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MARCIANA DO SACRAMENTO SOUZA - GESTÃO PÚBLICA 09.05 (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CAMPUS DE AQUIDAUANA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
MARCIANA DO SACRAMENTO SOUZA 
Um mundo em constantes mudanças, caminhando para formas complexas de organização, pressupõe uma nova abordagem da educação em que são necessárias novas metodologias, uma nova relação entre os diversos intervenientes e atores do processo e um novo conceito de educação, indissociável das tecnologias mais recentes. A manutenção e o desenvolvimento de altos padrões de qualidade de vida e de desenvolvimento implicam uma contínua atualização de saberes, em um conjunto social em que um dos maiores valores é uma sociedade do conhecimento acessível a todos. a gestão da escola e da educação públicas também não pode ser pensada apenas como uma simples ferramenta a serviço da melhoria da qualidade do ensino, pois ela mesma é, ou pode ser, uma ação político-pedagógica. Por se tratar da educação pública, ela necessita ser balizada pelos princípios da democracia, da igualdade, da universalidade e da laicidade. Então, por que é necessário buscar democratizar a gestão da educação pública? Porque a educação pública é a educação de todos, para todos (SOUZA, 2003, p.19). Conforme nos lembra Marilena CHAUÍ (1991) H1, o reconhecimento do que é público decorre da necessidade de entendermos que existe uma esfera coletiva na vida humana, de interface e convívio entre as pessoas. Para operar esta esfera pública da vida humana, a democracia foi erigida. Isto é, para planejar, decidir, coordenar, executar ações, acompanhar e controlar, avaliar as questões públicas, como a educação, é importante envolvermos o maior número possível de pessoas neste processo, dialogando e democratizando a gestão pública. A ideia de uma educação pública está solidifica, historicamente, na garantia da sua universalidade, ou seja, em uma educação que atinja todos e de forma obrigatória, pelo menos, durante um período da vida, uma vez que ao direito de se educar corresponde o dever social de frequentar a escola. Bem, mas se essa educação pública é obrigatória, ela deve, sem sobra de dúvidas, ser gratuita, posto que para todos e mantida pelo Estado. E, por fim, se mantida pelo Estado e igualitária, deve ser laica, não-confessional. Esses princípios estão associados às origens da educação pública, conforme relata Elaine M. T. LOPES (1981), e são eles que nos exigem a democratização mais ampla possível da gestão educacional, pois a universalização, a obrigatoriedade, a gratuidade e a laicidade, enquanto eixos de organização da res pública (coisa pública) na educação somente podem ser garantidos através do método e do princípio democráticos.
REFERÊNCIAS:
SOUZA, C. “Estado do campo” da pesquisa em políticas públicas no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais; Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: v. 18, n.º 51, p.15-20, fevereiro de 2003.
CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 7ª
 edição. São Paulo: Cortez, 1997.
LOPES, Eliane M.T. Origens da educação pública. São Paulo: Loyola, 1981.

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