Buscar

Estetica Corporal 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estética Corporal
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Paula de França Carmo da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Fibro Edema Geloide
• Definição;
• Etiopatogenia do FEG;
• Classificação;
• Avaliação de FEG;
• Princípios Ativos para FEG;
• Eletroterapia x FEG;
• Recursos Manuais x FEG.
• Avaliar o FEG determinando tipos, graus e alterações;
• Selecionar recursos de tratamento adequados, seguros e efi cazes de modo individual 
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e efi caz o FEG;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Fibro Edema Geloide
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Fibro Edema Geloide
Definição
O Fibro Edema Geloide (FEG), conhecido popularmente como celulite (termo 
inadequado para a afecção estética, pois não se trata de inflamação ou infecção 
do tecido subcutâneo (AFONSO, TUCUNDUVA, PINHEIRO e BAGATIN, 2010)), 
é uma alteração do tecido conjuntivo, tecido adiposo e do sistema circulatório que 
envolve aspectos inestéticos, acometendo preferencialmente o sexo feminino.
É caracterizado por um aspecto estofado ou aparência de “casca de laranja”. 
Etimologicamente, é definido como um distúrbio metabólico localizado no tecido 
subcutâneo que provoca uma alteração na forma do corpo feminino (ROSSI & 
VERGNANINI, 2000).
Vários termos são utilizados para definir esta afecção estética.
Na literatura, podemos encontrar diversas nomenclaturas que são sinônimos e 
que se diferenciam por alguns aspectos histopatológicos.
Sinônimos científicos para “celulite”
• Fibro Edema Geloide (FEG);
• Hidrolipodistrofia Ginoide (HLDG);
• Paniculopatia Edemato Fibroesclerótica (PEFE);
• Lipoesclerose Nodular.
O FEG tem grande prevalência nas mulheres, pois é desencadeado pela influ-
ência dos estrógenos. Sendo assim, sua localização tem preferência por áreas que 
estão sob influência deste hormônio, como coxas, glúteos e quadris, mas também 
pode ser encontrada em mamas, nuca, abdômen e braços.
A obesidade não é condição necessária para sua existência, mas as mulheres 
obesas apresentam maior tendência ao aparecimento do FEG.
Importante!
80 a 90% das mulheres são acometidas pelo FEG. A que você atribui isso?
Você Sabia?
Etiopatogenia do FEG
A etiopatogenia do FEG não está totalmente esclarecida, mas uma variedade de 
causas contribui para seu desenvolvimento, incluindo fatores estruturais, circulató-
rios e hormonais.
8
9
Muitos fatores podem predispor o organismo à instalação do FEG. Os princi-
pais são:
• Hereditariedade: os genes determinam toda a nossa constituição, inclusive 
características do organismo, como o equilíbrio da produção hormonal, a qua-
lidade da circulação sanguínea e o biotipo corporal, que estão envolvidos na 
formação do FEG.
• Fatores Hormonais: o hormônio estrogênio é considerado um dos principais 
causadores no desenvolvimento do FEG, atuando como desencadeador, per-
petuador e agravante do processo.
• Fatores Circulatórios: a permeabilidade aumentada dos vasos sanguíneos 
constitui um dos fatores desencadeantes da afecção estética.
• Fatores Inflamatórios: alguns autores sugerem um componente inflamatório 
dependente do grau de FEG (graus III e IV). Estes fazem esta defesa pois rela-
tam um aspecto inflamatório difuso crônico, com presença de macrófagos e 
linfócitos, nos septos fibrosos, a partir de biópsias da pele.
Os fatores secundários são:
• Alimentação: uma dieta desequilibrada é causadora de obesidade e pode auxi-
liar o desenvolvimento do FEG.
• Sedentarismo: causa menos gasto calórico e aumento do depósito de gordura 
nos adipócitos.
• Excesso de Toxinas: o álcool, refrigerantes, café e chá preto, fumo, falta do 
hábito de tomar água, tensão e cansaço auxiliam no acúmulo de toxinas.
