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772Y TRABALHO DE CURSO I

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
BRUNO XAVIER MENDES VERNINI DE FREITAS 
DANRLEY CARDOSO MOTTA 
JOSE LUCAS OLIVEIRA DE CARVALHO 
THIAGO MATHEUS DE FREITAS MOURA 
WAGNER AUGUSTO TEODORO FLORENCIO 
WAGNER MARQUES DOS SANTOS 
 
 
 
 
MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA OTIMIZAÇÃO DE HABITAÇÕES 
POPULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2019 
BRUNO XAVIER MENDES VERNINI DE FREITAS 
DANRLEY CARDOSO MOTTA 
JOSE LUCAS OLIVEIRA DE CARVALHO 
THIAGO MATHEUS DE FREITAS MOURA 
WAGNER AUGUSTO TEODORO FLORENCIO 
WAGNER MARQUES DOS SANTOS 
 
 
MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA OTIMIZAÇÃO DE HABITAÇÕES 
POPULARES 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso para 
obtenção do título de graduação em 
Engenharia civil apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
Orientador: Prof. Yamana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carvalho, J. L. O.; Florencio, W. A. T.; Santos, W. M.; Freitas, B. X. 
M. V.; Moura, T. M. F. 
Métodos construtivos para otimização de habitações populares. 
Jose Lucas Oliveira de Carvalho; Wagner Augusto Teodoro Florencio; 
Wagner Marques dos Santos; Bruno Xavier Mendes Vernini de Freitas; 
Thiago Matheus de Freitas Moura – Santos, 2019. 
59 f.: il. 
 
 Orientador: Prof. Yamana 
 
Trabalho de conclusão de curso (TCC). Graduação em Engenharia 
civil. Universidade Paulista – UNIP. 
 
1. Métodos construtivos. 2. Construção civil. 3. Habitações populares. 
 
BRUNO XAVIER MENDES VERNINI DE FREITAS 
DANRLEY CARDOSO MOTTA 
JOSE LUCAS OLIVEIRA DE CARVALHO 
THIAGO MATHEUS DE FREITAS MOURA 
WAGNER AUGUSTO TEODORO FLORENCIO 
WAGNER MARQUES DOS SANTOS 
 
 
MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA OTIMIZAÇÃO DE HABITAÇÕES 
POPULARES 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso para 
obtenção do título de graduação em 
Engenharia civil apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
Aprovado em: 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_______________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
_______________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
_______________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista – UNIP 
 
RESUMO 
 
O déficit habitacional é um dos problemas enfrentados há anos no Brasil. Esse 
déficit aumentou em mais de 220 mil imóveis entre 2015 e 2017 e cresceu 7% 
em apenas dez anos, de 2007 a 2017, tendo atingido 7,78 milhões de unidades 
habitacionais em 2017. Com o intuito de reduzir a atual carência habitacional, o 
Governo Federal criou vários programas sociais de habitação. A construção 
civil encontra-se em constante desenvolvimento, entretanto, ainda apresenta 
aumento relacionado aos impactos causados por obras. Desta forma, a 
sustentabilidade em meio à construção civil evolui-se gradativamente, devido à 
pressão econômica, ambiental e social exercida sobre as atividades da 
construção civil. Diante desse cenário, surge a necessidade da implantação de 
novas tecnologias no país, a fim de otimizar os processos construtivos. Os 
projetos executados com a finalidade de habitação adotam em sua maioria 
métodos construtivos tradicionais, que muitas vezes tem seu uso questionado, 
tendo em vista suas características construtivas pouco sustentáveis e de baixa 
produtividade. Neste sentido, é imprescindível a reavaliação da utilização de 
recursos não renováveis, com a conscientização sobre o meio ambiente, não 
bastando o envolvimento relacionado aos custos de edificações, mas tornando 
elementar o envolvimento de comunidades, debatendo e compartilhando meios 
de construções alternativas e novas tecnologias, com possíveis soluções, a fim 
de atingir uma rota viável para a construção civil. Os métodos construtivos 
alternativos aqui apresentados mostram que as possibilidades para otimização 
de habitações populares existem, e que elas apresentam grande potencial. O 
preconceito com esses métodos alternativos, enfrentado pelo mercado 
brasileiro, pode ser superado com estudos e projetos que provam a sua 
eficácia, eficiência e benefícios. 
 
Palavras-chave: Métodos construtivos. Construção civil. Habitações populares. 
ABSTRACT 
 
The housing deficit is one of the problems faced for years in Brazil. This deficit 
increased by more than 220,000 properties between 2015 and 2017 and grew 
7% in just ten years from 2007 to 2017, reaching 7.78 million housing units in 
2017. In order to reduce the current housing shortage, the Federal Government 
has created several social housing programs. The civil construction is under 
constant development, however, still presents increase related to the impacts 
caused by works. Thus, sustainability in the midst of civil construction gradually 
evolves due to the economic, environmental and social pressure exerted on civil 
construction activities. Given this scenario, the need for the implementation of 
new technologies in the country arises, in order to optimize the construction 
processes. Housing projects mostly adopt traditional building methods, which 
are often questioned in view of their poorly sustainable and low-productivity 
building characteristics. In this sense, it is essential to reevaluate the use of 
non-renewable resources, with environmental awareness, not only the 
involvement related to building costs, but making the involvement of 
communities elementary, debating and sharing alternative construction means 
and new technologies, with possible solutions, in order to achieve a viable route 
for construction. The alternative construction methods presented here show that 
the possibilities for optimization of popular housing exist, and that they have 
great potential. The prejudice with these alternative methods, faced by the 
Brazilian market, can be overcome with studies and projects that prove their 
effectiveness, efficiency and benefits. 
 
Keywords: Constructive methods. Construction. Popular dwellings. 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Cortiço ............................................................................................. 16 
Figura 2 – Distribuição do déficit habitacional .................................................. 20 
Figura 3 - Habitações Populares - São Miguel dos Campos/AL. ...................... 21 
Figura 4 - Estrutura em concreto armado. ........................................................ 25 
Figura 5 – Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. .................................. 27 
Figura 6 - Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. ................................... 29 
Figura 7 - Concepção estrutural de uma residência em LSF ........................... 31 
Figura 8 - Casa em Wood Frame ..................................................................... 34 
Figura 9 – Casa container ................................................................................ 36 
Figura 10 - Container Village, Amsterdã. ......................................................... 37 
Figura 11 - Empilhamento dos containers, Container Village. .......................... 37 
Figura 12 - Container City I, Londres. .............................................................. 38 
Figura 13 – Casa Container, Utah’s Sarah House, Salt Lake. ......................... 38 
Figura 14 - Detalhe da solução do sistema Monoforte ..................................... 41 
Figura 15 - Hotel construído com Sistema Monoforte ...................................... 41 
Figura 16 – Vista do incêndio Vila Telma em 2010. ......................................... 48 
Figura 17 – Foto da capa do Jornal A Tribuna no dia seguinte ao incêndio ..... 48 
Figura 18 - Incêndio destruiu barracos da comunidade Vila Telma .................. 49 
Figura 19 - Moradores tentam resgatar móveis e eletrodomésticos não 
atingidos pelo fogo ........................................................................................... 49 
Figura 20 - Moradores utilizam água da maré para combater as chamas ....... 50 
Figura21 - Incêndio atinge barracos em comunidade do Mangue Seco em 
Santos. ............................................................................................................. 51 
Figura 22 – Moradores da comunidade do Mangue Seco ajudando a apagar o 
incêndio ............................................................................................................ 51 
Figura 23 – Comunidade do Mangue Seco após contenção do incêndio ........ 52 
Figura 24 – Vila Alemoa após incêndio. ........................................................... 54 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Concessões de benefícios pelo Minha Casa Minha Vida por faixa de 
renda. ............................................................................................................... 20 
Tabela 2 - Comparativo de prazo de execução entre sistemas tradicionais e 
alternativos. ...................................................................................................... 43 
Tabela 3 - Comparativo de custo entre os sistemas tradicionais e os sistemas 
alternativos. ...................................................................................................... 44 
Tabela 4 - Comparativo geral dos indicadores para otimizar a construção de 
habitações entre os sistemas construtivos tradicionais e alternativos. ............. 45 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
CAPÍTULO 1 .................................................................................................... 11 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 11 
1.1 Problema de pesquisa .................................................................. 12 
1.2 Hipótese ....................................................................................... 13 
1.3 Objetivo geral................................................................................ 13 
1.4 Objetivo específico ....................................................................... 13 
1.5 Metodologia .................................................................................. 13 
 
