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Aula 6 - Comportamento emocional

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Comportamento emocional
Teorias sobre a emoção
 A emoção é uma experiência psicofisiológica complexa que 
experimentamos como resultado de nossas interações com o 
ambiente. 
 A partir do ponto de vista da psicologia, a emoção é um estado 
complexo de sentimentos que produz como resultado mudanças 
físicas e psicológicas no corpo que influenciam, por sua vez, o 
pensamento e o comportamento.
 A capacidade de se emocionar se relaciona com uma grande 
variedade de fenômenos psicológicos que incluem o 
temperamento, a personalidade, o humor e a motivação.
 Segundo David G. Meyers, professor de psicologia na Hope 
College em Michigan, nos Estados Unidos, e autor de quase duas 
dezenas de livros, a emoção humana implica “excitação fisiológica, 
comportamentos expressivos e uma experiência consciente”.
 Entre as teorias sobre a emoção, há emoções de 
duas valências: positivas e negativas. Essas 
emoções podem estar relacionadas com um 
objeto, uma memória, uma previsão, etc. 
Algumas emoções têm, de acordo com as teorias, 
uma programação fisiológica inata, sendo 
universais.
 As emoções universais seriam a felicidade, o 
medo, tristeza, a surpresa, a raiva e o nojo. Elas 
são conhecidas como emoções primárias. As 
emoções secundárias são aquelas que 
aprendemos apenas através de nossa experiência, 
como o orgulho, a vergonha, a simpatia, o terror, 
a negligência, etc.
 As emoções exercem uma força muito poderosa sobre o 
comportamento. Mas, por que sentimos emoções? O que faz com que 
tenhamos sentimentos? 
 Pesquisadores, filósofos e psicólogos já propuseram diferentes teorias 
para explicar o como e o porquê da existência das emoções. 
 As principais teorias sobre a emoção podem ser agrupar em três 
diferentes categorias:
 As teorias fisiológicas propõem que as respostas dentro do corpo são 
responsáveis pelas emoções.
 As teorias neurológicas argumentam que a atividade dentro do cérebro 
conduz a respostas emocionais.
 As teorias cognitivas sugerem que os pensamentos e outras atividades 
mentais têm um papel central na formação das emoções.
Teoria evolutiva da emoção
 O enfoque evolutivo se concentra no contexto histórico no 
qual as emoções se desenvolveram na espécie humana – e 
também em outros animais. De acordo com a teoria 
evolutiva sobre as emoções, elas existem porque são 
adaptativas. Ou seja, elas aumentam nossas chances de 
sobrevivência no ambiente.
 Desse modo, por exemplo, o medo pode nos motivar a 
responder com maior rapidez aos estímulos do ambiente, o 
que ajuda a melhorar nossas possibilidades de ter sucesso e 
de sobreviver – e consequentemente de procriar e perpetuar 
nossos genes e nossa espécie.
 Foi Charles Darwin quem propôs que as emoções teriam sobrevivido à 
evolução porque são adaptativas, e permitem que os seres humanos e 
outros animais sobrevivam e se reproduzam. Os sentimentos de amor e 
afeto levam, por exemplo, as pessoas a buscar um relacionamento e se 
reproduzir.
 Os sentimentos de medo obrigam as pessoas a lutar, ou também fugir, 
com uma fonte de perigo. Identificar e compreender as emoções dos 
outros também tem um papel crucial para a segurança de uma pessoa e 
para a sobrevivência.
 Ao poder interpretar corretamente as manifestações emocionais de outras 
pessoas nós podemos, por exemplo, responder de maneira mais acertada a 
fontes de perigo ou fontes de segurança e acolhimento.
A teoria da emoção de James-Lange
 A teoria da emoção de James-Lange foi 
proposta de maneira independente por esses 
dois estudiosos, William James e Carl Lange. 
Essa teoria sugere que as emoções ocorrem 
como resultado de reações fisiológicas que 
temos diante dos eventos que acontecem 
conosco.
 Os exemplos dessas reações seriam um 
aumento da frequência cardíaca, tremores, dor 
de barriga, etc. Diante dessas reações físicas, 
por sua vez, são geradas reações emocionais, 
como a raiva, o medo e a tristeza.
 Esta teoria sugere que quando você vê um estímulo externo ele leva a 
uma reação fisiológica. Sua reação emocional depende de como você 
interpreta essas reações físicas. 
 Por exemplo, suponha que você esteja andando na floresta e veja um 
urso pardo. Você começa a tremer e seu coração dispara. A teoria de 
James-Lange propõe que você interpreta suas reações físicas e 
conclui que está com medo (“Estou tremendo. Por isso, estou com 
medo”).