• Compressão: roupas muito apertadas favorecem a má circulação, colaborando 
no processo de instalação da celulite.
• Estresse: causa retenção de toxinas, além de poder desencadear alterações no 
funcionamento do sistema nervoso central, sistema imunológico e endócrino.
Histopatologia
A epiderme não sofre alterações. Na derme, observa-se discreto infiltrado linfo-
citário perivascular. As fibras colágenas apresentam-se edematosas, fibras elásticas 
diminuídas no plexo subdérmico.
Há uma hiperplasia dos adipócitos, hipermolimerização da substância funda-
mental amorfa.
Classificação
Conforme a classificação de Nüremberg e Müller em 1978, o FEG pode ser 
classificado em IV graus.
9
UNIDADE Fibro Edema Geloide
Grau I
Essa é a fase inicial em que o FEG ainda não é perce-
bido. O processo ainda não causa alterações visíveis nem 
palpáveis (Figura 1).
Ocorre um aumento da permeabilidade capilar, isto é, 
o capilar sanguíneo deixa extravasar mais líquido para o 
tecido do que o costume, onde há somente uma estase 
venosa e linfática, comprometendo o sistema de retorno, 
dificultando a drenagem do líquido intersticial. A percep-
ção visual deste grau se dá à contração muscular intensa 
e/ou ao teste de prega.
Grau II
Se o FEG progredir, inicia-se um com-
prometimento maior, já que a eliminação 
das toxinas produzidas no metabolismo 
celular tende a se alojar na substância 
fundamental amorfa, modificando a sua 
consistência de gel fluido para um gel 
mais condensado. Neste estágio, as tro-
cas metabólicas começam a ficar com-
prometidas, dificultando a chegada de 
nutrientes para as células que compõem 
este tecido, o que acarreta uma série de 
mudanças, principalmente nos fibroblastos e adipócitos. Os fibroblastos começam 
a produzir substância fundamental amorfa com pH alterado e excesso de proteínas, 
além de ocorrer uma hipertrofia das células adiposas por excesso de triglicerídeos.
A partir deste estágio, o aspecto conhecido como casca de laranja começa a 
ter forma e pode torna-se percebível, principalmente quando o local é pressionado 
(Figura 2).
Grau III
No grau III, ocorre a perda do limite entre derme e o tecido adiposo. O tecido 
intersticial (substância fundamental amorfa) torna-se quase impermeável, as fibras 
de colágeno enrijecem (esclerosam) progressivamente, envolvendo toda a estruturavascular, terminações nervosas e adipócitos.
A partir deste estágio, o aspecto conhecido como casca de laranja torna-se visí-
vel, sendo que na maioria das vezes o local não necessita ser pressionado para se 
notar as ondulações “casca de laranja” (Figura 3).
Figura 1 – FEG grau I
Fonte: Getty Images
Figura 2 – FEG grau II
Fonte: Getty Images
10
11
Figura 3 – FEG grau III
Fonte: GettyImages
Grau IV
Torna O FEG um estágio praticamente 
irreversível, o tecido intersticial completa-
mente impermeável, as fibras colágenas e 
elásticas esclerosadas se agrupam formando 
cápsulas ao redor dos adipócitos, que, por 
sua vez, aumentam de tamanho pelo excesso
de triglicerídeos estocados e das termina-
ções nervosas, causando dor sob palpação.
Devido ao estrangulamento dos capi-
lares pelas fibras e pela condensação da 
substância fundamental amorfa, a deficiência do sistema circulatório do local é ine-
vitável, causando um comprometimento metabólico em todas as células que fazem 
parte deste tecido (Figura 4).
O FEG pode ser ainda classificado pelos tipos, que se diferem por sua consistên-
cia. Estes podem ser:
• FEG Dura: acomete mulheres jovens que fazem esportes regularmente. Estas 
apresentam tecido firme e músculos bem delineados e não apresentam sinais 
de flacidez. Não é muito aparente e, quando comprimida, observa-se que a 
pele apresenta aspecto de “casca de laranja”. Normalmente causa dor.
