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Filme Crash perguntas e respostas

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DISCIPLINA: FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS
PROFº ANDRÉ SANTOS
“A ANÁLISE ANTROPOLÓGICA DA CULTURA - ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL - DIVERSIDADE CULTURAL E MULTICULTURALISMO”
Nome: Clayton P Telles Nascimento
SITUAÇÃO-PROBLEMA: ATIVIDADE SOBRE O FILME “Crash - No Limite” 
Link do filme “Crash - No Limite”:
https://centralmovies.network/filmy.php?movie=1640#magelo-player
SINOPSE: 
“Crash” retrata a cidade de Los Angeles no Estado da Califórnia (EUA), uma das mais multiculturais do mundo. A história dos personagens começa a se interligar quando um carro de luxo de um dos promotores de Los Angeles é roubado. São várias culturas que vivem nessa cidade: “Brancos”, “Negros”, Latino-americanos”, “Persas” e “Orientais”.
Os personagens se interligam pelos preconceitos que possuem e de alguma forma são prejudicados por eles. Os conflitos de origem racista e social acontecem de várias formas que vão de batidas de carro até assassinatos, o preconceito e o racismo existente no filme é retratado de maneira muito real.
Suas histórias se entrelaçam e são repletas de frustrações. Pessoas completamente diferentes compartilhando o mesmo espaço, entrando em conflitos e sendo obrigadas a compreenderem-se. O filme demonstra com realismo que o preconceito e a discriminação não são prerrogativas de apenas uma cultura mais intelectualizada, e sim de todos os tipos de cultura, cada uma possui suas próprias particularidades, seus receios em relação aos outros povos e porque não dizer: seus próprios preconceitos.
O relativismo de valor ou o relativismo cultural é muito complicado nas situações expostas em “Crash”, este relativismo é perigoso quando chega a patamares extremos de “respeito” a cultura alheia, ou seja, quando consideramos qualquer atividade ou fato da outra cultura como normais por mais diferente que sejam de nós, simplesmente para não haver conflitos. Por exemplo, determinada cultura de determinado país possui em seu cotidiano pessoas que são torturadas e mortas, nós de culturas diferentes se fossemos relativistas ao extremo diríamos que é a cultura deles e que não temos nada a ver com isso, entretanto, estes fatos não pertencem à cultura propriamente dita, e sim de uma imposição para as pessoas daquele lugar.
Não devemos definir os seres humanos como “raças”, e sim baseados em “etnias”, pois aquele conceito é de origem preconceituosa, racista e problemática; este é utilizado para identificar e classificar cada cultura em sua particularidade. Já o etnocentrismo ao extremo significa que todas as ações das outras culturas são erradas porque são diferentes da nossa, é como se interpretássemos determinada cultura do nosso ponto de vista – o que seria errado; cada cultura só pode ser “julgada” ou interpretada quando analisamos o seu próprio contexto.
Os dois extremos são incorretos: relativismo e etnocentrismo; vale lembrar que a diferença entre o antídoto e o veneno está na dosagem, portanto é necessário um equilíbrio, todas as nossas ações quando envolvem outras culturas devem ter a devida cautela.
O filme deixa claro que tanto a universalidade quanto a especificidade do direito e da moral são equivocados na maneira de construir a sua linha de pensamento, pois os dois acarretaram  até hoje os mais variados tipos de conflitos entre povos de culturas diferentes.
Observando as discussões acadêmicas realizadas em classe e, ainda, com base no Filme: “Crash – No Limite”; leia com atenção as ponderações levantadas pela Profª  Dora Sampaio e responda as indagações propostas.
R 
A Reprodução do Racismo
__ A discriminação é o resultado final do preconceito e da intolerância. Uma prática humilhante, antiética. Uma pessoa é discriminada em razão de alguma característica própria, seja de raça, condição financeira, de crenças ou opiniões. No filme, observam-se algumas cenas que ilustram esse tipo de situação.
• Cena em que o assessor do promotor público conversa com o investigador policial negro, sobre a sua trajetória profissional.
“ ─ Malditos negros.
─ O que você disse?
─ Quero dizer, sei de todas as razões sociológicas...para que os negros sejam presos 8 vezes mais do que os brancos. Escolas ruins, falta de oportunidade... preconceitos no sistema judicial, essas coisas todas. Mas ainda assim, os negros se tornam pessoas intuitivas. Eles estão sempre metidos em encrenca.
