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da crise ao milagre

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Da Crise ao Milagre (1960-1973)
1- Quais as causas da inflação no início da década de 60 segundo o PAEG? Qual a política utilizada para enfrentá-las?
R Causas da inflação no início dos anos 60: 
- aumento do déficit público; - excesso de demanda; 
- queda importante dos investimentos e da taxa de crescimento da renda brasileira
Metas do PAEG: - redução do déficit público - redução dos gastos e ampliação das receitas através da reforma tributária e aumento das tarifas públicas; - restrição do crédito e aperto monetário - aumento das taxas de juros reais e consequentemente do passivo das empresas - levou a uma grande onda de falências, concordatas, fusões e incorporações - geração de capacidade ociosa - importante fator para a futura retomada do crescimento econômico; - política salarial - determinou reajustes salariais objetivando romper as expectativas e conter reivindicações. Medidas adotadas no combate a inflação: - Reforma tributária: 1- introdução da correção monetária no sistema tributário; 2 - alteração do formato do sistema tributário - transformação dos impostos tipo cascata em impostos tipo valor adicionado - romper o estímulo até então existente à integração vertical da produção e utilizar os impostos como política de desenvolvimento e de redução de distorções; 3 - redefinição do espaço tributário entre as diversas esferas do governo (distribuição dos impostos na esfera federal, estadual e municipal); além disso foram criados fundos de transferência intergovernamentais 4 - centralização das decisões sobre legislação tributária e eliminação da guerra fiscal; - Reforma monetária e financeira - divide-se em quatro medidas: 1- instituição da correção monetária e criação da ORTN - elimina série de ineficiências do sistema financeiro à estimulava poupança e ampliava capacidade de financiamento da economia; a criação das ORTNs visava dar credibilidade e viabilizar e desenvolvimento de um mercado de títulos públicos que fornecesse instrumentos de financiamento não inflacionários do déficit público, bem como possibilitasse as operações de mercado aberto, visando ao controle monetário; 2 - Lei no. 4.595 criação do CMN (Conselho Monetário Nacional) e do BACEN - procurava criar condições para que a política monetária fosse conduzida de forma independente 3 - Lei no. 4.320 criação do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) - eliminar o déficit habitacional existente, que era atribuído à data de financiamento para o setor; criação do BNH: banco dos bancos do sistema habitacional; 4 - Lei no. 4.728 reforma do mercado de capitais - Lei do Mercado de Capitais definia as regras de atuação dos demais agentes financeiros. O quadro institucional que se formou baseava-se no modelo financeiro norte-americano (em oposição ao modelo europeu), caracterizado pela especialização/segmentação do mercado, existindo instituições especializadas que atenderiam a segmentos específicos do mercado de crédito, com base em instrumentos de captação determinados; bancos comerciais deveriam operar no crédito de curto-prazo, com base na captação de depósitos à vista; financeiras eram os agentes de crédito ao consumidor, através da venda de letras de câmbio; os bancos de investimento deveriam atender ao crédito de médio e longo prazo, através da captação de depósitos a prazo e do repasse de recursos externos; além disso, deveriam incentivar as operações do mercador de capitais; os bancos de desenvolvimento estatais deveriam financiar operações especiais de fomento através do repasse de fundos fiscais e recursos externos; demais instituições do mercado de capitais também foram regulamentadas e subordinadas ao BACEN; - Reforma do setor externo - tinha pôr objetivo estimular o desenvolvimento econômico, evitando as pressões sobre o Balanço de Pagamentos, eliminando assim uma das principais distorções do PSI. Destacam-se duas linhas de atuação neste sentido: melhorar o comércio externo brasileiro e atrair o capital estrangeiro; com relação ao comércio externo, buscou-se estimular e diversificar as exportações através de uma série de incentivos fiscais e da modernização e dinamização dos órgãos públicos ligados ao comércio internacional. Quanto às importações, a ideia era eliminar os quantitativos e utilizar apenas a política tarifária como forma de controle. - a principal medida adotada foi à simplificação e unificação do sistema cambial - adotou-se o sistema de minidesvalorizações, pelo qual a variação deveria refletir o diferencial entre a inflação doméstica e a internacional; - quanto à atração do capital estrangeiro, buscou-se uma reaproximação com a política externa norte-americana, a chamada Aliança para o Progresso. Em seguida efetuou-se a renegociação da dívida externa e firmou-se um Acordo de Garantias para o capital estrangeiro. As ligações com o sistema internacional foram feitas através de dois mecanismos: a Lei no. 4.131, que dava acesso direto das empresas ao sistema financeiro internacional, e a Resolução no. 63, que possibilitava a captação de recursos externos pelos bancos comerciais e de investimento para repasse interno
 
2- Relacione as principais dificuldades institucionais que afligiam a economia brasileira no início da década de 60 com as reformas promovidas no início do governo militar.
R: as principais dificuldades presentes em 60 eram que a economia não estava crescendo e ainda estava com altos níveis de inflação para combater esses problemas foram feitas: - reformas estruturais: criando FGTS, PIS/PASEP e aumentando os investimentos públicos; - reformas tributárias: criando novos tributos e centralizando-os na União 
- reformas financeiras: através da criação BACEN/BNDES, CMV, redução de impostos p/ investidores, dentre outras medidas.
 
