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UNIDADE: PRADO PROFESSOR(A): NATASCHA S. N. ABADE CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO NA ÚLTIMA AULA... 1. Conceitos associados ao envelhecimento; 2. Vídeo: série Envelhecer SESC 3. Indicação de leitura: o envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais https://sesctv.org.br/programas-e-series/envelhecer/ https://sesctv.org.br/programas-e-series/envelhecer/ NA AULA DE HOJE 1) Teorias do Envelhecimento; 2) Indicação de vídeo; 3) Leitura para próxima aula. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO De acordo com a OMS (2015), o envelhecimento é um processo que acarreta mudanças biológicas, sociais e psicológicas. A população idosa, a nível mundial, tem demonstrado crescimento expressivo nas últimas décadas, em virtude da expansão de sua expectativa de vida. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO • Sarcopenia, caracterizada pela redução da massa muscular e consequentes decréscimos na força e nas funções musculoesqueléticas; • Menor densidade mineral óssea; • Dor, rigidez e fragilidade nas articulações; • Prejuízos a funções sensoriais, especialmente visuais e auditivas; • Declínio em funções cognitivas, como memória e velocidade de processamento de informações; • Sistema imunológico menos eficiente; • Aparecimento de problemas emocionais, como depressão e ansiedade; • Incidência de doenças crônicas, isoladas ou combinadas (o que é chamado de multimorbidade); • Ocorrência de demências, como o mal de Alzheimer. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO • Ainda, há aumento do tecido adiposo, diminuição do volume de ejeção ou sistólico (quantidade de sangue bombeada pelo coração em cada batida) e da frequência cardíaca máxima, e menor eficiência dos músculos respiratórios. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO • O envelhecimento orgânico humano pode ser caracterizado como senescência, envelhecimento normal, ou como senilidade, envelhecimento patológico. • A senescência é caracterizada como um processo fisiológico com transformações que ocorrem normalmente com o passar dos anos (sem distúrbios de conduta, amnésias, entre outros). • Enquanto que a senilidade significa a presença de doenças crônicas ou outras alterações que podem acometer a saúde do idoso (perda da capacidade de memorizar, prestar atenção, não conseguir se orientar, etc. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO • Atualmente, é um consenso que a prática de atividades físicas por indivíduos idosos é muito importante para combater os declínios funcionais associados ao processo de envelhecimento, prevenindo e controlando as DCNTs, aumentando a sensação de bem-estar, possibilitando a manutenção da autonomia na realização de atividades da vida diária e consequentemente, melhorando sua qualidade de vida. • Os benefícios associados à prática regular de atividades físicas incluem controle da glicemia, maior eficiência e aptidão cardiorrespiratória, manutenção ou menor perda da massa muscular, sono de melhor qualidade, risco de depressão diminuído e melhoria da cognição e da memória. TEORIAS DO ENVELHECIMENTO • Dentre as inúmeras teorias que buscam apontar as causas do envelhecimento pode-se destacar: a Teoria Genética, a Teoria Imunológica, a Teoria do Acúmulo de Danos, a Teoria das Mutações, a Teoria do Uso e Desgaste e a Teoria dos Radicais Livres (RLs), uma das teorias mais plausíveis até o momento. TEORIA GENÉTICA • A Teoria Genética defende a ideia de que o envelhecimento é resultado de alterações bioquímicas programadas pelo próprio genoma, o qual poderia regular a expectativa de vida por meio de diferentes genes. • Dessa forma, cada ser vivo apresentaria uma duração de vida estipulada pelo seu padrão genético, algo que tenta ser comprovado pela realização de várias pesquisas acerca da longevidade. • Segundo as teorias genéticas, o tempo de vida de um ser vivo (animal ou vegetal) depende do seu genoma. Doenças relacionadas ao envelhecimento precoce são argumentos usados para reforçar essa visão, já que têm relação direta com deficiências enzimáticas sob controle de genes autonômicos recessivos. TEORIA DOS TELÔMEROS • Outro mecanismo genético considerado seria o encurtamento do telômero, estrutura localizada no final dos cromossomos de células eucarióticas, como fator determinante no desencadeamento do envelhecimento, uma vez que é responsável pela proteção dos cromossomos e replicação do DNA cromossomal. • O processo de encurtamento dessas estruturas seria, portanto, decisivo para o envelhecimento, trazendo instabilidades aos genes e perda de informações genéticas. TEORIA IMUNOLÓGICA • A função imunológica decai com o avanço dos anos, motivo pelo qual a hipótese básica da teoria imunológica