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(12_08) A1 Conceito Contabilidade Impostos Faturados Despesas Operacionais

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ANANIAS PRUDENTE RAMOS 
Advogado – Administrador – Auditor – Contador – Perito Judicial 
Conteúdo Programático da Disciplina, Contabilidade Intermediaria II, nos termos do Plano de Ensino e 
Aprendizagem – PEA, do 5º semestre do Curso de Ciências Contábeis do Semestre letivo de 2019.2 
 
Aula Contabilidade Intermediaria II do dia 12/08/2019 
 
Conteúdo Teórico 
A Contabilidade Conceito e Objetivos 
Contabilidade é um sistema muito bem idealizado que permite registrar as transações de uma entidade 
que possam ser expressas em termos monetários e informar os reflexos dessas transações na situação 
econômico-financeira dessa entidade em uma determinada data. Gouveia, Nelson. Contabilidade Básica.São Paulo: 
Harbra,2001. 
 
Entre as diversas definições oferecidas pela literatura podemos considerar que a contabilidade é uma 
ciência que mensura, registra e controla as variações da riqueza no tempo, quer de um a pessoa física ou 
jurídica. Dessa forma o seu objeto fundamental é o patrimônio. Objetivo principal da contabilidade de 
acordo com a visão predominante seria gerar informações para a tomada de decisões. 
Nagatsuka, Divani Alves da silva: Contabilidade Introdutória.São Paulo:Thomson. 
 
A contabilidade, na qualidade de metodologia é especialmente concebida para captar, registrar, acumular, 
resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de 
qualquer ente,seja este pessoa física, ou pessoa jurídica. Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade 
Introdutória. São Paulo: Atlas. 
 
A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para tomada de decisões 
dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem 
decisões. Com o passar do tempo o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna 
obrigatória para a maioria das empresas. Marion, José Carlos. Contabilidade Básica. Sao Paulo: Atlas, 1998. 
 
A contabilidade como em qualquer linguagem estruturada, determinados símbolos ou palavras têm 
significados específicos que, embora derivem da linguagem usual de cada povo, podem ter significados 
que divergem, em maior ou menor grau, do habitual.Os termos utilizados pela Contabilidade são tirados da 
linguagem comum e portanto, são bastante simples e iguais aos que usamos no dia-a-dia. Por exemplo 
“Caixa” designa literalmente a caixa onde se guarda o dinheiro. O objetivo científico da Contabilidade 
manifesta-se na correta representação do Patrimônio e na analise das causas das suas mutações. Já sob 
ótica pragmática, a aplicação da contabilidade a uma entidade particularizada, busca prover os usuários 
com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e 
suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, 
expressos sob forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros meios 
Fundamento Legal 
Diz o Decreto 9.580/2018 – RIR Regulamento do Imposto de Renda 
Dos livros comerciais 
Art. 272. A pessoa jurídica é obrigada a seguir sistema de contabilidade com base na escrituração 
uniforme de seus livros, em correspondência com a sua documentação, e utilizar os livros e os papéis 
adequados, cujo número e espécie ficam a seu critério (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 1º; Lei nº 10.406, 
de 2002 - Código Civil, art. 1.179, caput e § 1º; e Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, § 6º). 
 
Livro diário 
Art. 273. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o livro diário, que deverá ser entregue 
em meio digital ao SPED (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 5º e art. 14; Lei nº 10.406, de 2002 - Código 
Civil, art. 1.180; e Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, § 6º). 
§ 1º No livro diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento, dia a dia, 
todas as operações relativas ao exercício da pessoa jurídica (Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, art. 
1.184, caput; e Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, § 6º). 
§ 2º A individuação a que se refere o § 1º compreende, como elemento integrante, a consignação 
expressa, no lançamento, das características principais dos documentos ou dos papéis que derem origem 
à escrituração (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 2º; e Decreto nº 64.567, de 1969, art. 2º). 
§ 3º A escrituração resumida do livro diário é admitida, com totais que não excedam o período de trinta 
dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do 
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares, regularmente autenticados, para registro 
individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação (Lei nº 10.406, de 
2002 - Código Civil, art. 1.184, § 1º). 
§ 4º O livro diário e os livros auxiliares referidos no § 3º deverão conter termos de abertura e de 
encerramento e ser autenticados nos termos estabelecidos nos art. 78 e art. 78-A do Decreto nº 1.800, de 
30 de janeiro de 1996 (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 5º, § 2º; e Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, art. 1.181). 
§ 5º Os livros auxiliares, tais como livro-caixa e livro contas-correntes, ficarão dispensados de autenticação 
quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros 
devidamente registrados e autenticados. 
 
Livro-razão 
Art. 274. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e de acordo 
com as normas contábeis recomendadas, livro-razão para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os 
lançamentos efetuados no livro diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação 
(Lei nº 8.218, de 1991, art. 14, caput). 
§ 1º A escrituração deverá ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações. 
§ 2º A não manutenção do livro-razão, nas condições determinadas, implicará o arbitramento do lucro da 
pessoa jurídica (Lei nº 8.218, de 1991, art. 14, parágrafo único). 
§ 3º O livro-razão deverá ser entregue em meio digital ao SPED (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, § 6º). 
 
