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Teste do Pezinho Quando deve ser feito, doenças, tratamento e cuidados de enfermagem. 1 Quando deve ser feito? O Teste do Pezinho é um exame simples, porém de grande importância para garantir o desenvolvimento saudável da criança. Para a sua maior eficácia, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) alerta que ele deve ser feito entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê. Realizado gratuitamente em unidades básicas de saúde, é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas complexas que podem não ter sintomas aparentes nos recém-nascidos. O teste permite o tratamento precoce e a diminuição ou eliminação das sequelas associadas a essas doenças. Doenças O Teste do Pezinho é utilizado para a prevenção e diagnóstico precoce de seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase Doenças diagnosticadas pelo teste do pezinho: Tratamentos 1. Doença Falciforme Como é feito o tratamento: O tratamento da Doença Falciforme exige o acompanhamento de uma equipe de saúde multidisciplinar, composta por médico, nutricionista, enfermeiro e outros profissionais que possam vir a ser necessários ao longo da vida. Esse acompanhamento ajuda a estabilizar a doença e melhorar a qualidade de vida do portador. 2. Hipotireoidismo congênito Como é feito o tratamento: O tratamento para o hipotireoidismo congênito tem início assim que é feito o diagnóstico e consiste no uso de remédios para repor os hormônios tireoidianos que estão em quantidades alteradas, pois assim é possível garantir o crescimento e desenvolvimento saudável da criança. 3. Deficiência de biotinidase Como é feito o tratamento: Nesses casos, o médico indica a ingestão da vitamina biotina por toda a vida para compensar a incapacidade do organismo para utilizar essa vitamina. Cuidados de Enfermagem Local para Coleta da Amostra: Sala com ambiente tranquilo; Não está recomendado o uso de refrigeradores de ar, pois o resfriamento dos pés do bebê dificulta a obtenção do sangue. Coleta da Amostra para Teste do Pezinho: O profissional deve certificar-se que o papel filtro está preenchido corretamente com a identificação correta da criança. Recomenda-se que seja utilizada para o preenchimento a caneta esferográfica, tendo atenção para não contaminar no manuseio os círculos do papel filtro onde será acondicionada a amostra; Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento; Posicionar a criança; Solicitar à mãe ou responsável que fique em pé e segure a criança na posição de arroto. O profissional que realiza a coleta deve estar sentado de frente para o adulto que está segurando a criança; Cuidados de Enfermagem Realizar a Assepsia: a assepsia deve ser feita com algodão ou gaze esterilizada umedecida com álcool 70% no calcanhar do bebê, massageando levemente para ativar a circulação e somente puncionar após a secagem do álcool; Em períodos de temperatura muito baixas, em que somente com a massagem não é possível estimular a circulação dos pés da criança, orienta-se a utilização de bolsas de água quente não superior a 44ºC (sempre testar antes de colocar no paciente), a bolsa não deve ser colocada diretamente no pé do bebê, colocar sobre a meia ou sapatinho, mantendo por cinco minutos e com a criança em posição vertical, com o pé abaixo do nível do coração. É recomendado o uso de bolsa de água quente ao invés de compressas, devido à possibilidade de molhar o papel filtro utilizando-se as compressas; Realizar a punção com a lanceta: o local adequado para a realização da punção com a lanceta é a região plantar do calcanhar em suas laterais; Para realização da punção, segurar o pé e o tornozelo da criança, de maneira a imobilizar, mas não trancar a circulação, penetrar a ponta da lanceta em movimento único e rápido; Cuidados de Enfermagem Coleta do Sangue: após a punção capilar, limpar com uma gaze seca a primeira gota de sangue, desprezando-a, pegar o papel filtro e encostar-se à próxima gota de sangue, que estará sendo formada no local da punção. Evitar ao máximo a pressão do papel sobre o pé da criança, apenas colocá-lo no local onde está sendo formada a gota e realizar movimentos circulares para que o círculo seja preenchido completamente. Após o preenchimento completo de um círculo do papel filtro partir para o próximo círculo, nunca retornando a círculos anteriores. Pós-Coleta: após a coleta, colocar a criança deitada e comprimir levemente o local de punção até que o sangramento cesse e, se for necessário, realizar curativo. Visualizar a amostra contra a luz observando se todos os círculos do papel filtro estão preenchidos de sangue dos dois lados, caso não esteja, repetir o procedimento, enviando as duas amostras coletas grampeadas uma na outra para análise. Observando que a coleta foi eficaz, colocar o papel filtro em posição horizontal em prateleira ou similar, para a secagem, sendo importante atentar que uma amostra não pode tocar na outra e devem ser mantidas longe do sol em ambiente de 15 a 20ºC por cerca de três horas. O correto é que após a secagem as amostras mantenham uma cor marrom-avermelhada, sendo que as amostras com excesso de sangue ficam escuras, endurecidas ou retorcidas, indicando que houve coagulação e não podem ser aproveitadas, necessitando nova coleta. Seguir os princípios de descartes de material perfurocortante, utilização de EPI’s (luvas de procedimentos) e lavagem das mãos antes e após o procedimento
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