CAPÍTULO 2 .................................................................................................... 15 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................. 15 
2.1 Histórico da habitação social no Brasil ......................................... 15 
2.2 Programas habitacionais .............................................................. 17 
2.2.1 Banco nacional da habitação .................................................... 18 
2.2.2 Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) .......................... 19 
2.3 Métodos construtivos .................................................................... 21 
2.3.1 Sistemas construtivos convencionais ........................................ 23 
2.3.1.1 Sistema convencional em concreto armado........................... 23 
2.3.1.2 Sistema em alvenaria convencional de vedação ................... 26 
2.3.2 Sistemas construtivo alternativo ................................................ 30 
2.3.2.1 Light Steel Framing (LSF) ...................................................... 30 
2.3.2.2 Wood Frame .......................................................................... 33 
2.3.2.3 Edificações Com Container .................................................... 35 
2.3.2.4 Painéis Monoforte .................................................................. 40 
 
CAPÍTULO 3 .................................................................................................... 43 
3 ESTUDO DE CASO ......................................................................... 43 
3.1 Análise comparativa: sistemas construtivos tradicionais x sistemas 
construtivos alternativos ................................................................................... 43 
3.2 Incêndios em comunidades em Santos/SP .................................. 45 
3.2.1 Incêndios na Vila Telma – Santos/SP ....................................... 46 
3.2.2 Incêndios no Mangue Seco – Santos/SP .................................. 50 
3.2.3 Incêndio Vila Alemoa – Santos/SP ............................................ 53 
 
CAPÍTULO 4 .................................................................................................... 55 
4 CONCLUSÃO .................................................................................. 55 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 57 
10 
 
 
11 
 
CAPÍTULO 1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O déficit habitacional é um dos problemas enfrentados há anos no Brasil, 
sendo cada vez mais agravado pelo êxodo rural, processos migratórios e 
grande crescimento demográfico nas metrópoles brasileiras e durante os 
períodos identificados de recessão e encolhimento das políticas públicas 
voltadas à habitação (NEVES, 2018; REIS, 2018). 
O déficit habitacional do País, que já era elevado, aumentou em mais de 
220 mil imóveis entre 2015 e 2017, batendo recorde (EXAME, 2019). Em 2014 
o país contava com um déficit habitacional de 6,068 milhões de unidades, o 
que representa a quantidade de famílias que não tem suas necessidades 
associadas a moradia plenamente atendidas (FJP, 2016). Um levantamento 
feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em 
parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que o déficit de 
moradias cresceu 7 % em apenas dez anos, de 2007 a 2017, tendo atingido 
7,78 milhões de unidades habitacionais em 2017 (EXAME, 2019). 
Com o intuito de reduzir a atual carência habitacional, o Governo Federal 
criou vários programas sociais de habitação. O programa Minha Casa Minha 
Vida é uma das iniciativas que oferece condições atrativas de financiamento de 
moradias para famílias de baixa renda, o qual é operacionalizado pela Caixa 
Econômica Federal (NEVES, 2018). 
A construção civil encontra-se em constante desenvolvimento, 
entretanto, ainda apresenta aumento relacionado aos impactos causados por 
obras. O estudo e entendimento dos danos torna-se necessário para 
conscientizar a importância de aderir às obras alternativas (SOUSA, 2018). 
Ainda segundo Sousa (2018), sustentabilidade em meio à construção 
civil evolui-se gradativamente, devido à pressão econômica, ambiental e social 
exercida sobre as atividades da construção civil, por virtude da utilização de 
recursos não naturais, poluição e geração de resíduos. 
12 
 
Diante desse cenário, surge a necessidade da implantação de novas 
tecnologias no país, a fim de otimizar os processos construtivos, os quais são 
classificados, segundo ABDI (2015) como: 
 Tradicional – uso de técnicas artesanais; 
 Convencional – caracterizado por tecnologias normalmente 
utilizadas no mercado, com maior tempo de execução; 
 Racionalizado - caracterizado pela melhoria gradativa dos 
processos convencionais; 
 Industrializado ou pré-fabricado. 
 
Os projetos executados com a finalidade de habitação adotam em sua 
maioria métodos construtivos tradicionais, que muitas vezes tem seu uso 
questionado, tendo em vista suas características construtivas pouco 
sustentáveis e de baixa produtividade (REIS, 2018). 
Neste sentido, é imprescindível a reavaliação da utilização de recursos 
não renováveis, com a conscientização sobre o meio ambiente, não bastando o 
envolvimento relacionado aos custos de edificações, mas tornando elementar o 
envolvimento de comunidades, debatendo e compartilhando meios de 
construções alternativas e novas tecnologias, com possíveis soluções, a fim de 
atingir uma rota viável para a construção civil (SOUSA, 2018). 
 
1.1 Problema de pesquisa 
 
Devido ao grande déficit habitacional no Brasil, chegando ao 7,78 
milhões de unidades habitacionais em 2017, vê-se a necessidade de um maior 
investimento do governo federal em programas habitacionais visando a 
redução desse déficit habitacional.13 
 
1.2 Hipótese 
 
O uso de métodos construtivos alternativos em habitações populares 
pode ajudar a reduzir o déficit habitacional nacional devido ao uso de materiais 
menos custosos e tempo de construção reduzidas 
 
1.3 Objetivo geral 
 
Fazer um levantamento de métodos construtivos alternativos para 
aplicação e otimização de habitações populares 
 
1.4 Objetivo específico 
 
 Descrever as características que qualificam uma obra voltada 
para famílias de baixa renda, abordando questões como renda familiar, 
requisitos mínimos de conforto/usabilidade à edificação, respaldo político e sua 
importância na inclusão social; 
 Apresentar a evolução das habitações populares no brasil, os 
primeiros modelos, até os modelos mais utilizados atualmente; 
 Abordados os modelos construtivos mais evidentes, bem como os 
detalhes que levam a sua escolha; 
 Realizar um paralelo entre a execução dos projetos habitacionais 
e os principais números que mostram as situações precárias nos centros 
urbanos; 
 Apontar a legislação que estabelece condições de financiamento, 
diretrizes sobre projeto, construção e desempenho, além de normas que se 
aplicam a habitações, edificações, projetos, materiais de construção e qualquer 
instrumento em que a construção de habitações populares possa ser 
associada. 
 
