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jhenifer AV1 - 3001 constitucional avançado

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AV1
Constitucional Avançado
Turma 3001
Nota de Trabalho (s): _______________
(+) Nota da Prova: _______________
Média Final: _______________
Assinatura Profº.: ________________________
 
CURSO: DIREITO 
PROFESSOR: PAULO MÁXIMO 
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO
ALUNO(A):_______________________________________________________________
TURMA: 3001 - AV1 - 	ESTA PROVA VALE 8 PONTOS 
	IMPORTANTE:
· A prova deverá ser formatada de acordo com as normas da ABNT.
· A entrega é individual.
· PLÁGIO importará na atribuição da NOTA ZERO.
· A entrega da prova será feita exclusivamente pela aba de tarefas do Microsoft Teams.
· O prazo final de entrega será 18h50min de 7/10/2020. 
· NÃO será admitida prova entregue fora do prazo.
QUESTÃO 1
(1,5 pts)
	A declaração de inconstitucionalidade de uma lei gera vários efeitos. Do ponto de vista subjetivo, por exemplo, tratando-se do controle incidental a regra é que eles são inter partes, já no controle abstrato a regra é que os eles são erga omnes. Há também o chamado efeito repristinatório. Elabore um pequeno texto dissertativo acerca do efeito repristinatório no controle de constitucionalidade, contendo doutrina e pelo menos um exemplo na jurisprudência, sobre o tema.
Resposta 1 –
	Dentro do controle de constitucionalidade, segundo Luciana Russo “é a verificação da compatibilidade das leis ou atos normativos com a Constituição, assegurando-se, a Supremacia da Lei Maior” e, ao estudamos o Controle de Constitucionalidade vimos os tipos de inconstitucionalidade quanto ao objeto, à conduta e a relação. Quanto à relação vimos a direita e indireta. 
Segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino o conceito de Ação Direta de Inconstitucionalidade, por ação ou omissão, quando estiver em discordância com a Lei Maior ou produção de normas ou atos de eficácia limitada, respectivamente, “é a ação típica do controle abstrato, tendo como escopo a defesa de ordem jurídica, mediante apreciação na esfera federal, da constitucionalidade, m tese da lei ou ato normativo, em faces das regras e princípios constantes explicita ou implicitamente na Constituição Federal.”
Contudo, neste momento, podemos evidenciar os efeitos da decisão definitiva em ADIN, em regra, são “erga omnes”, “ex tunc”, “efeito vinculante” e o “efeito repristinatório”, este último efeito, trata do reconhecimento da inconstitucionalidade da norma em relação ao direito anterior, que havia sido revogado pela norma declarada inconstitucional. Portanto as leis, que foram revogadas por uma lei e, assim, sendo declarada inconstitucional esta lei em questão, irão restaurar as anteriores revogadas. Sendo que, esse efeito repristinatório em relação à legislação anterior em caso existente, porém, por de ser afastado pelo STF, desde que o Tribunal o faça expressamente. (PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo – Controle de Constitucionalidade – Editora IMPETUS, pg 87 e 89).
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. FUNRURAL. Empregador rural pessoa física. Contribuição incidente sobre receita bruta proveniente da comercialização da produção. Declaração de inconstitucionalidade. Lei aplicável em razão de efeito repristinatório. Infraconstitucional. 1. É de índole infraconstitucional a controvérsia a respeito da legislação aplicável resultante do efeito repristinatório advindo de declaração de inconstitucionalidade de normas. 2. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça. 3. Agravo regimental não provido. (RE 956210 AgR, Relator (a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 30/09/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-225 DIVULG 20-10-2016 PUBLIC 21-10-2016)
(STF - AgR RE: 956210 RS - RIO GRANDE DO SUL, Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 30/09/2016, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-225 21-10-2016)
QUESTÃO 2
(1,5 pts)
	A inconstitucionalidade é a incompatibilidade entre o ato analisado e as normas de status constitucional. A nulidade é um pressuposto da inconstitucionalidade no Brasil e no mundo? Em que consiste o chamado princípio da nulidade adotado no modelo brasileiro? Há exceções a ele? Justifique suas respostas.
Resposta 2
a) A Nulidade não é um pressuposto da inconstitucionalidade no Brasil e no mundo, para haver o controle de constitucionalidade, na ação de inconstitucionalidade, que são dois, podendo ser o preventivo e repressivo para existência de uma constituição rígida e previsão constitucional para fiscalizar da validade das leis e que, poderá ser contrária a norma superior de cada país. O pressuposto preventivo – temos como exemplo o Veto Presidencial por Inconstitucionalidade. O pressuposto repressivo - é exercido sobre as leis que contrariam a Constituição, sendo realizado por órgão judiciário, retirando a norma do ordenamento jurídico. A Nulidade é um princípio que gera efeitos na inconstitucionalidade das leis.