3-No período 1968-1973, a economia brasileira teve um desempenho excepcional, o que costuma ser relacionado a fatores favoráveis, tanto internos como externos. Discorra sobre as características do período, e explique quais foram esses fatores favoráveis dos anos 60?
R: No período de 1968 a 1973, o Brasil teve um excepcional crescimento econômico. Esse período é conhecido como milagre econômico e caracterizou-se pelo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto); melhorias na infraestrutura do país; crescimento das exportações; aumento do nível de emprego e significativo desenvolvimento industrial. Esse crescimento foi impulsionado pelas reformas institucionais (fiscal, tributária e financeira) do PAEG durante o governo de Castelo Branco; a recessão do período anterior e o crescimento da economia mundial com a grande expansão da economia internacional, melhoria dos termos de troca e crédito externo.
4- Compare o diagnóstico da inflação no PAEG e no início do milagre. Quais as medidas adotadas no combate à inflação nesse último período?
R: O diagnóstico da inflação no PAEG visava à recessão, redução do déficit público, restrição ao crédito, durante o milagre econômico houve certo controle da inflação, além da economia mundial também estar em ritmo acelerado de crescimento. As medidas do PAEG preparam o país para um período de crescimento que teve sua realização durante o milagre. As medidas adotadas no milagre econômico foram de diminuição das políticas de contenção da demanda (monetária, fiscal e creditícia), com exceção da política salarial; controle de preços onde os reajustes de preço precisavam de aprovação prévia do Governo
 
5- A forte participação do Estado em processos de desenvolvimento retardatário é uma característica ressaltada por vários autores. Como evoluiu essa participação na agricultura brasileira a partir dos anos 60?
R O crescimento da produção agrícola no Brasil se dava, basicamente, até a década de 50, por conta da expansãoda área cultivada. A partir da década de 60, o uso de máquinas, adubos e defensivos químicos, passaram a ter, também, importância no aumento da produção agrícola. De acordo com os parâmetros da “Revolução Verde”, incorporou-se um pacote tecnológico à agricultura, tendo a mudança da base técnica resultante passada a ser conhecida como modernização da agricultura brasileira. Destaca-se os seguintes instrumentos de política para a agricultura: – Políticas de Garantias de Preços Mínimos (PGPM): definem um piso mínimo para os preços recebidos pelos produtores e proteção para os preços recebidos dos produtos agrícolas. – Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR): o qual tinha como objetivo propiciar aos agricultores linhas de crédito acessíveis e baratas, com o intuito de viabilizar o investimento e a modernização do setor. – Aquisição do Governo Federal (AGF): instrumento pelo qual o governo adquire a produção pelo preço mínimo e a mantêm em estoques estratégicos, os quais são liberados quando a oferta fica abaixo da demanda. – Empréstimo do Governo Federal (EGF): permite que os produtores retenham parte de sua produção para venda na entressafra, beneficia o conjunto dos agricultores reduzindo a oferta de produtos na safra, sendo que, parte da produção é estocada em armazéns credenciados pelo governo servindo de garantia. Ressaltando-se ainda durante a década de 70, o importante papel desempenhado pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) no setor de pesquisas e auxílio técnico aos agricultores. O processo de modernização foi orientado para a modernização do latifúndio, para os grandes proprietários, potenciais compradores dos produtos industriais, cuja produção se instalara no Brasil tendo, como base, os complexos agroindustriais, que tinham como função maior o direcionamento da produção para o mercado externo. Diante do exposto e tendo em vista as leis excludentes do capitalismo, não se pode pensar em um processo homogêneo de modernização da agricultura. O capital, ao ser introduzido no campo, reproduziu suas diferenças, gerando um processo de modernização heterogêneo, excludente e parcial. A modernização agrícola concentrou-se nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e na monocultura de produtos exportáveis, como soja e cana-de-açúcar, deixando à margem regiões mais pobres, Norte e Nordeste, onde predominam os pequenos produtores e a policultura alimentar. No bojo da desigualdade da modernização da agricultura brasileira encontra-se o Estado, utilizado como principal agente indutor desse processo que, através do Sistema Nacional de Crédito Rural – SNCR, dos subsídios e das políticas de maxidesvalorização cambial, atuou em benefício dos grandes proprietários e das multinacionais, assumindo seus custos e riscos de produção e repassando-os à sociedade

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