1.5 Metodologia 
 
14 
 
Este trabalho foi elaborado empregando-se a metodologia de pesquisas 
bibliográficas utilizando trabalhos acadêmicos, artigos científicos e materiais 
publicados em meio eletrônico, além de livros e outros materiais pertinentes ao 
tema. 
15 
 
CAPÍTULO 2 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
A industrialização causou uma fuga da população para as cidades, com 
isso houve um descaso em relação à questão habitacional onde cresceu a 
ocupação desordenada do solo e o número de moradias irregulares, mostrando 
assim a realidade social que se passa e fez-se necessário buscar saídas para 
o problema (SILVA, 2018). 
O conceito de habitação popular está diretamente ligado a moradias de 
baixo valor de aquisição e voltado para famílias de baixa renda. E o provimento 
de unidades habitacionais desse caráter se caracteriza com fundamental 
participação do estado, em todas as esferas de governança, por meio de 
subsídios, incentivos, financiamento e legislação, associado a iniciativa privada 
com a concepção de projetos, execução de empreendimentos e 
comercialização das unidades (REIS, 2018). 
 
2.1 Histórico da habitação social no Brasil 
 
A história da habitação está ligada ao desenvolvimento social, 
econômico e político da humanidade. (CANUTO, VLACH, 2005 apud NEVES, 
2018). A dificuldade para adquirir a casa própria é uma antiga conhecida de 
grande parte da população brasileira. Desde o final do século XIX esta questão 
se torna evidente no país. Quando a população das cidades começa a 
aumentar, a discrepância entre as classes sociais começa se evidenciar 
(GONÇALVES, 2015). 
Com evolução do espaço urbano e a necessidade de certas classes ao 
adquirir seus imóveis provendo de renda relativamente inferior, começam a 
surgir às chamadas habitações populares, primeiramente conhecidas como 
cortiços (Figura 1). Estas apresentavam variações em relação ao padrão, mas 
eram conhecidas por insalubridade, falta de ventilação, entre outros problemas 
(GONÇALVES, 2015). A população começou a se excluir socialmente e passar 
16 
 
a morar em locais de difícil acesso, carentes de infraestrutura, com construções 
mal planejadas e em locais de risco, e que causam degradação ambiental e 
aumento da violência nas cidades (SILVA, 2018). 
A partir de 1930, com a política visando o social e as massas, começou-
se uma preocupação da qualidade destas habitações e uma série de 
intervenções começaram a mudar este ambiente habitacional (GONÇALVES, 
2015). 
 
Figura 1 – Cortiço 
 
Fonte: Gonçalves, 2015. 
 
 
Com o passar dos anos e a população aumentando, os representantes 
do Governo perceberam a necessidade de intervir nesse problema com 
políticas habitacionais, contudo, as construções não foram suficientes para dar 
o suporte necessário à população carente. Os programas habitacionais, cada 
um com seu regimento, proporcionam à população de baixa renda o direito de 
ter um imóvel para morar, fazendo com que parte da população deixe as 
habitações em locais de risco e realizem o sonho de ter a casa própria e até 
sair do aluguel (SILVA, 2018). 
 
17 
 
2.2 Programas habitacionais 
 
As políticas habitacionais criadas pelo governo brasileiro, a partir de 
1930, surgem como uma ação para auxiliar o cidadão com baixo poder 
aquisitivo, no entanto, a política de habitação social mais agressiva surge 
apenas em 2009, através da Lei n°11.977 de 07 de julho de 2009 (NEVES, 
2018). 
A intervenção na área de habitação data do início da República (1890), 
com a construção de vilas operárias pelas indústrias e de vilas para aluguel. Na 
década de 30, foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), 
que sucedem às carteiras imobiliárias das Caixas de Aposentadoria e Pensões, 
voltados à produção de moradia própria para seus associados (REIS, 2018). 
De acordo com Reis (2018), Entre 1933 e 1938 foram criados seis IAPs 
que eram regulamentados por leis específicas de cada IAP. Em 1937, as IAPs 
passaram a atuar no campo habitacional, podendo investir até 50 % de suas 
reservas para o financiamento de habitações. 
Em 1946, foi criado a Fundação da Casa Popular (FCP), que foi o 
primeiro órgão em escala nacional com finalidade de oferecer habitação 
popular ao povo em gera (REIS, 2018). 
Entre as décadas de 1960 e 1980, período de implementação da política 
habitacional gerenciado belo BNH, a característica predominante da produção 
habitacional era a busca da eficácia voltada para a produção em série e em 
grande escala, tentando solucionar o déficit habitacional mesmo sem atender 
as necessidades dos usuários (BODUKI, 2004). 
Em 1990 a crise habitacional se agravou mais ainda e, os programas de 
habitação, como o Plano de Ação Imediata para a Habitação (PAIH), voltaram 
a ser direcionados ao capital imobiliário privado. Então a partir de 1995, 
ocorreu a retomada dos financiamentos de habitação e saneamento com base 
nos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e em 2004 
foi criada a Política Nacional de Habitação (PNH), que propõe a criação do 
Sistema Nacional de Habitação (SNH) (RUBIN & BOLFE, 2014). 
18 
 
Em março de 2009, o governo criou o Programa Minha Casa, Minha 
Vida (PMCMV) como ação para enfrentar a crise econômica mundial anunciada 
em fins de 2008, inovando ao alocar recursos do Orçamento Geral da União 
em proporção ainda não vivenciada no País, ao incentivar a iniciativa privada a 
ampliar a produção de unidades habitacionais de interesse social, ao abrigar no 
Programa ações voltadas à redução de tributos, de custas cartorárias e dos 
seguros prestamistas, além de medidas para a regularização fundiária (REIS, 
2018). 
 
2.2.1 Banco nacional da habitação 
 
Em 1964, uma nova etapa da política habitacional do Brasil foi iniciada 
com a fundação do Banco Nacional da Habitação (BNH), um órgão que 
objetivava sustentar o crédito, impedindo a descapitalização e proporcionando 
amparo à população mais pobre. Atrelado ao BNH foi fundado o Sistema 
Financeiro Habitacional (SFH), que utilizava dos recursos do Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para tais fins (GONÇALVES, 2015). 
Quando o BNH iniciou suas atividades no setor habitacional, o problema 
da moradia já estava bastante agravado no país e, assim, as principais críticas 
à sua atuação são de conjuntos habitacionais construídos sem qualidade 
urbanística e/ou arquitetônica, apenas para resolver o problema habitacional 
em números e não em eficiência e qualidade (RUBIN E BOLFE, 2014). 
De acordo com Gonçalves (2015), como o financiamento só era 
proporcionado aobras de baixo custo, os fatores arquitetônicos e a qualidade 
das edificações começaram a ser deixadas de lado, ao invés de reduzir os 
custos alterando projetos e as técnicas construtivas envolvidas na construção 
civil, o setor diminuiu a qualidade do produto final, resultando em obras cada 
vez com mais precárias e causando então consequências facilmente notadas 
nas cidades. Por volta de 1970, a política do BNH fracassava e começou a 
financiar grandes obras de infraestrutura. 
O BNH foi extinto em novembro de 1986, e financiou, no período, cerca 
de 4,4 milhões de unidades habitacionais, que corresponderam a 27 % do 
19 
 
incremento de domicílios no período. Após o encerramento do BNH, o país 
teve um aumento do déficit de moradia popular e uma grande baixa na 
produção de habitações populares, culminando em uma grande quantidade de 
pessoas nas ruas das cidades (REIS, 2018). 
 