• FEG Flácida: é comum ocorrer em mulheres que levam vida sedentária e que 
emagrecem e engordam rápida e constantemente. É visível mesmo sem a com-
pressão, e a região acometida é mole e trêmula.
• FEG Edematosa: é o tipo mais grave de FEG, por ser doloroso. Apresenta 
edema e nódulos e geralmente é causado por diabetes e distúrbios de tireoide, 
de ovários ou do metabolismo.
• FEG Mista: abrange a mistura de alguns ou todos os tipos.
Figura 4 – FEG grau IV
Fonte: Getty Images
11
UNIDADE Fibro Edema Geloide
Avaliação de FEG
A avaliação clínica de FEG é subjetiva e depende de muito treino do esteticista 
que a realizará.
Os métodos de avaliação de FEG são diversos, desde simples e baratos, como men-
surações antropométricas, palpação e documentação fotográfica, até caros e comple-
xos, como ressonância nuclear magnética. No entanto, não existe método melhor ou 
aceito unanimemente, pois tais conceitos dependem de variáveis, como custo, grau de 
invasão, riscos, acessibilidade, etc. Por isso, tantos métodos têm sido descritos.
Para a avaliação clínica, podemos usar o teste de palpação, sinal de Godet (Figura 5). 
É um sinal clínico, avaliado por meio da pressão digital sobre a pele, por pelo menos 
5 segundos, a fim de se evidenciar edema. É considerado positivo se a depressão 
(“cacifo”) formada não se desfizer imediatamente após a descompressão. Teste de 
casca de laranja (Figura 6): pressiona-se o tecido adiposo entre os dedos polegar e 
indicador ou entre as palmas das mãos e a pele adquire uma aparência rugosa, tipo 
casca de laranja. Teste de preensão (Figura 7): após a preensão da pele juntamente 
com a tela subcutânea entre os dedos, promove-se um movimento de tração. Se a 
sensação dolorosa for mais incômoda do que o normal, este também é um sinal do 
FEG, onde já se encontra alteração da sensibilidade.
Figura 5 – Sinal de Godet 
ou teste de cacifo
Fonte: Getty Images
Figura 6 – Teste casca 
de laranja
Fonte: Getty Images
Figura 7 – Teste 
de Preensão
Fonte: Getty Images
A documentação fotográfica é um outro recurso fundamental na avaliação de 
FEG. O cliente deve posicionar-se em posição ortostática, os pés afastados lateral-
mente (cerca de 30cm), o avaliador em uma distância de aproximadamente 1,50 – 
2,00 metros de distância do avaliado e a área fotografada deve ser do pescoço até 
os joelhos. O fundo deve ser azul escuro ou verde escuro. As fotos devem ser tiradas 
sempre com a mesma iluminação e a mesma lingerie (esta não deve ser apertada e 
nem com estampas).
Perimetria é um outro recurso que utilizamos na avaliação do FEG, posiciona-se a 
fita métrica e toda a circunferência da área a ser tratada.
Além de perimetria, é importante avaliar peso, altura e prega cutânea para melhor 
controle do tratamento.
12
13
Algo muito relevante na avaliação do FEG é a 
bioimpedância (um equipamento que através de 
corrente elétrica alternada percorre o corpo por 
meio de eletrodos posicionados em membros su-
periores e inferiores e quantifica porcentagem de 
massa magra, massa gorda e líquidos corporais).
A termografia também se torna relevante, 
visto que temos prejuízo circulatório nos casos 
de FEG, esta pode ser realizada por meio de 
placas termográficas ou de máquinas fotográfi-
cas que fazem a leitura das alterações da tem-
peratura corporal e, desta forma, nos trazem informações sobre prejuízos circulató-
rios. A interpretação destes se dá pela alteração da escala de cores (Figura 8).
Importante!
Embora no tratamento de FEG não tenhamos como foco a redução de medidas, esta redu-
ção de volume pode acontecer pela redução do edema ou do líquido no espaço intersticial!
Importante!