De acordo com os artigos a seguir: Artigos 49, inciso V, 66, §1º, 97, 102, inciso I, alínea “a”, e inciso II, alínea “b”, 103, da Constituição Federal.
Entendemos que quando um ato normativo nasce com vícios violando a Constituição presume que é um ato normativo Nulo. A teoria da nulidade compreende que um ato normativo inconstitucional tem sua valide abalada, portanto, impossível gerar efeitos válidos.
b) No Brasil aplica-se o princípio da nulidade como regra, uma vez que, a doutrina clássica defende a existência do princípio da nulidade em nosso país. Argumentando-se que a decisão inconstitucional é meramente declaratória, reconhecendo assim, a incompatibilidade da norma infraconstitucional com a Lei Maior. Posição esta, fundada sob a influência da Corte Superior Norte-Americana.
Gilmar Mendes cita a doutrina afirmando que: “o dogma nulidade da lei inconstitucional pertence à tradição do direito brasileiro e, a teoria da nulidade tem sido sustentada por praticamente os nossos constitucionalistas (...) significativa parcela da doutrina brasileira posicionou-se em favor na equiparação entre a inconstitucionalidade e a nulidade.”.
Art. 97 e 102, inciso III, alínea a, b e c da CF/ 88. Que é deferido o poder aos Juízes e Tribunais de negar a aplicação à lei inconstitucional e, adotando o princípio da nulidade.
QUESTÃO 3
(1,5 pts)
	O controle de constitucionalidade foi uma construção histórica que culminou no julgamento do caso Marbury vs. Madison, quando pela primeira vez, a Suprema Corte Americana declarou a nulidade de uma norma por contrariar a Constituição americana.
	Na Europa continental a ideia de controle de constitucionalidade não surgiu com as primeiras constituições escritas, mas apenas na década de 20, com a criação do sistema austríaco. 	
	Parte da doutrina compreende que a diferença entre os sistemas se deu em razão da herança histórica acerca do papel do Poder Judiciário nos contextos americano e europeu.
	Elabore UM TEXTO DISSERTATIVO contendo a explicação acerca da distinção histórica do papel do judiciário que culminaram na diferenciação entre os modelos de controle de constitucionalidade americano e austríaco.
Resposta 3
No Brasil o controle de constitucionalidade é um sistema eficiente, que tem a fiscalização pelo poder judiciário ou por meio das ações concentradas, abstrata e principal, ou por meio das ações difusas, concreta e incidental. 
Tal controle também influencia o Brasil o modelo americano, difuso, que fora reconhecido por conta do caso Marbury vs. Madison e, por meio da decisão do Juiz Marshall serviu de base para que a partir daquela decisão julgada fosse o controle de constitucionalidade de forma, concreta e incidental, e com resultado somente entre as partes envolvidas no processo, de uma situação pré-existente, que tem como características: o difuso, o vício de inconstitucionalidade o tornando nuloe, o efeito ex tunc. Esse é o modelo americano que no Brasil sofre as influências no controle de constitucionalidade.
Enquanto no modelo austríaco o controle de constitucionalidade o sistema é concentrado, fiscalizado por um único órgão, criado pelo austríaco Hans Kelsen, abstrato, erga omnes, e efeito ex nunc. 
J.J. Gomes Canotilho, por sua vez, reverbera que neste tipo de sistema, o controle de constitucionalidade não pode ser considerada função típica do judiciário, mas uma função constitucional autônoma, que se pode caracterizar como uma função de legislação negativa http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/46218/controle-de-constitucionalidade-diferenca-entre-o-sistema-americano-e-o-sistema-austriaco.
 Sendo assim, a Constituição Federal prevê o controle de constitucionalidade difuso, incidental, in concreto influencia americana e, o de controle de constitucionalidade concentrado, principal, in abstrato de influência austríaca. Eis o porquê o Brasil adota um controle misto de constitucionalidade. (CHIMENTI, Ricardo Cunha – 2010 – pg 398 e 399).
QUESTÃO 4
(1,5 pts)
	Em um recurso de apelação o apelante pleiteia a declaração de inconstitucionalidade de uma lei estadual em face da Constituição Federal. A turma julgadora admite o incidente de inconstitucionalidade, remetendo os autos para o órgão especial do tribunal.
	O órgão especial, pela maioria absoluta de seus membros, declara a inconstitucionalidade da norma impugnada, intimando as partes de sua decisão.
	O apelado, insatisfeito com a decisão do órgão especial, decide trocar de advogado e procura seu escritório com o intuito de recorrer da decisão.
	Considerando seus conhecimentos sobre o tema, elabore um texto dissertativo explicando o caminho jurídico correto a ser seguido. 
Resposta 4.
O controle de constitucionalidade a ser apresentado no caso concreto é o difuso incidental que é baseado no reconhecimento da inconstitucionalidade de um ato normativo por qualquer órgão competente do Poder Judiciário, juiz ou tribunal, em face, a um caso concreto submetido a sua apreciação. Est controle deu-se origem nos Estados Unidos. (controle de constitucionalidade – Ed Ímpetus – pg. 35).
