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CÓDIGO NAPOLEÔNICO E A ESCOLA DE EXEGESE

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
VICTOR RABELO GOMES DE SANTANA
CÓDIGO NAPOLEÔNICO E A ESCOLA DE EXEGESE
RECIFE
2020
CÓDIGO NAPOLEÔNICO E A ESCOLA DE EXEGESE
	Nascida de uma concepção francamente iluminista, a ideia da codificação da lei é fruto da cultura racionalista existente na França. Os ideais iluministas encontraram forças histórico-políticas, culminando assim na Revolução Francesa, onde a ideia da codificação pode finalmente ganhar consistência política.
	Após a revolução, a França, que outrora ensinava por um Direito Natural, elaborou o Código Civil Frances. O Código Civil Napoleônico procurava unificar e positivar o Direito como mecanismo de controle político e social. Em relação a este Código, Norberto Bobbio afirma: “Este projeto nasce da convicção de que possa existir um legislador universal (isto é, um legislador que dita leis válidas para todos os tempos e para todos os lugares) e da exigência de realizar um direito simples e unitário . A simplicidade e a unidade do direito é o Leitmotiv, a ideia de fundo, que guia os juristas, que nesse período se batem pela codificação.”
	O Código Napoleônico eliminou os aspectos morais e religiosos, que antes havia no Corpo Iuris Civilis, pois com esse novo código “as velhas leis deveriam ser substituídas por um direito simples e unitário, que seria ditado pela ciência da legislação, uma nova ciência que, interrogando a natureza do homem, estabeleceria quais eram as leis universais e imutáveis que deveriam regular a conduta do homem”.
	Como uma das consequências da criação do Código Civil Frances, surgiu a Escola de Exegese e com ela tem-se o clímax do positivismo jurídico. Esta escola era, basicamente, a união de diversos juristas franceses que guiaram o desenvolvimento e a execução do Código Napoleônico, em particular o que se refere à exegese do texto.
	Os membros da Escola da Exegese alegavam que o Código Civil Francês seria fruto da razão, portanto ele deveria ser universal, rígido e atemporal, pois, para eles, o ordenamento era considerado perfeito, autossuficiente e todas as soluções encontravam-se no Código. A escola foi acusada de fetichismo da lei, em razão dos defensores da Escola da Exegese não aceitarem a existência de lacunas na lei, visto que, por ser fruto da razão, ela alcançaria todo o ordenamento jurídico. Este pensamento gerou um dos pilares da Escola da Exegese: a Teoria da Plenitude da Lei. Segundo a escola, deveria existir uma interpretação racional e nacional do Direito, sendo exegeta aquele que esclarece algo considerado difícil e obscuro e/ou aquele que esclarece a real acepção da norma.

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