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1 INSTITUTO FEDERAL EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ - CAMPUS LIMOEIRO DO NORTE COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR BACHARELADO EM AGRONOMIA REGIGLEUSON DE ALMEIDA RABELO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEORREFERENCIAMENTO E TOPOGRAFIA LIMOEIRO DO NORTE– CE 2017 2 INSTITUTO FEDERAL EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ - CAMPUS LIMOEIRO DO NORTE COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR BACHARELADO EM AGRONOMIA REGIGLEUSON DE ALMEIDA RABELO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEORREFERENCIAMENTO E TOPOGRAFIA Relatório de estágio supervisionado obrigatório apresentado ao Curso Superior Bacharelado em Agronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Limoeiro do Norte, como requisito à obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Empresa: SETEP (Serviços de Topografia, Engenharia e Projetos). Orientador: Prof. Dr. Luís Clenio Jario Moreira. LIMOEIRO DO NORTE– CE 2017 3 Relatório de estágio supervisionado obrigatório apresentado ao Curso de Bacharelado em Agronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Limoeiro do Norte, como requisito à obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Empresa: SETEP (Serviços de Topografia, Engenharia e Projetos). Banca Examinadora ______________________________________________ Prof. Dr. Luis Clenio Jario Moreira Professor Orientador ______________________________________________ Prof. Dr. Pahlevi Augusto de Souza Convidado ______________________________________________ Prof. Marcos Conrado de Lima Convidado LIMOEIRO DO NORTE – CE 2017 4 Relatório de estágio supervisionado obrigatório apresentado ao Curso de de Bacharelado em Agronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Limoeiro do Norte, como requisito à obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Empresa: SETEP (Serviços de Topografia, Engenharia e Projetos). ______________________________________________ Prof. Dr. Luis Clenio Jario Moreira Professor Orientador ______________________________________________ Miguel Monteiro Conrado Supervisor de Estágio ______________________________________________ Prof. Dr. Raimundo Ivan Remígio Silva Coordenador do Curso LIMOEIRO DO NORTE – CE 2017 5 Dedico este trabalho ao próprio autor, pelo enorme esforço realizado em todos esses anos na caminhada desse ciclo. 6 AGRADECIMENTOS Acima de tudo agradeço a Deus, por ter me dado forças, sabedoria, paciência e dedicação para enfrentar essa caminhada rumo à concretização deste sonho profissional, e também pessoal. A minha família que sempre me apoiou em todos os momentos da minha vida. Agradeço ao meu pai INACIO RODOLFO RABELO, pelo direcionamento profissional. À minha mãe, RAIMUNDA LIDUINA DE ALMEIDA RABELO por ser meu amparo nos momentos difíceis e por acreditar que sou capaz, incentivando-me a prosseguir. Agradeço ao meu irmão REGIOMARIO DE ALMEIDA RABELO pelo apoio e compreensão durante meus momentos de ausência para concretização deste curso. Agradeço a minha esposa e filha, a saber: CLAUDIANA COSTA DE LIMA e CLARA ALICE COSTA RABELO, por estarem sempre ao meu lado e por serem o refugio e alegria da minha vida. A todos os professores do curso Bacharelado em Agronomia, por sempre ministrarem com sabedoria e paciência mais que o conhecimento cientifico, mas também a experiência de vida profissional expondo as características do mercado de trabalho que é muito exigente em todos os aspectos. Agradeço também a todos servidores do IFCE- Campus Limoeiro do Norte. Agradeço ao meu orientador e supervisor do estágio MIGUEL MONTEIRO CONRADO, por contribuir com meu aperfeiçoamento teórico e profissional. Também ao professor orientador LUIS CLENIO JARIO MOREIRA pelos seus ensinamentos. Agradeço ao professor e coordenador do curso Bacharelado em Agronomia, RAIMUNDO IVAN REMIGIO SILVA por sua dedicação ao curso. Enfim agradeço ao IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Limoeiro do Norte), onde fiz o curso, por sempre lutar para continuar com as portas abertas a todos e preservando sempre o curso Bacharelado em Agronomia, que prepara profissionais qualificados para atuar na área de trabalho que é a base do nosso país. 7 “Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.” (Ayrton Senna) 8 RESUMO O relatório aqui apresentado foi elaborado para descrever as atividades realizadas pelo aluno durante o estagio realizado na empresa SETEP (Serviço de Topografia, Engenharia e Projetos) no período de julho a novembro de 2016. Inicialmente descreveu-se a importância da topografia, seu histórico, suas divisões, entre outros. Em seguida são relatadas aqui as áreas em que o aluno estagiário atuou, sendo elas: Topografia, desenho técnico e CAD, geoprocessamento e georreferenciamento de imóveis. Mostra também as atividades desenvolvidas durante o período de estagio, as quais foram dividas em praticas de campo e de escritório. As de campo foram: Certificação de propriedades rurais junto ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), CAR (cadastro Ambiental Rural), loteamento de terrenos, projetos de usucapião de imóveis, desenho auxiliado por computador, projetos arquitetônicos, levantamentos planialtimétricos, com estação total, com GPS geodésico, nivelamento geométrico e demarcação de poligonais áreas. Em escritório realizou-se os trabalhos com o auxilio de softwares tais como: AutoCAD, Trimble Business Center, GPS TrackMaker PRO, CAR - Módulo de Cadastro, Microsoft Excel, Google Earth, Google SketchUp e o Libre Office. Diante de todas as atividades realizadas, conclui-se que o estagio é uma excelente forma preparar o aluno na sua formação profissional, colocando em pratica os seus ensinamentos e conhecimentos adquiridos em sala de aula, formando assim profissionais aptos para ingressar no mercado de trabalho. Palavras Chaves: Agronomia, Cartografia, Geociência. 9 LISTA DE TABELAS Tabela. 01: Tabela 02: Tabela 03: Tabela 04: Levantamento processado do terreno, Coordenadas UTM, distância entre pontos (m), azimutes e o Sigmas.................................................. Planilha do SIGEF para certificação no INCRA................................... Planilha de criada com as coordenadas do GPS TrackMaker PRO....... Planilha calculada da caderneta de altimetria geométrica, na Rua Francisco Monteiro Maia, Centro de Morada Nova- CE....................... 53 53 55 61 10 LISTA DE FIGURAS Figura. 01: GPS geodésico (Trimble R4)............................................................. 27 Figura. 02: Base do GPS...................................................................................... 27 Figura. 03: Rover do GPS.................................................................................... 28 Figura. 04: Coletorado GPS................................................................................ 28 Figura. 05: Antena geodésica ............................................................................. 29 Figura. 06: Tripé da base..................................................................................... 29 Figura. 07: Tripé do Rover................................................................................... 30 Figura. 08: Fabricação do marco......................................................................... 30 Figura. 09: GPS de navegação............................................................................ 32 Figura. 10: Estação total...................................................................................... 33 Figura. 11: Prisma............................................................................................... 34 Figura. 12: Baliza telescópica.............................................................................. 34 Figura. 13: Tripé da estação................................................................................. 35 Figura. 14: Bússola.............................................................................................. 35 Figura. 15: Nível automático................................................................................ 37 Figura. 16: Tripé do nível automático................................................................ 38 Figura. 17: Mira falante....................................................................................... 38 Figura. 18: Nível de cantoneira........................................................................... 39 Figura. 19: Trena................................................................................................. 39 Figura. 20: Baliza telescópica.............................................................................. 41 Figura. 21: Piquetes.............................................................................................. 41 Figura. 22: Consultoria no assentamento............................................................ 42 Figura. 23: Assentados do INCRA em Morada Nova- CE.................................. 43 Figura. 24: Chaves USB usadas no computador.................................................. 43 Figura. 25: Escritório da empresa SETEP............................................................ 