Princípios Ativos para FEG
Princípios ativos são as matérias-primas responsáveis pelo efeito do produto quan-
do aplicado corretamente. Podemos dizer que são os responsáveis pelo “tratamento”.
Cabe ressaltar que na maior parte dos casos a eficiência de um princípio ativo 
depende da sua capacidade de permear a pele e atingir seu local de ação. Tal capaci-
dade depende de fatores relacionados à estrutura da pele, ao próprio princípio ativo 
e ao veículo adequado.
Sendo assim, podemos concluir que os princípios ativos são misturados aos veícu-
los para a obtenção do produto final desejado, o qual vai ter uma indicação específica.
Para o tratamento da FEG, utilizamos princípios ativos das classes que seguem.
Lipolíticos
Lipolíticos são substâncias (princípios ativos) coadjuvantes que atuam na lipólise 
do adipócito.
Mecanismos da atividade dos lipolíticos
Através de receptores específicos localizados na membrana celular, os lipolíticos 
desencadeiam as seguintes ações no adipócito:
Figura 8. Representação de termografi a
Fonte: Getty Images
13
UNIDADE Fibro Edema Geloide
• aumento do nível de AMP cíclico intracelular, favorecendo a lipólise nos adi-
pócitos;
• inibição da atividade da fosfodiesterase, favorecendo o sistema adenilciclase 
AMP cíclico dos adipócitos;
• permissão para que o AMP cíclico atue por mais tempo, ativando os triglecerí-
deos a se transformarem em ácidos graxos livres numa velocidade maior.
Enzimas
A função das enzimas é diminuir a energia de ativação necessária para que as 
reações metabólicas ocorram e aumentar a velocidade das reações químicas. Con-
fira abaixo alguns exemplos de enzimas utilizadas na estética.
Ativadores da Microcirculação
São substâncias que têm como finalidade desencadear a vasodilatação e, conse-
quentemente, o aumento da temperatura do organismo em local pré-determinado.
Crioterápicos
Possuem a capacidade de aumentar a circulação e a temperatura no local da apli-
cação após um resfriamento provocado por uma vasoconstricção local.
Ação dos Crioterápicos
• Desencadeiam um esfriamento local e contração dos vasos sanguíneos periféricos;
• Aumentam o fluxo sanguíneo, descongestionando os tecidos e diminuindo a 
retenção de água;
• Esta ação ocorre pelo estímulo do sistema nervoso central, que é responsável 
pela termorregulação.
Termogênicos
São substâncias que possuem a capacidade de aumentar a circulação e a tempe-
ratura no local da aplicação.
Ação dos Termogênicos
Em nível celular
• Aumento da oxigenação e nutrição dos tecidos;
• Aumento das trocas metabólicas do meio;
• Aumento da permeabilidade cutânea.
14
15
Em nível circulatório
• Aumento da circulação;
• Vasodilatação local;
• Aumento da oxigenação e nutrição dos tecidos;
• Aumento das trocas metabólicas do meio;
• Aumento da permeabilidade cutânea.
Exemplos de princípios ativos para tratamento de FEG:
• Cafeisilane (Complexo cafeína-silício);• Theophylisilane C (Complexo metilsilanol teofilina);
• Cafeína;
• Triac;
• T3;
• Argisil L (Arginina combinada ao Silício orgânico);
• Xantalgosil (Acefilina combinada ao Silício orgânico);
• Nicotinato de Metila;
• Extrato de arnica;
• Castanha da Índia;
• Centella asiática;
• Cavalinha;
• Fucus;
• Hialuronidase;
• Thiomucase.
Eletroterapia x FEG
Recursos eletroterápicos são de fundamental importância para o tratamento 
do FEG.
O recurso mais utilizado nesta afecção estética é o ultrassom de 3 Mhz, que tem 
efeito tixotrópico quando utilizado no modo contínuo, que tem maior predominân-
cia de efeito térmico, que transformará a substância fundamental amorfa coloide gel 
em sol, deixando-a em um estado mais amolecido e mais emulsificado (graus II e III 
são os que mais se beneficiam deste efeito). O efeito mecânico, que promove uma 
micromassagem no tecido, também traz benefício em relação a esta afecção, pois 
facilita a retirada de catabólitos e oferta nutrientes.
