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Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira FAEL 04

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1
“A grande maioria dos estudiosos africanos e europeus concorda que a escravidão era uma atividade implantada na África, antes da chegada dos mercadores europeus no final do século XV. Mas que tipo de escravidão havia até então naquele continente? Alguns especialistas no assunto afirmam que, por aquela época, o que havia era um sistema interno, cuja configuração não se pode identificar, propriamente, como uma forma de exploração do trabalho, seria uma escravidão não devidamente institucionalizada.” 
(SOUZA, Talita T. B. A. Escravidão interna na África, antes do Tráfico Negreiro. Vértices. ano 5. nº 2, MAIO/AGO., 2003, p. 16) 
Com base no trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a escravidão na África, é correto afirmar:
A - A escravidão era uma atividade comercial e era a base da economia de muitas cidades. Por isso, as guerras entre os povos africanos eram constantes.cancelRespondida
B - Normalmente, os escravos eram prisioneiros de guerra, portanto, os escravos na grande parte das vezes eram inimigos de uma cidade e estrangeiros. check_circleResposta correta
C - Os escravos normalmente eram parentes ou pessoas próximas, que se tornavam escravos de outrem por terem cometido alguma traição ou não ter agido de forma fiel.
D - Os filhos de uma escrava eram considerados livres, porém, por serem considerados inimigos, eram mortos ou deixados por si mesmos.
E - Ter escravos era um sinal de fraqueza. Os fortes eram aqueles que não precisavam escravizar, mas que conseguiam estabelecer relações e alianças.
2
“No entanto, a escravidão oriental e ocidental, tanto sob sua forma mais antiga, quanto sob a forma colonial que se expandiu na África no século XVIII, visava, em sua essência, estabelecer um modo de produção que fizesse do escravo, praticamente privado de direitos, um bem imobiliário ou uma mercadoria negociável e cedível. Os escravos formavam, por muitas vezes, o grosso da população ativa de uma sociedade, como ocorria no sistema ateniense e nas plantações coloniais da Arábia medieval, ou mesmo na América póscolombiana. Esse fenômeno engendrou um conflito que continuaria a afligir o continente africano até o século XX.” 
(DIAGNE, P. As estruturas políticas, econômicas e sociais africanas durante o período considerado. OGOT, Bethwell A. História geral da África V: África do século XVI ao XVIII, Brasília; UNESCO, 2010, p. 28-29)
Sobre o trecho acima e a escravidão praticada entre os séculos XVI e XIX, é correto afirmar:
A - A escravidão com finalidades comerciais e que retirou um grande número de africanos do seu continente de origem é um fenômeno que ocorreu desde a Antiguidade.cancelRespondida
B - Como o escravo africano era considerado uma mercadoria importante e que podia ser vendida, seu transporte era feito com grande cuidado, visando garantir a condição de saúde do escravo.
C - Não existia escravidão na África antes da chegada dos europeus. A forma de trabalho entre os africanos era algo muito próximo do sistema feudal europeu.
D - O escravo africano era considerado uma mercadoria negociável e cedível e essa característica estava presente e era a base da escravidão africana, antes mesmo da chegada dos portugueses.
E - Os africanos saíam de diversos portos portugueses na África, como os de Guiné, da Costa da Mina e de Daomé. check_circleResposta correta
3
Leia o trecho abaixo
“[...] No século XIX, já no período do Estado nacional, esse quadro social escravista interno altamente estável permitiu a expansão inaudita do tráfico negreiro transatlântico – nas letras da lei, proibido desde 1831 – e do próprio escravismo brasileiro. No período de quarenta anos compreendido entre a vinda da família real para o Brasil (1808) e o fim definitivo do tráfico, em 1850, foi introduzido mais de 1,4 milhão de cativos no Império, ou seja, cerca de 40% de todos os africanos desembarcados como escravos em três séculos da história do Brasil. Nesse sentido, as mudanças que se operaram no escravismo brasileiro oitocentista, em especial o incrível arranque da cafeicultura no vale do Paraíba, que rapidamente converteu o Brasil no maior produtor mundial do artigo, contou com práticas arraigadas de longa duração, que possibilitavam introduzir enormes massas de estrangeiros escravizados sem colocar em risco a segurança interna dessa sociedade. 