44 Figura. 26: Escritório e computador da SETEP................................................... 44 Figura. 27: GPS geodésico sendo descarregado no computador. ....................... 46 Figura. 28: Instalação do marco de cimento em Quixadá-CE.............................. 51 Figura. 29: Instalação da base do GPS em Quixadá-CE...................................... 51 Figura. 30: Conectando o rover do GPS na coletora.......................................... 52 11 Figura 31 Rover do GPS instalado no vértice do terreno em Quixadá-CE......... Figura 32 Serviço locação de terreno com estação total em Granjeiro-CE........ Figura 33 Serviço de locação de estrada em estação total em Jaguaribara-CE... Figura 34 Display da estação total...................................................................... Figura 35 Locação de área com estação total em Morada Nova -CE................. Figura 36 Visão do retículo da estação total, locação de terreno........................ Figura 37 Estação total sendo descarregada no computador................................ Figura 38 Terreno demarcado com o uso da estação total................................... Figura 39 Terreno demarcado curvas de nível com uso da estação total............. Figura 40 Nivelamento de estrada com nível automático em Palmacia.............. Figura 41 Locação da rua Francisco Monteiro Maia........................................... Figura 42 Perfil longitudinal da rua Francisco Monteiro Maia............................ Figura 43 Planta georreferenciada....................................................................... Figura 44 Projeto arquitetônico............................................................................ Figura 45 Projeto arquitetônico planta situação................................................... Figura 46 Projeto arquitetônico prancha locação e coberta................................. Figura 47 Projeto arquitetônico prancha planta baixa.......................................... Figura 48 Projeto arquitetônico prancha cortes.................................................... Figura 49 Projeto arquitetônico fachadas............................................................. Figura 50 Modelagem 3D de residência.............................................................. Figura 51 Projeto de loteamento em Ibicuitinga.................................................. Figura 52 Projeto de loteamento curvas de nível em Ibicuitinga......................... Figura 53 Orçamento............................................................................................ Figura 54 Pontos GPS de um terreno descarregado no GPS................................ Figura 55 Imagens Google Earth......................................................................... Figura 56 Processamento de dados do GPS geodésico no TBC correção da base....................................................................................................................... Figura 57 Processamento de dados do GPS geodésico no TBC.......................... Figura 58 Serviço de planialtimetria Auto CAD................................................. Figura 59 Continuação serviço planialtimetria Auto CAD.................................. 52 56 56 56 57 57 58 59 59 61 62 62 64 64 65 65 66 66 67 67 68 68 69 69 70 70 71 71 72 12 SUMÁRIO RESUMO.......................................................................................................... 08 1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 14 2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO........................................ 16 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTAGIO.......................................................... 18 3.1 Referencial teórico.............................................................................. 18 3.1.1 Topografia.................................................................................. 18 3.1.2 Desenho técnico e CAD............................................................. 20 3.1.3 Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis............. 21 3.2 Metodologia........................................................................................ 24 3.2.1 Equipamentos e Softwares utilizados........................................ 25 3.2.2 Atividades de Campo................................................................. 26 3.2.2.1 Levantamento com GPS geodésico................................. 26 3.2.2.2 Levantamento com GPS de navegação........................... 31 3.2.2.3 Levantamento topográfico com estação total.................. 32 3.2.2.4 Nivelamento geométrico com nível automático.............. 36 3.2.2.5 Demarcação de poligonais de áreas com trena................ 40 3.2.2.6 Consultorias, treinamentos e palestras............................. 42 3.2.2 Atividades no Escritório............................................................ 43 3.2.2.1 AutoCAD........................................................................ 45 3.2.2.2 Microsoft Office.............................................................. 45 3.2.2.3 GPS TrackMaker PRO.................................................... 46 3.2.2.4 Trimble Business Center (TBC)......................................46 3.2.2.5 Google Earth................................................................... 47 3.2.2.6 Google SketchUp............................................................. 48 3.2.2.7 CAR - Módulo de Cadastro............................................. 49 3.2.2.8 Libre Office..................................................................... 49 3.3 Resultados e análise............................................................................ 50 3.3.1 GPS Geodésico e Navegação...................................................... 50 3.3.2 Estação total................................................................................ 55 13 3.3.3 Nível automático......................................................................... 60 3.3.4 Uso da trena............................................................................... 63 3.3.5 Softwares.................................................................................... 63 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 73 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 74 6 ANEXOS........................................................................................................... 77 6.1 Planilhas de coordenadas.................................................................... 77 6.2 Planilha do SIGEF.............................................................................. 78 6.3 Plantas georreferenciadas.................................................................... 79 6.4 Memoriais técnicos descritivos........................................................... 81 6.5 ART (Anotação Reponsabilidade Técnicas)....................................... 84 6.6 Planta e Memorial do INCRA............................................................. 86 6.7 Recibo de CAR (Cadastro Ambiental Rural)...................................... 89 6.8 Cadernetas de topografia usadas em campo....................................... 92 - 14 1. INTRODUÇÃO A topografia foi criada pelo homem pela necessidade de se ter uma base na realização de trabalhos em diversas áreas, principalmente as que envolvessem a sua sobrevivência. No princípio alguns historiadores afirmam que o homem já fazia mapas antes mesmo de desenvolver a escrita, mostrando um exemplo de sua utilização. Com o tempo, através de observações e deduções foram surgindo técnicas e equipamentos, que facilitaram tanto a obtenção de dados quanto a sua representação. Existem varias formas em que a topografia é aplicada, para fins de orientação, navegação, construção civil, agricultura, segurança, guerras dentre outras. O relatório aqui apresentado dispõe sobre o estagio realizado junto à empresa, nome fantasia SETEP (Serviço de Topografia, Engenharia e Projetos), nome empresarial Inácio Rodolfo Rabelo Serviços, na qual foram executadas varias atividades relacionadas com a topografia, o desenho técnico e CAD, o geoprocessamento e georreferenciamento de imóveis. Essas atividades foram desenvolvidas tanto no campo quanto no escritório, sendo que ambas são dependentes uma da outra para obtenção dos seus resultados finais. Nos trabalhos de campo foram usados equipamentos de alta precisão como, por exemplo: o GPS geodésico (Trimble R4), GPS de Navegação (Garmin 76 CSX), Estação total (Topcon TKS 202), Nível automático (Topcon ATB 4), Teodolito (Espectra Precision DET 2). Com os mesmos, foi possível elaborar a certificação de propriedades rurais junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrários (INCRA), o Cadastro Ambiental Rural (CAR), loteamento de terrenos, projetos de usucapião de imóveis, levantamentos planialtimétricos e demarcação de poligonais de áreas. Após a obtenção dos dados no trabalho em campo, em escritório realizou-se trabalhos com o auxilio de softwares tais como: AutoCAD, Trimble Business Center, GPS TrackMaker PRO, CAR - Módulo de Cadastro, Microsoft Office, Google Earth, Google