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Roteiro baseado nas teorias de Wanda Horta e Dorothea Orem

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Mylena Neres Silva
Wanda Horta - teoria das Necessidades Humanas Básicas
A teoria de Wanda Horta apoia-se e engloba leis gerais como a do equilíbrio (homeostase ou homeodinâmica), da adaptação e do holismo. Os seus conceitos centrais identificados são: Enfermagem, Ser humano, Ambiente, Saúde/Doença, Necessidades Humanas Básicas, Assistir e Cuidar em Enfermagem. Desenvolve-se uma teoria que procura explicar a natureza da enfermagem, seu campo específico e sua metodologia de trabalho. Algumas proposições e princípios também são expostos. Tendo a Teoria das Necessidades Humanas Básicas por fundamento, estabelece-se a metodologia ou Processo de Enfermagem em 6 fases Histórico, Diagnóstico, Plano Assistencial, Prescrição de Enfermagem, Evolução e Prognóstico. Salienta-se a importância do desenvolvimento de habilidades denominadas instrumentos básicos, para execução do Processo de Enfermagem.
Florence Nightingale - Teoria ambientalista
A teoria ambientalista desenvolvida por Florence Nightingale na segunda metade do século XIX, na Inglaterra, apresenta como foco principal o meio ambiente, interpretado como todas as condições e influências externas que afetam a vida e o desenvolvimento de um organismo, capazes de prevenir, suprimir ou contribuir para a doença e a morte. A doença é considerada, nessa teoria, um processo restaurador da saúde, e a função da enfermeira é equilibrar o meio ambiente, com o intuito de conservar a energia vital do paciente a fim de recuperar-se da doença, priorizando o fornecimento de um ambiente estimulador do desenvolvimento da saúde para o paciente .Nightingale acreditava que fornecer um ambiente adequado era o diferencial na recuperação dos doentes, e é este preceito que fundamenta a Teoria Ambientalista. Assim, a teórica tornou-se conhecida pelos seus atos que trouxeram resultados inovadores ao tratamento de doentes Tem-se, então, a concepção do ser humano como um ser integrante da natureza, sendo visto como um indivíduo, cujas defesas naturais são influenciadas por um ambiente saudável ou não.
Dorothea Orem - Teoria do autocuidado 
A Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem, publicada em 1971 e 1980, foi desenvolvida a partir de um marco conceitual no qual Orem acredita que o profissional de enfermagem juntamente com o paciente, deve identificar déficits de capacidade no atendimento das necessidades individuais de autocuidado, procurando desenvolver nestes indivíduos os potenciais já existentes para a prática do autocuidado. Desta forma, o profissional de Enfermagem funciona no autocuidado como regulador do sistema, identificando os déficits de competência em relação à demanda de autocuidado, fazendo pelo indivíduo aquilo que ele não pode fazer, ensinando, orientando e promovendo o desenvolvimento das capacidades do indivíduo para que ele possa se tornar independente da assistência de enfermagem assumindo seu autocuidado. 
Callista Roy - Teoria da Adaptação 
Roy entende a Enfermagem como uma profissão dos cuidados de saúde que se centra nos processos de vida humanos, enfatizando a promoção da saúde aos indivíduos, grupos e sociedade como um todo, sendo que a ciência e a prática expande a capacidade de adaptação e melhora a transformação ambiental da pessoa. A pessoa - indivíduo, família, organizações, comunidades ou sociedade - como um todo encontra-se exposta a uma série de circunstâncias, condições ou influências que rodeiam e afetam o desenvolvimento de pessoas ou grupos, sendo que o ambiente em mudança estimula as pessoas a dar respostas de adaptação. O ambiente é considerado como todas as circunstâncias, condições e influências que rodeiam e afetam o comportamento da pessoa. A pessoa saudável não está livre de situações inevitáveis como a morte, a doença, a infelicidade ou o estresse, mas a capacidade de lidar com estas situações deve ser a mais competente possível. A saúde é um reflexo de adaptação da interação entre pessoa e ambiente. Callista Roy, no seu Modelo de Adaptação, considera o objetivo da enfermagem a promoção da adaptação dos indivíduos e grupos nos quatro modos de adaptação (modo adaptativo: físico-fisiológico, identidade de autoconceito, interdependência e desempenho de papel), contribuindo assim para a saúde, a qualidade de vida e a morte com dignidade.