15
UNIDADE Fibro Edema Geloide
O aumento da permeabilidade da membrana através da fonoforese potencializa 
a permeação dos ativos direcionados ao tratamento do FEG, neovascularização, 
aumento da microcirculação local, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras 
de colágeno.
Pode ser usado no modo contínuo ou pulsado, dependendo do grau e tipo do FEG; 
a literatura recomenda doses terapêuticas que giram em torno de 1,2 a 1.5 w/cm2.
Sugestões de dosimetria
• MODO CONTÍNUO: indicado para FEG graus III e IV (no local onde se tem 
fibrose/nódulos).
• MODO PULSADO: indicado para FEG com presença de edema importante, 
independentemente do grau.
• INTENSIDADE: 
Se a escolha for Modo Contínuo:
FEG grau II: 0,8 A 1,0 w/cm².
FEG grau III: 1,5W/cm².
FEG grau IV: 2,0W/cm².
Se a escolha for Modo Pulsado:
25% - se desejar mais efeito mecânico – FEG com grande presença de edema, sinal 
de Godet +.
50% - se desejar efeito mecânico com leve aquecimento e consequente vaso-
dilatação – FEG com edema, porém com sinal de Godet – mas com alteração de 
coloração à palpação.
75% - se desejar efeito mecânico com ação na alteração de permeabilidade de 
membrana, FEG com presença de edema, com sinal de Godet – e que seja inte-
ressante vasodilatação (tecido com alteração de temperatura e baixa oxigenação 
e nutrição).
A intensidade segue como descrita anteriormente.
A radiofrequência RF será utilizada em casos de FEG flácida, sem edema impor-
tante, pois a vasodilatação promovida pelo calor aumenta a ultrafiltração e, conse-
quentemente, piora o edema.
A radiofrequência será utilizada em FEG flácida, quando a flacidez for tissular, 
ou seja, flacidez de pele. Neste caso, chegamos a uma temperatura entre 39°C 
e 42°C, mantendo a temperatura entre 3 e 7 minutos, como sugere a literatura. 
Para o tratamento dos pontos de graus III, podemos utilizar a radiofrequência para 
deixar estes pontos mais amolecidos, para posterior massagem desfibrosante ou 
vacuoterapia no local. Neste caso, utiliza-se a radiofrequência chegando a uma tem-
peratura de no máximo 36,5°C, sem tempo de manutenção para não desencadear 
um processo inflamatório com posterior piora dos pontos de fibrose.
16
17
Vasodilatação promove aumento da ultrafiltração, desta forma aumenta o extravasamento 
de líquido para o espaço intersticial. A RF é o recurso de primeira escolha para o tratamento 
de FEG?
Ex
pl
or
A eletrolipoforese ou eletrolipólise promoverá um estímulo circulatório que tem 
grande relevância na drenagem da área, além do estímulo da lipólise que ocorre 
pela excitação das terminações nervosas simpáticas e liberação de adrenalina e 
noradrenalina (catecolaminas), que atuarão sobre os receptores do adipócito que 
estimularão a enzima lipase hormônio sensível, potencializando o efeito lipolítico.
Dosimetria
Frequência: 5 a 50Hz.
Intensidade: de acordo com a sensibilidade do cliente.
Tempo: 50 minutos.
Onda: retangular.
Resumindo, a sugestão para tratamento de FEG com a eletrolipólise é:
Onda: retangular ampla.
Frequência: 30 Hz.
Intensidade: de acordo com a sensibilidade do cliente.
Tempo: 10 minutos.
Após aplicar
Onda: retangular.
Frequência: 25 Hz.
Tempo: 30 minutos.
Intensidade: de acordo com a sensibilidade do cliente.
Finalização
Onda: trapezoidal.
Frequência: 5 Hz.
Tempo: 5 minutos.