SketchUp e o Libre Office, para a realização de atividades como por exemplo a elaboração de plantas georreferenciadas, memoriais técnicos descritivos, relatórios de processamentos de dados de GPS geodésico, planilhas de nivelamento, de calculo de volumes e aterro, de coordenadas, de curvas de nível, de orçamentos, imagens de satélites, projetos arquitetônicos e recibo de 15 cadastro do CAR, tendo como objetivo a precisão dos projetos e do material final de entrega para os clientes. A empresa possui as seguintes atividades econômicas: Serviços de cartografia, topografia e geodésia, de agronomia e de consultoria às atividades agrícolas e pecuárias, de arquitetura, de engenharia, de desenho técnico relacionados à arquitetura e engenharia, construção de rodovias e ferrovias, obras de terraplenagem, corretagem na compra e venda e avaliação de imóveis. O estágio teve inicio no dia 04/07/2016 onde se começou a desenvolver as atividades citadas acima e termino no dia 14/11/2016, totalizando uma carga horária de 360 horas. Todas as atividades realizadas estão descritas, com objetivo de informar e comprovar a realização do estágio. Sendo uma forma de por em prática todos os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso, o estágio foi de fundamental importância para a formação profissional do aluno. Desse modo o aluno estagiário pode aplicar e aperfeiçoar seus conhecimentos obtidos em sala de aula de uma forma prática nos vários trabalhos realizados no estagio. Para que o estagiário tenha grandes opções de trabalho e chegar ao mercado de trabalho de uma forma bastante promissora. Assim o estágio objetivou preparar o aluno na sua formação profissional, colocando em pratica os seus ensinamentos e conhecimentos adquiridos em sala de aula, que resultarão em profissionais melhores capacitados para ingressar no mercado de trabalho. 16 2. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO A empresa SETEP (Serviços de Topografia, Engenharia e Projetos) tem como proprietário Inácio Rodolfo Rabelo, inscrita no CNPJ 06.892.426/0001-83, com registro no CREA-CE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará) de n° 43278 e o credenciamento no INCRA com o código FTDA, tem sede na cidade de Morada Nova- CE, na Rua Mundico Regino, 250, bairro da Girilândia. A empresa executa atividades e serviços especializados na área de topografia, cartografia e Geodésia em todo o estado do Ceará. Tem abertura legal desde 07 de abril de 1982 sua natureza é de empresário individual e se encontra ativa, prestando serviços em entidades particulares e públicas como prefeituras, órgãos municipais, estaduais e federais. O quadro de funcionários é preenchido pelos os responsáveis técnicos Miguel Monteiro Conrado, possuindo o nível superior com registro no CREA-CE 9774 e supervisor do estagio, os responsáveis técnicos de nível médio com registro no CREA-CE, são eles Regiomario de Almeida Rabelo registro no CREA-CE 49115, com cargo de geomensor e topógrafo, Regigleuson de Almeida Rabelo registro no CREA-CE 49114, com o cargo de desenhista técnico (cadista) e estagiário e 03 auxiliares de topografia. A empresa colabora no desenvolvimento dos municípios onde atua como, por exemplo, na elaboração de projetos georeferenciados de propriedades rurais, imóveis urbanos, com o objetivo de certificação junto ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), CAR (Cadastro Ambiental Rural), registro de Usucapião e executa divisões de áreas e travessões para produtores rurais. Elabora também projetos de pavimentação de ruas com a execução do serviço topográfico, projetos de loteamentos, projetos de curvas de nível de áreas, projetam passagens molhadas, bueiros,Barragens, elaboração de projetos arquitetônicos de edificações residenciais, e por fim realiza a sistematização de áreas para plantio de culturas com o auxilio de levantamentos planialtimétricos. O estagiário em questão já possui vinculo empregatício na empresa, com o cargo de desenhista técnico (cadista) e também é responsável da empresa com os cursos técnicos em Edificações, Agricultura e Agropecuária. O mercado na nossa região ainda tem muito a crescer, porem há necessidade de profissionais habilitados para os serviços. Nos últimos anos a empresa obteve um grande crescimento e atualmente está prestando serviços particulares em 17 todo o estado do Ceará, e possui vínculos de serviços com varias prefeituras do mesmo estado, como por exemplo: Palmacia, Ibicuitinga, Ocara, Granjeiro, Ererê e Morada Nova, que com isso vem proporcionando crescimento em todo o estado do Ceará. 18 3. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 3.1. Referencial teórico 3.1.1. Topografia Segundo Domingues (1979), a definição da palavra "Topografia" deriva das palavras gregas "topos" (lugar) e "graphen" (descrever), o que significa a descrição exata e minuciosa de um lugar. Sua finalidade é determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de minas, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. Compete ainda à Topografia, a locação no terreno, e elaboração de projetos de engenharia (DOMINGUES, 1979). Ainda segundo o autor, a topografia é importante porque ela é a base de qualquer projeto e de qualquer obra realizada por engenheiros ou arquitetos. Por exemplo, os trabalhos de obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios, aeroportos, hidrografia, usinas hidrelétricas, telecomunicações, sistemas de água e esgoto, planejamento, urbanismo, paisagismo, irrigação, drenagem, cultura, reflorestamento etc., todos se desenvolvem em função do terreno sobre o qual se assentam. Portanto, é fundamental o conhecimento pormenorizado deste terreno, tanto na etapa do projeto, quanto da sua construção ou execução, e a Topografia, fornece os métodos e os instrumentos que permitem este conhecimento do terreno e asseguram uma correta implantação da obra ou serviço. Diferença entre Geodésia e Topografia: a Topografia é muitas vezes confundida com a Geodésia, pois se utilizam dos mesmos equipamentos e praticamente dos mesmos métodos para o mapeamento da superfície terrestre. Porém, enquanto a Topografia tem por finalidade mapear uma pequena porção daquela superfície (área de raio até 30 km), a Geodésia, tem por finalidade, mapear grandes porções desta mesma superfície, levando em consideração as deformações devido à sua esfericidade. Portanto, pode-se afirmar que a Topografia, menos complexa e restrita, é apenas um capítulo da Geodésia, ciência muito mais abrangente. 19 A porção da superfície terrestre, levantada topograficamente, é representada através de uma Projeção Ortogonal Cotada que denomina-se Superfície Topográfica. Isto equivale dizer que, não só os limites desta superfície, bem como todas as suas particularidades naturais ou artificiais, serão projetadas sobre um plano considerado horizontal. A esta projeção ou imagem figurada do terreno dá-se o nome de Planta ou Plano Topográfico (ESPARTEL, 1987). Segundo Borges (1999), os levantamentos planimétricos são medidas das grandezas sobre um plano horizontal. Essas grandezas são as distâncias e os ângulos, portanto, as distâncias horizontais e os ângulos horizontais que serão representados em uma planta. De acordo com Garcia e Piedade (1983), as grandezas medidas em um levantamento topográfico podem ser de dois tipos: angulares e lineares. Classicamente a Topografia é dividida em Topometria e Topologia. A Topometria estuda os processos clássicos de medição de distâncias, ângulos e desníveis, cujo objetivo é a determinação de posições relativas de pontos. Pode ser dividida em planimetria e altimetria. Enquanto a Topologia tem por objetivo o estudo das formas exteriores do terreno e das leis que regem o seu modelado. A topografia é a base para diversos trabalhos de engenharia, onde o conhecimento das formas e dimensões do terreno são importantes. Alguns exemplos de sua aplicação: • Projetos e execução de estradas; • Grandes obras de engenharia, como pontes, portos, viadutos, túneis, etc.; • Locação de obras; • Trabalhos de terraplenagem; • Monitoramento de estruturas; • Planejamento urbano; • Irrigação e drenagem; • Reflorestamentos; • Etc. Em diversos trabalhos a topografia está presente na etapa de planejamento e projeto, fornecendo informações sobre o terreno, na execução e acompanhamento da obra, realizando 20 locações e fazendo verificações métricas e finalmente no monitoramento da obra após a sua execução, para determinar, por exemplo, deslocamentos de estruturas. A topografia é uma atividade básica para qualquer serviço de engenharia, sejam elas a Civil, Ambiental, Florestal; Agronomia; Arquitetura e o paisagismo; Controle geométrico e execução de obras. Assim, a topografia é essencial para qualquer projeto ou obra a ser realizada, desde os serviços simples de medições até os mais complexos como, por exemplo, os trabalhos de obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios, aeroportos, hidrografia, usinas hidrelétricas, telecomunicações, sistemas de água e esgoto, urbanismo, paisagismo, irrigação, drenagem, reflorestamento. Todos são realizados mediante os métodos e instrumentos fornecidos pela topografia que permitem primeiro conhecer o terreno e posteriormente assegurar uma correta implantação da obra ou serviço. 