No século XIX, a maior ameaça ao escravismo brasileiro veio de fora, ou seja, da pressão antiescravista inglesa. Não por acaso, a resposta ideológica que os senhores e políticos brasileiros deram à ação diplomática e militar inglesa recorreu, entre outros pontos, à própria lógica de funcionamento sistêmico da escravidão brasileira. Ao fazê-lo, inverteram a visão ideológica que foi predominante na Colônia. Com efeito, salvo um ou outro caso, as autoridades metropolitanas sediadas na América portuguesa sempre entenderam que o setor de homens negros e mulatos livres representava mais risco do que segurança à ordem colonial. Em outras palavras, a maioria dos dirigentes metropolitanos não tinha consciência do processo institucional do escravismo brasileiro. [...]” 
(MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil. Resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos Estudos – CEBRAP, São Paulo, n. 74, mar. 2006. Disponível em: . Acesso em: 1 jan. 2018.) 
Sobre o trecho acima e o uso, no Brasil, de mão-de-obra escrava e vinda da África, é correto afirmar:
A - A mão-de-obra africana foi trazida para o Brasil para trabalhar na mineração. Contudo, como a mineração não resultou em uma atividade econômica importante, a mão-de-obra africana também não se tornou um componente importante na economica colonial.cancelRespondida
B - A mão-de-obra escrava no Brasil era usada de forma especializada. Ou seja, os africanos eram trazidos para trabalhar exclusivamente no plantion e na colheita da cana, sendo que as outras etapas eram feitas por trabalhadores livres.
C - A situação de violência e repressão contra negros e africanos logo foi percebida e denunciada e o Brasil foi um país pioneiro na luta pelo direito dos escravos. O maior sinal disso é que o Brasil foi o primeiro país das Américas a abolir a escravidão.
D - A situação do africano enquanto escravo era uma situação de “coisa”. Ou seja, ele não era considerado como um ser humano, mas sim como mercadoria. Por isso, podia ser guardado, transportado, comprado e vendido. check_circleResposta correta
E - Os escravos na colônia não eram em grande número, sendo superado pelo número de trabalhadores livres. Todavia, a escravidão ficou marcada pela violência e pelo fato de ter deslocado, à força, um grande contingente de africanos.
4
“Neste momento, da montagem e afirmação do colonialismo europeu, houve uma migração da imagem do africano confundido anteriormente com o escravo para o reforço do estigma do selvagem, primitivo e infantil. Todos esses elementos seriam selos antagônicos às imagens divulgadas sobre os europeus, associadas ao progresso tecnológico, à crença de que suas civilizações seriam superiores, ou ainda à divulgada teoria de que as mentes e estruturas europeias eram as mais complexas do orbe. Tachados de preguiçosos e inábeis ao trabalho sofisticado, os africanos deveriam ser disciplinados e ensinados pelos serviços braçais, mesmo que compulsórios. Os africanos eram considerados povos que se encontravam ainda na infância da humanidade. 
Aos preconceitos anteriores articulam-se, no século XIX, as crenças científicas, oriundas das concepções do Evolucionismo Social e do Determinismo Racial, que alocaram os africanos nos últimos degraus da evolução das “raças” humanas. Infantis, primitivos, tribais, incapazes de aprender ou evoluir, os africanos deveriam receber, portanto, a benfazeja ajuda europeia por meio das intervenções imperialistas no continente.” 