2.2.2 Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) 
 
O Programa Habitacional Federal Minha Casa Minha Vida (MCMV), teve 
lançamento em 2009 e seguia três diretrizes: [1] implementação do PNH, [2] 
aquisição de moradia própria pelas classes de baixa renda e [3] geração de 
empregos na construção civil (GONÇALVES, 2015). 
O principal objetivo do programa é a redução do déficit habitacional da 
população mais pobre nas cidades, garantindo o direito a dignidade nas 
moradias digna com padrões mínimos de sustentabilidade, segurança e 
habitabilidade (GONÇALVES, 2015; FERREIRA, 2017). 
O programa funciona por meio da concessão de financiamentos a 
beneficiários organizados de forma associativa por uma entidade organizadora 
e com recursos provenientes do Orçamento Geral da União (OGU), aportados 
ao Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) (CARTILHA DO PROGRAMA 
MCMV, 2012). 
Inicialmente, o PMCMV em sua primeira etapa previa que 40 % dos 
financiamentos seriam destinados as famílias de renda entre 0 a 3 salários 
mínimos, outros 40 % para famílias com salários mínimos entre 3 a 6 e 20 % 
para as famílias de renda mensal equivalente de 6 a 10. Os recursos entre os 
estados estavam planejados para serem alocados de acordo com o déficit 
habitacional medido pelo IBGE/PNAD em 2007, conforme Figura 2: Sudeste 
(37%), Nordeste (34%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro-Oeste (7%). Além do 
subsídio inversamente proporcional à renda, o cliente tem como opção o 
pagamento do seguro obrigatório que corresponde até 37% do valor da 
prestação (HIRATA, 2009 apud FERREIRA, 2017). 
 
 
20 
 
 
 
Figura 2 – Distribuição do déficit habitacional 
 
Fonte: IBGE – PNAD, 2007 
 
 
De acordo com diretrizes do Minha Casa Minha Vida 3ª fase (2016), são 
contempladas 3 fases de faixas de renda (Tabela 1) e mais uma intermediária 
(faixa 1,5), que se enquadram na categoria de facilitação de acesso à 
habitação popular. Cada faixa tem suas características associadas, como a 
parcela subsidiada pelo governo, taxa de juros, quantidade de parcelas e valor 
máximo da unidade. 
 
Tabela 1 - Concessões de benefícios pelo Minha Casa Minha Vida por faixa de renda. 
21 
 
 
Fonte: Ministério das Cidades, 2016. 
Dados do ministério das cidades mostram que no ano de 2013, 
aproximadamente 32,1 % do total das construções de moradias no Brasil, 
aconteceram com financiamento pelo MCMV. Além de que, entre 2009 e 2013, 
o programa já contratou três milhões de moradias e entregou 1,4 milhão que 
beneficiaram 5,6 milhões de brasileiros (GONÇALVES, 2015). 
Na Figura 3 pode-se observar um loteamento construído através de uma 
parceria do Governo Federal, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. 
 
Figura 3 - Habitações Populares - São Miguel dos Campos/AL. 
 
Fonte: Silva, 2018. 
 
 
2.3 Métodos construtivos 
 
22 
 
O processo construtivo industrializado pode envolver componentes, 
elementos ou sistemas construtivos como um todo, o que significa que, quando 
se trata de sistemas construtivos híbridos, componentes e elementos podem 
ser contratados separadamente para compor uma solução construtiva (ABDI, 
2015). 
Ainda segundo ABDI (2015), em se tratando de contratação de sistemas 
construtivos como um todo, na produção da edificação e infraestrutura, é 
possível contratar três tipos de sistemas construtivos: 
a. Sistema que utiliza técnicas ou métodos convencionais na 
produção dos elementos e componentes: é caracterizado pelo uso de métodos 
convencionais, nos quais há necessidade de mão de obra de forma intensiva, 
como na execução de formas e escoramentos de madeira e aço para pilares, 
vigas e lajes, na elevação de alvenarias e na execução de revestimentos de 
argamassa e outros serviços comuns a esse processo; 
b. Sistema que utiliza técnicas e métodos racionalizados e pré-
fabricados e industrializados a partir de elementos e componentes: é 
caracterizado por métodos e processos industrializados e abrange tanto os 
componentes quanto os elementos ou células com funções específicas a 
desempenhar; são constituídos por sistemas reticulados de pilares, vigas e 
lajes, ou no caso de elementos ou células, fachadas, banheiros prontos e 
outros; 
c. Sistema que utiliza parte do sistema convencional e parte de 
sistemas industrializados: integra soluções industrializadas e convencionais, 
como elementos industrializados de concreto armado (pilares) e vedações 
de blocos cerâmicos, lajes pré-fabricadas mistas, por exemplo a tipo volterrana, 
treliçada e pré-laje, executadas em conjunto com operações de 
concreto armado moldado in loco para o preenchimento da capa e nervuras; 
também podem ser citadas, no caso do aço, lajes do tipo steel deck, 
que combina elementos prontos de aço com concreto armado moldado 
in loco para a sua finalização. 
 
23 
 
2.3.1 Sistemas construtivos convencionais 
 
O modelo de construção tradicional se caracteriza por um conjunto 
coeso e rígido, de tijolos ou blocos (elementos de alvenaria) unidos entre si por 
argamassa. Esta união, na obra, tem funções que partem desde as mais 
simples como vedação (paredes, abóbadas e sapatas), até funções mais 
complexas, que necessitam de maior resistência a cargas, como pilares, vigas 
e lajes (CECHELLA, 2015). 
Ainda de acordo com Cechella (2015), esse modelo, é muito popular no 
Brasil devido a sua segurança, como também por proporcionar isolamento 
acústico, isolamento térmico, e se executado de forma correta, necessita de 
pouca manutenção. 
2.3.1.1 Sistema convencional em concreto armado 
 
Os primeiros materiais utilizados nas construções eram pedras e 
madeiras, devido à predominância desses elementos na natureza. Séculos 
depois, iniciou-se o emprego do ferro e do aço com o objetivo de edificar. Foi 
então que, por volta de 1850, surgiu o concreto armado, aplicado em 
execuções de obras até os dias de hoje (FERREIRA, 2017). 
O concreto é um composto de cimento, água, agregados miúdos e 
agregados graúdos (CARVALHO, 2005 apud FERREIRA, 2017) e originou da 
necessidade de incorporar a durabilidade da pedra com a resistência do aço, 
tendo o material composto as vantagens de poder assumir qualquer forma, 
com facilidade e rapidez, e com o aço envolvido e protegido pelo concreto para 
evitar a sua corrosão (BASTOS, 2011 apud FERREIRA, 2017). Para que o 
mesmo desempenhe uma melhor função estrutural, é necessário que a mistura 
seja armada com aço, denominado então de concreto armado, como mostra a 
Figura 4 (CARVALHO, 2005 apud FERREIRA, 2017). 
Outro fator importante nessa combinação é a aderência entre os 
materiais, sem ela os mesmos trabalham de forma individual e por isso mantém 
suas características próprias. O aço tem bom desempenho a tração enquanto 
que o concreto trabalha melhor a compressão. Por meio da aderência é 
24 
 
possível garantir que os elementos trabalhem de forma solidária, ou seja, as 
barras de aço começam a deformar quando o concreto é solicitado 
(FERREIRA, 2017). 
Ainda de acordo com Ferreira (2017), no sistema construtivoconvencional, no qual é utilizado os blocos cerâmicos para a vedação e o 
concreto armado para fins estruturais, têm-se como principais elementos as 
lajes, as vigas, os pilares e a fundação. 
 
 
25 
 
Figura 4 - Estrutura em concreto armado. 
 
Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-armado/ 
 
 
 
O concreto armado tem suas vantagens e desvantagens. Para que um 
projeto seja bem-sucedido, a avaliação e comparação de alguns fatores no 
momento da escolha do tipo de estrutura são indispensáveis para a redução de 
custos e adaptação técnica para cada projeto (PEREIRA, 2015). 
 
