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Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

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FACULDADE CENECISTA DE BENTO GONÇALVES
BACHAREL EM ENFERMAGEM
BACHAREL EM BIOMEDICINA
JÚLIA DOS SANTOS LIMA
NATHALÍ GADEA
POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS – PNPMF
BENTO GONÇALVES
2018
Introdução
A política nacional de medicamentos, como parte essencial da Política Nacional de Saúde, constitui um dos elementos fundamentais para a efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições de assistência à saúde pública da população.
Políticas configuram decisões de caráter geral que apontam os rumos e as linhas estratégicas de atuação de uma determinada época.
A Política Nacional de Medicamentos (portaria 3196/98 MS), como parte essencial da Política Nacional da Saúde, constitui um dos elementos fundamentais para a efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições da assistência de saúde à população, as quais devem ser estabelecidas através de programas e atividades específicas nas esferas federal, estadual e municipal. 
Por meio do Decreto nº 5.813, em 2006, foi introduzida a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Os ditames da política em questão foram estipuladas como ações no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – Portaria Interministerial nº 2.960/2008.
É de suma importância enfatizar que as condições de grande parcela da população brasileira, mesmo em tempos atuais, está em condições de precariedade e desigualdade no que tange ao acesso a saúde, seja no acesso a medicamentos, quanto em tratamentos médicos necessários, uma característica majoritária nos usuários da atenção básica. Tal situação resulta na busca, cada vez maior, por tratamentos alternativos, possuindo a finalidade de obter uma melhoria na qualidade de saúde, entre as quais destaca-se a utilização da fitoterapia. Os medicamentos fitoterápicos são produzidos por meio de plantas medicinais, ou derivados, tendo o objetivo profilático, curativo ou paliativo, com diferentes métodos de preparo e extração.
A Política e do Programa tem o intuito de “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”.
O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos propõe:
· A inserção de plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à Fitoterapia no SUS, com segurança, eficácia e qualidade, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. 
· A promoção e reconhecimento das práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais e remédios caseiros. 
· A promoção e a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos das plantas medicinais, insumos e fitoterápicos. 
· Elaborar e melhorar a regulamentação em todas as etapas de produção de plantas medicinais e fitoterápicos, tendo como base os modelos e experiências existentes no Brasil e em outros países, adotando as boas práticas de cultivo, manipulação e produção de plantas medicinais e fitoterápicos. 
· O desenvolvimento de instrumentos de fomento à pesquisa, tecnologias e inovações em plantas medicinais e fitoterápicos, nas diversas fases da cadeia produtiva. 
· O desenvolvimento de estratégias de comunicação, formação técnico-científica e capacitação no setor de plantas medicinais e fitoterápicos. 
· A promoção do uso sustentável da biodiversidade.
Diretrizes da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
As diretrizes da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Brasil, 2006, p. 22) que norteiam a implementação de programas de inserção das plantas medicinais e fitoterapias ao SUS são:
·  1. Regulamentar o cultivo; o manejo sustentável; a produção, a distribuição, e o uso de plantas medicinais e fitoterápicos, considerando as experiências da sociedade civil nas suas diferentes formas de organização.
· 2. Promover a Formação técnico-científica e capacitação no setor de plantas medicinais e fitoterápicos.
· 3. Incentivar a formação e capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e inovação em plantas medicinais e fitoterápicos.
· 4. Estabelecer estratégias de comunicação para divulgação do setor plantas medicinais e fitoterápicos.
· 5. Fomentar pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação com base na biodiversidade brasileira, abrangendo espécies vegetais nativas e exóticas adaptadas, priorizando as necessidades epidemiológicas da população.
· 6. Promover a interação entre o setor público e a iniciativa privada, universidades, centros de pesquisa e Organizações Não Governamentais na área de plantas medicinais e desenvolvimento de fitoterápicos.
· 7. Apoiar a implantação de plataformas tecnológicas piloto para o desenvolvimento integrado de cultivo de plantas medicinais e produção de fitoterápicos.
· 8. Incentivar a incorporação racional de novas tecnologias no processo de produção de plantas medicinais e fitoterápicos.
· 9. Garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualidade no acesso a plantas medicinais e fitoterápicos.