OLIVA, Anderson R. Os africanos entre representações: viagens reveladoras, olhares imprecisos e a invenção da África no imaginário Ocidental. Em Tempo de Histórias. Publicação do Programa de Pós-Graduação em História PPG-HIS/UnB,n.9, Brasília, 2005, p. 103. 
A partir do trecho acima e da ação europeia na África, é correto afirmar:
A - A base dessa crença europeia de superioridade se dava também pelas suas conquistas militares e tecnológicas e ficou conhecida como “relativismo cultural”.cancelRespondida
B - A visão dos europeus sobre os africanos mudou no século XIX, principalmente com o fim da escravidão e com ascensão dos africanos ao mercado mundial como mão-de-obra livre.
C - Apesar da visão preconceituosa em relação aos africanos ao longo dos séculos, na América, essa concepção pouco reverberou e os africanos foram considerados como iguais.
D - Os europeus acreditavam ser superiores até o século XIX, todavia, sofreram diversas derrotas e reveses para os africanos, o que os levou a rever sua crença na superioridade europeia.
E - Uma das bases para o preconceito com os africanos foi a influência da teoria da evolução das espécies de Darwin, pela qual espécies menos aptas não sobreviveriam. check_circleResposta correta
5
“A pretexto da incapacidade nacional, quando da falência da Companhia União Mercantil, que tinha uma carreira marítima entre Lisboa e Luanda, o Governo Português passou a subsidiar, desde 1864, uma companhia de navegação inglesa que estabeleceu uma ligação marítima entre Lisboa e as colônias da África ocidental. Mais tarde, nos anos de 1890, o Governo Português subsidiou outras companhias inglesas e até alemãs que faziam escala em Lisboa e Moçambique, passando por Angola e cidade do Cabo. Simultaneamente, lançavam-se grandes empreendimentos de engenharia, sobretudo portos e caminhos-de-ferro, financiados por capitais portugueses, mas sobretudo ingleses. Portanto, a mais-valia extraída aos miseráveis trabalhadores rurais portugueses estava servindo para financiar o desenvolvimento econômico nas colônias, onde os principais beneficiários eram os meios capitalistas estrangeiros, embora a grande burguesia nacional a eles estivesse associada.” 
(RATO, Maria Helena da C. O colonialismo português, factos de subdesenvolvimento nacional. Análise Social, vol. XIX (77-78-79), 1983-3.º, 4.º 5.º, 1121-1129, p. 1124) 
Com base no trecho acima e sobre o contexto que ele aborda, é correto afirmar:
A - O trecho aborda o período das independências da nações africanas, quando empresas estrangeiras instalaram as infraestruturas básicas para o desenvolvimento das nações africanas, agora independentes.cancelRespondida
B - O trecho é do contexto da Segunda Revolução Industrial, a partir de 1870, quando a industrialização se expandiu, e também expandiu a busca por matérias-primas e mercados de consumo, alcançando a África. check_circleResposta correta
C - O trecho é referente ao período do colonialismo, quando Espanha e, principalmente, Portugal começaram estabelecer postos e infraestrutura para conseguir uma melhor circulação dos escravos que eram capturados.
D - O trecho relata o que ocorreu nas colônias portuguesas, a partir do século XVIII, quando o tráfico foi proibido e Portugal teve que buscar outras alternativas de lucrar com as colônias africanas.
E - O trecho trata da Primeira Revolução Industrial, a partir de 1780, quando houve a expansão das indústrias por diversos países, causando a industrialização de diferentes países, entre eles os africanos.