3.1.2. Desenho técnico e CAD O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura (RIBEIRO, 2009). Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. Segundo Montenegro (2001), a representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais evoluiu gradualmente através dos tempos. No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de fortificações, o matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era dotado de extraordinária habilidade como desenhista, criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os 21 elementos do plano e do espaço. O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo Desenho Técnico. O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos: Desenho projetivo – São os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas. Desenho não-projetivo – Na maioria dos casos correspondem a desenhos resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas etc. Antigamente os desenhos eram criados usando ferramentas manuais, como: lápis, réguas, etc. Hoje em dia ainda se usam essas ferramentas para fazer alguns desenhos. Mas com o avanço da tecnologia, os desenhos passaram a ser elaborados em computadores, mais precisamente, nos softwares de desenho técnico que a cada ano vem evoluindo bastante. Esses desenhos são chamados de CAD – Desenho Auxiliado por Computador. Podem ser citados vários softwares, como: AutoCAD, Surfer, SolidEdge, Rhinoceros, etc. Um dos mais utilizados é o AutoCAD, que é produzido pela empresa AutoDesk. Estes softwares são bempráticos por sua multifuncionalidade. Nos trabalhos realizados durante este estágio foi utilizado o Software AutoCAD. 3.1.3. Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis Georreferenciar uma imagem ou mapa é tornar suas coordenadas conhecidas num dado sistema de referência. A obtenção das coordenadas dos pontos de controle pode ser realizada em campo a partir de levantamentos topográficos, utilizando o GPS (EPUSP, 2006). Conforme Figueiredo (2005), o georreferenciamento tem utilização ampla, sendo essencial em diversos segmentos do meio civil como: navegação, posicionamento geográfico, agricultura de precisão, monitoramento de áreas ambientais e controle de frotas. Para o desempenho dessas atividades é fundamental o uso do Global Positioning System- GPS, que é na atualidade o equipamento mais eficiente para a coleta de informações 22 espacializadas pontuais, lineares e poligonais, tarefa essa conhecida como georreferenciamento (ROQUE et al., 2006). Segundo Gomes et al. (2001 apud ROQUE et al., 2006). O princípio básico de navegação pelo GPS é relativamente simples. Consiste na medida das distâncias entre o receptor e o satélite, que é calculada pelo tempo que a programação (sinal GPS), gerada no satélite, leva para chegar até a antena receptora. Como o sinal viaja através da atmosfera com a velocidade da luz, a distância é obtida pela multiplicação desta pelo tempo que o sinal levou para chegar ao receptor. De acordo com Rocha (2003), o GPS é um sistema de rádio navegação baseado em satélites. O GPS permite que usuários em terra, mar e ar determinem suas posições tridimensionais (latitude, longitude e altitude), velocidade e hora, 24 horas por dia, independente de condições atmosféricas e em qualquer lugar do mundo. Segundo Rocha (2003), o funcionamento do GPS é suportado por 3 segmentos principais: o Segmento Espacial, constituído pela constelação dos 24 satélites operacionais e toda a tecnologia de comunicação de dados a partir dos mesmos. O Segmento de Controle, formado por um conjunto de estações terrestres onde funciona toda a inteligência e controle do Sistema, e o Segmento de Usuários, constituído pelos receptores GPS e todas as técnicas e processos, empregados pelos usuários em suas aplicações. O sistema de referência adotado para os satélites do GPS é o WGS84. Isto acarreta que os resultados dos posicionamentos realizados com o GPS referem-se a este sistema geodésico, devendo ser transformados para o sistema SAD-69, adotado no Brasil, regulamentado na Resolução do Presidente do IBGE nº 23 de 21 de fevereiro de 1989 (BRASIL, 1993). Atualmente esse sistema foi substituído pelo SIRGAS 2000. O georreferenciamento deve ser utilizado de forma obrigatoriedade para descrever imóveis rurais, em seus limites, características e confrontações, através de memorial descritivo firmado por profissional habilitado, com a devida ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e com precisão posicional fixada pelo INCRA (BRASIL, 2001). 23 Todos os imóveis rurais do país - assim definidos como os que não foram declarados urbanos pela autoridade municipal - sejam eles públicos ou privados devem ser georreferenciados. Segundo a Lei 10.267/01 as propriedades rurais devem estar georreferenciadas ao SGB, sendo que o INCRA estabeleceu norma técnica com esta finalidade. As atividades geodésicas têm experimentado uma verdadeira revolução com o advento do Sistema de Posicionamento Global (GPS). A capacidade que este sistema possui de permitir a determinação de posições, estáticas ou cinemáticas, aliando rapidez e precisão muito superiores aos métodos clássicos de levantamento, provocou a necessidade de revisão das características do SGB. Tanto que em 1996, deu-se início a operacionalização da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo – RBMC, que implantou o conceito de rede ativa, através do monitoramento contínuo de satélites do GPS (PEREIRA E AUGUSTO, 2004). Segundo Pereira e Augusto (2004), de acordo com a norma técnica emitida pelo INCRA, somente as seguintes estações e redes são admitidas como referências para os levantamentos: a) redes geodésicas estaduais estabelecidas a partir do rastreamento de sinais de satélites de posicionamento e homologadas pelo IBGE; b) vértices da rede fundamental (1ª ordem) brasileira, desde que os mesmos tenham sido reocupados com rastreadores de sinais do GPS, e suas novas coordenadas homologadas pelo IBGE; c) estações ativas receptoras de sinais de satélites do GPS, da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo - RBMC/IBGE; d) estações ativas receptoras de sinais de satélites do GPS, da Rede INCRA de Bases Comunitárias do GPS – RIBaC, quando homologadas; e) estações ativas receptoras de sinais de satélites do GPS, pertencentes a outros órgãos públicos ou empresas privadas, desde que homologadas pelo IBGE; f) linhas de nivelamento geométrico e/ ou redes trigonométricas, quando necessárias ao apoio vertical, homologadas pelo IBGE. Portanto o levantamento do imóvel deverá partir sempre de uma estação pertencente ao SGB e de acordo com a norma técnica emitida pelo INCRA, as coordenadas utilizadas como referência deverão ter seus respectivos indicadores de precisão fornecidos pela entidade que as determinou; no caso presente o IBGE (PEREIRA e AUGUSTO, 2004). 24 3.2. Metodologia O estágio realizado na empresa SETEP topografia, foi realizado no período de 04/07/2016 à 14/11/2016, onde foram desenvolvidas varias atividades práticas de campo e outras no escritório ambas serão descritas posteriormente. Inicialmente nos serviços de campo eram utilizados diversos equipamentos pelo aluno estagiário e pelos funcionários da empresa, como estação total, teodolito, GPS geodésico e de navegação entre outros. De acordo com Brinker e Wolf (1977), o trabalho prático, ou seja, de campo, da Topografia pode ser dividido em cinco etapas: 1) Tomada de decisão: Onde se relacionam os métodos de levantamento, equipamentos, posições ou pontos a serem levantados. 2) Trabalho de campo ou aquisição de dados: Fazer as medições e gravar os dados. 3) Cálculos ou processamento: Elaboração dos cálculos baseados nas medidas obtidas para a determinação de coordenadas, volumes, etc. 4) Mapeamento ou representação: Produzir o mapa ou carta a partir dos dados medidos e calculados. 5) Locação ou demarcação do serviço. De acordo com a Norma Brasileira para execução de Levantamento Topográfico, NBR 13133, o levantamento topográfico é um conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala pré-determinada e à sua representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com equidistância também pré-determinada e/ou pontos cotados (ABNT, 1991). Já nos serviços de escritório, o aluno estagiário que também é contratado pela empresa, ficava responsável por elaborar os projetos e para isso usava o software AutoCAD. 25 3.2.1. Equipamentos e Softwares utilizados A empresa SETEP (Serviço de Topografia, Engenharia e Projetos) possui diversos equipamentos e softwares voltados para área. Além de equipamentos, têm-se ainda bons operadores, o que é importante que para obter a qualidade de um serviço. Os equipamentos são modernos, bem calibrados e as ferramentas computacionais são precisas no processamento e cálculo dos dados coletados em campo. Para as varias atividades desenvolvidas no estagio foram utilizados muitosEquipamentos e softwares que são os seguintes: Equipamentos: Teodolito mecânico (FG-T3); Teodolito eletrônico (Espectra Precision DET 2); Estação Total (Topcon TKS 202); Nível Automático (Topcon ATB 4); GPS Geodésico (T rimble R4); GPS de Navegação (Garmin 76 CSX); Bússola; Primas; Trenas de 50, 30 e 5 metros; Nível de mão; Balizas; Tripé de metal; Mira falante. Softwares: AutoCAD; Trimble Business Center; GPS TrackMaker PRO; Google Earth; Google SketchUp; 26 CAR - Módulo de Cadastro; Microsoft Office; Libre Office. 