com quatro casas decimais, considerado o critério de 
arredondamento na quarta casa decimal, a ser aplicado à respectiva alíquota.
§ 2º Para fins da redução ou majoração a que se refere o caput, proceder-se-á à discriminação 
do desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, a partir da criação de 
um índice composto pelos índices de gravidade, de frequência e de custo que pondera os res-
pectivos percentis com pesos de cinquenta por cento, de trinta cinco por cento e de quinze por 
cento, respectivamente.
§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
§ 4º Os índices de freqüência, gravidade e custo serão calculados segundo metodologia aprova-
da pelo Conselho Nacional de Previdência Social, levando-se em conta:
I – para o índice de freqüência, os registros de acidentes e doenças do trabalho informados 
ao INSS por meio de Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT e de benefícios acidentários 
estabelecidos por nexos técnicos pela perícia médica do INSS, ainda que sem CAT a eles vincu-
lados;
II – para o índice de gravidade, todos os casos de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentado-
ria por invalidez e pensão por morte, todos de natureza acidentária, aos quais são atribuídos 
pesos diferentes em razão da gravidade da ocorrência, como segue:
a) pensão por morte: peso de cinquenta por cento;
b) aposentadoria por invalidez: peso de trinta por cento; e
 
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c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso de dez por cento para cada um; e
III – para o índice de custo, os valores dos benefícios de natureza acidentária pagos ou devidos 
pela Previdência Social, apurados da seguinte forma:
a) nos casos de auxílio-doença, com base no tempo de afastamento do trabalhador, em meses 
e fração de mês; e
b) nos casos de morte ou de invalidez, parcial ou total, mediante projeção da expectativa 
de sobrevida do segurado, na data de início do benefício, a partir da tábua de mortalidade 
construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE para toda a 
população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.
§ 5º O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, sempre no mesmo mês, no 
Diário Oficial da União, os róis dos percentis de frequência, gravidade e custo por Subclasse 
da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e divulgará na rede mundial de 
computadores o FAP de cada empresa, com as respectivas ordens de freqüência, gravidade, 
custo e demais elementos que possibilitem a esta verificar o respectivo desempenho dentro da 
sua CNAE-Subclasse.
§ 6º O FAP produzirá efeitos tributários a partir do primeiro dia do quarto mês subseqüente ao 
de sua divulgação.
[...]
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, 
ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.
[...]
§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da 
contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas 
alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade 
exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial 
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração 
do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput.
Resumo das contribuições previdenciárias patronais
I – Empresas em geral (Lei 8.212/91, art. 22)
Base de cálculo
Alíquotas
Seguridade social RAT
Total das remunerações pagas, devidas ou 
creditadas aos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos.
20% (1%, 2% ou 3%) X FAP
Total das remunerações pagas ou creditadas aos 
segurados contribuintes individuais. 20% -
INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Previdenciário – Prof. Hugo Goes
45concurseiro.vip
II – Instituições financeiras (Lei 8.212/91, art. 22, § 1º)
Base de cálculo
Alíquotas
Seguridade social RAT
Total das remunerações pagas, devidas ou 
creditadas aos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos.
22,5% (1%, 2% ou 3%) X FAP
Total das remunerações pagas ou creditadas 
aos segurados contribuintes individuais. 22,5% -
III – Empregador rural pessoa física (Lei 8.212/91, art. 25)
Base de cálculo
Alíquotas
Seguridade social RAT
Receita bruta proveniente da comercialização 
da sua produção. 1,2% 0,1%
Total das remunerações pagas ou creditadas 
aos segurados contribuintes individuais. 20% -
IV – Produtor rural

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