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1597950552E-book-Diastase-2020

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[E-BOOK]
Diástase
Prevenção e tratamento
Ola, sou Janaina Cintas
Criadora dos cursos Biomecânica do Pilates, Avaliação Postural, 
Cadeias Musculares, ABC da Fáscia, Atualizações Científicas do 
Power House e Método Abdominal Hipopressivo.
Sou Fisioterapeuta graduada há 26 anos pela Universidade da 
Cidade de São Paulo e tenho formação em Cadeias Fisiológicas 
do Método Busquet, Reeducação Postural Global (RPG) de 
Philippe Souchard, Método Pilates e Pilates Aéreo na Escola 
Internacional de Madrid, na Espanha. 
Espero que este e-book sirva como um guia para que você 
entende o que é e como tratar diástases em seus alunos e 
pacientes. Ter diástase pode não ser “normal”, tampouco 
apenas uma questão estética. E é seu dever como 
profissional solucionar este problema em seus clientes.
Gostaria de te parabenizar por ter chego até aqui e 
te desejo uma excelente leitura!
Antes de iniciar a leitura deste e-book, 
preciso que preste atenção no recado abaixo:
[MINICURSO GRATUITO]
DIÁSTASE:
Avaliação, Prevenção e Tratamento
07, 08 e 09 de setembro, às 21h
3 aulas gravadas e 3 aulas AO VIVO 
dias 7 a 9 de setembro, às 21h.
Para participar, clique no botão e se inscreva! 
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Diástase: Prevenção e Tratamento
Diástase: Prevenção e 
Tratamento
Tratar diástases abdominais parece fácil para muitos profissionais. 
Alguns imaginam que, por se tratar de uma frouxidão excessiva na 
linha alba (com instabilidade dela) basta fortalecer as musculaturas 
abdominais.
O que esquecemos quando temos esse tipo de visão é um dos 
motivos que podem levar à formação da diástase abdominal. 
Vários conceitos vêm mudando na aérea do movimento e este é 
mais um deles.
Sabemos que podem existir diversas causas e, neste e-book, nós 
vamos conhecer as quatro principais delas, os tipos de diástase e 
também compreender um pouco mais o corpo ao falarmos desta 
disfunção.
Através desse conhecimento, conseguimos trabalhar de maneira 
completa com o aluno e proporcionar maiores resultados. 
Vamos entender isso melhor?
Diástase
Segundo Torstein Lien, a diástase é um afastamento inteligente das 
paredes do músculo reto abdominal para acomodar as alterações 
viscerais e pressóricas dentro da fáscia transversallis (antigo 
peritônio visceral), sendo considerada uma disfunção importante 
quando esse afastamento é mantido acima de 3 cm. 
Causas
1. Alterações da gravidez
Durante a gravidez, o corpo da mulher aproveita o crédito de 
frouxidão da linha alba para garantir espaço para as vísceras e para 
o crescimento do bebê. 
Durante esse período, será necessário utilizar as cadeias 
musculares cruzadas de extensão para manter a postura correta e 
sem dores, pois as cadeias flexoras estarão em relaxamento para 
acomodar o aumento pressórico.
Por conta de tais adaptações na estática da gestante, ela terá seu 
ponto de apoio localizado na região torácica. 
Diástases que surgem após a gravidez acontecem porque o 
corpo ainda não eliminou essas necessidades gestacionais. Será 
necessário tratá-la através da região torácica e flexibilizar os 
músculos largos do abdômen para evitar a tração da linha alba.
Diástase: Prevenção e Tratamento
Diástase: Prevenção e Tratamento
2. Conforto das vísceras
Todas as adaptações do corpo têm como foco garantir o conforto das 
vísceras. 
Caso exista necessidade, o corpo aproveita da maior frouxidão da 
linha alba para acomodar as vísceras de maneira mais confortável. 
Para realizar o tratamento desses casos, precisaremos descobrir o 
que ocasionou o problema e corrigi-lo. Uma disfunção no sistema 
estomatognático causado por maus hábitos alimentares pode ser 
uma das causas, dentro tantos outros.
3. Contração excessiva dos músculos do abdômen
A musculatura abdominal possui diversas funções. Muitas vezes a 
pessoa realiza uma contração excessiva dessas musculaturas até na 
prática atividade física, levando a um aumento da PIA e comprimindo 
as vísceras. 
Como falei antes, o corpo sempre buscará o conforto das vísceras, 
fazendo com que ocorra a distensão da linha alba. Portanto 
alguns abdominais que diminuam a área interna podem gerar essa 
disfunção também.
Diástase: Prevenção e Tratamento Diástase: Prevenção e Tratamento
4. Aumento da pressão intra-abdominal
Boa parte dos pacientes que encontramos com diástases abdominais 
apresentam uma pressão intra-abdominal aumentada cronicamente.
Tipos de Diástase: 
Funcionais ou Fisiológicas
As diástases na gravidez promovem um crédito de largura ou 
frouxidão supra umbilical com a função de amortecer as importantes 
e constantes variações pressóricas intra-abdominais para:
• Fenômenos hemodinâmicos; 
• Fenômenos digestórios;
• Permitir o aumento de pressão gerado na gravidez.