 De acordo com essa teoria da emoção, você não está tremendo 
porque está assustado. Em vez disso, você se sente assustado porque 
está tremendo.
A teoria da emoção de Cannon-Bard
 A teoria da emoção de Cannon-Bard foi desenvolvida pelos dois fisiólogos 
Walter Cannon e Philip Bard. 
 Cannon sugeriu que as pessoas podem experimentar reações fisiológicas que 
são comumente vinculadas a emoções – como o coração acelerado é 
vinculado ao medo – sem sentir de fato essa emoção. Por exemplo, seu 
coração pode acelerar porque você se exercitou e não porque tem medo.
 Ele também sugeriu que as respostas emocionais ocorrem muito rápido para 
que sejam simplesmente produto dos estados físicos. A teoria de Cannon e 
Bard sugere que a experiência física e psicológica da emoção acontece ao 
mesmo tempo e não que uma causa a outra.
Teoria de Schachter-Singer
 A teoria da emoção de Schachter-Singer foi desenvolvida por Stanley Schachter 
e Jerome E. Singer. Segundo essa teoria, o elemento da razão tem um papel 
primordial na forma como experimentamos as emoções.
 Schachter e Singer propõe que as pessoas deduzem a emoção baseando-se em 
respostas fisiológicas. O fator crítico é a situação e a interpretação cognitiva 
que as pessoas usam para rotular essa emoção.
 Sugere que respostas fisiológicas semelhantes podem produzir emoções 
variadas. 
 Por exemplo, se você experimentar um coração acelerado e suar nas palmas das 
mãos durante uma importante prova de matemática, você provavelmente irá 
identificar a emoção como ansiedade. Se você tiver as mesmas respostas físicas 
em um encontro com seu outro significativo, você pode interpretar essas 
respostas como amor, carinho ou excitação.
Teoria da avaliação cognitiva
 Segundo as teorias de avaliação da emoção, o pensamento deve ocorrer primeiro, 
ou seja, antes de sentir a emoção. Richard Lazarus foi o pioneiro nessa área de 
estudo da emoção. É por isso que essa teoria é frequentemente conhecida como a 
teoria da emoção de Lazarus.
 De acordo com essa teoria, a sequência de eventos implica primeiro um estímulo, 
seguido por um pensamento, que logo conduz a uma experiência simultânea de 
uma resposta fisiológica e de uma emoção.
 Por exemplo, se você encontra um urso em um bosque, pode começar a pensar 
imediatamente que está em perigo. Isso leva a uma experiência emocional de 
medo, e as reações físicas associadas com essa resposta são lutar ou sair correndo.
 Podemos perceber que essas teorias não necessariamente eliminam 
as outras, e podem ser conjugadas. Charles Darwin foi um dos 
primeiros a sugerir que as mudanças fisiológicas causadas por uma 
emoção teriam um impacto direto na emoção, em vez de ser 
apenas consequência desta.
 Seguindo essa ideia, William James propôs que, contrariamente à 
crença comum, a consciência das mudanças corporais ativadas por 
um estímulo é o que seria a emoção.
 Dessa forma, se nós não sentíssemos mudanças corporais, haveria 
apenas um pensamento intelectual desprovido de qualquer 
sentimento ou emoção. Seria isso possível?
Emoção x sentimento
 Emoção: resposta fisiológicas desencadeadas de forma 
automática e inconsciente, ou seja, abaixo da linha da 
percepção, e que ativam a circuitaria do cérebro 
responsável pelas reações diante de situações específicas.
 Sentimento: percepção consciente e parcial das emoções. 
Isso se dá porque a circuitaria cerebral que relacionada as 
emoções é diferente da dos sentimentos.
 Afetos: mecanismos neurais associadotanto as emoções 
quanto aos sentimentos. 
 https://www.youtube.com/watch?v=SUAQeBKiQk0
https://www.youtube.com/watch?v=SUAQeBKiQk0
 Substantivo avanço para a compreensão dos fenômenos 
neurobiológicos relacionados à emoção foi alcançado por Joseph 
Papez, anatomista estadunidense que deslocou o olhar de uma 
perspectiva de centros emocionais, substituindo-a por uma 
concepção de sistema.
James Papez
 James Papez, em 1937, propôs uma das teorias mais 
abrangentes sobre os circuitos das emoções no 
cérebro. Papez, observando as consequências de 
danos no córtex medial humano e pesquisando o 
papel do hipotálamo no controle das reações 
emocionais em animais, elaborou uma teoria 
associando a experiência subjetiva das emoções à 
ativação de um circuito de conexões entre o 
hipotálamo e o córtex medial.
 Sua teoria enfoca a ideia de que as mensagens sensoriais provindas 
do corpo dividem-se no tálamo em dois fluxos: o fluxo de 
pensamentos e o fluxo de sentimentos. 