Diz o Código Civil – Lei nº l0.406 - 10 de Janeiro de 2002. 
Artigo 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a 
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. 
Artigo 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por 
ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalo em branco, nem entrelinha, borrões, rasuras, 
emendas ou transportes para as margens. 
Artigo l.l84. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento 
respectivo, dia a dia, por escrita ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. 
 
Despesas Operacionais 
Conceito: 
As despesas operacionais são as despesas pagas ou incorridas e necessárias para o funcionamento da 
empresa. 
Fundamento Legal: 
Diz o Decreto 9.580/2018 – Regulamento do Imposto de Renda, RIR. 
Despesas necessárias 
Art. 311. São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa 
e à manutenção da fonte produtora (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, caput). 
§ 1º São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações 
exigidas pela atividade da empresa (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, § 1º) 
§ 2º As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou 
atividades da empresa (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, § 2º). 
 Classificação das Despesas Operacionais 
Administrativas Vendas Tributárias Financeiras 
Salários Comissões IPTU Juros Passivos 
Férias Propaganda IOF Descontos Concedidos 
13º Salários Hospedagem FGTS Variação Cambial Passiva 
Aluguel DevedoresDuvidosos INSS Variação Monetária Passiva 
Energia Elétrica Gastos de Viagem Taxas/Emolumentos Despesas Bancárias 
Telefone Fretes e Carretos Imposto Sindical 
Prêmios de Seguros Royalties 
Água 
Correios 
Xerox 
 
Taxas de Depreciações admitidas pela Receita Federal 
Conta 
Taxa 
Móveis e Utensílios 10% 
Máquinas e Equipamentos 10% 
Marcas e Patentes 10% 
Computadores 20% 
Veículos 20% 
Imóveis 4% 
 
Os Impostos Faturados 
Nome do Tributo Estado/Destino Alíquota 
ICMS Sobre as Vendas São Paulo 18% 
ICMS Sobre as Vendas RS, SC, PR, RJ e MG 12% 
ICMS Sobre as Vendas Demais Estados Brasileiros 7% 
PIS Sobre Vendas Todos os Estados Brasileiros 1,65% 
COFINS Sobre as Vendas Todos os Estados Brasileiros 7,60% 
ISQN Sobre as Vendas Nos Municípios Até 5% 
IPI Sobre as Vendas De acordo com o Produto Seletiva dada Essencialidade do Produto 
Conteúdo Prático 
Balanço Patrimonial A1 S/A em 31/12/X1 
Bancos 200.000,00 – Duplicatas a Receber 500.000,00 – Estoque de Mercadorias 145.500,00 - 
Imobilizado 500.000,00 – Depreciação Acumulada 160.000,00 - Duplicatas a Pagar 200.000,00 - Capital 
Social 800.000,00 – Reserva Legal 100.000,00 – Reserva Lucros a Destinar 85.500,00 
 
Notas Explicativas 
Bancos= Bradesco - Estoque de Mercadorias composto de 100.000 unidades, Sistema de Custeio dos Estoques Preço mais 
Recente (First in First Out – PEPS) - Imobilizado= Moveis e Utensílios= 200.000,00, Veículos= 300.000,00 - Capital Social 
representado por ações ordinárias de valor nominal de 1.000,00, cada uma - Estatuto Social Determina Dividendos Obrigatórios 
de 20%. 
 
Operações da A1 S/A de 01 de janeiro a 31 de dezembro de X2. 
1. Aumento do Capital Social para 1.000.000,00, com aproveitamento da totalidade da Reserva de 
Lucros a Destinar, diferença em moeda corrente nacional; 
2. Recebimento do saldo de duplicatas a receber, concedido desconto de 10%; 
3. Pagamento do saldo de duplicatas a pagar +10% juros; 
4. Compra em São Paulo a prazo de 80.000 unidades de mercadorias 300.000,00; 
5. Venda em São Paulo a prazo de 150.000 unidades de mercadorias valor 1.000.000,00. 
Pede-se escriturar os fatos acima no livro Razão nos termos do Artigo 273 do Decreto 9.580/2018 – RIR. 
Elaborar: 
I – Demonstração Financeira prevista na Resolução 685 do Conselho Federal de Contabilidade. 
II – Demonstração Financeira prevista no artigo 187 da Lei 6.404/76; 
III – Demonstração Financeira prevista no § 2º do artigo 186 da Lei 6404/76. 
IV – Demonstração Financeira prevista no artigo 178 da Lei 6.404/76. 
V – Demonstração Financeira, prevista no Inciso I do artigo 188 da Lei 6.404/76. 
VI – Demonstração Financeira, prevista no Inciso II, do artigo 188 da Lei 6.404/76. 
	ANANIAS PRUDENTE RAMOS
	Diz o Decreto 9.580/2018 – RIR Regulamento do Imposto de Renda
	Diz o Código Civil – Lei nº l0.406 - 10 de Janeiro de 2002.

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