Isso explica por que o transverso do abdômen passa a frente na linha 
infra umbilical e atrás na linha supra umbilical. Ele deve proteger 
sua principal ação, que é a fonação. Se passasse à frente da linha 
alba da região supra umbilical, o transverso perderia sua função de 
fonação com o processo fisiológico da gravidez. 
Na gravidez, é através dessa folga que o bebê será gerado 
recrutando as cadeias musculares cruzadas posteriores ou de 
extensão para manter sua postura. 
O diafragma diminui sua excursão durante a respiração na gravidez. 
O motivo é o aumento do útero durante o crescimento do bebê, para 
evitar que a pressão intra-abdominal aumente ainda mais. Quanto 
mais o útero aumenta, menos o diafragma desce, porem as cadeias 
cruzadas de extensão ou de abertura são recrutadas. 
Diástase: Prevenção e Tratamento
Assim, a diástase abdominal fisiológica é aumentada. A linha alba, 
junto dos retos abdominais, são os grandes maestros que permitem 
a distribuição de forças pressóricas durante o processo gestacional 
entre os hemicorpos. 
A gestante encontrará então para sua estática um importante 
ponto de apoio na região torácica. Os músculos abdominais têm 
papel significativo na atividade respiratória, principalmente durante 
a fase expiratória (fásica). Isso pôde ser observado por meio da 
eletroneuromiografia. No teste, se obtém o aumento da atividade 
elétrica destes músculos durante a expiração e declínio durante a 
inspiração.
Tipos de Diástase: 
Não Fisiológicas
Diante dos resultados obtidos sobre a resposta sinérgica abdômino-
pélvica, observa-se que tanto a atividade perineal quanto a 
abdominal são influenciáveis pelo padrão respiratório imposto. 
Assim sendo, a manobra que demonstrou melhor estimular tal ação 
sinérgica foi a execução da expiração. 
Já aquela que mostrou praticamente nenhuma resposta sinérgica 
entre os grupos musculares estudados foi a inspiração. 
Segundo o artigo The Myth of Core Stability (O Mito da Estabilização 
do Tronco), o autor relata que o transverso do abdômen tem várias 
funções na postura ereta. A estabilidade é uma delas, mas está em 
sinergia com os outros músculos da parede abdominal. 
Diástase: Prevenção e Tratamento Diástase: Prevenção e Tratamento
Ele atua no controle da pressão da cavidade abdominal para as 
funções de fonação, respiração, defecação, vômito, etc.
Ele também forma a parede posterior do canal inguinal, atuando 
como válvula e impedindo a herniação das vísceras por este canal. 
Em alguns casos, encontramos músculos abdominais fracos, com 
seu funcionamento inibido. Mas isto não ocorre simplesmente pela 
falta de uso destes músculos. Na verdade, isso é uma estratégia 
inteligente de proteção do corpo frente a um aumento da pressão 
intra-abdominal. 
Um indivíduo que possui hábitos alimentares errôneos, por exemplo, 
pode gerar um excesso de gases. Os motivos podem ser o excesso 
de fermentação dos alimentos, ou ainda pelo fato da fermentação 
estar sendo feita no local errado. 
Tal indivíduo gerará um abdômen globoso (distendido) que 
prejudicará o sistema musculoesquelético perante o movimento. 
Os músculos estarão distendidos, fora de sua curva normal de 
comprimento e tensão, se relaxando. 
Lembrando aqui que as vísceras têmprioridade. Logo, o transverso 
do abdômen vai encontrar-se distendido, pois o corpo precisa abrir 
Diástase: Prevenção e Tratamento
espaço nesta cavidade, tracionando a linha alba, podendo afastar os 
músculos retos do abdômen. 
Qualquer pressão exercida nesta região seria antifisiológica 
aumentaria a dor, algumas vísceras não suportam pressão. Se os 
músculos não sacrificarem seu funcionamento a favor das vísceras, 
estarão contra o mecanismo de conforto do corpo. 
Como vimos, ainda existem muitos questionamentos a serem 
feitos sobre as propostas de estabilização do tronco. Um fator 
extremamente importante que não é considerado por tais propostas é 
a avaliação da pressão abdominal. 
Solicitar contrações mantidas à pacientes que já possuam pressão 
intra-cavitária elevada pode ser muito perigoso. 
Esta elevação acentuada da pressão intra-abdominal pode:
• Gerar um efeito compressivo sobre os feixes vásculo-nervosos;
• Prejudicar o funcionamento de todo sistema visceral
Para tratarmos a diástase temos que voltar nossos olhares para a 
funcionalidade da complexidade de um corpo, e buscar soluções 
dentro de toda essa complexidade, onde temos uma ligação 
anatômica importante entre diversos sistemas:
• Sistema Respiratório
• Músculos do abdômen
• Músculos do assoalho pélvico
• Quadril
• Sistema Fascial
• Sistema Visceral
Vamos nos aprofundar mais em cada um deles.
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Diástase: Prevenção e Tratamento
Sistema Respiratório
A mecânica respiratória compreende as várias etapas que vão 
desde o condicionamento do ar, os movimentos da caixa torácica, a 
contração do diafragma até a ação da prensa abdominal. 
A ventilação pulmonar (ou respiração) é realizada atrás da mudança 
de volume da caixa torácica. 