Intensidade: de acordo com a sensibilidade do cliente.
Este protocolo pode ser aplicado até 3 vezes por semana, em dias alternados.
Outro recurso bastante utilizado para o tratamento de FEG é a endermotera-
pia ou vacuoterapia. A vacuoterapia pode ser aplicada com intuito de estimular a 
17
UNIDADE Fibro Edema Geloide
drenagem de fluidos, de incrementar a circulação sanguínea e favorecer as trocas 
gasosas e a nutrição celular.
Para o estímulo de drenagem, utiliza-se uma pressão negativa entre -30 e -50 
mmHg, realizando movimentos no sentido do trajeto linfático do segmento a ser 
drenado. Para os casos de FEG compacta, pode-se utilizar pressão negativa entre 
-100 e -150 mmHg. Os movimentos podem ser ascendentes e em 8. Para os pon-
tos de fibrose, utiliza-se o método palper roller para mobilização deste tecido.
O laser infravermelho pode ser utilizado para estimular a drenagem linfática. 
Este deve ser utilizado com uma fluência de 2 a 4 J/cm2, sendo aplicado de forma 
pontual nas redes ganglionares (linfocentros) e no trajeto do direcionamento da linfa 
na área a ser drenada. Os pontos de fibrose também se beneficiam da aplicação da 
combinação do laser vermelho e infravermelho. Ambos com uma fluência de 2 a 4 
J/cm2, aplicados pontualmente por toda a área de fibrose, com um distanciamento 
entre os pontos de em média 2cm.
O LED âmbar trará benefícios nos casos de FEG flácida (flacidez tissular), este 
pode ser utilizado por um tempo de aproximadamente 5 minutos, em quadrantes 
de aproximadamente 20cm2.
A pressoterapia é um método que se caracteriza pela utilização de massagem 
pneumática, que é realizada no fluxo da circulação linfática através da aplicação 
de pressão positiva sobre o segmento a ser drenado. É composta por câmeras 
independentes que insuflam e desinsuflam, estimulando o fluxo linático de forma 
sequencial. A dosimetria varia entre 20 e 40 mmHg, por um tempo recomendado 
pela literatura entre 30 e 60 minutos.
A microcorrentes (MENS) aumenta a mobilização de proteínas do sistema linfáti-
co, a pressão osmótica dos canais linfáticos é aumentada, absorvendo os fluidos do 
espaço intersticial. Utiliza-se a MENS para tratamento de FEG através de uma luva 
utilizada durante a drenagem linfática manual.
Recursos Manuais x FEG
A drenagem linfática manual (DLM) é, sem dúvidas, o principal recurso para o 
tratamento de FEG, isso pode ser afirmado pois a retenção hídrica, o edema, está 
presente em todos os graus.
A DLM auxilia na evacuação da linfa, normalizando o pH intersticial e favorecen-
do a oxigenação e nutrição celular. Deve estar associada a todos os programas de 
tratamentos personalizados para FEG. Podem ser utilizados os métodos de Vodder, 
Leduc, entre outros comprovados cientificamente. A DLM para tratamento de FEG 
pode ser realizada de 1 a 3 vezes por semana.
A massagem modeladora pode ser realizada nos casos de FEG compacta e 
geralmente é associada a cosméticos hiperemiantes com intuito de promover 
18
19
vasodilatação e consequente melhora da oxigenação e nutrição celular. É contrain-
dicada em FEG com presença de telangectasia, geralmente presente nos graus 
III e IV.
Massagem modeladora e DLM não são compatíveis fisiologicamente, desta for-
ma não devem ser associadas.
A massagem de tecido conjuntivo ou massagem desfibrosante é realizada nos 
pontos de fibrose de FEG grau III. Os movimentos devem ser firmes, porém sem 
muito vigor para que não agrida o tecido fibrose e não cause piora.
