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SISTEMA DE COTAS NO ENSINO

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SISTEMA DE COTAS NO 
ENSINO BRASILEIRO
Prof. Dr. Eduardo Araripe
22/09
 SISTEMA DE COTAS NO ENSINO
BRASILEIRO
 OBJETIVOS DA ATIVIDADE:
Apresentar a origem histórica do sistema
de cotas no Brasil;
 Identificar as características do sistema
de cotas brasileiro;
 Problematizar o papel de educadores
diante do debate.
 A Lei 12.711 de 2012 introduziu o sistema de
cotas no Brasil.
 O texto da Lei de cotas prevê a destinação
de vagas para estudantes de escolas públicas
e, dentro dessa reserva, algumas vagas são
para autodeclarados pretos, pardos ou
indígenas.
 Temos aí dois tipos de reserva: Cotas Sociais e
Cotas Raciais.
 O objetivo das cotas é corrigir injustiças
históricas provocadas pela escravidão na
sociedade brasileira. Um dos efeitos desse
passado escravocrata é o fato de negros e
índios terem menos oportunidades de acesso
à educação superior e, consequentemente, ao
mercado de trabalho.
 Brasileiros brancos têm, em média, dois anos
a mais de escolaridade do que negros e
pardos, de acordo com dados de 2008 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
 A Lei de Cotas é um instrumento que foi criado
pelo Governo Federal para contemplar os
estudantes de escolas públicas, de baixa renda,
negros, pardos e indígenas (PPI) e pessoas com
deficiência (PcD) para auxiliar o ingresso desses
indivíduos no Ensino Superior.
 Publicada em 29 de agosto de 2012, a Lei de
Cotas (12.711) decreta que todas as instituições
federais de ensino superior devem reservar, no
mínimo, 50% das vagas de cada curso técnico e
de graduação aos estudantes de escolas públicas.
 No caso dos cursos técnicos, tem que ter
estudado todo o ensino fundamental na rede
pública. Para os cursos superiores, o ensino
médio.
 Dentro desta porcentagem, metade das vagas
deve ser destinada aos estudantes de famílias
com renda mensal igual ou menor que 1,5
salário mínimo per capita (por/para cada
indivíduo).
 Em cada faixa de renda, entre os candidatos
cotistas, são separadas vagas para
autodeclarados pretos, pardos e indígenas e
pessoas com deficiência, proporcionalmente
ao censo do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) no estado da instituição.
 Não há a separação de vagas entre pretos,
pardos e índios e o critério de raça é
autodeclaratório.
 A reserva de vagas para pessoas com deficiência
(PcD) só começou a ser realizada em 2016,
quando o governo aprovou uma lei
complementar (13.409) que alterou a Lei de
Cotas para também oferecer vagas a esse
público.
 Os candidatos que escolhem concorrer nos
processos seletivos utilizando a renda familiar,
devem comprovar por documentação a situação
financeira.
 Algumas instituições
públicas de ensino
superior decidiram
implantar comissões
avaliadoras para
verificação das cotas.
No caso, além da
autodeclaração que é
feita pelos
vestibulandos, a
comissão também faz
análises e até mesmo
entrevistas com os
candidatos aprovados
pelo sistema de cotas.
Preconceito
 O episódio se tornou emblemático para aqueles que
são contrários à adoção do sistema de cotas raciais.
Justamente por ser uma sociedade mestiça,
diferente da norte-americana, não haveria como
aplicar o mesmo tipo de ação afirmativa no Brasil.
 O sistema de cota, dizem, poderia até ter um efeito
contrário, estimulando a segregação racial em um
país onde, a despeito do preconceito, ela não existe.
 Segundo dados do IBGE, em 2008 apenas 6,1% da
população se autodeclaravam negros, e 45,1% se
definiam como pardos. Cotas para negros, dessa
forma, discriminariam aqueles que se definem como
pardos.
 Quem criou as cotas raciais?
 Um sistema de cotas foi adotado pela primeira vez na
Índia, na década de 1950, para promover ações
afirmativas que integrassem a população
tradicionalmente pertencente às castas excluídas nos
sistemas educativos, na administração pública e nos
cargos políticos.
 O antigo sistema indiano fazia distinção entre as pessoas
com base na origem da família, criando um aparato
social de forte exclusão das populações pertencentes à
casta mais baixa ou que não possuíssem casta:
os dalits (sem castas, eram considerados no sistema
indiano tradicional como pessoas tão indignas que não
poderiam sequer ser tocadas por outras, pois isso
causaria uma contaminação espiritual) e os
shudras (pessoas que pertenciam à casta mais baixa e,
no sistema tradicional, tinham uma natureza servil que
os condenava a ocupar os piores empregos).
 No Brasil, a Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ) foi a primeira
instituição pública de ensino a adotar um
sistema de ações afirmativas,
em 2003. A primeira instituição pública
federal a adotar um sistema de cotas foi
a Universidade de Brasília (UnB),
em 2004.
 Argumentos favoráveis e argumentos
contrários às cotas raciais
 O debate sobre as cotas raciais intensificou-se no
Brasil após a sanção da lei de cotas. De um
lado, movimentos sociais, ONGs, intelectuais e juristas
defendem a necessidade das cotas sociais e raciais
para solucionar os problemas de desigualdade no país.
 O que esses setores da sociedade defendem é que a
exclusão social e o racismo nos levam a uma
necessidade de implantar medidas que promovam a
igualdade, reconhecendo que primeiro é preciso se ter
um sistema de equidade, ou seja, diante das
dificuldades enfrentadas por camadas excluídas, é
preciso criar ações afirmativas que efetivamente
incluam essas pessoas na sociedade, após anos de
exclusão resultada da escravização e do racismo
estrutural.
 O critério racial adotado não existe biologicamente,
visto que todos os seres humanos têm genótipos
iguais, independentes da cor da pele. Como contra-
argumento, defensores das cotas afirmam que o
fenótipo das pessoas negras coloca-as na condição
de exclusão por conta do etnocentrismo histórico.
 As cotas raciais criam uma distinção que subjuga a
capacidade das pessoas negras. Como contra-
argumento, os defensores das cotas afirmam que,
em um primeiro momento, é necessário esse
tratamento desigual para que se inicie um processo
de inclusão das populações vulneráveis, que, por
questões sociais, não têm acesso a muitos espaços
e serviços públicos.
 As cotas ferem o princípio da meritocracia,
colocando alguém com uma pontuação menor em
vantagem em relação a alguém com uma pontuação
maior. Como contra-argumento favorável às cotas,
dizem que é impossível estabelecer um sistema
meritocrático justo em um lugar onde não há
igualdade de oportunidades.
 Não se deveria pensar em cota, mas em melhorar o
sistema de educação básica público, dando a todos
as mesmas chances de ingressar na universidade.
Como contra-argumento, os favoráveis às cotas
dizem que as ações afirmativas são uma primeira
resolução do problema, que deve estar
acompanhada de investimentos na educação básica
pública, para que, futuramente, as cotas não sejam
mais necessárias.
CONDIDERAÇÕES FINAIS

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