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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL MARIA EDUARDA RUSSI SELHORST O PAPEL DA HOLANDA NA INTRODUÇÃO DA PRODUÇÃO DE AÇUCAR NAS COLONIAS INGLESAS E FRANCESAS NA AMÉRICA CAMPO GRANDE, MS 2020 I. INTRODUÇÃO A Holanda possuía grande monopólio do comércio europeu, portanto conseguir vender para Europa sem a ajuda dos holandeses era quase impossível. Por conta desse fato, a Espanha entrou em guerra contra os holandeses para conseguir espaço no mercado europeu. Infelizmente, graças a esse enorme conflito entre os dois países, se tornou um motivo para que outros países criassem interesse em produzir em terras americanas. Os holandeses como dito nos capítulos anteriores, foram grandes aliados de Portugal para que houvesse uma produção estável de cana de açúcar em terras brasileiras. Por esse motivo a Holanda acompanhou de perto todo processo de produção, o que logo no futuro, veio a ser uma péssima notícia para os ouvidos portugueses, havia surgido um forte concorrente na produção açucareira: a França, Inglaterra e Alemanha. II. DESENVOLVIMENTO Por conta há instabilidade criada pelo novo concorrente na produção de açúcar, a renda da produção açucareira das colônias portuguesas estava reduzida a um quarto do que havia rendido em suas melhores épocas. Portugal realmente estava sofrendo uma crise diante dessa queda no lucro com as produções em terras brasileiras. A concorrência realmente era muito forte, porém, demonstrava algumas falhas. A Inglaterra e a França possuíam muitas desavenças, esse foi um dos motivos para que nenhuma dessas nações tivessem tanto êxito em terras americanas. Os ingleses e franceses focaram no povoamento das ilhas do Caribe, com finalidades militares. Essa colonização foi feita a partir do sistema de pequenas propriedades, ou seja, para conseguirem atrair mão de obra, os interessados na terra faziam um contrato de trabalho de no mínimo 5 anos, e após contribuir trabalhando, ganharia um pedaço dessa terra. Os ingleses povoaram mais rapidamente as terras, porém tiveram um ponto muito positivo para chegada de mão de obra, uma instabilidade política e principalmente religiosa. Por conta desses problemas religiosos, muitos viram a américa como uma saída para imigração. Pela alta demanda, algumas companhias financiaram esse transporte para as ilhas do Caribe obviamente em troca de privilégios econômicos sobre a produção dessas terras. Além desse tipo de contrato, muitos criminosos que eram condenados na metrópole eram enviados para as terras do Caribe, pelo fato de precisarem de bastante força de trabalho, isso acontecia de forma corriqueira, e uma situação ainda mais absurda, raptavam adultos e crianças para serem trazidos para colônia também como mão de obra. Acredita-se que esses “trabalhadores” sofriam até mais que os escravos servos de terras portuguesas. É de fácil percepção que para os ingleses a colonização foi muito mais fácil do que para os portugueses que ao chegaram nas terras americanas se viram com o grande desafio de conseguirem mão de obra para as produções na terra. Inesperadamente, essas nações tiveram grande fracasso em suas colônias. Os ingleses e franceses não haviam sofrido tanto com a falta de mão de obra, mas encontraram um grande desafio quanto a produção. Com a falta de uma produção que trouxesse estabilidade econômica para metrópole, isso gerou um alto prejuízo as empresas que patrocinaram todas essas viagens até as terras americanas. III. CONCLUSÃO Mesmo que as novas nações que se empossaram das terras americanas, tivessem conseguido produzir bens como, algodão, café e anil, não foi suficiente para suprir a quantidade investida por empresas nessas terras. Portanto, graças a guerra entre Espanha e Holanda, se abriram brechas para que outras nações conseguissem povoar as terras americanas. Mas, mesmo demonstrando vantagens em problemas como a mão de obra, que no começo da posse de terras americanas havia sido um problema enorme, os ingleses e franceses não conseguiram sucesso em um produto adaptável as terras do Caribe. Por mais que as produções de alguns produtos deram um certo alívio para a economia das colônias, isso intensificou um problema de calamidade pública na Inglaterra devido aos casos muito recorrentes de sequestro dos indivíduos para serem trazidos a força e utilizados como mão de obra nessas novas terras.