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Constitucional Secao 02

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AO EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU DA COMARCA DE SÃO CAETANO - PERNAMBUCO
PEÇA DE INTERPOSIÇÃO.
LUIZ AUGUSTO, brasileiro, casado, comerciante, inscrito no CPF, RG, Título de eleitor sob o nº 123456, residente e domiciliado na Rua, nº, Bairro:, na cidade de São Caetano/PE, com e-mail:, devidamente representado por seu advogado (procuração anexa), inscrito na OAB sob o nº, com escritório à Rua, nº, Bairro:, na cidade de São Caetano/PE, com e-mail: advogado@hotmail.com, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência interpor, com fundamento na Lei 4717/65 e no Código de Processo civil,
RECURSO DE APELAÇÃO
em face da sentença proferida pelo juízo a quo, a qual considerou improcedentes os pedidos feitos em desfavor do PREFEITO JACINTO JACARÉ, brasileiro, casado, prefeito da cidade de São Caetano/PE, inscrito no CPF, RG, residente e domiciliado à Rua, nº, Bairro, na cidade de São Caetano/PE, com e-mail: xxxx@gmail.com.
São Caetano/PE, dia/mês/ano.
Assinatura
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PERNAMBUCO
LUIZ AUGUSTO, brasileiro, casado, comerciante, inscrito no CPF, RG, Título de eleitor sob o nº 123456, residente e domiciliado na Rua, nº, Bairro:, na cidade de São Caetano/PE, com e-mail:, devidamente representado por seu advogado (procuração anexa), inscrito na OAB sob o nº, com escritório à Rua, nº, Bairro:, na cidade de São Caetano/PE, com e-mail: advogado@hotmail.com, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência APRESENTAR, com fundamento na Lei 4717/65 e no Código de Processo civil,
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
em face da sentença proferida pelo juízo a quo, a qual considerou improcedentes os pedidos feitos em desfavor do PREFEITO JACINTO JACARÉ, brasileiro, casado, prefeito da cidade de São Caetano/PE, inscrito no CPF, RG, residente e domiciliado à Rua, nº, Bairro, na cidade de São Caetano/PE, com e-mail: xxxx@gmail.com.
I – DOS FATOS
Luiz Augusto, ex-vereador e residente de São Caetano/PE tomou conhecimento através do Decreto Municipal n° 01/2019, que o prefeito de sua cidade, Sr. Jacinto Jacaré, ora requerido, havia realizado transferência imprópria de serviço público, isto é, sem licitação para tanto.
O ato discutido em tela é a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos da cidade, chamada de “Zona Azul”. Esta prestabilidade foi transferida para a associação de comerciantes locais (ACSC-PE), cujo presidente é o Sr. Sombra, amigo pessoal do prefeito e também principal colaborador de sua campanha eleitoral.
Por apresentar vícios aos princípios da legalidade e da impessoalidade, além de lesão ao patrimônio público, apresentamos pretensão ao juízo a quo para que suspendesse tais atos. Entretanto, por entender que não houve prejuízo real ao município bem como de que a falta de licitação é justificada o magistrado julgou improcedente os pedidos requeridos.
Diante disso, recorre-se a este Egrégio Tribunal para que eventuais injustiças e ilegalidades sejam sanadas.
II – DO DIREITO
a) DA NECESSIDADE DE LICITAÇÃO. 
Nos termos do artigo 2º, da Lei 8666/93, a legislação obriga o agente público a licitar quando envolver concessões da Administração Pública. Vejamos:
o Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
O objetivo dessa previsão legal é evitar que os interesses público e privado se confundam a critério do administrador. Caso contrário, seria possível que os ativos públicos fossem destinados a qualquer pessoa, ignorando a oferta mais vantajosa para a Administração Pública. Por derradeiro, vale dizer que a hipótese trazida não está prevista nas causas de inexigibilidade ou dispensa de licitação.
No caso em tela, o Prefeito violou os princípios da impessoalidade e da ilegalidade quando concedeu, sem licitação, os serviços de faixa azul a um amigo pessoal. Além disso, por serem também nulos nos termos do artigo 4, inciso III, alínea a), da Lei da Ação Popular, a anulação desses atos lesivos ao patrimônio público é a medida da mais pura justiça
b) DA NÃO VIOLAÇÃO À SEPARAÇÃO DOS PODERES
De fato a Constituição Federal dispõe que os Poderes são independentes e harmônicos entre si. Não obstante, a jurisprudência e a doutrina são unânimes de que a interferência de um poder em outro de forma demasiada deve ser rechaçada. Todavia, embora seja uma linha exageradamente tênue, cabe lembrar que vivemos em um Estado de Freios e Contrapesos.
Assim, como poderia o Poder Judiciário ignorar uma concessão realizada sem observância a legislação? E mais, concedida a um amigo pessoal; parceiro de campanha. Deveria o Poder Judiciário esquecer o princípio da Inafastabilidade de Jurisdição? A resposta é, sem dúvidas, não.
No caso em análise, o Poder Judiciário não analisou o mérito administrativo em si. Pelo contrário, deve analisar a legalidade que envolve o ato administrativo; sua relação e compatibilidade com os princípios constitucionais. Sob essa óptica, o ato deve ser anulado, eis que gera lesão ao erário, por não respeitar os princípios da impessoalidade e legalidade.
I – DOS PEDIDOS
Diante disso, o requerente pleiteia pela procedência integral da ação e requer os seguintes:
a) a anulação do ato lesivo ao erário, nos termos do art. 4º, inciso III, alínea a)
 
b) a intimação da parte ré para, querendo, apresentar contrarrazões no prazo legal, conforme Lei 4.717/65, artigo 19, §2 e o Código de Processo Civil;
c) a intimação do Ministério Público conforme art. 6º, §4 º, da Lei 4.717/65;
d) Requer a condenação da parte ré ao pagamento dos honorários advocatícios, das custas e das despesas processuais conforme art. 12 da Lei 4.717/65;
e) Requer, ao final, que julgue procedente a presente ação, determinando a anulação dos atos lesivos ao patrimônio público e seu referido ressarcimento conforme art. 11 e art. 14 da Lei 4.717/65.
Termos em que pede deferimento.
São Caetano/PE, dia/mês/ano.
Assinatura

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