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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE O que é? É um mecanismo que verifica a adequação e compatibilidade dos atos normativos com os preceitos estabelecidos pela Constituição. Ou seja, combate as inconstitucionalidades, que podem ser: Pressupostos Constituição rígida Competência a um órgão Supremacia da Constituição Não se pode falar em controle de constitucionalidade sem supremacia, pois é necessário que a constituição seja o vértice do sistema jurídico, conferindo validade para as demais. Atenção! Tratado tem status de emenda constitucional quando aprovado por 3/5 dos parlamentares em 2 turnos. Classificações Quanto ao momento: Preventivo: antes do ingresso da norma no ordenamento jurídico. Repressivo: após o ingresso da norma no ordenamento jurídico. Quanto ao critério subjetivo: Difuso: feito por qualquer juiz. Concentrado: feito por corte específica. Quanto ao critério formal: Concreto (incidental): caso concreto; entre as partes. Abstrato (direto): a constitucionalidade é o pedido principal. Incidental = difuso Direto = concentrado No Brasil adota-se o modelo misto. Efeitos da decisão Controle concreto: Inter partes Controle concentrado: Erga omnes e vinculante Atenção! Estão sujeitos ao efeito vinculante: todo o judiciário, salvo o STF. Todo o executivo. Aspectos temporais Em regra, é ex-tunc (retroage), para ambos os controles, no entanto, há possibilidade de modulação de efeitos. Modulação de efeitos Tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de seus membros, decidir que só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado. Anotações: ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ _________ Controle Difuso de Constitucionalidade – INCIDENTAL Origem histórica: No caso Marbury vs. Madison, quando foi decidido que qualquer lei incompatível com a Constituição é nula. Objeto: toda e qualquer norma editada após a CF/88. Competência: qualquer juiz ou tribunal. Legitimidade: toda e qualquer pessoa, desde que tenha capacidade. No controle difuso, pede-se algo ao juízo, fundamentando-se na inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, ou seja, a alegação da inconstitucionalidade será a causa de pedir. Quórum: se for de 1ª grau, o próprio juiz da causa. Se for uma corte, deve respeitar a regra de reserva de plenário. Atenção! Órgãos fracionários somente podem se posicionar caso órgão especial já tenha se manifestado. Efeitos: inter partes e ex tunc. É possível a modulação de efeitos. Controle Concentrado de Constitucionalidade – DIRETO A discursão da constitucionalidade é o tema central do debate. Se concentra em um único tribunal, no caso o STF ou alguns tribunais de justiça. Há cinco espécies de controle concentrado: ADI – Ação direta de inconstitucionalidade Declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em tese, marcado por: generalidade, impessoalidade e abstração. Objeto: leis e atos normativos federais, estaduais, distritais e tratados internacionais (qualquer um). Competência: se for em face da CF, é do STF. Se for em face de CE, é dos Tribunais de Justiça do local. Atenção! Súmulas não podem ser objeto. Atenção! Caso um ato seja revogado antes do julgamento, haverá perda do objeto. Legitimados Dica: CEP (precisa de advogado). O papel do AGU é defender o ato impugnado. Quórum: maioria absoluta dos membros do STF (6 ministros). Atenção! O STF não fica adstrito apenas a norma apresentada, ele pode declarar a inconstitucionalidade das normas que derivem da mesma. Efeitos: Erga omnes, ex tunc (retroativo) e possui caráter vinculante aos órgãos do judiciário e administrativos. Atenção! Visando a segurança jurídica ou motivos de interesse excepcional, pode o STF, modular os efeitos da decisão, determinando quando passará a ter eficácia. ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade Declara constitucional lei ou ato normativo federal. Objeto: lei ou ato normativo federal, editado após a CF/88. Competência: apenas do STF. Legitimados: mesmos da ADI. Efeitos: erga omnes, ex tunc e vinculante. ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Tem por finalidade tornar efetiva norma constitucional de eficácia limitada não regulamentada. A omissão pode ser: Total: quando não há legislação. Parcial: quando há a regulamentação, mas regula de forma deficiente. Objeto: a inércia do legislativo, executivo e judiciário em editar ato normativo. Competência: STF Legitimidade: mesmos da ADI. Atenção! Há possibilidade de medida cautelar. Efeitos: mandamental, expedindo ofício ao órgão competente para elaboração de ato normativo, oferecendo 30 dias para cumprimento. ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Provocar a jurisdição concentrada do STF para a tutela da supremacia dos prefeitos fundamentais. Objeto: leis e atos normativos (federais, estaduais e municipais) anteriores ou não à CF que ofereçam risco a preceito fundamental. Modalidades: Principal: ato do poder público. Incidental: controvérsia judicial. Competência: STF Legitimidade: mesmos da ADI, ou qualquer pessoa lesada ou ameaçada por ato do poder público. Efeitos: erga omnes, ex tunc e vinculante. Atenção! É possível pedir medida cautelar nos seguintes casos: a) Extrema urgência b) Perigo de lesão grave c) Período de recesso ADI – Interventiva Pressuposto para decretação de determinada hipótese de intervenção da União nos Estados, no Distrito Federal ou nos municípios localizados em território federal. Há duas modalidades: ADI – Interventiva (federal) Objeto: lei, ato normativo, omissão ou ato governamental (estadual ou federal). Toda ação ou omissão que viole os princípios sensíveis da CF. Competência: STF Legitimidade: apenas o PGR. ADI – Interventiva (estadual) Objeto: toda omissão ou ação que viole os princípios sensíveis indicados na CE. Competência: TJ local. Legitimidade: Procurador geral de justiça. Referências: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22. ed. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 1627 . p.
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