3.2.2. Atividades de Campo As atividades de campo foram realizadas com objetivo de coleta de dados, os quais são usados para um determinado serviço. Na topografia existem vários métodos e equipamentos, muitos deles são específicos para um trabalho, os equipamentos da empresa que são utilizados nas atividades em campo serão descritos a seguir. 3.2.2.1. Levantamento com GPS geodésico A Empresa por ser credenciada no INCRA tem atribuição de realizar serviços de levantamento com o GPS geodésico, assim foram contratados para fazer vários trabalhos em diferentes regiões no Ceará. Esse GPS é mais complexo, mais preciso e possui os seguintes componentes: 1. GPS geodésico (Trimble R4) (Figura 01); 2. Base do GPS (Figura 02); 3. Rover do GPS (Figura 03); 4. Coletora do GPS (Figura 04); 5. Antena geodésica (Figura 05); 6. Tripé da base (Figura 06); 7. Tripé do Rover (Figura 07); 8. Marco de cimento (Figura 08); 9. Trena (Figura 19). 27 Figura 01: GPS geodésico (Trimble R4) Fonte: Próprio autor, 2016. Figura 02: Base do GPS Fonte: Próprio autor, 2016. 28 Figura 03: Rover do GPS Fonte: Próprio autor, 2016. Figura 04: Coletora do GPS Fonte: Próprio autor, 2016. 29 Figura 05: Antena geodésica Fonte: Próprio autor, 2016. Figura 06: Tripé da base Fonte: Próprio autor, 2016. 30 Figura 07: Tripé do Rover Fonte: Próprio autor, 2016. Figura 08: Fabricação do Marco. Fonte: Próprio autor, 2016. Para fazer o levantamento com GPS geodésico deve-se instalar a base do equipamento em um ponto fixo, calculando uma coordenada através de marcos homologados do IBGE, por 31 triangulação e dando precisão e acurácia ao ponto base de 5 mm por ponto coletado. Em seguida com o equipamento rover que é usado para marcar pontos nos vértices ao longo da poligonal do perímetro da propriedade, sendo estacionado em cada ponto por no mínimo 20 minutos por vértice do terreno e anotam-se as coordenadas referentes a cada estação. Todos os procedimentos são controlados pela coletora do equipamento que esta em comunicação com a base e com o rover através de bluetooth, assim o operador tem o controle de todo o levantamento, observando também a quantidade de satélites com sinal disponível que é no mínimo 4, o clima no dia de serviço, os corpos que podem atrapalhar os sinais, por exemplo edificações, árvores e etc. Estacionou-se a antena geodésica montada na baliza telescópica à uma altura de 1,5 metros, e programou-se o aparelho GPS para captar (receber) os pontos enviados pelos satélites referentes ao ponto da estação(antena montada), aguardou-se em média 20 minutos para que se tivesse uma maior precisão, em seguida em cada vértice e ponto coloca-se um marco de cimento como mostra a (Figura 08) e depois finalizou-se o processo anotando as coordenadas do ponto da estação. Realizou-se o mesmo processo com todos os vértices da propriedade, em seguida é preciso processar os dados coleados em campo e é usado o software Trimble Business Center. 3.2.2.2. Levantamento com GPS de navegação A Empresa foi solicitada em fazer vários trabalhos com o uso do GPS de navegação, serviços esses com mesmo exigências de precisão, por conta de sua margem de erro, que pode chegar em até 5 metros, para isso utilizou-se os seguintes os materiais: 1. GPS de Navegação (Garmin 76 CSX) (Figura 09); 2. Prancheta; 3. Caneta; 4. Papel. 32 Figura 09: GPS de Navegação (Garmin 76 CSX) Fonte: próprio autor, 2016. O levantamento com GPS navegação consiste em marcar pontos nos vértices ao longo da poligonal do perímetro da propriedade, estacionando em cada vértice do terreno e anotando-se as coordenadas referentes a cada estação. Estacionou-se o aparelho GPS de Navegação (Garmin 76 CSX) esperando a estabilidade do sinal de satélites e a margem da precisão do equipamento caia o menos possível em cada vértice ao longo da poligonal do perímetro da área, assim captando os pontos, enviado pelos satélites referente à estação do aparelho e depois finalizou-se o processo anotando as coordenadas do ponto da estação. Realizou-se o mesmo processo com todos os vértices da propriedade. 3.2.2.3. Levantamento topográfico com estação total Dando sequência ao trabalho realizaram-se vários serviços em diferentes municípios do Ceará usando a estação total (Figura 10). O levantamento com estação total é feito da seguinte forma: um operador (operador 1) fica responsável pelo aparelho, que fica estacionado em um ponto estratégico no qual é 33 possível ter uma visão ampla do terreno a ser medido. Um outro operador (operador 2) carrega um conjunto formado pela baliza e prisma, este se movimenta ao longo do terreno, posicionando o seu equipamento em pontos escolhidos para fazer a representação do terreno. Materiais utilizados: 1. Estação Total (modelo Topcon TKS 202) (Figura 10); 2. Prisma (Figura 11); 3. Baliza telescópica (Figura 12); 4. Tripé (Figura 13); 5. Bússola (Figura 14). Figura 10: Estação Total (modelo Topcon TKS 202) Fonte: próprio autor, 2016. 34 Figura 11: Prisma Fonte: próprio autor, 2016. Figura 12: Baliza telescópica Fonte: próprio autor, 2016. 35 Figura 13: Tripé da Estação Total Fonte: próprio autor, 2016. Figura 14: Bússola Fonte: próprio autor, 2016. 36 Nos serviços realizados primeiramente fez-se o processo de montagem do equipamento que consiste em estacionar, centralizar, nivelar e colimar a estação total. Em seguida o auxiliar de topografia monta o seu equipamento acoplando o prisma na baliza. Logo após todos os equipamentos devidamente instalados e montados começa-se o levantamento propriamente dito. Liga-se o aparelho e espera ele orientá-lo, ele pedirá que o operador dê um giro de 360° tanto no seu eixo vertical como horizontal. No mesmo instante o auxiliar se posiciona no local escolhido para fazer as leituras, com a posição exata e com o seu aparelho posicionado devidamente correto, o topografo aciona os comandos do teclado do display do equipamento. Automaticamente, o próprio aparelho já mostra em seu visor o ângulo horizontal (referente ao norte magnético), o ângulo vertical e a distancia (da estação total até o ponto em que o prisma está posicionado). Para colimar (zerar ao norte magnético) o aparelho é necessário que ele já tenha sido ligado. Este processo é feito da seguinte forma: o topografo com o auxilio da bússola localiza o norte Magnético e posiciona o aparelho na direção do próprio, em seguida o ele aciona o botão de ângulo (botão 4 para o modelo utilizado) e depois seleciona a opção -zerar ângulo- (que é acionada pressionando o botão 1 neste modelo). Ao termino da leitura de cada ponto anotasse os resultados na caderneta de campo. (a caderneta de campo segue em anexo), assim é locado o trabalho em campo. 3.2.2.4. Nivelamento geométrico com nível automático Durante o estagio realizou-se vários serviços de nivelamentos. Para fazer um nivelamento geométrico é preciso de uma equipe composta por topógrafo (responsável pelas leituras), auxiliar1(responsável por segurar a mira falante com o nível de cantoneira) e auxiliares 2 e 3 (responsáveis pela confecção da malha ou a demarcação de uma poligonal aberta com uso de trena). Ao mesmo tempo em que o topógrafo estaciona e nivela o aparelho os auxiliares 2 e 3 com o auxilio da trena confeccionam a malha ou vão medindo e locando uma estrada com 37 medidas variadas entre 10 a 40 metros. Essas medidas serviram de guia para o auxiliar 1 que se posicionará em cada vértice (piquete) com a mira falante e posteriormente o topografo ira realizar as leituras da mira anotando em planilhas anexas, ele ira criar um RN (Referencial de Nível), onde será usado posteriormente para os cálculos da caderneta de campo. Para esse levantamento foram utilizados os seguintes equipamentos: 1. Nível Automático (Topcon ATB 4) (Figura 15); 2. Tripé do Nível Automático (Figura 16); 3. Mira falante (Figura 17); 4. Nível de Cantoneira (Figura 18); 5. Trena de 50 m (Figura 19). Figura 15: Nível Automático (Topcon ATB 4) Fonte: próprio autor, 2016. 38 Figura 16: Tripé do Nível Automático Fonte: próprio autor, 2016. Figura 17: Mira falante Fonte: próprio autor, 2016. 39 Figura 18: Nível de Cantoneira Fonte: próprio autor, 2016. Figura 19: Trena de 50 m Fonte: próprio autor, 2016. 40 O nivelamento foi feito da seguinte forma: Primeiro estacionou-se e nivelou-se o equipamento num local equidistante de todos os pontos que seriam lidos, em seguida confeccionou-se a malha com um espaçamento de 10 a 20 metros no eixo X e 10 a 20 metros no eixo Y. Para uma poligonal aberta precisa-se a medição de 10 a 20 metros de eixo de uma estrada ou rua, sendo assim a melhor forma para representar e coletar os dados de uma área ou estrada. Depois o auxiliar 1 deslocou-se por cada vértice ou ponto, e o topografo fez-se as devidas leituras na mira falante. O resultado anotou-se numa caderneta de campo. (a caderneta de campo segue em anexo). 