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Síndrome Metabólica: Conceitos e Tratamentos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
CAMILA KUNTZ GOMES
SÍNDROME METABÓLICA: CONCEITOS E TRATAMENTOS
Contagem-MG
2020
CAMILA KUNTZ GOMES
SÍNDROME METABÓLICA: CONCEITOS E TRATAMENTOS
Trabalho apresentado ao Claretiano para a disciplina: Bioquímica e Farmacologia e, ministrado pelo professor Marcio Henrique Gomes de Mello. 
Contagem-MG
2020
Introdução
As mudanças no estilo de vista ocorridas na segunda metade do século XX, que incluíram mudanças nos hábitos alimentares, no tempo de descanso, no tempo que passamos no trabalho, e a adoção de um estilo de vida sedentário entre outras modificações que afetaram de forma negativa nosso dia a dia. Todas essas mudanças contribuíram para a epidemia de doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade, problemas com colesterol, condições que causam alterações lipídicas, hipercoagulabilidade e por sua vez doenças cardiovasculares. 
A concomitância de todas estas alterações com um quadro subjacente de resistência insulínica compõe a chamada síndrome metabólica (SM). De forma mais ampla Penalva (2008) afirma que: 
Ela pode ser definida como um grupo de fatores de risco inter-relacionados, de origem metabólica, que diretamente contribuem para o desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV) e/ou diabetes do tipo 2. São considerados como fatores de risco metabólicos: dislipidemia aterogênica (hiper-trigliceridemia, níveis elevados de apolipoproteína B, partículas de LDL-colesterol pequenas e densas e níveis baixos de HDL-colesterol), hipertensão arterial, hiperglicemia e um estado pró-inflamatório e pró-trombótico. Ainda não se estabeleceu uma causa única ou múltiplas causas para o desenvolvimento da SM, mas sabe-se que a obesidade abdominal e a resistência à insulina parecem ter um papel fundamental na gênese desta síndrome. 
Diante da dificuldade de definição da SM, este trabalho visa aprofundar nas diversas definições e as mudanças fisiológicas que cada uma delas cita e por fim apresentar mudanças no estilo de vida do paciente e os tratamentos farmacológicos indicados. 
Objetivo geral 
Investigar os conceitos da Síndrome Metabólica e suas formas de tratamento mais recomendadas. 
Desenvolvimento 
Definições
Há na medicina uma dificuldade de acordo para qual a melhor definição para a SM, existem diversas definições e são três as mais utilizadas a da Organização Mundial da Saúde (OMS), o National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e International Diabetes Federation (IDF). 
O quadro abaixo apresenta as definições de cada instituição para a SM; 
	Instituição 
	Definição 
	Organização Mundial da Saúde (OMS)
	Primeira definição oficial da síndrome metabólica havia a obrigatoriedade da presença de diabetes, resistência à
insulina, intolerância à glicose ou glicemia de jejum elevada, justificada pela semelhança nos mecanismos fisiopatológicos dessas situações, o que resulta no aumento da glicemia e na alteração do metabolismo de lipídios, acompanhados de alterações hormonais e consequente excesso de peso, favorecendo o aparecimento de doenças cardiovasculares 
(AZAMBUJA et al., 2015, p.484).
	National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III)
	A mais amplamente usada, tanto na prática clínica como em estudos epidemiológicos. Trata-se de um guideline com foco no risco cardiovascular, que não usa como critério obrigatório a evidência de anormalidades na insulina ou na glicemia. Apesar de este guideline considerar a doença cardiovascular como desfecho primário da SM, muitos dos portadores desta síndrome apresentam resistência à insulina, o que lhes confere um risco aumentado para o desenvolvimento do diabetes do tipo 2
(PENALVA, 2008, p.245).
	International Diabetes Federation (IDF)
	Reconhece que a obesidade central e a resistência à insulina são fatores causais importantes para o desenvolvimento da SM, embora sua patogênese e a participação de cada um de seus componentes ainda não sejam bem compreendidas. Segundo esse critério, a obesidade central é um fator pré-requisito para o diagnóstico da síndrome metabólica (AZAMBUJA et al., 2015,p.485).
	
Critérios 
A tabela abaixo apresenta os critérios que cada uma dessas entidades utiliza para descrever os pacientes que apresentam a SM; 
Fonte: AZAMBUJA et al., 2015, p. 487.
Tratamento 
Ambas organizações propõem duas formas de tratamento para a SM, a não medicamentosa e a farmacológica. A forma de tratamento não medicamentosa conta com a mudança no estilo de vida do paciente, se estruturando por dois aspectos como Ferrari (2007) afirma: um plano alimentar (redução da ingestão calórica, do sal, da ingestão de lipídeos e de carboidratos refinados e aumento da ingestão de fibras) e exercícios físicos regulares (trinta minutos diários de atividades aeróbicas, como a caminhada, dança, subida de escadas, esportes, etc.).
O tratamento medicamentoso dos componentes da SM deve ser considerado, quando não há melhora destes apesar das mudanças de estilo de vida. O quadro abaixo apresenta a forma de tratamento para cada doença associada a SM de acordo com a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2005;
	Doença 
	Objetivo do tratamento 
	Tipo de medicamento
	Hipertensão arterial na síndrome metabólica
	Reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular e renal, além de prevenir o agravamento metabólico.
	Tratamento com diuréticos inibidores adrenérgicos, inibidores da enzima conversora da angiotensina, antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II, antagonistas de canais de cálcio e vasodilatadores diretos.
	Diabetes mellitus
	Controlar a glicemia e promover a queda da hemoglobina glicada.
	Antidiabéticos orais são substâncias que têm a finalidade de baixar e manter a glicemia normal, sulfoniluréias que desenvolvem uma ação hipoglicemiante mais prolongada e medicamentos que não aumentam a secreção de insulina. 
	Dislipidemia
	Prevenção dos eventos cardiovasculares, representados principalmente pela doença arterial coronariana e pelo acidente vascular encefálico.
	Estatinas ou vastatinas, fibratos, ácido nicotínico (niacina), ezetimiba, ácidos graxos ômega-3. 
	Obesidade 
	Perda de peso corporal.
	Dietilpropiona (anfepramona), femproporex, mazindol, sibutramina e orlistat. 
Conclusão
Como a definição da síndrome metabólica ainda não é algo totalmente consolidado e apresenta algumas divergências isto torna difícil aprofundar os estudos das suas possíveis doenças e consequentemente o tratamento farmacológico e não medicamentoso mais apropriado para cada caso. Mas apesar de todas dificuldades de definição sabemos que a adoção de um estilo de vida saudável (boa alimentação, pratica de exercício físico e descanso) é o fator base para a prevenção de diversas doenças que estão associadas a SM. Por este motivo é essencial medidas políticas voltadas para promoção de saúde para a população, como forma de combater o sedentarismo e prevenir doenças.
Referências bibliográficas 
AZAMBUJA, Cati Reckelberg et al. O Diagnóstico da síndrome metabólica analisado sob diferentes critérios de definição. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 39, n. 3, p. 482, 2015.
FERRARI, Carlos Kusano Bucalen. Atualização: fisiopatologia e clínica da síndrome metabólica. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 36, n. 4, p. 90-95, 2007.
PENALVA, Daniele Q. Fucciolo. Síndrome metabólica: diagnóstico e tratamento. Revista de Medicina, v. 87, n. 4, p. 245-250, 2008.
POZZAN, Roselee et al. Dislipidemia, síndrome metabólica e risco cardiovascular. Revista da SOCERJ, v. 17, n. 2, p. 97-104, 2004
I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 84, supl. 1, p. 3-28, 2005.

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