Vantagens do concreto armado 
 
 Elevada resistência à compressão em comparação aos outros 
materiais de construção; 
 Devido à armação, pode suportar uma boa quantidade de 
esforços de tração; 
 Baixo custo de manutenção; 
 Sua estrutura pode ser moldada de diversas maneiras e formatos; 
 Exige mão de obra menos qualificada para sua execução, em 
comparação com estruturas metálicas, por exemplo; 
26 
 
 Boa resistência ao fogo e ao tempo; 
 Mais durável do que qualquer outro sistema de construção; 
 Boa resistência ao desgaste mecânico como choques e 
vibrações. 
 
Desvantagens do concreto armado 
 
 Por ser muitas vezes produzido in loco, sua a resistência final 
pode ser afetada devido a erros durante os processos de mistura e cura; 
 Utiliza-se de formas de madeira ou metálicas, encarecendo o 
projeto; 
 Gera muitos resíduos e lixos de construção; 
 Para uma construção de um edifício de vários andares, a seção 
dos pilares para uma estrutura em concreto armado é maior do que a seção 
dos pilares em uma estrutura metálica; 
 Tem grande peso próprio (2.500 kg/m3); 
 Tempo de execução maior do que outros sistemas de construção, 
devido ao tempo de cura (pode ser reduzido com uso de aditivos); 
 A demolição de difícil execução, podendo ser inviáveis devido ao 
custo. 
 
 
2.3.1.2 Sistema em alvenaria convencional de vedação 
 
A utilização da alvenaria convencional é influente em construções 
brasileiras; um sistema elaborado de modo rústico com métodos construtivos 
tradicionais concedidos sem mão de obra qualificada (SOUSA, 2018). 
A técnica de construção conhecida como alvenaria é tão antiga quanto a 
história da arquitetura. A maneira simples de se colocar uma pedra sobre outra 
permitiu a sobrevivência do homem na época, que foi aperfeiçoando os 
materiais e as tecnologias ao longo do tempo (DALL MOLIN e MALANDRIN, 
2017). 
27 
 
O modelo construtivo em alvenaria convencional hoje é formado por 
vigas, pilares e lajes de concreto, preenchidos então com blocos cerâmicos 
(Figura 5) ou blocos de concreto (Figura 6) sobrepostos com o uso de 
argamassa (mistura de água, cimento e areia) para vedar e separar ambientes 
de casas e edifícios no Brasil (DALL MOLIN e MALANDRIN, 2017; PEREIRA, 
2018a). 
No método construtivo convencional de alvenaria, as paredes não 
devem resistir às cargas verticais além de seu próprio peso, por essa razão 
torna-se apenas um sistema de vedação e estabelecendo condições mínimas 
de instalação para o habitante (SOUSA, 2018). 
Ainda segundo Sousa (2018), a função estrutural do sistema incumbida 
pela inserção de pilares e vigas, concede aderência a estes materiais que são 
necessários para que estes trabalhem em conjunto, onde as barras de aço 
resistem à tração e o concreto resiste à compressão. 
O método em alvenaria convencional pode ser considerado artesanal, 
sendo realizado no canteiro de obras, nem sempre seguindo padrões e normas 
obrigatórias. Com isso a margem de erros é alta, seguindo como exemplo uma 
parede fora de prumo ou erro no cálculo do traço (proporção na mistura dos 
materiais), podendo assim gerar patologias e desperdícios (DALL MOLIN e 
MALANDRIN, 2017). 
 
Figura 5 – Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. 
 
28 
 
Fonte: Pereira, 2018a. 
 
 
 
 
29 
 
Figura 6 - Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. 
 
Fonte: https://www.projepar.com.br/blocos-de-concreto/ 
 
 
As vantagens e desvantagens apresentadas por Pereira (2018a) no uso 
da alvenaria convencional de vedação foram relacionadas nos itens abaixo. 
 
Vantagens da alvenaria de vedação 
 
 Maior durabilidade que qualquer outro material; 
 Grande disponibilidade de material e mão de obra; 
 Oferece bastante versatilidade e flexibilidade; 
 Maior facilidade e baixo custo na execução da alvenaria; 
 Maior aceitação pelo cliente, devido a cultura do uso; 
 Melhor relação de custo-benefício entre todos os materiais 
disponíveis para vedação; 
 Material de construção mais barato. 
 
30 
 
Desvantagens da alvenaria de vedação 
 
 Possui baixa produtividade relativa durante a execução; 
 Necessidade de revestimento adicional devido à baixa 
porosidade; 
 Maior custo se comparada com alvenaria estrutural; 
 Maior tempo de execução. 
 
 
2.3.2 Sistemas construtivo alternativo 
 
2.3.2.1 Light Steel Framing (LSF) 
 
O steel frame ou light steel frame é um sistema 
construtivo industrializado e altamente racionalizado, formado por estruturas de 
perfis de aço galvanizado divididas de maneira que cada uma delas possa 
resistir a uma pequena parcela da carga total e distribuir para a fundação. 
Trata-se de um modelo construtivo aberto, ou seja, é possível trabalhar com 
diversos tipos de materiais, é customizável, o que ajuda no controle dos gastos 
na fase de projeto, além de ser reciclável, possuir grande durabilidade e ter alta 
resistência ao fogo. Seu fechamento é feito por placas, podendo ser 
cimentícias, de madeira, drywall, etc. Sua estrutura é composta basicamente 
por: fechamento externo, isolantes termo acústicos e fechamento interno 
(PEREIRA, 2018b; RIBEIRO e CARVALHO, 2018). 
A principal diferença do steel frame é a limpeza do canteiro de obras, 
pois não há necessidade do uso de água proporcionando uma construção 
seca. A geração de resíduos é praticamente zero, já que a estrutura é fabricada 
com as dimensões definidas em projeto, dispensando o corte de peças, 
consequentemente isso gera uma construção mais barata, rápida e limpa 
(PEREIRA, 2018b). 
Na concepção estrutural, os perfis galvanizados são unidos de maneira 
a criar painéis estruturais que são parafusados e espaçados regularmente 
31 
 
entre si de acordo com o projeto estrutural. Existe a opção de receber os 
painéis montados pela empresa fornecedora, o que auxilia na produtividade e 
elimina a necessidade de obter espaços para que a montagem seja feita no 
próprio canteiro de obras. A Figura 7 abaixo mostra a montagem dos painéis 
estruturais bem como a organização e limpeza do canteiro de obras desse 
método construtivo (RIBEIRO e CARVALHO, 2018). 
 
Figura 7 - Concepção estrutural de uma residência em LSF 
 
Fonte: Ribeiro e Carvalho, 2018. 
 
 
No Brasil, menos de 3 % das edificações são construídas pelo sistema 
steel frame, muito pouco devido à todas vantagens que esse sistema 
apresenta. Isto se dá pelo fato de o Brasil ainda ser um país muito 
conservador, então novas tecnologias demoram para serem totalmente aceitas, 
mesmo apresentando muitos benefícios (PEREIRA, 2018b). 
Ainda segundo Pereira (2018b), aos poucos o steel frame está entrando 
no mercado. Com a procura pelo alto desempenho e a sustentabilidade na 
construção civil, este sistema se mostra muito eficiente e apropriado. É um 
grande nicho de mercado a ser explorado, tanto por empresas comerciantes 
quanto por profissionais da área da construção civil. 
 