6
“A vitória de Afonso I marcou o início do mais longo reinado do Congo, ou seja, de 1506 a 1543. O papel desse rei foi fundamental abriu o país a Portugal, acarretando assim uma considerável reorganização política e econômica, bem como uma assimilação voluntária de elementos do cristianismo que acabou por se implantar ali de forma definitiva. Cristão desde 1491 e protetor dos raros missionários antes de 1506, esse chefe de facção, uma vez rei, transformou rapidamente a Igreja católica em religião de Estado. Seu filho Henrique, como bispo consagrado em Roma, esteve à frente da Igreja do Congo de 1518 a 1536. Em seguida, o controle do bispado caiu nas mãos dos portugueses. O tráfico negreiro intensificouse a partir de 1514. Da mesma forma que o soberano de Portugal, Afonso I quis controlar o tráfico graças à organização de monopólios reais antes de tentar abolilo em 1526. Não funcionou e os monopólios reais foram constantemente desrespeitados pelos afroportugueses de São Tomé e os vizinhos do reino, tanto na costa do Loango quanto no Ndongo, e até mesmo em Luanda, parte integrante do reino. O rei usou os recursos obtidos com o tráfico de escravos e com o comércio de marfim e de tecidos de ráfia para trazer técnicos e, sobretudo, missionários portugueses. Antes do fim de seu reinado, a vida sociopolítica transformarase completamente. A diferença entre nobreza e os plebeus acentuarase, à medida que a nobreza se tornava letrada e cristã, além de tomar parte no tráfico de escravos. As pessoas comuns eram duramente exploradas. A casa real foi reforçada pela importação de escravos do Pool e de outras regiões para a guarda real, assim como pelo crescimento da descendência de Afonso, a ponto de comprometer sua sucessão. Todos os reis a seguir seriam descendentes de Afonso, oriundos de uma ou outra de suas três principais filhas. O número sempre crescente de pretendentes ao trono levou a uma cisão da casa real em casas inimigas e, por fim, após 1665, a uma guerra civil que destruiu o reino tal como era antes dessa data. 
A presença de portugueses na cidade introduziu uma nova dimensão política. Ligados por casamento a diversas casas nobres, eram divididos entre afroportugueses e enviados metropolitanos que animaram partidos opostos na corte até 1665 e intervieram em todas as lutas de sucessão”. 
(VANSINA, J. O Reino do Congo e seus vizinhos. OGOT, Bethwell A. História Geral da África V: África do século XVI ao XVIII, Brasília: UNESCO, 2010, p. 657-659) 
A partir do trecho acima e sobre a relação de portugueses e africanos, é correto afirmar: 
I. O trecho deixa claro que a influência de Portugal sobre os reinos africanos foi imensa. Uma delas foi a grande conversão dos africanos ao catolicismo. Todavia, um dos fatores que Portugal não influenciou completamente foi na escravidão. A escravidão já existia na África. O que Portugal fez foi torná-la uma atividade comercial e um elemento econômico, justamente após chegar ao Congo, em 1483. 
II. Uma das práticas comuns de Portugal, como o trecho bem ilustra, foi converter ao cristianismo os povos das regiões onde chegava. A finalidade, com isso, era facilitar o comércio de escravos. Os africanos cristianizados eram preferidos e, logo, mais fáceis de vender. 
III. A grande quantidade de africanos trazidos ao Brasil foi determinante para a formação de uma cultura brasileira possuidora de elementos africanos. Todavia, como os africanos eram cristianizados, não houve impacto das religiões africanas na formação da cultura brasileira. 
Assinale a alternativa que indique os itens corretos acima:
A - I, II e III.cancelRespondida
B - I. check_circleResposta correta
C - II e III.
D - II.
E - III.
7
“O domínio romano na África remonta ao período republicano, quando em 146 a.C. foi criada a África Proconsular, correspondente ao estado africano cartaginês. César e, definitivamente, Augusto anexaram a Numídia. Calígula e depois Cláudio acrescentaram as duas Mauritânias. Sob Septímio Severo, que era africano originário de Léptis, a urbanização e a civilização da África romana chegaram ao ápice. 
Após as etapas iniciais de conquista e o estabelecimento de colônias, ocorreu o processo de romanização, quando se operou uma transferência de cultura, isto é, quando instituições, religião e língua dos romanos se difundiram entre a população nativa. Tal processo, no entanto, afetou em diferentes graus um conjunto humano que na África do Norte, era desprovido de homogeneidade.” 