· 10. Promover e reconhecer as práticas populares de uso de plantas medicinais e remédios caseiros.
· 11. Promover a adoção de boas práticas de cultivo e manipulação de plantas medicinais e de manipulação e produção de fitoterápicos, segundo legislação específica.
· 12. Promover o uso sustentável da biodiversidade e a repartição dos benefícios derivados do uso dos conhecimentos tradicionais associados e do patrimônio genético.
· 13. Promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos das plantas medicinais, insumos e fitoterápicos. 
· 14. Estimular a produção de fitoterápicos em escala industrial.
· 15. Estabelecer uma política Inter setorial para o desenvolvimento socioeconômico na área de plantas medicinais e fitoterápicos.
· 16. Incrementar as exportações de fitoterápicos e insumos relacionados, priorizando aqueles de maior valor agregado.
· 17. Estabelecer mecanismos de incentivo para a inserção da cadeia produtiva de fitoterápicos no processo de fortalecimento da indústria farmacêutica nacional.
As diretrizes em questão ditam como devem ser realizadas as medidas previstas na política em questão. Atualmente, existem 2.160 Unidades Básicas de Saúde, registradas, as quais disponibilizam medicamentos fitoterápicos ou plantas medicinais, sendo que 260 UBS disponibilizam planta in natura, de forma natural, 188 a droga vegetal, 333 o fitoterápico manipulado e 1.647 UBS disponibilizam o fitoterápico industrializado. Os parâmetros apresentados, igualmente, indicam que a Fitoterapia é praticada por 1.457 equipes de saúde e a Farmácia Viva está instalada em oitenta municípios.
As Secretarias de Saúde municipais e estaduais possuem o dever de informar ao Ministério da Saúde as entradas, saídas e dispensações de medicamentos, entre eles os fitoterápicos, por meio do envio do conjunto de dados do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) ou de Sistema próprio, por meio do WebService, nos termos da Portaria GM/MS nº. 271/2013, a qual dispõe a Base Nacional de Dados de ações e serviços da Assistência Farmacêutica, além de regulamentar o conjunto de informações, fluxo e cronograma de envio referente ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS.
Papel da Enfermagem: 
No campo da fitoterapia, o estudo aprofundado da realidade na qual se está inserido é um caminho imprescindível para o sucesso de sua utilização. É com base no reconhecimento das plantas e fitoterápicos que já são usualmente utilizados por aquela população que poderá ser realizada uma orientação eficaz, garantindo a segurança da prática.
Também se faz necessário estudos de diagnósticos que impliquem prescrição de plantas medicinais, certamente proporcionarão ao profissional maior respaldo instrumental para legitimar esse espaço como uma extensão de sua prática profissional.
Papelda Biomedicina:
A Biomedicina desempenha um papel de grande importância na saúde pública do Brasil. O profissional biomédico atua em pesquisas que podem fornecer dados desde o diagnóstico até a descoberta científica para a cura e prevenção de doenças que ainda devastam a população em geral. O biomédico atua como profissional a serviço da saúde e da ciência, com um respeitado histórico de luta em favor do bem estar do povo; contribui, com seu ramo de atividade amplamente diversificado, para com a evolução do ser humano, ao mesmo tempo em que persegue a conquista e adoção de políticas públicas de saúde que tenham como objetivo alcançar a sociedade brasileira em todos os seus segmentos. A biomedicina é o suporte que a saúde pública necessita para trabalhar sempre com mais segurança no campo da descoberta, prevenção, tratamento e diagnóstico de determinadas patologias. 
Conclusão
O presente trabalho teve como finalidade discorrer sobre as políticas de saúde pública, visando ampliar o conhecimento sobre a Política Nacional de Plantas Medicinais e fitoterápicos. No decorrer deste trabalho foi possível conhecer todas as diretrizes que colaboram para a efetiva implementação dessas políticas e, também, as possíveis atuações dos profissionais da área da saúde.
REFERENCIAL
BRASIL, Ministério da Saúde. POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS. 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_fitoterapicos.pdf>. Acesso em: 07 set. 2018.
BRASIL, Ministério da Saúde. Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-plantas-medicinais-e-fitoterapicos-ppnpmf/politica-e-programa-nacional-de-plantas-medicinais-e-fitoterapicos>. Acesso em: 11 set. 2018.

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