Ela consiste em duas fases: a inspiração e a expiração. 
Na inspiração, há a inalação do ar devido à expansão da cavidade 
torácica e, consequentemente, pela pressão do ar no interior 
dos pulmões ser mais baixa do que a pressão atmosférica. Já na 
expiração, a expulsão do ar ocorre de forma passiva.
O Diafragma
O diafragma é o principal músculo da respiração e é quem separa o 
abdômen do tórax. 
Seu formato é de cúpula, sendo composto por um centro tendíneo 
e uma parte periférica, que se prendem às seis últimas costelas, ao 
osso esterno e à coluna vertebral. 
Pilares diafragmáticos 
Os pilares diafragmáticos estão firmemente inseridos nas últimas 
vértebras torácicas (T11 e T12) e nas primeiras lombares (L1-L3). 
Também se inserem nas últimas costelas. 
Diástase: Prevenção e Tratamento
São responsáveis por fazer o movimento de aberturas das costelas 
(alça de balde), facilitando a entrada de ar. 
O centro tendíneo localiza-se na parte ântero-central do diafragma e 
é apenas ele quem se move nas excursões respiratórias. Assemelha-
se a um trevo de 3 folhas e nele há o forame da veia cava inferior, 
por onde passa a veia de mesmo nome (além do nervo frênico, 
discutido mais adiante) que desemboca no coração e é responsável 
por drenar todo o sangue da porção inferior do corpo. 
Além dessa abertura, há outras passagens no diafragma conhecidas 
como hiatos esofágico e aórtico. 
O diafragma ainda tem um importante papel na função 
das vísceras, pois grande parte delas está conectada 
por meio de fáscias. 
Citando alguns exemplos: 
O fígado se fixa ao diafragma através de alguns ligamentos, 
chamados triangulares direito e esquerdo, coronários direito e 
Diástase: Prevenção e Tratamento
esquerdo e falciforme. O baço se conecta ao diafragma através do 
ligamento freno-esplênico e o coração pelo forte ligamento frênico-
pericárdico.
Qualquer alteração do tônus diafragmático pode repercutir nestas e 
em outras vísceras. 
Os músculos mais importantes nessa fase são o diafragma, os 
músculos intercostais externos e a porção intercondral (literalmente, 
que se localiza entre as cartilagens) dos músculos intercostais 
externos. A contração das cúpulas do diafragma causa seu 
achatamento e aumento a cavidade torácica verticalmente, enquanto 
uma contração dos músculos intercostais envolvidos aumentando, 
assim, o diâmetro do tórax. 
Quando a inspiração é profunda ou forçada, a contração dos 
músculos escalenos e esternocleidomastóideos elevam as costelas. 
Já na expiração, o ar é exalado, devido à pressão do ar no interior 
dos pulmões ser maior do que a pressão atmosférica. 
Quando os estímulos nervosos para os músculos do sistema 
respiratório cessam e os músculos relaxam, a caixa torácica e os 
pulmões retornam à sua posição inicial. Os músculos abdominais 
também podem ajudar na expiração, uma vez que, quando 
contraídos, forçam os órgãos abdominais contra o diafragma e 
diminuem o volume do tórax.
A Faixa Abdominal
Todos os músculos do abdômen compõem a chamada faixa 
abdominal que, na inspiração, é tônica para aumento da PIA, 
Diástase: Prevenção e Tratamento
garantindo assim uma alavanca flexora no tronco, que será pré 
compensada por uma alavanca de extensão. 
Esta extensão é realizada pelos músculos profundos, também no 
tronco, gerando assim, a estabilidade da coluna lombar. Porém, na 
expiração forcada, esse grupo muscular age de forma fásica para 
garantir a estabilidade do tronco. (Reflexo antecipatório postural)
Músculos do Abdômen: 
Reto Abdominal
O reto abdominal é composto de músculos que caem à frente do 
tronco e formam a camada muscular, que costurará numa ligação 
fascial todos os outros três músculos da faixa abdominal. 
Suas fibras por composição são 69% do tipo I e 31% de fibras do 
tipo II, entrecortados por áreas não contráteis fasciais, resquício 
Diástase: Prevenção e Tratamento
de mioseptos dos Cordatas: 3 para os brancos e 4 para os negros. 
Tendo função essencialmente tônica! 
Esses músculos estão recobertos pela bainha do reto do abdômen, 
chegando até a linha alba, cuja função é manter toda a faixa 
abdominal em sua posição. 
Ela é formada pelas fáscias epimisais dos músculos: 
• Oblíquo externo;
• Oblíquo interno; 
• Transverso do abdômen.
Pressão Intra-Abdominal
Aqui devo lembrar que o aumento da pressão intra-abdominal se faz 
importante para a estabilização da coluna vertebral (teoria descrita 
por Paul Hodges).
Porém, se esse aumento for mantido, o indivíduo perderá a 
eficácia da contração dos músculos extensores profundos do 
tronco, gerando uma estratégia de compensação para manter 
a estabilidade, que neste caso específico será realizado pelos 
músculos superficiais.
O pesquisador egípcio Shafik, em suas pesquisas, observou que 
a pressão intra-abdominal também possui estreita relação com a 
pressão do fechamento do esfíncter gastresofágico (Reflexo de 
Esforço Gastresofágico).