 
 
32 
 
 
Vantagens do steel frame 
 
 O steel frame possibilita que uma construção seja executada de 
forma rápida já que a maioria dos seus componentes são pré-fabricados; 
 Os perfis de aço galvanizado são leves e não geram grandes 
esforços de carga na estrutura; 
 Como os painéis são fabricados por meios industriais, a precisão 
e a redução de erros faz com que o steel frame seja um sistemaconstrutivo 
mais confiável; 
 Não é necessário o uso de recursos naturais como água para a 
execução do steel frame. Além disso, gera-se muito pouco lixo e resíduo na 
sua construção; 
 Esse tipo de estrutura proporciona bons níveis de isolamento 
térmico e acústico; 
 Várias opções de acabamento; 
 Comparado com o sistema convencional de concreto e estruturas 
metálicas, o steel frame é mais barato, principalmente em edificações menores, 
pois o custo com materiais e mão de obra acabam sendo menores devido ao 
curto tempo de execução da obra. 
 
Desvantagens do steel frame 
 
 Embora existam alguns exemplos de prédios de vários 
pavimentos sendo construídos, é mais comum encontrar edificações térreas 
construídas em steel frame ou edifícios com até 5 pavimentos; 
 Para que o sistema seja mais barato e rápido do que outros 
métodos construtivos, deve-se realizar treinamentos constantes da mão de 
obra devido a dificuldade de encontrar mão de obra especializada. 
 
33 
 
2.3.2.2 Wood Frame 
 
Wood frame é um sistema de construção civil que tem como diferencial a 
utilização de painéis de madeira reflorestada, os chamados pinus, e possui um 
perfil de madeira que é formado por placas vazadas que posteriormente é 
preenchido com painéis de vedação em OSB (PEREIRA, 2018c). O progresso 
do sistema construtivo Wood frame define-se pela praticidade, redução de 
prazos para montagem e custos quando comparado à construção no sistema 
convencional, devido aos elementos que estão conectados a outros elementos 
(GARCIA et al. 2014). 
O OSB é formado por lascas de madeira reflorestada coladas em 
diferentes direções. Estruturalmente, esta reorganização do material permite 
amenizar os efeitos da anisotropia original da madeira (comportamento 
mecânico varia segundo direção do esforço aplicado). O uso dessas lascas 
também traz apelo ambiental, por permitir reaproveitar pedaços de madeira que 
não seriam úteis em outras construções convencionais (PEREIRA, 2018c). 
O que dificulta o progresso do método construtivo em Wood frame no 
Brasil é a falta de disseminação do sistema no mercado devido à utilização da 
madeira em construções civis ser desconhecida, bem como a necessidade de 
mão-de-obra qualificada e ferramentas características, baixa oferta de mão-de-
obra e a restrição das edificações superior a cinco pavimentos (SOUSA, 2018). 
Para os brasileiros essa técnica não é vista como a primeira opção na 
construção civil, embora ela já seja usada consideravelmente. Em 
contrapartida, nos países como Estados Unidos, Canadá e na Europa, os pinus 
são muito utilizados, aliás, na Suécia e no território canadense, o Wood frame é 
usado praticamente em 100 % das moradias (PEREIRA, 2018c). 
A Figura 8 mostra um exemplo de casa construída em Wood frame. 
 
 
34 
 
Figura 8 - Casa em Wood Frame 
 
Fonte: Pereira, 2018c 
 
 
Vantagens do wood frame 
 
Segundo Pereira (2018c), o sistema wood frame se destaca pelas 
seguintes vantagens: 
 Menor impacto ambiental do que construções convencionais que 
se utilizam de concreto, tanto em relação ao material utilizado para a 
construção, como também quanto a diminuição dos resíduos da obra que vão 
para o lixo; 
 Economia de tempo, podendo uma casa ficar pronta em 8 dias, 
desconsiderando o tempo de fabricação das peças em fábrica; 
 Maior produtividade na vedação vertical; 
 Construção seca e leve, exigindo equipamentos de menor porte 
para transporte e armazenamento das peças; 
 Com sistemas de isolamento térmico e acústico adequados, 
confere desempenho muito satisfatório ao usuário. 
35 
 
 Sistema industrializado e, diferentemente da construção 
convencional, a indústria não fica completamente instalada onde é montado o 
produto. 
 
Desvantagens do wood frame 
 
 Chapas de OSB possui superfície rugosa, exigindo maior 
correção no acabamento caso seja desejado mais liso; 
 Não se elimina a necessidade de concreto armado na edificação, 
seja para compor contra piso térreo, ou ainda para sapatas, blocos ou laje 
mista; 
 Preconceitos semelhantes a sistemas otimizados como gesso 
acartonado, por exemplo, em favor de alvenaria em bloco cerâmico. 
 Falta entendimento aos potenciais usuários de edificações em 
madeira das vantagens que painéis como OSB ou outras madeiras modificadas 
oferecem; 
 Não podem ser molhados em excesso, mas isso não pode ocorrer 
nem com outros tipos de materiais ou revestimentos; 
 Não pode perfurar, exceto se previsto em projeto estrutural. Se 
isso ocorrer, há um limite de 1/3 da largura; 
 O cliente que desejar partes envernizadas com textura original de 
madeira pode não querer o revestimento em OSB, onde ela muda. 
 
2.3.2.3 Edificações Com Container 
 
A utilização de containers como forma de habitação teve início com 
abrigos temporários em países danificados por desastres naturais ou em zonas 
de guerras, como por exemplo, a Guerra do Golfo em 1991. Posteriormente, 
outros países europeus e americanos deram início na utilização dessa técnica 
de construção (GUEDES, 2015). 
O projeto de uma casa container é caracterizado como uma tecnologia 
alternativa para habitações, de forma a aplicar materiais que seriam 
36 
 
descartados para a geração de abrigos. Assim, entra em questão o caráter 
ambiental, pois materiais que seriam destinados a aterros, ou lixões, recebem 
nova utilização e continuam seus ciclos de vida com funções diferentes das 
que eram utilizados, ou seja, transporte de mercadorias (ASSIS, 2016). 
No entanto, ainda segundo Assis (2016), apesar de construções em 
containers estarem presentes em algumas nações, há resistência de certas 
culturas para a utilização desse modelo de habitação, comparado com os 
habitualmente adotados. Os principais obstáculos encontrados nas atividades 
de reaproveitamento e reciclagem são a falta de conhecimento do assunto e a 
inércia, não ser familiarizado com o que se pode fazer e como fazer. 
A construção em containers (Figura 9), é viabilizada para produção em 
massa devido ao fato de esses elementos poderem ser adquiridos em qualquer 
lugar do mundo e, sobretudo, o caráter ecológico gerado por essa utilização é 
grande, porque é feito o reaproveitamento de material, aumentando assim as 
vantagens geradas pelo uso do material para construção (GUEDES, 2015). 
 
Figura 9 – Casa container 
 
Fonte: Assis, 2016. 
 
 
O uso do container na construção civil pode ser adaptável a vários tipos 
de utilidades e projetos, como as mil unidades de alojamentos para estudantes 
37 
 
no campus da Universidade de Amsterdã, na Holanda (Figura 10), além dos 
containers utilizados como comércio de lavanderias, mercados, bicicletários e 
restaurantes (Figura 11). 
 
Figura 10 - Container Village, Amsterdã. 
 
Fonte: Assis, 2016. 
 
 
Figura 11 - Empilhamento dos containers, Container Village. 
 
Fonte: Assis, 2016. 
 
 
38 
 
Em Docklands, Londres, foi implementada a chamada Container City I 
(Figura 12), caracterizada por blocos de containers combinados de modo a 
formar grandes variedades de edificações, atendendo às necessidades dos 
residentes. 
 
Figura 12 - Container City I, Londres. 
 
Fonte: Assis, 2016. 
 
Em Salt Lake, EUA, o programa de habitação social voltado à população 
de baixa renda Utah’s Sarah House Project, transforma containers em casas 
ecológicas (Figura 13) para famílias com baixo poder aquisitivo, modificando o 
local em uma comunidade construída apenas com casas containers. 
 