CORASSIN, Maria Luiza. Romanização e marginalidade na África do Norte. Revista Brasileira de História. N.5, p. 157-165, 1985, p. 158. 
Sobre o domínio romano no norte da África, é correto afirmar: 
I. Númidas e mouros aceitaram o domínio romano, pois eramadmiradores de sua cultura. Inclusive, ajudaram os romanos na batalha contra os árabes. 
II. Ao derrotar Cartago, Roma se apossou de grande parte de seus domínios. Todavia, levou mais de cem anos para que Roma conseguisse se impor culturalmente sobre o norte da África. 
III. Os romanos permitiram a continuidade das práticas e crenças dos povos berberes, todavia, conforme os contatos aconteciam, os berberes incorporavam elementos da cultura greco-romana. 
IV. Cartagineses já tinham aprimorado e desenvolvido as pequenas cidades berberes, todavia, foi o domínio romano que trouxe um grande desenvolvimento urbano para o norte da África. 
V. A História de Roma no norte da África se inicia no século II a.C., quando os romanos expulsam os árabes da região. 
Assinale a alternativa que indica os itens corretos:
A - I e V.cancelRespondida
B - I, III e V.
C - II e IV.
D - II, III e IV. check_circleResposta correta
E - III e IV.
8
“O tráfico atlântico de escravos teve um profundo impacto sobre o crescimento da população brasileira. No espaço de trezentos anos, navios negreiros trouxeram mais de quatro milhões de africanos para os portos brasileiros e, por ocasião do primeiro censo nacional em 1872, africanos e seus descendentes, Iivres e escravos, perfaziam 58% do total da população do país. Entretanto, apesar da importância do tráfico de escravos para a evolução demográfica da população brasileira, até bem pouco tempo o conhecimento sobre o assunto era relativamente pequeno”. 
(KLEIN, Herbert S. A demografia do tráfico atlântico de escravos para o Brasil. Estudos Econômicos, São Paulo, 17(2): 129-149, maio/ago. p. 129-130) 
Sobre o trecho acima e sobre os africanos trazidos à força para o Brasil, é correto afirmar: 
I. Apesar do elevado contigente de africanos trazidos ao Brasil, pouca influência cultural africana pode ser detectada na formação da cultura brasileira. 
II. Os africanos tiveram uma grande influência na formação da cultura brasileira, todavia, não influeciaram a religão, pois todos tiveram que se tornar cristãos e abdicar de suas religiões 
III. Os africanos vinham principalmente de regiões que hoje correspondem a Angola, Guiné, Congo, Moçambique e do Golfo da Guiné, vindo, assim, negros de origem banto e iorubá. 
Assinale a alternativa alternativa com a sequência correta:
A - I e II.cancelRespondida
B - I.
C - II e III.
D - II.
E - III. check_circleResposta correta
9
“Da rala pátria portuguesa, poucos homens, muito poucos, não mais de 2 mil por ano, saíram, no século XVI, para velejar nos cinco mares. Madeira, Açores, Cabo Verde, Bissau, Cacheu, Bisiguiche, Mina, São Tomé. Luanda, Benguela, Quelimane, Moçambique, Goa, Diu, Ormuz, Colombo, Malaca, Macau, Laguna, Piratininga, Rio de Janeiro, Salvador, Pernambuco, Maranhão. Os desclassificados do reino — deserdados, marginais urbanos, comerciantes cripto-judeus bastardos da pequena nobreza, funcionários, militares, baixo clero secular — se deslocavam até a periferia para colonizar as conquistas, enquanto cativos asiáticos, americanos e, sobretudo, africanos, eram deslocados para o centro para serem explorados colonialmente nos campos e cidades metropolitanas. De fato, no século XVI, o número de escravos introduzidos no reino se aproxima do número de portugueses partindo para os três continentes.” 