Nessa mesma pesquisa, observou também que o aumento 
da pressão intra-abdominal transitória aumenta a eficácia e 
Diástase: Prevenção e Tratamento
competência deste reflexo.
Porém, se esse aumento da pressão intra-abdominal for crônico, 
o diafragma crural entende esse estímulo de forma excessiva. Ele 
o interpretará de forma paradoxal, ou seja, o diafragma crural se 
relaxa em consequência do esforço.
Isso nos traduz que um aumento da pressão intra-abdominal 
transitório não é maléfico. A pressão intra-abdominal pode ser 
aumentada em até 30 mmhg durante alguns segundos de esforço 
sem nenhum dano ao indivíduo, com exceção aos hipertensos.
 
Porém, se esse aumento da pressão intra-abdominal se 
tornar crônico, o diafragma crural perde sua função, 
passando a se relaxar. 
Conforme já citamos, o diafragma crural tem ritmo respiratório. 
Ou seja, age em sincronia respiratória, porém não é um músculo 
respiratório, mas possui uma atividade eletromiográfica de repouso. 
Diástase: Prevenção e TratamentoOu seja, o músculo diafragma crural tem uma atividade tônica de 
base, contribuindo na barreira gastresofágica, tendo sua maior 
atividade elétrica na fase expiratória.
Durante uma atividade física, ocorre o aumento da atividade elétrica 
do diafragma crural, somada ao aumento da pressão manométrica 
da barreira gastresofágica em sincronia.
Portanto, a função do diafragma crural é realizar o fechamento da 
barreira gastresofágica. Seu objetivo é evitar o refluxo durante a 
atividade física.
Contudo, o esforço prolongado leva a ineficácia do Reflexo de 
Esforço Gastresofágico. Também ocorre o declínio da ativação do 
diafragma crural, pois trata-se de um músculo esquelético de fibras 
estriadas. Portanto, ele se fadiga perante o esforço mantido por 
longo período.
O diafragma crural tem função de aproximadamente 44% de 
atuação na barreira gastresofágica.
Esse dado é de extrema importância, pois existem publicações 
comprovando que indivíduos que fazem Yoga, Pilates, ou exercícios 
respiratórios melhoram a funcionalidade do músculo diafragma.
Também se observa uma melhora da barreira gastresofágica em 
aproximadamente 45%, desde que os exercícios respiratórios não 
exijam a estabilização segmentar.
Minicurso: Diástase - Prevenção e Tratamento
 7, 8 e 9 de setembro, às 21h. 
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Diástase: Prevenção e Tratamento
Quadril
A cintura pélvica é um complexo no qual se anulam forças 
importantes, a força peso normal.
Os dois ossos ilíacos e o sacro estão entre as estruturas 
responsáveis por anular e transferir essas forças. A partir dessa 
articulação, as forças chegam na parte superior do corpo e na 
sínfise púbica, inserção dos músculos retos abdominais.
O púbis se junta ao ísquio na parte medial do forame obturado. É 
nessa região que ele tem a inserção de diversos músculos mediais 
da coxa. Na face póstero inferior do ísquio temos fortes inserções 
ligamentares e musculares.
Também existe nessa região o acetábulo. Essa é a parte óssea 
côncava que é formada pela fusão dos ossos:
• Ilíaco
• Ísquio
• Púbis
O acetábulo é aprofundado pelo lábio do acetábulo, um anel de 
fibrocartilagem com importante papel de estabilização.
Mobilidade Ilíaca
Apesar do quadril ser uma articulação de muita estabilidade, existe 
sim uma mobilidade ilíaca responsável por diversos desequilíbrios 
no corpo. Ela é discreta, quase imperceptível, mas tem grande 
Diástase: Prevenção e Tratamento
potencial para gerar desequilíbrios musculares, problemas posturais 
e dor.
É essa mobilidade que condiciona a estática e dinâmica dos MMII 
(membros inferiores).
Uma parte de seu grande potencial para desequilíbrios vem das 
asas ilíacas. Essas estruturas possuem braços de alavanca que 
existem na região e atuam nas cadeias musculares do tronco e do 
membro inferior. 
As asas ilíacas possuem algumas mobilidades, que são:
• Anterioridade e Posterioridade
• Abertura e Fechamento
Analisando a mobilidade ilíaca, conseguimos entender o 
posicionamento disfuncional da pelve também. O sacro também 
sempre acompanhará o ilíaco em disfunção.
Anterioridade do Ilíaco
A anterioridade acontece quando existe uma rotação anterior do 
ilíaco sobre a cabeça do fêmur. Quando a anterioridade do ilíaco 
acontece dos dois lados, também observamos uma anteversão da 
pelve e aumento da lordose lombar.
Esse desequilíbrio tensiona o quadrado lombar, que leva a parte 
posterior da asa ilíaca para o alto. Também teremos um reto femoral 
tensionado, trazendo a parte anterior do ilíaco para baixo. 
Observe os seguintes sinais durante sua avaliação:
Diástase: Prevenção e Tratamento
• Espinha Ilíaca Antero-Superior (EIAS) Baixa
• Crista Ilíaca Alta
• Espinha Ilíaca Postero-Superior (EIPS) Alta
• Descida do Púbis (Anterior)
• Subida do Ísquio (Posterior)
• Sacro se horizontaliza e fica mais alto
A anterioridade do ilíaco também gera tensão no quadríceps 
femoral, o que pode levar a alterações patelo-femorais e um 
recurvato do joelho.