Figura 13 – Casa Container, Utah’s Sarah House, Salt Lake. 
 
Fonte: Assis, 2016. 
39 
 
No desenvolvimento da pesquisa realizado por Guedes (2015), foram 
verificadas características do container para a construção de edifícios e suas 
vantagens e desvantagens são: 
 
Vantagens da construção em containers 
 
 Modularidade - dimensões padronizadas pela ISO 668:2013, 
permitindo as mais variadas composições; 
 Disponibilidade- podem ser adquiridos em qualquer parte do 
mundo; 
 Custo acessível; 
 Grande resistência- são feitos para resistirem as mais difíceis 
condições climáticas como também a incêndio e terremotos; 
 Durabilidade – estrutura e fechamentos em aço; 
 São empilháveis, podem chegar até 8 níveis sem estrutura auxiliar 
e quando fixados uns aos outros estes módulos adquirem maior estabilidade; 
 Recicláveis e reutilizáveis; 
 As construções podem ser facilmente ampliadas ou reduzidas, 
dependendo da necessidade do usuário; 
 O uso de container para a estrutura do edifício gera economia na 
utilização de recursos naturais como: areia, tijolo, água, ferro o que acarreta 
redução de impactos ambientais na extração de recursos naturais e na geração 
de resíduos, além de minimizar poluição do ar e sonora durante a construção; 
 Como são elementos modulares e leves, exigem muito menos 
mão-de-obra nos trabalhos de fundação do que as construções tradicionais, 
também reduzem trabalhos de terraplenagem, o que garante menor 
interferência no solo, preservando o lençol freático e a absorção de água de 
chuva; 
 A intermodalidade proporciona flexibilidade ao edifício e permite 
que a construção possa ser desmontada e transportada para outra localidade 
se necessário; 
 A construção em container proporciona redução no custo final da 
obra em aproximadamente 35 % quando comparada à construção tradicional; 
40 
 
 Acelera a velocidade da construção, por ser um material pré-
fabricado, portanto sua montagem é rápida; 
 Os trabalhos de serralheria, transporte e montagem devem 
sempre ser feitos por mão-de-obra especializada, o que favorece a redução do 
trabalho informal. 
 
Desvantagens da construção em containers 
 
 Custos com transporte, caso a localização do terreno seja muito 
distante de zonas portuárias; 
 Pequena disponibilidade de mão-de-obra especializada, para 
recorte das chapas, movimentação e montagem dos módulos, que exigem 
equipamentos específicos; 
 A alta condutibilidade térmica das chapas dos containers requer 
estudo de adequação para o uso de isolamento térmico nas vedações; 
 Possibilidade de contaminação com relação à carga transportada. 
Por isso, é necessário que se faça laudo de vistoria ao se adquirir um 
container, para que seja certificado que o material está livre de contaminações 
e de avarias em sua estrutura. 
 
2.3.2.4 Painéis Monoforte 
 
O sistema conhecido como Hi-Tech utiliza o Poliestireno Expandido 
(EPS) como base de painéis monolíticos. O núcleo dos painéis é formado por 
uma camada do material, com espessura mediante o projeto, e transpassada 
com fios de arame. Na obra, após a laje pronta e fixadas as barras de 
estabilização inferior, os blocos monolíticos são alinhados manualmente e 
depois recebem uma camada inferior e um exterior de micro concreto, como 
mostra nas Figuras 14 e 15 (CECHELLA, 2015). 
Ainda segundo Cechella (2015), neste sistema podem ser citadas 
vantagens como: rapidez na construção; economia na mão de obra; pouca 
geração de resíduo sólido, já que os painéis são fornecidos nas proporções 
41 
 
necessárias estabelecidas no projeto; os painéis podem ser usados como 
parede de fechamento ou estrutural; tem funções de isolamento térmico e 
acústico; devido ao peso leve das estruturas tem-se facilidade de transporte. 
 
Figura 14 - Detalhe da solução do sistema Monoforte 
 
Fonte: https://www.temsustentavel.com.br/eps-uma-tendencia-na-construcao-futuro/ 
 
 
Figura 15 - Hotel construído com Sistema Monoforte 
 
42 
 
Fonte: http://www.epsbrasil.eco.br/noticia/view/40/hotel-construido-com-sistema-monoforte.html 
Vantagens painéis monoforte 
 
 Redução de 15 a 20 % no preço do m² (em relação à alvenaria 
convencional); 
 Mais de 80 % de redução de resíduo da obra; 
 Economia de 75 % no consumo de água da obra; 
 Ganho de produtividade em até 40 % no tempo total de obra; 
 Material retardante à chama; 
 Não prolifera cupins e fungos; 
 Facilidade para fixar as tubulações; 
 Facilidade de transporte do material; 
 Material 100 % reciclável 
 
 
43 
 
CAPÍTULO 3 
 
3 ESTUDO DE CASO 
 
 
3.1 Análise comparativa: sistemas construtivos tradicionais x sistemas 
construtivos alternativos 
 
No estudo realizado por Reis (2018), o autor realizou um comparativo 
entre os sistemas construtivos tradicionais e os sistemas construtivos 
alternativos utilizando-se dos parâmetros de prazo, custo, durabilidade e 
qualidade. 
Em relação ao prazo entre os sistemas construtivos tradicionais e 
sistemas construtivos alternativos, Reis (2015) elaborou a Tabela 2. O sistema 
tradicional sempre recebeu o valor referencial 100 % para o prazo de 
execução, sendo assim a célula comparada do sistema alternativo recebeu a 
cor verde quando menor que 100 %, indicando que o sistema tem um prazo de 
execução menor e vermelho caso quando maior que 100 %, indicando que o 
sistema alternativo tem prazo de execução maior que o tradicional. Foi 
considerado como “alvenaria convencional” o sistema construtivo convencional 
de estrutura de concreto armado e alvenaria de vedação. 
 
Tabela 2 - Comparativo de prazo de execução entre sistemas tradicionais e alternativos. 
 
Fonte: Reis, 2018 
 
 
A Tabela 3 relaciona o custo dos sistemas tradicionais com os custos 
dos sistemas construtivos alternativos. O referencial foi adotado como padrão o 
44 
 
sistema tradicional, e para as variações de custo dos sistemas alternativos 
utilizou-se a cor verde quando o custo é menor e vermelho quando o custo é 
maior do que o custo do sistema tradicional. 
 
Tabela 3 - Comparativo de custo entre os sistemas tradicionais e os sistemas alternativos. 
 