3.2.2.5. Demarcação de poligonais de áreas com trena Em outras ocasiões foram solicitados a fazer a demarcação de terrenos com objetivos de construções e locação dos limites dessas áreas. Materiais utilizados nas atividades de demarcação das áreas (piqueteamento): 1. Trena de 50 m (Figura 19); 2. Balizas telescópicas (Figura 20); 3. Piquetes (Figura 21); 4. Marreta. 41 Figura 20: Baliza telescópica Fonte: Próprio autor, 2016. Figura 21: Piquetes. Fonte: próprio autor, 2016. O processo de demarcação das áreas ocorreu da seguinte forma: Primeiramente fez-se o alinhamento com ajuda das balizas, em seguida esticou-se a trena e colocou-se um piquete a cada distancia recomendada no teorema de Pitágoras com medidas de 3, 4 e 5 metros formando um triangulo retângulo obtendo o alinhamento preciso do terreno. 42 Para esse processo foi necessário o auxilio de 4 operadores, um operador visualizando o alinhamento, dois segurando as balizas, outro esticando a trena e um piqueteando. 3.2.2.6. Consultorias, treinamentos e palestras A Empresa no período do estágio foi solicitada para explicar assuntos relacionados às suas atividades, dando consultorias, treinamentos e palestras, como mostra a figura 22 e 23. Essas atividades foram realizadas em algumas associações, assentamentos e instituições de ensino, consistindo em momentos de assistências técnicas, conversas, com objetivo de tirar dúvidas da sociedade. Figura 22: Consultoria no assentamento favela no município de Morada Nova-CE. Fonte: próprio autor, 2016. 43 Figura 23: Assentados do INCRA no município de Morada Nova-CE. Fonte: próprio autor, 2016. 3.2.3. Atividades no Escritório Todos os levantamentos realizados com os equipamentos em campo ao chegarem ao escritório têm seus dados descarregados no computador. Em seguida são feitos cálculos através de softwares pagos que precisam de registros e chaves que liberam o funcionamento total do programa e por fim fazem-se os desenhos, plantas e memoriais técnicos descritivos. Figura 24: Chaves USB usadas no computador para utilizar os softwares. Fonte: próprio autor, 2016. 44 Figura 25: Escritório da Empresa SETEP. Fonte: próprio autor, 2016. Figura 26: Escritório, computador da Empresa SETEP. Fonte: próprio autor, 2016. 45 3.2.3.1. AutoCAD Durante o estágio supervisionado realizou-se diversos trabalhos usando softwares, um deles foi o AutoCAD que na topografia é utilizado como principal ferramenta de desenhos como plantas-baixas de terrenos e de casas, desenhos de perfil de solo, desenhos de curvas de nível dentre outros. Também foram feitos desenhos na interface 3D, visualizando construções em três dimensões. O desenho de terrenos e edificações são feitos utilizando funções básicas de modelagem do AutoCad como os comandos: Line, Polyline, Circle, Retangle, Copy, Off set, Mirror, Move, Hatchuria, Arc, Rotate, Array e outros. Nos trabalhos com poligonais fechadas, primeiro é necessário configurar o programa para obter um desenho no formato e localização real, sendo feito da seguinte forma, abre o software e na aba formato seleciono as unidades e será feito a seleção de varias unidades, como por exemplo: no comprimento, Tipo: Decimal; Precisão: 0,00; no ângulo, tipo: Ângulo/Minuto/Segundo; Precisão: 0°0’0”; unidade se escala em metros e direção norte, depois através da ferramenta line vou digitar coordenadas coletadas em campo com o GPS e desenhar a poligonal da área. Para desenho de edificações utilizam-se as medidas propostas ou coletadas em campo com a treina e realizou-se o desenho das plantas com as ferramentas já citadas, no programa é inserido as distâncias, ângulos, blocos, texto e etc. 3.2.3.2. Microsoft Office Os programas Excel, Word e PowerPoint são dos que fazem parte da Microsoft office os que foram utilizados para realizar diversos trabalhos para empresa. O Excel através de comandos, ferramentas e fórmulas, foram utilizados nas células das planilhas chegando ao objetivo do serviço. O Word utilizou-se suas funções de texto e digitalizações. O PowerPoint com suas diversas ferramenta utilizou-se para apresentações. 46 3.2.3.3. GPS TrackMaker PRO O GPS TrackMaker PRO é um programa para descarregar dados captados pelo GPS de Navegação. Através da confecção USB do aparelho com o software é possível visualizar todo o percurso, o operador abre a interface do programa conecta o GPS na conecção USB e procura-se a aba GPS, em seguida interface Garmim e a opção capturar, o programa descarrega todos os pontos coletados em campo do aparelho GPS de navegação. Com esse programa pode-se ver e localizar no mapa onde foram marcados os pontos, o trajeto realizado pelo operador, as rotas utilizadas, dentre outras funções básicas presente no programa. A interface desse programa mostra um mapa, esse mapa pode ser local, regional ou mundial basta navegar no programa alternando-os. O programa também tem varias outras funções de desenho que permite ao operador simular pontos, trajetos, rotas, áreas, distancias e outros. 3.2.3.4. Trimble Business Center O software Trimble Business Center é utilizado para processar os dados do GPS geodésico, que descarregado no computador como mostra a figura, assim sendo feito da seguinte forma: Figura 27: GPS Geodésico Sendo descarregado no computador. Fonte: próprio autor, 2016. 47 Inicia-se criando uma pasta no computador do serviço, depois outras3 pastas, renomeia-se elas com os seguintes nomes: Base, RMBC e Rover, são essenciais para a organização dos trabalhos. Primeiro passo abrir o programa escolher a opção iniciar novo projeto com o datum SIRGAS 2000 e configura o TBC para zona UTM 24 M, meridiano -39°, esses dados varia região, em seguida abre os dados brutos da base e arrasta para o programa, depois baixa os marcos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e arrasta eles zipados para o softwares. No ponto base onde foi coletado com o GPS geodésico clica com o botão direito na linha dos marcos homologados e desabilitar linha de base. Depois nas RBMC seleciona um dos marcos com o botão esquerdo, em seguida com o direito clicando adicionar coordenadas do tipo grid, corrigindo a base através das RBMC do IBGE por triangulação. 3.2.3.5. Google Earth O Google Earth é ideal para os trabalhos para se observar imagens de lugares e as áreas. É possível navegar pelo planeta terra, ver estruturas em 3D, pesquisar por locais favoritos e mais. As principais ferramentas de navegação estão na lateral direita. No primeiro círculo é possível olhar ao redor, para norte, sul, leste e oeste do mapa. O segundo controle permite se deslocar para os lados e a barra no final é para dar “zoom” no local que preferir; Para usar o Street View, clique no ícone de um “boneco” na lateral direita, o famoso Pegman, e o arraste para uma das ruas com uma linha em azul. A visão será deslocada para o modo em solo. Use os mesmos controles na lateral para se deslocar; Também é possível adicionar um “caminho” específico no mapa. Selecione o terceiro ícone na barra de ferramentas, como indicado na imagem, e depois arraste o mouse pelo trajeto que deseja salvar. Adicione um nome e personalize. Ao final, conclua em “Ok”; 48 Na lateral esquerda, todos os seus trajetos e pontos ficarão salvos e listados na aba “Lugares”. Basta clicar duas vezes para o globo acessar o local. 3.2.3.6. Google SketchUp O Google SketchUp é um aplicativo simples e prático, através do qual se pode fazer criações completamente novas com as ferramentas básicas disponíveis ou usar elementos baixados da Internet para comporem a produção. Com o trabalho finalizado, o Google SketchUp ainda disponibiliza opções de exportação para outros programas de modelagem ou para o Google Earth, onde podem ser adicionadas composições 3D para a representação das construções de uma cidade, por exemplo. A utilidade desse tipo de ferramenta é bastante ampla e pode ser usada para projetar móveis novos para um cômodo ou mesmo um novo cômodo para casa. Além disso, há as aplicações mais voltadas para criação de maquetes ou modelos virtuais diversos. Na primeira vez que o Google SketchUp for aberto, serão apresentadas duas opções básicas para o usuário: “Aprendizado” e “Modelo”. A primeira traz uma série de instruções com vídeos e manuais que explicam o funcionamento do programa. A segunda permite que sejam escolhidos modelos para tocar o primeiro projeto no programa. São vários modelos dispostos que focam em diferentes finalidades entre projetos para o Google Earth, para engenharia, arquitetura, marcenaria, design de produtos etc. Selecione o que melhor lhe servir e comece o projeto. Para navegar no SketchUp existem quatro comandos básicos: orbitar, panorâmica, zoom e modelo centralizado. O orbitar permite que o usuário faça uma navegação de 360º pelo modelo. A panorâmica movimenta para os lados, para frente e para trás. O zoom aproxima do objeto arrastando o mouse para trás e para frente, o que também pode ser feito com só com o botão “scroll”. E a última função é responsável por centrar o projeto na tela; 49 Para criar uma forma, seja ela simples ou não, basta usar as quatro ferramentas básicas oferecidas pelo programa: o lápis, o retângulo, o círculo e o arco. Com o lápis se produz formas “livres” por meio de traçados independentes. As outras três trazem modelos para auxiliar na criação de uma forma mais exata, como uma esfera ou um paralelepípedo. É com essas formas básicas que se poderá elaborar algo mais complexo e em três dimensões. 