 O fluxo de pensamentos consiste das informações sensoriais 
através das vias talâmicas até as regiões do neocórtex. Através 
deste fluxo as sensações são transformadas em percepções, 
pensamentos e lembranças. 
 O fluxo de sentimentos também incluía a transmissão sensorial 
para o tálamo, mas nessa etapa as informações são transmitidas ao 
hipotálamo, possibilitando a geração das reações corporais 
características das emoções. 
 Através de uma via ligando o 
hipotálamo ao tálamo anterior a 
informação segue também até o córtex 
cingulado e daí para o hipocampo onde 
são ativados processos de memória. 
 Na sequência, através do hipocampo, a 
informação é retransmitida ao 
hipotálamo, o que permite que os 
pensamentos localizados no córtex 
cerebral controlem as reações 
emocionais. 
 Seguindo essa mesma linha, mais recentemente, outros pesquisadores 
descobriram novas estruturas também responsáveis pela elaboração e 
expressão das emoções.
 O sistema Límbico é a parte do nosso Sistema Nervoso responsável 
pelas emoções. É um sistema que cria e modula funções específicas, que 
permitem ao organismo distinguir entre o que lhe agrada e desagrada e 
formar a base para o desenvolvimento das funções afetivas. 
 Através do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), o sistema Límbico 
promove certos comportamentos necessários à sobrevivência, 
interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e 
controle metabólico de todo o organismo.
O sistema límbico é um grupo de estruturas cerebrais que inclui:
 Hipotálamo: Ele coordena e modula a maior parte das respostas 
autônomas relacionadas aos estados emocionais (alegria, amor, raiva, 
depressão, medo). O hipotálamo não é o responsável pela gênese do 
estado emocional, mas sim pela expressão do mesmo.
 Lesão dos núcleos hipotalâmicos interferem com 
diversas funções vegetativas e com alguns dos 
chamados comportamentos motivados, como regulação 
térmica, sexualidade, combatividade, fome e sede. 
Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um 
papel nas emoções.
 Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e 
a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, 
ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. 
 De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na 
gênese do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados 
emocionais. 
 Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a ameaça que 
produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e, destes, aos 
núcleos pré-frontais, aumentando, por um mecanismo de "feedback" 
negativo, a ansiedade, podendo até chegar a gerar um estado de pânico. 
 Tálamo: lesões ou estimulações do tálamo estão relacionadas às 
alterações na reatividade emocional do homem e dos animais, devido à 
interrupção de uma importante estação do circuito límbico.
 Hipocampo: porta de entrada da memória. Um 
hipocampo intacto possibilita ao animal comparar 
as condições de uma ameaça atual com 
experiências passadas similares, permitindo-lhe, 
assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada 
para garantir sua preservação.
 Amígdala: Importante desempenho na mediação e controle das atividades 
emocionais de ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas 
exteriorizações do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e na 
agressividade. 
 A amigdala é fundamental para a auto-preservação, por ser o centro identificador 
do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, 
aprontando-se para se evadir ou lutar. 
 Uma lesão experimental da amígdala pode levar à 
perda da capacidade de discriminação afetiva em 
relação ao meio externo, embora seja capaz de 
reconhecer as pessoas e as coisas ao seu redor. É como 
se a pessoa soubesse quem está vendo, mas não pode 
dizer se gosta ou não dessa pessoa. 
 A lesão da amígdala pode tornar um animal dócil, descaracterizando-o 
afetivamente, eliminando sua capacidade de discriminação sexual e de 
reação a situações perigosas. Por outro lado, estímulos elétricos nessa 
estrutura podem provocar crises de agressividade.
 A amígdala é também a área envolvida com o comportamento de 
observação do meio, funciona como um centro de identificação de 
condições ambientais e gera padrões comportamentais adequados a 
cada situação, sendo envolvida nas manifestações de medo, ansiedade 
e reações de luta ou fuga.
 Corpos mamilares: transmite impulsos 
provenientes da amígdala e do hipocampo, através 
do trato mamilo-talâmico, para o tálamo. 
 Tem duas funções importantes que estão integradas 
na evocação de memórias episódicas (lembrar de 
eventos), sendo importante na formação e evocação 
de memórias espaciais (como localizar um objeto 
ou/e um lugar). 
 Relacionada ao armazenamento de memórias ligadas a emoções 
fortes e envolvendo atividades tradicionalmente úteis a 
sobrevivência (como encontrar comida, outros indivíduos ou 
possíveis parceiros sexuais).
 Sua lesão está associada a amnésia anterógrada (não guardar 
memórias de eventos recentes), sendo visível sua diminuição em 
doenças onde a memória episódica está prejudicada como Doença 
de Alzheimer e Síndrome de Korsakoff.