O membro inferior também fica em alongamento compensatório, 
fazendo com que a perna da lesão pareça aumentada.
Diástase: Prevenção e Tratamento
Posterioridade do Ilíaco
Acontece quando existe uma rotação posterior do ilíaco sobre a 
cabeça femoral.
Se a posterioridade estiver presente nos dois ilíacos, acontece 
a retroversão da pelve e uma consequente retificação da coluna 
lombar. O reto abdominal fica tensionado, o que leva a parte anterior 
da asa ilíaca para cima.
Os isquiotibiais em tensão tracionam a parte posterior da asa ilíaca 
para baixo. Os sinais importantes para a avaliação são:
• Espinha Ilíaca Antero Superior Alta
Diástase: Prevenção e Tratamento
• Crista Ilíaca Baixa
• Espinha Ilíaca Póstero Superior baixa
• Subida do Púbis
• Descida do Ísquio
• Sacro verticaliza-se e fica mais baixo
Como o isquiotibial fica tensionado é possível existir um flexo 
do joelho. A tensão que acontece com a posterioridade do ilíaco 
aumenta em até 30 vezes a compressão nos discos intervertebrais.
Ela também gera um encurtamento compensatório do membro 
inferior e deixa a perna da lesão encurtada.
Abertura do Ilíaco
Na abertura do ilíaco, encontramos glúteos médios tensionados, 
levando a parte superior da asa ilíaca para fora. O períneo também 
fica em tensão e traciona a parte inferior da asa ilíaca para dentro. 
Como resultado, os ísquios se aproximam.
Diástase: Prevenção e Tratamento
Encontraremos, portanto 3 (três) pontos anatômicos altos no exame 
clínico. Os principais sinais de abertura do ilíaco são:
• Espinha Ilíaca Antero Superior Alta
• Crista Ilíaca Alta
• Espinha Ilíaca Póstero Superior Alta
• Aumento da Distância entre o Umbigo e a Espinha Ilíaca Antero 
Superior
• Sacro se inclinara numa Verticalização
Quando existe a abertura do ilíaco, o membro inferior afetado 
fica em varo do joelho com um aumento de projeção do membro 
(alongamento compensatório).
Fechamento do Ilíaco
O transverso do abdômen, além dos oblíquos, ficam tensionados 
durante o fechamento do ilíaco, sendo responsáveis por tracionar 
sua asa superior em direção à linha média. Os adutores do quadril 
tracionam a asa ilíaca inferior ínfero lateralmente.
Encontraremos portanto 3 (três) pontos anatômicos baixos no 
exame clínico. Os principais sinais de fechamento ilíaco são:
• Espinha Ilíaca Antero Superior Baixa
• Crista Ilíaca Baixa
• Espinha Ilíaca Póstero Superior Baixa
• Diminuição da Distância entre o Umbigo e a Espinha Ilíaca Antero 
Superior
• Sacro se inclinara numa horizontalização
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Diástase: Prevenção e Tratamento
Mobilidade Ilíaca
A sacro ilíaca é uma estrutura que divide o nosso corpo da parte 
superior à parte inferior. 
Juntas, permitem a transferência de carga do tronco para o chão 
e vice-versa, e transmissão da força igual e contrária que o solo 
devolve para nós quando apoiamos o pé no chão.
Portanto, existem vetores de forças que são paralelos, mas não são 
na mesma direção e mesmo eixo, descendo o peso do tronco e da 
cabeça que são jogados verticalmente até o sacro. E a resposta 
igual contrária do chão que vai ao longo do membro inferior.
Isto gera uma força descendente e uma força ascendente, que 
produz um cisalhamento na articulação sacro ilíaca.
Se pegarmos a articulação sacro ilíaca, virarmos o sacro num corte 
transversal, podemos comparar o sacro à uma ponte suspensa. O 
Diástase: Prevenção e Tratamento Diástase: Prevenção e Tratamento
sacro representaria o cobertor (que é a parte suspensa da ponte) 
e os cabos de aço que a sustentam, seriam os ligamentos sacro 
ilíacos posteriores.
Mas, relativos à articulaçãosacro ilíaca, teríamos virtualmente 
cabos embaixo também, e estes seriam os ligamentos sacros ilíacos 
anteriores. Portanto, o sacro seria o elemento suspenso, que deve 
ser estabilizado por estas estruturas.
Além dos ligamentos sacro ilíacos anteriores e posteriores, temos 
os ligamentos sacro ilíacos também chamados de interósseos. 
É considerado um ligamento interno que, na verdade, é o mais 
profundo dos ligamentos posteriores, não deixando de ser externo 
da articulação. 
O ligamento interósseo não é um elemento tão determinante para 
a estabilidade da articulação sacro ilíaca. Então, principalmente 
por esses fatores, uma danificação do ligamento interósseo não 
compromete a integridade da articulação sacro ilíaca.
Assim, se não esse ligamento, quais são as forças e os elementos 
que contribuem para a estabilidade da articulação sacro ilíaca? 