(ALENCASTRO, Luiz Felipe de. A economia política dos descobrimentos. NOVAES, Adauto (org.). A descoberta do homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 193-207, p. 198) 
A partir do trecho acima e considerando a escravidão praticada por Portugal, é correto afirmar:
A - A ação colonial portuguesa se restringiu à África. Por isso, não representou uma grande perda para o continente africano o tráfico praticado por Portugal, já que se buscava escravos para servir de mão-de-obra em Portugal, uma nação muito pequena.cancelRespondida
B - Ao chegar na África, Portugal encontrou já uma prática de escravidão, a qual era, no entanto, fruto de guerras ou de formas de estabelecimento de laços de dependência, que demonstravam o poder de quem tinha escravos. Portanto, a escravidão não era a base da economia da África. check_circleResposta correta
C - O impacto da retirada de negros da África foi pequeno, pois havia na África, no período, uma taxa de crescimento demográfico muito alta, o que também possibilitou que Portugal obtivesse muitos escravos.
D - O texto deixa claro que os escravos foram trazidos para Portugal para suprir o número de mão-de-obra que saía do país, para as atividades coloniais. Portanto, ao chegar a Portugal, os escravos encontraram boas condições e logo foram reconhecidos como cidadãos.
E - Portugal praticou a escravidão na África, pois era o sistema econômico e comercial que encontraram ali. Portugal tentou implementar formas mais modernas de trabalho, todavia, encontrou grande resistência.
10
“Negro da Guiné e gentio da Guiné’ foram as primeiras designações utilizadas para marcar a origem dos escravos africanos chegados à Bahia no século XVI. Mais do que um registro de procedência, estas expressões queriam significar a condição mesma de escravo na linguagem corrente da época. Seu uso se generalizara em Portugal, desde o final do século anterior, quando o tráfico de escravos começou a se transformar na mais potente empresa comercial daquele país. A multiplicidade cultural da África passava a ser ignorada pelos portugueses na razão direta em que o caráter de mercadoria se incorporava ao conjunto de sua população. Mas não linha sido sempre assim (p. 37). 
E o que era a Guiné, nos primeiros tempos do tráfico? No início, para os portugueses, a Guiné teria se restringido ao litoral da costa ocidental africana, que tinha como centro comercial a feitoria de Cachéu, subordinada às ilhas de Cabo Verde. Esta era a área descrita nos contratos de arrendamento do século XV. Entretanto, à medida em que a expansão do comércio português avançou para o sul, o termo passou a ser também utilizado para designar as partes do litoral então conhecidas como Costa da Pimenta, Costa do Marfim, Costa do Ouro e Costa dos Escravos. Assim, toda a África Ocidental ao norte do Equador, do Rio Senegal ao Gabão, era conhecida então como a Guiné (p. 39). 
OLIVEIRA, Maria Inês C. de. Quem era os “Negros da Guiné”? A origem dos africanos da Bahia. Afro-Ásia, 19/20, (1997), 37-73. 
I. Os portugueses tiveram uma preocupação bastante grande em definir claramente quem eram os africanos com quem se relacionavam, pois, assim, conseguiriam definir as características de cada um para vender no tráfico. 
II. Os portugueses não se preocupavam em entender quais eram os povos africanos. Assim, os negros acabavam sendo organizados conforme o porto de origem e, então, misturava-se muitos rivais e povos que não falavam o mesmo idioma. 
III. A presença portuguesa na África auxiliou na reorganização do território e na pacificação dos conflitos entre grupos inimigos, pois, ao delimitar territórios novos, Portugal acabou unindos os rivais. 
Com base no trecho acima e no impacto da escravidão e da presença europeia na África, é correto afirmar:
A - I e II.cancelRespondida
B - I e III.
C - I.
D - II. check_circleResposta correta
E - III.

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