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DEFESA DO EXECUTADO - aula 03

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AULA 03
Defesa do Executado
O executado tem direito de defender-se em qualquer tipo de execução. 
Cumprimento de sentença, a defesa se faz mediante impugnação à execução (art. 525, NCPC). 
Execução de título extrajudicial, a execução se faz por meio de embargos à execução (arts. 914 a 920, NCPC).
Existem outras formas de se defender na execução como por meio de ações autônomas (defesas heterotópicas) ou por meio da exceção de pré-executividade.
a) Embargos à execução
a.1) conceito e requisitos
· Os embargos à execução são verdadeira ação de conhecimento incidentais.
· A competência para julgar os embargos é a mesma do órgão da ação de execução (art. 61, NCPC). 
· O executado passa a ser denominado embargante e o exequente passa a ser denominado embargado. 
· Podem ser legitimados ativos qualquer responsável patrimonial (art. 790, NCPC). Não cabe intervenção de terceiros nos embargos, exceto a assistência. 
· Deve-se atribuir valor da causa. 
a.2) prazo (art. 915 – contados a partir da citação, nos termos do art. 231, NCPC).
· O prazo para opor os embargos à execução será de 15 dias (art. 915, NCPC).
· Quando houver mais de um embargado, o prazo para oferecer embargos conta-se da juntada de cada comprovante de citação, salvo se tratar de cônjuges ou companheiros, quando será contado da juntada do último (art. 915, §1°, NCPC). 
· Também continua não aplicando aos embargos o dobro de prazo para litisconsortes com advogados diferentes (art. 229 do NCPC) por força da previsão do art. 915, §3°, NCPC).
· Citação na execução, agora no NCPC, é feita por correio, e não mais por oficial de justiça. Todavia, quando a citação for por hora certa ou por edital, e o executado não oferecer embargos, será nomeado curador especial como representante do executado para tanto.
a.3) dispensa de garantia do juízo e ausência de efeito suspensivo
De acordo com o art. 914, o oferecimento de embargos não depende de garantia do juízo (penhora, depósito ou caução).
Em regra, os embargos não possuem efeito suspensivo (art. 919, NCPC).
Todavia, preleciona o §1º do art. 919 que o efeito suspensivo poderá ser concedido excepcionalmente DESDE QUE, a requerimento do embargante, estejam satisfeitos os requisitos para a concessão da tutela provisória (fumus boni iuris e periculum in mora, ou seja, a relevância do fundamento dos embargos e o fundado receio de dano caso não haja a suspensão da execução), e esteja a execução garantida por penhora, depósito ou caução.
a.4) matéria de defesa
O rol está elencado no artigo 917 do NCPC, que prevê as seguintes hipóteses:
I – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação.
II – penhora incorreta ou avaliação errônea .
III – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções => são 2 defesas diferentes. Os casos que podem ensejar excesso estão elencados no mesmo art. 917, §2º, NCPC. Alegado excesso de execução, o executado deve indicar o valor que entender correto sob pena de tal defesa não ser conhecida pelo juiz se houver outros fundamentos, ou sob pena de rejeição liminar dos embargos, se for o único fundamento dos embargos (art. 917, §§3° e 4º, I e II, NCPC).
IV – retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa.
V – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução: A arguição de impedimento e suspeição far-se-á de acordo com os arts. 146 e148 do NCPC, ou seja, por petição simples criando um incidente.
VI – qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento => exemplos: prescrição, extinção da obrigação (pagamento, novação, subrogação etc), inconstitucionalidade de lei, exceção do contrato não cumprido, etc.
a.5) procedimento
· Os embargos deverão ser distribuídos por dependência ao processo de execução principal; 
· Autos apartados, e instruídos com cópias de peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas, sob a responsabilidade pessoal do advogado (art. 914, §1º, NCPC);
· Se os embargos forem intempestivos; manifestamente protelatórios (ato atentatório à dignidade da justiça – art. 918, parágrafo único); ou nos casos de indeferimento da petição inicial ou improcedência liminar da demanda, o juiz os rejeitará liminarmente (art. 918, NCPC);
· Da decisão que indefere a petição inicial dos embargos caberá o recurso de apelação (art. 331), neste caso desprovido de efeito suspensivo (art. 1.012, §1º, III, 1ª parte, NCPC);
· Recebidos os embargos, será o exequente-embargado intimado para que, no prazo de 15 dias, ofereça sua defesa;
· Julga imediatamente o pedido (art. 355) ou designa audiência, proferindo sentença (art. 920, NCPC);
· Caso os embargos sejam julgados procedentes, cabe apelação no seu duplo efeito (devolutivo e suspensivo). 
· Julgados improcedentes, a exemplo da sentença que extingue os embargos sem resolução do mérito, caberá apelação também apenas no efeito devolutivo, conforme art. 1.012, §1º, III, 2ª parte, NCPC.
a.6) pedido de parcelamento da dívida
· Ao invés de oferecer os embargos, pode o executado requerer o parcelamento do crédito do exequente (art. 916, NCPC);
· Os requisitos para esse incentivo são: requerimento do executado; depósito de, no mínimo, 30% do montante executado, incluindo custas e honorários; não ter o executado oferecido embargos à execução;
· O restante deverá ser pago em até 06 parcelas, acrescido de juros e correção monetária; 
· O atraso do pagamento de qualquer das parcelas gera multa de 10% sobre a mesma;
b) Impugnação à execução
É a defesa do executado no cumprimento de sentença;
 De acordo com o art. 525 do NCPC, o prazo para oferecer a impugnação é de 15 dias após transcorrido o prazo do art. 523, NCPC (o executado é intimado para, em 15 dias, pagar o débito, sob pena de multa e honorários de advogado, ambos em 10% cada, e sob pena de penhora). 
Lembrando que, ao contrário dos embargos, aplica-se aqui o prazo em dobro do art. 229 em caso de litisconsortes litigando com advogados de escritórios de advocacia distintos, nos termos do §3º do art. 525.
O conteúdo da impugnação à execução ou a matéria de defesa é bem mais limitada do que nos embargos, e está prevista no art. 525, §1º, do NCPC, a saber:
I – falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II – ilegitimidade de parte;
III – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
 IV – penhora incorreta ou avaliação errônea;
V – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII – qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
c) Exceção ou objeção de pré-executividade (exceção de não-executividade)
Serve, basicamente, para alegar as matérias de ordem pública, que podem ser conhecidas de ofício, como a falta de pressupostos processuais ou de condições da ação; bem como qualquer matéria que tivesse prova pré-constituída, como prescrição, pagamento, compensação, ausência de título, impenhorabilidade, novação, transação, etc.
d) Ações autônomas (defesas heterotópicas)
Ação rescisória, da ação de revisão ou anulação de negócio jurídico, a consignação em pagamento.

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