Quando ela está submetida ao estresse, o que, além dos 
ligamentos, interveem para garantir esta estabilidade?
Bom, tudo indica que a habilidade dos músculos transversais que 
comprimem esta articulação contribui muito na estabilidade sacro 
ilíaca. Portanto, o transverso abdominal e o assoalho pélvico com 
direção e transmissão oblíqua de suas fibras ajudam a intervir.
Diástase: Prevenção e Tratamento
Assoalho Pélvico
O assoalho pélvico é formado por algumas estruturas que encerram 
a pelve inferiormente como: 
• Músculos; 
• Ligamentos; 
• Fáscias. 
Os músculos do assoalho pélvico (MAP), são organizados 
anatomicamente em duas camadas: 
Superficial: 
Essa camada é chamada de períneo, sendo constituída pelos 
órgãos genitais externos e o ânus. No homem, inicia-se na bolsa 
escrotal (testículos) seguindo até o ânus. Na mulher, segue da vulva 
até o ânus. 
A camada superficial é formada pelos seguintes músculos:
 
• Bulboesponjoso;
• Isquicavernoso; 
• Transverso superficial;
• Profundo períneo; 
• Esfíncter uretral externo; 
• Esfíncter anal externo.
Esses têm como função manter o fluxo urinário. Também tornam 
possível o ato sexual (promovem a ereção do pênis e do clitóris, a 
ejaculação e as contrações da vulva durante o orgasmo), além do 
parto.
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Já a camada profunda é composta pelos músculos: 
• Isquioscoccígeos; 
• Levantadores do ânus (puborretal, pubococcígeo); 
• Levantador da próstata e pubovaginal; 
• Iliococcígeo. 
O conjunto desses músculos formam o diafragma pélvico. Eles são 
de fundamental importância para a sustentação dos órgãos internos. 
Sabemos que esses músculos permanecem contraídos 
constantemente. Além disso, quando, num aumento da pressão 
abdominal repentina, como tossir ou espirrar, gera uma contração 
rápida e aumenta a tensão nesses músculos. Isso acontece para 
manter os órgãos em sua posição normal. 
Além disso, esses músculos possuem esfíncteres que permanecem 
fechados. Porém, quando urinamos ou defecamos, a musculatura 
deverá se relaxar e os esfíncteres se abrem para permitir a 
defecação e micção.
Discussão Biomecânica 
dos Músculos do Assoalho 
Pélvico 
Hoyte & al. em 2001, descreveu o músculo levantador do ânus com 
uma forma de cúpula dupla. 
Isso é semelhante ao que Singh & al em 2002-03 e Aukee & al em 
Diástase: Prevenção e Tratamento
2004 encontraram em seus estudos. Eles alegaram que o fascículo 
iliococcígeo tinha uma forma de cúpula de convexidade superior. 
Os resultados do nosso estudo estão inteiramente alinhados com o 
que recentemente foi publicado em relação a este tópico. 
Para que possamos afirmar que a maioria da população apresenta 
no nível da musculatura do assoalho pélvico uma morfologia 
de dupla cúpula de concavidade inferior, com o que podemos 
considerar que essa é a morfologia normal que deve apresentar um 
piso pélvico saudável. 
Além disso, a presença dessas duas cúpulas horizontais 
permitirá distribuir as forças da cavidade torácica do abdômen 
equitativamente entre cada um dos seus quatro pilares: 
1. Arco tendíneo da aponeurose obturante; 
2. Núcleo fibroso central; 
3. Anococcígeo raphia; 
4. Cóccix. 
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Acreditamos que é importante manter essa morfologia normal das 
cúpulas pélvicas, levando em consideração a função insubstituível 
do assoalho pélvico, e especialmente o fascículo iliococcígeo. 
Ele tem, por um lado, o papel de detentor dos órgãos pélvicos 
(juntamente com a aponeurose pélvica) e, por outro lado, de 
amortecedor da pressão exercida pelas vísceras abdominais 
durante os esforços de hiper pressão abdômino torácica. 
Deve-se lembrar que, durante este tipo de esforço, as vísceras da 
pelve são deslocadas para baixo e para trás seguindo um arco de 
círculo, onde o raio corresponde aos ligamentos sacro uterinos. 
Portanto, é o resultado dessas forças oblíquas para baixo e para 
trás. 
Isto é, em uma direção perpendicular às cúpulas pélvicas, o que 
explicaria que o elevador do ânus também é côncavo para baixo e 
para trás; uma vez que nessa posição a divisão de forças em seus 
pilares torna-se igual. Esta função de amortecimento permitiria a 
proteção dos plexos do nervo pudendo e hipogástrico. 
Nos casos em que há um problema no nível dos pilares do assoalho 
pélvico para qualquer causa, será quando as cúpulas sejam 
lesionadas.
Mais de 90% das mulheres nulíparas apresentaram, no estudo, 
uma cúpula esquerda maior do que a direita, enquanto em 2/3 das 
mulheres multíparas acontece em sentido inverso. 
Além disso, as mulheres nulíparas têm, em geral, cúpulas 
significativamente mais côncavas e anteriores do que multíparas. 