Os recursos apresentados para o tratamento de FEG podem e devem associar 
recurso manual, eletrofototermoterápico e cosméticos. A compatibilidade destes 
recursos deve ter um raciocínio clínicono qual se leve em consideração a fisiopa-
tologia do FEG, o grau e tipo de FEG e os efeitos fisiológicos de cada um destes 
recursos. Não há sentido em uma mesma sessão utilizar dois ou mais recursos 
com o mesmo efeito fisiológico, independentemente de seu mecanismo de ação. 
Por exemplo, não há sentido em realizar DLM e pressoterapia na mesma sessão, 
pois ambas estimulam e drenagem dos líquidos; bem como não há sentido realizar 
massagem modeladora e endermologia na mesma sessão, ambas têm o intuito de 
promover vasodilatação e modelar a área trabalhada.
O tratamento para FEG de grau I se basta apenas com DLM e uso de cosméticos 
que estimulem a microcirculação; já o tratamento de FEG de graus II e III, além da 
DLM, requer o uso de eletrofotermoterapia e cosméticos com todas as proprieda-
des já citadas anteriormente. Os pontos de FEG grau IV exigem um procedimento 
médico chamado Sucision ou Subincisão.
A periodicidade do tratamento para FEG vai depender da disponibilidade de sua 
cliente e do grau em que se encontra o FEG.
Para FEG grau I, é suficiente nossa intervenção 1 vez por semana. Para FEG 
graus II e III, de duas a três vezes por semana. Caso a cliente não tenha esta dispo-
nibilidade, deve-se intervir ao menos 1 vez por semana.
As orientações para esta cliente que esteja em tratamento para FEG são prática 
de atividade física, consumo de doces e sódio reduzido, ausência de refrigerantes, 
alimentação balanceada, redução do uso de roupas que reduzam a circulação linfá-
tica, ingestão de H2O adequada.
Importante!
O trabalho multidisciplinar enriquece demais os resultados dos tratamentos estéticos; 
desta forma, se observar a necessidade, encaminhe sua cliente para nutricionista, edu-
cador físico e outros profissionais que contribuam com o sucesso do tratamento.
Você Sabia?
Em casa, a cliente deve ser instruída a utilizar cosméticos com ativos venolinfá-
ticos, lipolíticos, entre outros, duas vezes ao dia, preferencialmente após o banho.
19
UNIDADE Fibro Edema Geloide
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Fisiobrasil
CHAVES, A. M. S.; VIANA, F.; MELO, P. M. Avaliação de medida abdominal 
utilizando a técnica de destoxi-redução: estudo de caso. Fisiobrasil, ano 11 – Edição 
87 – fevereiro 2008.
 Leitura
Revista Saúde e Pesquisa
KRUPEK, T.; COSTA, C. E. M. Mecanismo de ação de compostos utilizados na 
cosmética para o tratamento da gordura localizada e da celulite. Revista Saúde e 
Pesquisa, v. 5, n. 3, p. 555-566, set./dez. 2012.
http://bit.ly/2M2Y4YV
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação
PIRES, V. A; ARRIEIRO, A. N; XAVIER, M. Fibro edema geloide: etiopatogenia, avaliação 
e aspectos relevantes – uma revisão de literatura. XIII Encontro Latino Americano de 
Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade 
do Vale do Paraíba.
http://bit.ly/2X5pmik
Revista Inspirar. Movimento & Saúde
SANTANA, A. P.; UCHÔA, E. P. B. L. Avaliação fisioterapêutica em mulheres com fibro 
edema geloide em uma clínica na cidade do Recife – PE. Revista Inspirar. Movimento & 
Saúde. Vol. 7 – Número 4 – out/ nov/ dez 2015.
http://bit.ly/2M5yVN2
20
21
Referências
BORGES, Fábio Santos. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfun-
ções estéticas. São Paulo: Phorte. 2010
CUCÉ, Luiz Carlos; FESTA NETO, Ciro. Manual de dermatologia. São Paulo: 
Atheneu, 2001.
FONSECA, Aureliano da; PRISTA, L. Nogueira. Manual de terapêutica derma-
tológica e cosmetologia. São Paulo: Roca, 2000.
21

Continue navegando