Madeleine Leininger - A Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural (TDUCC)
Essa teoria considera que a visão de mundo dos indivíduos e as estruturas sociais e culturais influenciam seu estado de saúde, bem-estar ou doença. A enfermeira busca reconhecer a situação cultural e seus influenciadores e utiliza essas informações como ferramentas para prever as ações e decisões para o cuidado de forma congruente. Essa se constitui em uma contribuição da teoria de Leininger para a enfermagem, ao apontar os fatores que influenciam os sistemas profissionais e populares de saúde e cuidado, como a religião, política, economia, visão de mundo, valores culturais, história, linguagem, gênero, entre outros. No modelo do sol nascente Leininger, representa as fases do processo de enfermagem, no qual exibe o histórico - o reconhecimento da situação cultural e as ações de cuidado da enfermagem. Os usuários dos serviços de saúde sentem-se mais satisfeitos quando os profissionais valorizam e respeitam o seu modo de viver.
Marta Rogers - Teoria do Ser Humano Unitário
Roger acreditava que devemos conhecer a historia da humanidade e da enfermagem para podermos aprender e a evoluir, criando novas técnicas e aperfeiçoamento as praticas existente. A enfermagem deve ser humanística e humanitária (dedicada a preocupação compassiva, a prevenção da doença e reabilitação dos enfermos e incapacitados), que o ser humano está em constante troca com meio ambientes e que o indivíduos é um todo unificado. O pensamento criativo da ciência rogeriana propõe a transformação da prática da enfermagem em um sistema terapêutico independente, que promova a saúde e calcado na utilização da energia e em processos não-invasivos. Essa colocação de Rogers nos oferece uma forma de ver o mundo em que este é um todo holístico e integrado que contradiz o ponto de vista mecanicista e reducionista predominante no modelo médico cartesiano, colocando o ser humano como um todo indivisível e como sendo o foco das ações de enfermagem. 
Roteiro de enfermagem baseado na Teoria do autocuidado de Dorothea Orem e na teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, onde trata-se de uma pessoa idosa internada 
1.Dados de identificação
Nome: _________________________________________ 
Sexo: ( )F ( )M
Idade: ____________ Leito: _________ Profissão:_____________________
Estado Civil: _______________ Escolaridade:________________
Naturalidade: _____________ Procedência: _____________
2. Doença Apresentada
Data de internação: ___/___/______ Motivo: _________________________________
Sintomas: ________________________________
Como chegou ao serviço de saúde? _________________________________________
3. Antecedentes clínicos
Internações anteriores: ( )sim ( )não. 
Motivo: ________________________________________
Doenças pré-existentes: ____________________________________________________
Medicações em uso: ____________________________________________________
Medicamentos prescritos: ____________________________________________________
Antecedentes familiares: ____________________________________________________
Já realizou alguma cirurgia? ( )sim ( )não. Motivo______________________________________
 
4. Necessidades Humanas Básicas
a-Oxigenação
FR: ________________rpm Tipo de respiração: _____________ 
Tosse: ( )sim ( )não Dispneia: ( )sim ( )não
O que faz para melhorar a dispneia?__________________________________________
Temperatura: ___________________
Frequência cardíaca: _____bpm. Tipo de pulso: ___________
( )regular ( )arrítmico. Doenças subjacentes: ( )sim ( )não
PA:_______________ Posição do paciente:____________
Apresenta ansiedade? ( )sim ( ) não 
O que faz para melhorar a ansiedade? ______________________________________________b-Alimentação e hidratação 
Quantidade de refeições diárias: _____________ 
Litros de água consumidos diariamente: ______L
Preferências alimentares: ______________________ 
Dieta: ( )sim ( )não
Disfagia: ( )sim ( )não. 
Intolerâncias: _________________________________
Sinais de Desidratação: ( )sim ( )não. ____________________________________
Mucosa oral íntegra: ( )sim ( )não. 