De Lancey & al em 2003, e Tunn & al em 2003 já mostraram que 
havia mulheres multíparas com piso pélvico muito assimétrico: com 
Diástase: Prevenção e Tratamento
fascículos pubococcígeo muito finos ou com um volume muscular do 
ânus muito menos importante de um lado do que o outro.
Segundo eles, essas descobertas podem estar relacionadas a uma 
remessa traumática no assoalho pélvico. 
Outra explicação desta assimetria poderia ser encontrada por 
analogia com as cúpulas diafragmáticas. 
Assim, podemos imaginar que os órgãos pélvicos também podem 
modicar a morfologia do assoalho pélvico. 
Os órgãos pélvicos ocupam um lugar proporcionalmente importante 
em relação ao tamanho pélvico: o útero descansando na bexiga e o 
cólon sigmóide que é, de fato, o "reservatório permanente" de fezes.
A função do períneo é a de amortecimento dos aumentos da 
pressão intra-abdominal, é o solo para a sustentação das vísceras, 
além de possuir função sexual para o mecanismo de ereção 
masculina e orgasmo. É inervado pelo nervo pudendo (S2-S4) 
no plexo sacral, que possui ligação com o nervo frênico, e com 
todos nervos da faixa abdominal, todos tendo como origem centros 
respiratórios supra espinhais (centro pneumotáxico).
Esses nervos se ligam também ao nervo vago (as emoções afetam 
diretamente o diafragma torácico). A musculatura do Assoalho 
Pélvico e a forma do Assoalho Pélvico, vem da interação de 
músculos, nervos e ligamentos que exercem sua ação nos órgãos 
pélvicos. 
Na mulher, a vagina e os ligamentos se distendem para alcançar 
a força necessária para suportar os aumentos de pressão intra-
abdominal. 
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Vísceras: 
Anatomia do peritônio 
Hoje chamado de fáscia transversallis, é um grande saco que 
reveste todos os órgãos abdominais. Esse revestimento é um saco 
hermeticamente fechado. 
Tem como função a defesa das vísceras e lacrar a cavidade 
abdominal. Isso, porém não acontece no corpo da mulher. 
As trompas permitem a ligação da cavidade abdominal com o 
exterior, através do útero e vagina. O peritônio, portanto, impede as 
infecções de um modo geral. Ele também segrega um “lubrificante” 
especial que facilita o deslizamento dos órgãos, uns sobre outros, 
durante suas movimentações normais. 
O líquidoproduzido por essa membrana deve-se manter sempre no 
mesmo volume, pois é continuamente produzido e absorvido. Caso 
algum problema aconteça temos o risco de aumentar a pressão 
intra-abdominal (PIA). 
A porção anterior do abdômen da fáscia transversallis está 
diretamente ligado à camada dos músculos da faixa do abdômen 
que estão imediatamente acima do estômago e descem até a parte 
superior da pelve. 
Ficam mais na parte posterior do tronco os chamados órgãos 
retroperitoneais: rins e pâncreas. O fígado, o baço e o útero, 
são quase integralmente envolvidos, portanto, chamados 
de intraperitoneais. A vesícula, o jejuno e o íleo também são 
intraperitoneais, porém, completamente envolvidos pela fáscia 
transversallis.
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O abdômen é dividido por quadrantes de 1 a 9, conforme ilustra a 
figura abaixo:
E em cada quadrante ficam dispostas as vísceras
• Num primeiro plano de uma vista anterior
• Segundo plano da mesma vista anterior, os órgãos 
retroperitoneais. 
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Fígado 
O fígado é a maior glândula do corpo humano e pode executar mais 
de 500 funções.
Encontra-se na região abdominal, do lado direito, logo abaixo da 
hemi cúpula diafragmática, e logo acima do mesoncólon transverso. 
Ele pode ter uma massa de até 1,5 kg. É um órgão extremamente 
sensível. 
Quando estamos diante de um aumento do fígado (hepatomegalia), 
o sistema músculo esquelético se adapta. A intenção é aliviar a 
tensão sobre a glândula. O sistema visceral sempre será prioridade 
e, nesse caso, alterações pressóricas importantes ocorrerão no 
tronco. 
A hemi cúpula diafragmática direita se levanta para ceder mais 
espaço para o fígado, que não aceita pressão. Assim, gera-se 
uma interferência direta no padrão respiratório a ser adotado. Além 
do relaxamento dos músculos reto do abdômen do lado direito, 
oblíquos internos e externos e transverso do abdômen. 
Esta medida levará à elevação do hemi tórax direito, que será 
realizada na região torácica baixa, gerando uma lordose nesse 
segmento vertebral. 
Além de uma inspiração diminuída, pois a hemi cúpula diafragmática 
direita bloqueada em inspiração (diafragma em posição baixa), 
aumentando a PIA, o que gera uma diminuição importante da 
capacidade inspiratória, pois o diafragma não possui condições 
de contrair-se para a entrada do ar, sendo determinante para 
redução do volume pulmonar, atelectasias e alterações da mecânica 
respiratória. 
Diástase: Prevenção e Tratamento
--
A lordose estará associada a uma inclinação à esquerda pelo 
relaxamento dos músculos abdominais a direita. 
A concavidade gerada à esquerda elevará mais ainda o hemitórax 
direito e o afastará para a direita, levando-o para longe das costelas 
inferiores. 