3.2.3.7. CAR - Módulo de Cadastro Inicia-se o programa apresenta a tela inicial do sistema CAR (Cadastro Ambiental Rural), módulo de cadastro. Nesta tela podemos observar o logotipo do sistema, o menu principal (com as opções “Baixar Imagens”, “Cadastrar”, “Gravar para Envio”, “Enviar” e “Retificar”) e quatro opções de apoio ao usuário, sendo elas, “Legislação”, “Baixar Manual”, “Sobre” e “Atualização”, respectivamente. Assim seguindo os procedimentos é feito o cadastro do operador do programa, do proprietário do imóvel, da propriedade georreferenciada, das áreas ambientais e em seguida é gravada para envio e carregada no site do SISCAR (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural). Posteriormente será obtido o recibo do cadastro, que segue em anexo. 3.2.3.8. Libre Office No libre Office são utilizadas as planilhas de cálculos próprias do SIGEF (Sistema de Gestão Fundiária), através das ferramentas é inserindo marcos, coordenadas, sigmas, altitudes dos pontos coletados com o GPS geodésico. 50 3.3. Resultados e análise Para a obtenção dos resultados deste trabalho foram associados às atividades de campo com as de escritório realizados neste estágio, uma vez que ambas são dependentes, pois para obtenção de um projeto com qualidade essas duas etapas devem ser feitas de forma precisa e responsável. Para vários serviços aqui citados é elaborada uma ART (Anotação Responsabilidade Técnica) do CREA-CE, ou seja, um termo de compromisso do técnico com o cliente que garante a realização e a lisura dos serviços. 3.3.1. GPS Geodésico e Navegação O GPS geodésico é um aparelho de alta precisão que é usado em serviço que se exige uma responsabilidade no que diz respeito às normas vigentes para diversas atividades. No estágio realizaram-se vários trabalhos com esse equipamento que possui varias peças com variadas funções, como foi mostrado nas figuras citadas anteriormente. Como uso do GPS Geodésico obtiveram-se os seguintes resultados: Processamento de dados: depois de realizar-se o serviço de campo, o equipamento é descarregado através de cabo USB no programa de computador Trimble Business Center onde é feito às correções, cálculos e ajustes do sistema de coordenadas. Assim é obtido relatório de processamento dos dados do GPS, onde se tem todas as informações do serviço, a precisão, acurácia, sigma, coordenadas UTM e geográfica, azimute geodésico, altitudes do geoide, como mostra a tabela 1 nos anexo, resultado de um serviço na região. Outro resultado obtido com o GPS Geodésico foi o Georreferenciamento de imóveis: Um terreno para ser georreferenciado de acordo com as normas do INCRA, deve estar dentro de um sistema, que seria o SIG (Sistemas de Informações Geográficas). O equipamento atende a todas essas exigências, cada coordenada representa um vértice do limite do imóvel 51 como mostra a tabela 01, assim representando em Memoriais e Plantas georreferenciadas. A seguir estão as figuras de serviços realizados nos municípios do Ceará. Figura 28: Instalação do marco de cimento em Quixadá-CE Fonte: Próprio autor, 2016. Figura 29: Instalação da base do GPS em Quixadá-CE Fonte: Próprio autor, 2016. 52 Figura 30: Conectando através de bluetooh o Rover do GPS na coletora no terreno em Quixadá-CE Fonte: Próprio autor, 2016. Figura 31: Rover do GPS instalado no vértice do terreno em Quixadá-CE Fonte: Próprio autor, 2016. 53 Tabela 01: Levantamento processado do terreno, Coordenadas UTM, Distância entre pontos (m), azimutes e sigmas. Fonte: Próprio autor, 2016. Foi obtido também com o GPS Geodésico a Certificação de imóveis no INCRA.Esse trabalho é a continuação dos anteriores, uma vez que, com as informações obtidas com o aparelho é feito o preenchimento da Planilha do SIGEF (Sistema de Gestão Fundiária) como mostra a tabela 02, que consiste um exemplo de um serviço realizado no município de Quixadá-CE. Tabela 02: Planilha do SIGEF para certificação no INCRA. Fonte: Próprio autor, 2016. 54 A Certificação de imóveis é uma ferramenta eletrônica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para subsidiar a governança fundiária do território nacional. Com ela são efetuadas a recepção, validação, organização, regularização e disponibilização das informações georreferenciadas de limites de imóveis rurais, públicos e privados. As informações do imóvel, proprietário, cartório da região são inseridas e enviadas para o sistema através da internet, depois é obtido o memorial e planta do INCRA. Também obtivemos como resultado o CAR (Cadastro Ambiental Rural). A inscrição no CAR é obrigatória para todos os imóveis rurais do país e constitui-se no primeiro passo para a regularização ambiental e dá acesso a benefícios previstos no Código Florestal (Lei nº 12.651/2012). O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um importante instrumento para gerar e integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. O CAR consiste no georreferenciamento do perímetro do imóvel, os remanescentes de vegetação nativa, as áreas de preservação permanente, as áreas de uso restrito, as áreas consolidadas e a reserva legal. O Cadastro deve ser feito via internet, preferencialmente nos órgãos ambientais dos Estados ou Distrito Federal. Este registro público eletrônico contem informações georreferenciadas do imóvel rural enviadas a Secretarias de Meio Ambiente dos Estados e Municípios. O proprietário ou possuidor rural identificará o perímetro, as áreas destinadas às reservas legais, a preservação permanente além de remanescentes de vegetação nativa. Após a validação das informações inseridas, é gerado um relatório da situação ambiental do imóvel, podendo considerá-lo regular em relação às áreas de interesse ambiental ou, caso possuam algum passivo, serão consideradas pendentes de regularização. Estando pendente de regularização, o proprietário ou possuidor rural poderá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) para se adequar a legislação ambiental. Projetos para usucapião de imóveis rurais: é um processo jurídico usado para registrar imóveis nos cartórios, uma vez que exige muitos documentos e o primordial é um 55 levantamento preciso e responsável nas informações descritas, necessita de memorial técnico descritivo do imóvel, plantas e planilhas de coordenadas. No estagio realizou-se vários serviços desse tipo, segue exemplos nos anexos. O GPS de navegação é utilizado em realizar pequenos serviços com poucas exigências de precisão, sendo apenas para verificar áreas, distancias e coordenadas flutuantes, tendo o intuito de estimativa desses fatores, para se observar os levantamentos como mostra a tabela 03, o software utiliza-se o GPS TrackMaker PRO. Tabela 03: Planilha criada com as coordenadas do GPS TrackMaker PRO. Fonte: Próprio autor, 2016. Analisando os dois equipamentos a diferença deles é enorme tanto na estrutura tecnológica como nos resultados obtidos no processamento, por isso a importância de se respeitar as normas que rege cada tipo de serviço, onde que o profissional deve seguir de forma inteligente e prática. 3.3.2. Estação total Dando sequência ao trabalho realizaram-se vários serviços em diferentes municípios do Ceará usando a estação total. Este equipamento é de alta tecnologia e possui várias funções como, por exemplo, cálculo de área, distância, azimutes, ângulos horizontais e verticais, volumes, altura ou diferença de nível entre pontos e todos os seus dados de campo são descarregados no computador. A seguir imagens dos serviços: 56 Figura 32: Serviço de locação de terreno com estação total em Granjeiro-CE Fonte: próprio autor, 2016. Figura 33: Serviço de locação de estradas com estação total em Jaguaribara-CE Fonte: próprio autor, 2016. Figura 34: Display da estação total Fonte: próprio autor, 2016. 57 Figura 35: Locação de área com a estação total no município de Morada Nova- CE. Fonte: próprio autor, 2016. Figura 36: Visão do reticulo da estação total, locação de terreno em Morada Nova- CE. Fonte: próprio autor, 2016. 58 Figura 37: Estação total sendo descarregada no computador. Fonte: próprio autor, 2016. A estação total é o equipamento que vem sendo frequentemente utilizado hoje em dia, pelo fato de ser mais eficiente, ter maior qualidade e que em um único equipamento conter funções que substituem tanto o teodolito eletrônico como também o nível automático. Com ele pode-se fazer levantamentos taqueométrico e nivelamento geométrico. Este aparelho possui um dispositivo que é a combinação de um teodolito e um MED (medidor eletrônico de distancia) junto com um microprocessador embutido, tendo capacidade de executar vários cálculos. Em anexo tabelas para uso de serviço com o equipamento. Os serviços realizados foram: Demarcação de poligonais de áreas, Locação de terrenos, Locação de loteamentos, Locação de estradas, Locação de limites de terrenos, Divisão de áreas para herdeiros, Curvas de nível, Sistematização de áreas e Cálculo de volume (corte e aterro). A seguir são mostrados duas plantas de terrenos que foram realizadas mediante o uso da estação total. 