(...)
─ Quem é você, o defensor dos brancos? Estamos falando de um branco que atirou em três negros. E você questiona se estamos sendo justos com ele? Sabe, talvez tenha razão. Talvez Lewis tenha merecido o que houve com ele. Ou, talvez, drogado ou não, ser um negro aqui... é o bastante para ser morto.”
• Outra cena: diálogo entre o dono da oficina mecânica e o ladrão de carros.
“─ Vou ficar com a van.
─ Estão acorrentados à van.
─ Então, fico com eles também.
─ Quer comprar estes chineses?
─ Não seja ignorante. São cambojanos ou tailandeses. Raças totalmente diferentes.
─ O que vai fazer com eles?
─ Vendê-los. O que você acha? Pago 500 por cabeça e você pode ficar com a van”.
          Analisando o contexto em referência, que argumentos podem ser apresentados? O fato das pessoas serem de etnias diferentes, de assumirem posições sociais diferenciadas justifica tal discriminação? 
R Discriminação racial, tráfico de menores, tráfico internacional e roubo.
Conflito social
          “A discriminação racial apresenta semelhanças com o preconceito. Ou seja, ambos partem de ideias, sentimentos e atitudes negativas de um grupo contra outro. Esse tipo de comportamento agressivo nas relações entre as pessoas gera violência”.
Em muitas cidades do mundo vive-se um clima de guerra civil, com quadrilhas organizadas, gangues, narcotráfico internacional, sequestros, assaltos, chacinas etc.
          A violência e a hostilidade tendem a se banalizar e a se generalizar. Esse comportamento é incentivado pelo individualismo da sociedade contemporânea e pela intolerância que levam as pessoas a não aceitar o “outro”, o “estranho”, o “diferente”.
          No filme em análise, observa-se que árabes olham com desconfiança os negros, orientais ofendem hispânicos, brancos atentam violentamente contra os direitos civis de qualquer grupo étnico.
          Do seu ponto de vista, o que tem provocado o aumento do individualismo no mundo de hoje?  E, na nossa sociedade esse tipo de comportamento acontece entre os grupos sociais? No contexto social brasileiro, quem são as minorias majoritárias? Por quê?
R No meu ponto de vista a intolerância das pessoas, poder e dinheiro são visto como prioridade nos dias de hoje, por isso as pessoas estão cada vez mais individualistas. Na nossa sociedade a diferença tanto material como racial é muito visível, direitos para brancos e desigualdade para negros. As grandes minorias, não têm acesso ao básico e as oportunidades. 
Mito da Democracia Racial
          “Desde suas primeiras constituições, o Brasil adota princípios constitucionais e legislações que proíbem a discriminação racial. A prática discriminatória não ofende somente a dignidade da pessoa humana, mas fere também uma das bases da democracia: o direito à igualdade.”  Mas, apesar da legislação brasileira proibir quaisquer manifestações de preconceito e discriminação racial, as desigualdades sociais entre brancos e negros ainda estão longe de terem sido superadas. Isso fica evidenciado nas estatísticas sobre a inserção do negro no mercado de trabalho e nas instituições educacionais de nosso país.
	
          Você concorda com o exposto acima? Justifique sua resposta. Que medidas, na sua opinião, deveriam ser tomadas para minimizar problemas dessa natureza na sociedade brasileira? 
R: Infelizmente concordo com o texto. Acredito que enquanto não pararmos de achar que a cor da pele é um problema, poderemos ver com mais clareza a nossa realidade. Os projetos sociais e a educação podem sim fazer uma grande diferença no desenvolvimento nas comunidades mais carentes, a aproximação das crianças e dos jovens com o conhecimento minimiza as chances dessas estatística cruelaumentar.  
          No Brasil, o preconceito racial nunca foi tão ostensivo quanto nos Estados Unidos. Além disso, sempre foram comuns aqui, as uniões inter-racionais, e a miscigenação da população é um fato que não se pode negar. Por essa razão, há quem afirme que no Brasil temos uma “democracia racial”. O que você pensa a esse respeito?
R; Não vejo isso como um mito, é um conceito que nega a existência do racismo no Brasil. Somos sim, um povo racista, não digo só de cor mas de religião, crença, cultura, política ou até mesmo de conhecimento.