Também acontecerá um giro do tórax para a direita, criando uma 
gibosidade posteriormente à esquerda. 
Os pontos fixos para este esquema adaptativo serão: a escápula, 
que é um dos pontos fixos através do processo coracóide, 
que colocará em ação o peitoral menor para ajudar a elevar o 
hemitórax direito. Pode ser afetado nesse esquema o ombro, pois 
a musculatura suspensória do ombro direito estará em sofrimento 
para toda essa adaptação. 
Além disso, o serrátil anterior, que perdeu sua continuidade de força 
dos abdominais à direita, poderá gerar nas escápulas a asa de 
Sigaud, uma vez que a escápula perdeu sua fixação anterior; 
O outro ponto de fixação para todo esse esquema adaptativo será 
a base do occipto direito, gerando o aumento da tensão do trapézio 
direito até a base do occipto. Uma hepatomegalia gera uma lordose 
diafragmática levando o tronco em extensão com uma inclinação 
à esquerda e uma rotação de tronco à direita. Pode gerar curvas 
adaptativas inferiores a fim de reequilibrar o corpo. 
Após resolvido o problema hepático, as adaptações musculares 
continuam presentes, sendo necessária a intervenção de um 
profissional do movimento para reativar todos esses músculos 
citados.
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Rins 
Os rins estão localizados na porção posterior do abdômen, e suas 
extremidades superiores estão localizadas na altura dos arcos 
costais mais inferiores (10ª a 12ª costelas torácicas). 
O rim direito quase sempre é menor e está situado um pouco abaixo 
do rim esquerdo. Os rins se movimentam (para baixo e para cima) 
de acordo como ato da respiração. 
Cada rim tem a forma de um grande grão de feijão, medindo em 
um adulto de 10 a 13 cm, com peso aproximado de 120 a 180g. 
Anomalias renais não reconhecidas podem estar presentes entre 
25% e 33% dos doentes e incluem: 
• Rim em ferradura; 
• Agenesia renal; 
• Duplicação renal ou dos ureteres;
• Hipospádias. 
Os rins estão localizados imediatamente abaixo dos músculos 
quadrados lombares, quando não temos um órgão, seja porque 
nascemos sem ele ou porque tivemos que o retirar, nosso 
organismo gerará um tecido cicatricial para suprir esse espaço vago. 
Esse tecido cicatricial terá uma formatação confusa gerando fibrose, 
que transmitirão essa tensão aos músculos quadrados lombares. 
Essa tensão renal poderá ser também gerada por pouca ingestão de 
água, uso frequente de anabolizantes, cálculos renais dentre outros. 
As medidas compensatórias músculo esqueléticas descritas a seguir 
são adotadas para uma tensão renal do lado direito. 
Diástase: Prevenção e Tratamento
Nas compensações relacionadas aos rins, primeiro criaremos 
uma lordose na altura do rim direito com aumento da tensão dos 
paravertebrais à direita. Percebam que aqui o esquema adaptativo 
se faz diante de uma força centrípeta cicatricial, e não para o 
conforto do órgão. 
A partir daí, nosso tronco inclinar-se-á também à direita, gerando a 
concavidade à direita pela tensão dos para vertebrais direitos. 
Toda a força está sendo direcionada para o quadril esquerdo, que 
será o ponto fixo nesse esquema adaptativo. O músculo quadrado 
lombar do lado esquerdo encontrar-se-á em máxima tensão, 
podendo trazer a asa ilíaca esquerda para cima, acionando dessa 
maneira o reto femoral que também se tensionará. 
É possível que a patela seja direcionada para o alto e ser a causa 
de várias patologias musculoesqueléticas no joelho esquerdo. 
A tensão excessiva do quadrado lombar também atrairá as últimas 
costelas do hemicorpo esquerdo para baixo, aumentando inúmeras 
vezes a força de cisalhamento nessa região. 
A hemi cúpula do diafragma direito estará em posição baixa, ou 
em inspiração, gerando uma tensão excessiva em seus músculos 
acessórios. Com esse aumento de tensão e aumento de força 
inspiratória no hemicorpo direito gerando dores na região cervical, 
sobretudo nos músculos: esternocleidomastoideo (ECOM), 
escalenos, infra hioideos e trapézio ao lado direito. 
A giba nesse tipo de esquema biomecânico corporal aparecerá à 
direita na parte posterior do tronco. 
Em pesquisa realizada por Shaffik demonstrou que o aumento 
Diástase: Prevenção e Tratamento Diástase: Prevenção e Tratamento
permanente de pressão da PIA leva a uma falha no mecanismo de 
controle da barreira gastro-esofágica. 
Vimos nesta pesquisa também possíveis implicações dos rins, falha 
renal, e nela ainda fala de mortalidade, pois aumento da pressão 
intra-abdominal pode levar a falhas de órgãos, sendo o impacto do 
aumento da pressão abdominal na função renal e numa doença 
crítica, gerando nos rins uma disfunção como produto de um 
processo multifatorial. 
E assim, cada víscera, órgão ou glândula e capaz de gerar suas 
próprias compensações.
Conclusão
Como vimos nesse e-book, para o tratamento da diástase faz-
se imprescindível o conhecimento de todos os sistemas citados 
anteriormente.
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