59 Figura 38: Terreno demarcado com uso da estação total Fonte: próprio autor, 2016. Figura 39: Terreno demarcado com as curvas de nível com uso da estação total Fonte: próprio autor, 2016. 60 3.3.3. Nível automático O nivelamento é uma prática da topografia que tem como finalidade principal a descrição do relevo de terrenos, estradas, ruas, barragens e etc. Para iniciar o nivelamento é preciso a criação do Referencial de Nível (RN) que segundo Mccormac (2007), é um referencial físico materializado em local seguro com cota ou altitude conhecida, pode ser um marco de concreto, soleira de igreja e chapas metálicas cravadas em calçadas. Assim é feito uma malha com medidas no decorrer da área ou terreno estudado, denominado método de quadriculação. De acordo com Borges (1999), este método de quadriculação é o processo de maior precisão, quase perfeito se executado corretamente, porém é mais demorado e dispendioso. Facilmente aplicável para pequenas áreas e impossível para grandes glebas. Segundo Mccormac (2007), é o processo mais comum de representar o relevo de uma área em particular. Ele também descreve que uma curva de nível é uma linha imaginaria que conecta pontos de mesma cota. No estágio, esse procedimento foi realizado em muitos locais. Depois das leituras em campo feitas com o uso do equipamento, foram calculadas através de uma planilha as cotas, que são a diferença de nível de cada leitura. Os serviços realizados foram: Nivelamento de estradas, ruas, áreas para sistematização e locação de parede de barragens de açude. Na figura 38 é mostrado o nivelamento de estrada no município de Palmacia- CE, na tabela 04 se encontra o cálculo de nivelamento da Rua Francisco Monteiro Maia em Morada Nova- CE, e nas figuras 39 e 40 pode-se ver a planta de locação e o perfil longitudinal da respectiva rua. 61 Figura 40: Nivelamento de estrada com o nível automático no município de Palmacia-CE.Fonte: próprio autor, 2016. Tabela 04: Planilha calculada da caderneta de altimetria geométrica, na Rua Francisco Monteiro Maia, Centro de Morada Nova-CE. Fonte: Próprio autor, 2016. 62 Figura 41: Locação da Rua Francisco Monteiro Maia, Centro de Morada Nova-CE. Fonte: próprio autor, 2016. Figura 42: Perfil longitudinal da Rua Francisco Monteiro Maia, Centro, Morada Nova-CE. Fonte: próprio autor, 2016. 63 3.3.4. Uso da trena Com o uso da trena no estágio realizou-se muitos serviços, mesmo sendo um equipamento básico para o agrimensor ou topografo, ela auxilia em pequenos trabalhos de campo. Com ela foram realizados serviços de demarcação de terrenos, medições de edificações, serviços de piqueteamento e etc. 3.3.5. Softwares Os programas usados para auxiliar nos serviços da empresa são de extrema importância, são eles: AutoCAD, Trimble Business Center, GPS TrackMaker PRO, Google Earth, Google SketchUp, CAR - Módulo de Cadastro, Microsoft Office, Libre Office. Depois do trabalho de campo já feito é preciso calcular, organizar, desenhar e processar todos dados coletados, assim obtendo um trabalho final com precisão, principalmente na apresentação para com os clientes. Assim se realizou vários projetos como, por exemplo: Plantas georreferenciadas, Projetos para usucapião de imóveis urbanos, Projetos arquitetônicos, Elaboração de plantas (locação, situação e localização), Projetos planialtimetricos, Projetos de estradas (perfil, greide e talude), Projeto de loteamentos, Elaboração de orçamentos, Planilhas Topográficas, Planilhas de coordenadas, Planilha SIGEF, Memorial técnico descritivo, Elaboração de documentos e recibos, Elaboração de apresentações, Modelagem 3D de Edificações e Observação de imagens de satélites. Nos trabalhos para construção de residências urbanas, é preciso vários documentos para se obter o alvará de construção como: ART do CREA-CE, certidão negativa municipal do proprietário, documento que comprove a posse do imóvel e o projetos arquitetônico, que é a descrição através de desenhos de como vai ser a edificação e é composta por plantas de situação, localização, locação, coberta, cortes, fachadas e o carimbo, em alguns casos o contratante pede o projeto em modelagem 3D, como mostram as figuras a seguir. A seguir estão figuras com exemplos de trabalhos elaborados. 64 Figura 43: Planta Georreferenciada. Fonte: próprio autor, 2016. Figura 44: Projeto arquitetônico prancha carimbo. Fonte: próprio autor, 2016. 65 Figura 45: Projeto arquitetônico prancha localização e situação Fonte: próprio autor, 2016. Figura 46: Projeto arquitetônico prancha locação e coberta Fonte: próprio autor, 2016. 66 Figura 47: Projeto arquitetônico prancha planta baixa. Fonte: próprio autor, 2016. Figura 48: Projeto arquitetônico prancha cortes. Fonte: próprio autor, 2016. 67 Figura 49: Projeto arquitetônico prancha fachadas. Fonte: próprio autor, 2016. Figura 50: Modelagem 3D de uma residência feito no Google SketchUp. Fonte: próprio autor, 2016. No estágio foram feitos também trabalhos de loteamentos. A criação de loteamentos exige muitos documetos dentre eles é preciso um levantamento topográfico completo e assim obtêm-se as plantas como mostram as figuras a seguir. 68 Figura 51: Projeto de loteamento no município de Ibicuitinga- CE. Fonte: próprio autor, 2016. Figura 52: Projeto de loteamento curvas de nível no município de Ibicuitinga-CE. Fonte: próprio autor, 2016. Na empresa também foram realizados durante o estágio diversos orçamentos de serviços, a figura 53 exemplifica um deles. 69 Figura 53: Orçamento elaborado para cliente do munícipio de Pacoti-CE. Fonte: próprio autor, 2016. No estágio utilizou-se o GPS de navegação para captar pontos que eram lidos no software GPS TrackMaker PRO, que traçava o trajeto percorrido, conforme a figura 54. Figura 54: Pontos do GPS de um terreno descarregado GPS TrackMaker PRO. Fonte: próprio autor, 2016. (Serviços de Topografia, Engenharia e Projetos) Tel. (88) 3422-1097 (88) 98845-6793 / (88) 99212-6043 / (88) 99797-4886 QUANTIDADE 1 1 DIVERSOS 3 2.1. PLANTA DE GEOREFERENCIADA INCRA 1 2.2. PLANTA DE REITICAÇÃO DO IMÓVEL 1 2.3. PLANTA DO IMÓVEL GEOREFERENCIADA USUCAPIÃO 1 2.4. MEMORIAIS TÉCNICOS DESCRITIVOS 2 1 5 3.1. GPS GEODESICO TRIMBLE R4 1 3.2. ACESSORIOS 1 1 3 1 4 5 SOMA TOTAL DOS SERVIÇOS SOMA DOS VALORES ITEM 4 4.2. DIÁRIAS E ALIMENTAÇÃO 4.1. TRANSPORTE (COMBÚSTIVEL; MANUTENÇÃO E ETC.) Rua – Mundico Regino, n° 250, Girilândia, Morada Nova – CE. SETEP ORÇAMENTO DE SERVIÇOS REFERENTE A LEVANTAMENTO GEOREFERENCIADO ITEM UNIDADE CNPJ 06.892.426/0001-83 CREA – CE 43278 VALOR (R$) UNID. UNID. UNID. 1.1. FORMA BASE 1.2. PEGAR PONTOS COM ROVER 1.3. PLAQUETAS E MARCOS SOMA DOS VALORES DO ITEM 1 400.00R$ 2. PROJETOS DIVERSOS 1. SERVIÇOS DE CAMPO 3.3.OUTROS ITEIS 3. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 1,000.00R$ 2.5. ART COM ASSINADA DO CREA-CE COM AS TAXAS SOMA DOS VALORES ITEM 2 500.00R$ UNID. UNID. UNID. UNID. UNID. UNID. UNID. UNID. UNID. UNID. UNID. 2,600.00R$ 300.00R$ 4. OUTRAS DESPESAS CARRO PESSOA SOMA DOS VALORES ITEM 3 6,000.00R$ 250.00R$ 250.00R$ 1,000.00R$ 400.00R$ 400.00R$ 400.00R$ 1,000.00R$ 100.00R$ 1,400.00R$ 200.00R$ 800.00R$ 1,000.00R$ 70 Em levantamentos feitos durante o estágio utilizou-se o Google Earth nas observações de imagens dos imóveis em que foram realizados levantamentos, como pode ser visto na figura 55. Figura 55: Imagens do Google Earth usadas para visualizar as áreas. Fonte: próprio autor, 2016. Foram realizados ainda o processamentos com GPS geodésico, desenhos, cálculos de coordenadas, curvas de nível, planimetrias de áreas e etc. Figura 56: Processamento de dados do GPS geodésico no TBC correção da base. Fonte: próprio autor, 2016. 71 Figura 57: Processamento de dados do GPS geodésico no TBC correção dos vértices (rover). Fonte: próprio autor, 2016. Figura 58: Serviço de planialtimetria de um terreno no AutoCAD. Fonte: próprio autor, 2016. 72 Figura 59: Continuação do serviço de um terreno no AutoCAD. Fonte: próprio autor, 2016. 73 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se esse trabalho ressaltando a importância da construção do conhecimento na área em que o profissional quer atuar e para isso é fundamental a disciplina de Estagio Supervisionado. Ela proporciona ao aluno o contato direto com sua futura área de atuação, vivenciando situações práticas reais dos serviços, cumprindo-os com responsabilidade e pontualidade. A empresa SETEP topografia presta serviços de muita qualidade para a região, onde aplica em escritório os serviços de campo que ambos depende um do outro. A empresa conta com profissionais qualificados e equipamentos de boa qualidade técnica e precisão, o que resulta na realização desde os trabalhos simples até os mais complexos, ambos com qualidade para serem apresentados ao cliente. Sendo assim conclui-se que o estagio como ultima etapa do curso de agronomia é um marco para a vida do aluno. Isto porque através da pratica o aluno ganha novas experiências e põe em uso os conhecimentos adquiridos no curso, vivencia os trabalhos em campo, transformando-se em um profissional qualificado, apto para ingressar no mercado de trabalho. 74 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133: Execução de Levantamento Topográfico.
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