seja a de que a redução da eficácia do sistema imune, mantido pela interação entre linfócitos e macrófagos no organismo, ao longo dos anos tornaria as pessoas mais susceptíveis contra as agressões, provocando assim, o envelhecimento. • Críticos dessa teoria argumentam que a menor resposta imunológica não seria uma causa, mas sim uma consequência dessa fase da vida. TEORIA DO ACÚMULO DE DANOS • Se propõe que moléculas defeituosas que vão se acumulando, originadas de falhas na transcrição do RNA e sua síntese em proteínas (tradução), resultarão em número elevado de proteínas não funcionais. • Como esse processo seria cumulativo, em algum momento haveria uma concentração elevada dessas proteínas no meio intracelular fazendo com que a célula morresse, o que aos poucos vai reduzindo nossa capacidade funcional, situação que caracteriza o envelhecimento. • Evidências em pesquisas contradizem a Teoria do Erro Catástrofe quanto a transcrição e tradução. TEORIA DAS MUTAÇÕES • Mudanças seguidas que acontecem nos 46 cromossomos do corpo ao longo dos anos resultariam em células incapazes de cumprirem adequadamente suas funções (células mutantes) provocando declínio progressivo dos sistemas orgânicos, de acordo com essa teoria. • Analisando o envelhecimento como um processo uniforme, existem poucas pesquisas para a fundamentação dessa teoria. TEORIA DO USO E DESGASTE • Baseia-se na ideia de que o envelhecimento seja o resultado do acúmulo de agressões ambientais do dia-a-dia, as quais ocasionariam a diminuição da capacidade do organismo em recuperar-se totalmente. • Onde, os ferimentos, infecções, inflamações e outras formas de agressões sejam eles, ferimentos ou patógenos, se somariam ao longo dos anos no indivíduo e dessa forma, as lesões ocasionadas provocariam alterações nas células, tecidos e órgãos desencadeando o envelhecimento. • Atualmente essa teoria encontra-se desacreditada, apesar de defender danos que são dependentes do tempo que podem aumentar a possibilidade de morte do indivíduo, sem, no entanto, atuarem como causadores do processo do envelhecimento. TEORIA DOS RADICAIS LIVRES • Segundo Fries & Pereira (2011), é uma boa explicação para o processo de envelhecimento e tem recebido nas últimas décadas bastante atenção. • De acordo com essa teoria, danos nas células provocados pelos radicais livres explicam a senescência. • Os radicais livres são moléculas instáveis e reativas, formadas pelo nosso metabolismo e no meio intracelular. • Radicais livres também podem ser advindos de situações externas (álcool, cigarro, poluentes ambientais). TEORIA DOS RADICAIS LIVRES • Paralelamente o organismo desenvolveu mecanismos de proteção antioxidante que são formados por um sistema endógeno enzimático e um sistema exógeno não enzimático. • Ambos os sistemas são os responsáveis pela manutenção do equilíbrio entre a produção e neutralização dos RLs, contudo, quando esse equilíbrio é alterado, tem-se uma situação metabólica denominada estresse oxidativo. TEORIA DOS RADICAIS LIVRES • Com o estresse oxidativo, a elevada produção dos RLs e sua grande capacidade reativa ocasionariam não somente reações com os componentes nucleares e citoplasmáticos das células(principalmente DNA e RNA) com diminuição de suas funções, como também, reações com proteínas, lipídios, enzimas, colágenos e hormônios induzindo modificações orgânicas que justificariam o envelhecimento. TEORIA DOS RADICAIS LIVRES • Diversos procedimentos experimentais foram e estão sendo realizados com o intuito de comprovar a relação real dos RLs com o envelhecimento, mas o que se constata é um grande número de contradições acerca dos resultados das pesquisas. • Portanto, o envelhecimento do organismo é um processo complexo, onde os danos provocados pelos RLs são possivelmente expressivos, mas, contudo, não sejam os únicos mecanismos envolvidos no declínio fisiológico. CONCLUSÃO • O envelhecimento é um fenômeno complexo que envolve inúmeros fatores, o que consequentemente, provoca a elaboração de várias hipóteses e teorias voltadas para explicar esse processo. • Possivelmente a ação dos RLs, apesar de apresentar efeitos marcantes sobre o organismo, explique parte do fenômeno biológico do envelhecimento, somando-se às outras teorias, para que juntas, possam formar uma teoria fundamental que esclareça, defina e interprete todas as modificações que ocorrem ao longo da vida e que repercutem no envelhecimento. INDICAÇÃO DE VÍDEO TEORIAS DO ENVELHECIMENTO • https://www.youtube.com/watch?v=A2Ed2tKoo1k https://www.youtube.com/watch?v=A2Ed2tKoo1k PARA PRÓXIMA AULA... • Referência: FRIES, Aline Tais; PEREIRA, Daniela Cristina. Teorias do envelhecimento humano. Revista Contexto & Saúde, Ijuí. V. 10, n. 20. Jan./Jun. 2011. • LER TEORIAS DO ENVELHECIMENTO HUMANO PDF no SIA