Ausência de dentes: ( )sim ( )não. 
Quais? _______________________________
Uso de próteses: ( )sim ( )não 
c. Eliminação 
Evacua quantas vezes por dia? _________________ 
Última evacuação: __________________
Características das fezes: ________________________ 
 Faz uso de laxantes: ( )sim ( )não
Eliminação urinária: Frequência: _________ vezes ao dia 
Características da urina: ______________________________ 	
d. Atividade e repouso 
Horas de sono por noite: ____________ 
Dificuldades para dormir: ( )sim ( )não 
Apneia: ( )sim ( )não. 
Faz uso de medicamentos para dormir? ( )sim ( )não. 
Quais? ____________________________
Pratica atividades físicas regularmente? ( )sim ( )não. Quais? ___________________________
Tem algum problema de locomoção? _________________________________________________
e. Capacidade para autocuidado: 
( )dependente ( )independente ( )parcialmente dependente 
Pratica algum tipo de terapia? ( )sim ( )não. 
Quais? ___________________
Lazer- O que você costuma fazer para passar o tempo? ___________________________________________________
Costuma participar de atividades em grupo? ( )sim ( )não. Quais? ___________________________________________________
Relacionamento com familiares/pessoas significativas: ___________________________________________________
Foi escolhida a teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta e a teoria do autocuidado de Dorothea Orem. Essas duas teorias andam lado a lado já que o autocuidado de certa forma, também é uma forma de necessidade humana já que entra a boa alimentação e o lazer como formas de viver uma vida boa e saudável, além disso, antes de Wanda, os pacientes eram apenas indivíduos. Depois dela, passaram a ser tratados como seres humanos, com sentimentos, emoções e métodos de Enfermagem.
Referências: 
HORTA,W.A.Processo de enfermagem.Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011.
Horta WA. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU; 1979.
Nightingale F. Notas sobre enfermagem: o que é e o que não é. Tradução de Amália Correa de Carvalho. São Paulo: Cortez; 1989
Haddad VCN, Santos TCF. A teoria ambiental de florence nightingale no ensino da escola de enfermagem Anna Nery (1962 - 1968). Esc. Anna Nery [online]. 2011 Out./Dec.;[cited 2012 nov 23]; 15 (4): 755-61. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452011000400014
 OREM, D. E. Nursing: concepts of practice . New York, Mac Graw-Hill , 1 971. 23 2p.
Roy C. El modelo de adaptación de Roy en el contexto de los modelos de enfermería, con ejemplos de aplicación y dificultades. Cultura de los Cuidados. Rev Enferm Human. 2000 1º / 2º sem; 4 (07-08): 139 -59
Andrews HA, Roy C. Pontos essenciais do Modelo de Adaptação de Roy. In: Roy C, Andrews, HA. Teoria da Enfermagem: o Modelo de Adaptação de Roy. Lisboa: Instituto Piaget; 2001. p. 15- 39
Phillips KD. Irmã Callista Roy: Modelo de Adaptação. In: Tomey AM, Alligood MR. Teóricas de enfermagem e a sua obra: modelos e teorias de enfermagem. Loures: Lusociência; 2004. p. 335 - 33
Rodrigues DP, Pagliuca LMF, Silva RM. Modelo de Roy na enfermagem obstétrica: análise sob a óptica de Meleis. Rev Gaucha Enferm. [on-line]. 2004 ago; [citado 2011 mar 03]; 25(2): (aprox. 10 telas). Disponível em: http://www.scielo.br.
Leininger M. Teoria do cuidado transcultural: diversidade e universalidade. In: Anais do 1º Simpósio Brasileiro de Teorias de Enfermagem; 2000 maio; Florianópolis, Brasil. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 1985
Welch AZ, Alexander JE, Beagle CJ, Butler P, Dougherty DA, Robards KDA, Solotkin KC, Velotta C. Madeleine Leininger: cuidados culturales: teoría de la diversidad y la universalidad. In: Tomey AM, Alligood MR. Modelos y teorías en enfermeria. Madri: Harcourt; 2000

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