O caminho jurídico correto a ser seguido que se interpõe a Apelação que pleiteia a declaração de inconstitucionalidade de uma lei estadual em face da Constituição Federal é pelo plano estadual, qualquer juiz ou tribunal pode exercer o julgamento. Este controle é o controle difuso incidental. Este procedimento jurídico dar-se-á quando as partes ingressam com ação no judiciário e o autor contesta a constitucionalidade de uma lei estadual em face da Constituição Federal, e interpõe com recurso para que seja declarada a inconstitucionalidade e ter efeito inter partes, assim, afastando a aplicação da lei. De acordo com o artigo 125, §2º da CF, será do Tribunal de Justiça local. 
QUESTÃO 5
(2,0 pts)
	Em entrevista coletiva datada de 11 de dezembro de 2015, o então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, defendeu a elaboração de uma emenda constitucional com o intuito de implantar no país o sistema semipresidencialista de governo que, nada mais é, do que o de uma república parlamentarista, onde a as funções de chefe de Estado ficam a cargo do presidente da República, enquanto as de chefe de governo são incumbências do Primeiro Ministro. 
	Um deputado federal, entusiasta da ideia conseguiu o número mínimo de assinaturas na casa para a Proposta de Emenda à Constituição que visa convocar novo plebiscito para que o povo decida novamente sobre a manutenção do sistema presidencialista ou a implementação de um sistema parlamentarista.
	O projeto é entregue à CCJ que rapidamente marca a data para a deliberação.
	O Presidente da República, insatisfeito com a PEC apresentada busca orientação jurídica na Advocacia Geral da União.
	Você, Advogado Geral da União foi escolhido para emitir parecer sobre o tema. Portanto, elabore UM TEXTO DISSERTATIVO com os principais pontos de seu parecer, respondendo as seguintes perguntas:
a) É possível ao Presidente da República fazer o controle preventivo de constitucionalidade da emenda?
b) Caso a emenda seja aprovada e promulgada, o Presidente da República poderá propor alguma ação para que o controle de constitucionalidade seja exercido?
c) Qual(is) o(s) dispositivo(s) constitucional(is) serviriam de parâmetro para o controle de constitucionalidade da referida emenda? 
Resposta 5
A respeito do pronunciamento do Presidente da OAB Nacional que defende a elaboração de uma PEC para mudança de regimes no Brasil. O Presidente da República pode fazer o controle preventivo de constitucionalidade, cujo este controle ocorre antes da promulgação de uma lei ou emenda constitucional, através do veto jurídico, e excepcionalmente pelo judiciário. Controle de constitucionalidade preventivo de propostas de emendas à Constituição e dos projetos de lei, portanto, tem por finalidade impedir que regras contrárias à Constituição ingressem no ordenamento Jurídico, é o caso em tela. E assim, os órgãos controladores preventivos, além da Comissão de Cidadania e Justiça e Redação da Câmara e a CCJC do Senado, temos o Presidente da República com o veto jurídico e sendo exercido antes da referida promulgação da emenda ou projeto de lei.
De acordo com Jorge de Miranda, é fiscalização “preventiva a que se exerce antes do ato concluído o procedimento de formação, ou antes, do momento de consumação da obrigatoriedade ou, eventualmente, da exceutoriedade de ato.”.
Contudo a emenda, do caso em tela, for promulgada pode o Presidente da República, como Poder Executivo, ingressar com o controle repressivo que é afastar a incidência de uma norma inconstitucional de forma atípica prevalecendo o entendimento, no inc I do art. 23 CF, segundo qual o ato administrativo expresso e formal, dos chefes de governos das esferas federal, estadual e municipal, nos limites de sua competência podem negar cumprimento a uma lei ou ato normativo que entendam flagrante inconstitucional, até que a questão seja apreciada pelo judiciário. (STF, RJT 151/331).
	
	Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
	 
	 
	Controle concentrado de constitucionalidade
· A eficácia das regras jurídicas produzidas pelo poder constituinte (redundantemente chamado de "originário") não está sujeita a nenhuma limitação normativa, seja de ordem material, seja formal, porque provém do exercício de um poder de fato ou suprapositivo. Já as normas produzidas pelo poder reformador, essas têm sua validez e eficácia condicionadas à legitimação que recebam da ordem constitucional. Daí a necessária obediência das emendas constitucionais às chamadas cláusulas pétreas.
[ADI 2.356 MC e ADI 2.362 MC, rel. p/ o ac. min. Ayres Britto, j. 25-11-2010, P, DJE de 19-5-2011.]
= ADI 939, rel. min. Sydney Sanches, j. 15-12-1993, P, DJ de 18-3-1994
Os dispositivos que serviriam de parâmetro para controle à emenda é a própria constituição. Segundo o texto de Luciana Russo, a lei ou ato normativo devem ser analisados em face das disposições constates na Lei Maior para que possa aferir a sua compatibilidade o não. 
Contudo, o que deve ser ressaltado a importância de refletir apenas no que está escrito na Constituição, e destacar a ideia de Bloco de Constitucionalidade. (Lucina Russo, 2010 pg. 53).

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