 Giro do cíngulo: tem funções na evocação de 
memórias e na aprendizagem. Danos a essa 
área podem resultar em diversos transtornos 
do humor e de aprendizagem.
 Seu menor funcionamento (hipoativação) está 
associado a ansiedade, agressividade e apatia. 
Sua degeneração é comum em demências 
associadas com idade avançada como doença 
de Alzheimer
 Sabe-se que a porção frontal coordena odores e visões com 
memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região 
participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do 
comportamento agressivo. 
 A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais 
selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um 
feixe desse giro (cingulotomia), interrompendo a 
comunicação neural do circuito de Papez, reduz o nível de 
depressão e de ansiedade pré-existentes
 Área tegmental ventral: Na parte 
mesencefálica (superior) do tronco cerebral 
existe um grupo compacto de neurônios 
secretores de dopamina - área tegmental ventral 
- cujos axônios vão terminar no núcleo 
accumbens, (via dopaminérgica mesolímbica). 
 A descarga espontânea ou a estimulação elétrica 
dos neurônios desta última região produzem 
sensações de prazer, algumas delas similares ao 
orgasmo. 
 Indivíduos que apresentam, por defeito genético, redução 
no número de receptores das células neurais dessa área, 
tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas 
satisfações comuns da vida e buscam alternativas 
"prazeirosas" atípicas e nocivas como, por exemplo, 
alcoolismo, cocainomania, compulsividade por alimentos 
doces e pelo jogo desenfreado.
 Septo: Anteriormente ao tálamo, situa-
se a área septal, onde estão localizados 
oscentros do orgasmo (quatro para a 
mulher e um para o homem). 
Certamente por isto, esta região se 
relaciona com as sensações de prazer, 
mormente aquelas associadas às 
experiências sexuais.
 Cortex pré-frontal: compreende toda a região anterior 
não motora do lobo frontal. Ela se desenvolveu muito, 
durante a evolução dos mamíferos, sendo 
particularmente extensa no homem e em algumas 
espécies de golfinhos. 
 Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas 
intensas conexões bi-direcionais com o tálamo, amigdala 
e outras estruturas sub-corticais, explicam o importante 
papel que desempenha na gênese e, especialmente, na 
expressão dos estados afetivos. 
 Quando o cortex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas 
responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de 
abstração. Em alguns casos, a pessoa, conquanto mantendo intactas a 
consciência e algumas funções cognitivas, como a linguagem, já não 
consegue resolver problemas, mesmo os mais elementares. 
 Quando se praticava a lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos 
distúrbios psiquiátricos, os pacientes entravam em estado de 
"tamponamento afetivo", não mais evidenciando quaisquer sinais de 
alegria, tristeza, esperança ou desesperança. Em suas palavras ou 
atitudes não mais se vislumbravam quaisquer resquícios de afetividade.
O caso Phineas Gage
https://youtu.be/wnVM
66W0Np8
https://youtu.be/wnVM
Fisiologia do sistema límbico
 A maior parte das estruturas do sistema 
límbico se conectam entre si, formando um 
circuito. Assim, nenhuma das estruturas é 
unicamente responsável por este ou aquele 
estado afetivo. Porém, algumas contribuem 
mais do que outras para algumas reações 
emocionais.
 O córtex pré-frontal é essencial para a integração dos dados para o 
planejamento e execução de ações motoras, enquanto o córtex 
parieto-têmporo-occipital se relaciona com a integração das 
modalidades sensoriais (visão, audição, somestesia) com a 
linguagem. 
 E se torna função das áreas límbicas a integração dos dados novos 
com aspectos emocionais e comportamentais memorizados para gerar 
a motivação.
 Do ponto de vista filogenético, a amígdala é a estrutura límbica mais 
primitiva do cérebro. Nos seres humanos, ela alcança a maturidade 
funcional antes de todo o córtex, antes mesmo do hipocampo
Referências
 BEAR, Mark F. Neurociências: desvendando o Sistema Nervoso. 3ª ed. Porto Alegre: 
Artmed. 2008.
 KOLB, B. & WHISHAW, I.Q. Neurociência do comportamento. 1ª Ed. São Paulo: Manole, 
2002
 LENT, R. Cem bilhões de neurônios. 2ª Ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
 CANNON, W. B. (1927) The James-Lange theory of emotion: A critical examination and an 
alternative theory. American Journal of Psychology, 39, 10-124.
 JAMES, W. (1884). What is an Emotion? Mind, 9, 188-205.
 MYERS, D. G. (2004). Theories of Emotion. Psychology: Seventh Edition. New York, NY: 
Worth Publishers.

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