Fonte: Reis, 2018 
 
 
Segundo Reis (2018), não foram encontrados estudos do ciclo de vida 
das tecnologias que permitissem demonstrar indicadores comparativos 
mensuráveis. Contudo, analisando as informações, estima-se que os sistemas 
tradicionais possuem a maior durabilidade, em intermediário ficam os sistemas 
light steel framing e parede de concreto e com a menor durabilidade ou que 
requer mais cuidados com a manutenção o sistema wood frame. 
Ainda de acordo com o autor, o sistema light steel framing conta com 
uma alta durabilidade e longevidade da estrutura, que é proporcionada pelo 
processo de galvanização das chapas dos perfis. Já o sistema wood frame, 
necessita uma intervenção após 5 anos para verificação de possíveis danos, 
além de itens comuns como lavagem, pintura, reparo de eventuais fissuras; 
manutenção com as instalações de água e esgoto, para que não tenham 
futuros vazamentos ou muito constantes sem reparos, pois pode ocorrer a 
deterioração da madeira e até mesmo aparecimentos de fungos, danificando a 
chapa. 
Assim como a durabilidade, também não foram encontrados estudos 
com indicadores quantitativos a respeito da qualidade dos sistemas 
construtivos, contudo Reis (2018) concluiu que o steel framing e o wood 
45 
 
framing são sistemas industrializados com baixos índices de desperdício e com 
alto controle de qualidade dos materiais e a baixa necessidade de atividade 
artesanal, o que garante aos sistemas uma construção com bom nível de 
qualidade. Do ponto de vista do sistema de parede de concreto, apesar do 
sistema ser um sistema de caráter industrializado, a qualidade está associada 
ao controle do concreto e ao projeto de fôrmas, já que a concretagem é e 
montagem das fôrmas é realizada na obra. Porém o sistema tende a 
apresentar uma qualidade construtiva maior que o sistema convencional que 
tem caráter bem mais artesanal, maior nível de retrabalho e desperdício. 
De forma geral, com as informações obtidas, o autor elaborou a Tabela 
4, composta pelos 4 indicadores que foram comparados entre os sistemas 
tradicionais e os sistemas construtivos alternativos, classificando os parâmetros 
em 3 faixas (1 a 3), sendo 3 o valor mais positivo para o parâmetrocomparado, 
2 o intermediário e 1 o mais desfavorável. 
 
Tabela 4 - Comparativo geral dos indicadores para otimizar a construção de habitações entre 
os sistemas construtivos tradicionais e alternativos. 
 
Fonte: Reis, 2018 
 
 
 
3.2 Incêndios em comunidades em Santos/SP 
 
Incêndios no Brasil, de modo geral, ainda não é considerado um 
problemas nacional pela falta de padronização dos registros nacionais, os 
dados disponíveis são imprecisos e indisponíveis. O número de ocorrências 
registrado oficialmente pela Secretaria Nacional de Segurança Pública 
(SENASP) são apenas parciais, já que as ocorrências registradas referem-se a 
apenas 14 % dos municípios brasileiros, que são atendidos por bombeiros 
(ALVES, 2014). 
46 
 
Ainda segundo Alves (2014), no caso dos incêndios em favelas a 
situação é ainda mais complexa, os números de incêndios que são obtidos de 
diferentes fontes, Corpos de bombeiros, fontes abertas (internet e jornais locais 
e de grande circulação) e blogs, não muito diferentes, coincidindo apenas nos 
casos de maior repercussão. 
No Brasil, Santos é a segunda Cidade com o maior número de palafitas 
– 26,91 % no ranking nacional. Perde apenas para Macapá, capital do Amapá, 
que lidera a lista com 83,9 % de moradias nessas condições, em relação aos 
outros municípios, segundo dados do IBGE (SOUZA, 2018). 
Ainda de acordo com Souza (2018), em 2018 a cidade de Santos 
possuía um déficit habitacional de 12.115 moradias. O Município possui 38.159 
pessoas vivendo nestas moradias precárias. Nos últimos anos, várias 
comunidades foram afetadas na cidade de Santos: Vila Telma, Mangue Seco, 
Dique da Vila Gilda, Butantã, São Manoel, entre outras. 
O Dique da Vila Gilda é uma das 24 favelas ou assentamentos 
irregulares, em uma cidade com o 6º melhor Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH) do Brasil, 3º do estado de São Paulo e o melhor da Baixada 
Santista – 0,840 (SOUZA, 2018). 
Mais afastado no tempo, o incêndio da Vila Alemoa, em dezembro de 
2006, foi o que causou maior comoção social dos últimos tempos (na ocasião, 
160 famílias perderam suas moradias), especialmente, por ter ocorrido alguns 
dias antes do Natal (SOUZA, 2018). 
 
3.2.1 Incêndios na Vila Telma – Santos/SP 
 
A comunidade da Vila Telma é um dos locais com grandes ocorrências 
de incêndios. Em 2015, um incêndio atingiu dezenas de moradias e quatro 
pessoas precisaram de atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU) no local do incêndio. Em abril de 2014, 150 barracos ficaram 
destruídos pelo fogo e, pelo menos 60 famílias ficaram desabrigadas. Em 2010, 
um outro incêndio atingiu a comunidade e, segundo o Corpo de Bombeiros, 
mais de 100 moradias foram atingidas pelas chamas. Em 2009, seis casas 
47 
 
foram destruídas pelas chamas e em julho de 2007, a favela foi atingida por um 
outro incêndio, sendo que três barracos foram destruídos (G1, 2015; O 
GLOBO, 2010). 
O incêndio ocorrido em 2010, que foi considerado de grandes 
proporções, atingiu a comunidade da Vila Telma, na Zona Noroeste de Santos 
quando quinze pessoas foram removidas para atendimento médico, em estado 
de choque. Cinco delas tiveram intoxicação. O incêndio destruiu cerca de 130 
palafitas do dique, atingindo entre 200 e 300 barracos foram atingidos (G1, 
2010; O GLOBO, 2010; CASSANDRA E CIA, 2011). 
O fogo teve início por volta das 17h e começou a ser controlado 4 horas 
depois. O fogo, que supostamente começou após um curto-circuito dentro de 
um dos barracos, foi combatido por dez equipes dos bombeiros, auxiliadas por 
brigadas de empresas como Sabesp, Codesp e Petrobras. O receio dos 
bombeiros era de que o fogo se espalhasse ainda mais e atingisse a Favela do 
Mangue Seco, que é separada da Vila Telma por um canal. Na época segundo 
a Prefeitura, 414 famílias moravam no local (G1, 2010; O GLOBO, 2010). 
Em 2014 o incêndio que atingiu ao menos 100 barracos e deixou mais 
de 70 famílias desabrigadas na Vila Telma, também pode ter tido como causa 
um curto circuito ou sido iniciado dentro de alguma moradia, assim como no 
incêndio ocorrido em 2010. O coordenador da Defesa Civil, na ocasião, afirmou 
que houve apenas um ferido. Uma criança que no momento em que o fogo se 
alastrou estava em cima de uma laje que desabou (DIÁRIO DO LITORAL, 
2014). 
As Figuras 16 e 17 mostram imagens do incêndio ocorrido em 2010 e as 
Figuras 18 a 20 referem-se ao incêndio ocorrido em 2015. 
 
 
48 
 
Figura 16 – Vista do incêndio Vila Telma em 2010. 
 
Fonte: O GLOBO, 2010. 
 
 
 
Figura 17 – Foto da capa do Jornal A Tribuna no dia seguinte ao incêndio 
 
Fonte: Cassandra e Cia, 2011. 
 
49 
 
Figura 18 - Incêndio destruiu barracos da comunidade Vila Telma 
 
Fonte: G1, 2015. 
 
 
 
Figura 19 - Moradores tentam resgatar móveis e eletrodomésticos não atingidos pelo fogo 
 
Fonte: G1, 2015. 
 
 
50 
 
Figura 20 - Moradores utilizam água da maré para combater as chamas 
 
Fonte: G1, 2015. 
 
 
3.2.2 Incêndios no Mangue Seco – Santos/SP 
 
Em maio de 2014 um incêndio atingiu cerca de 200 barracos na 
comunidade Mangue Seco na Zona Noroeste de Santos no litoral de São 
Paulo. Dezenas de famílias ficaram desabrigadas e três pessoas foram 
socorridas (G1, 2014). 
Segundo o Corpo de Bombeiros de Santos, o fogo começou por volta 
das 10h30 por conta de um curto circuito em uma das residências. Ao notar o 
incêndio, moradores tentaram apagar o fogo sem sucesso. Por conta da 
intensidade do vento, aos poucos o fogo foi tomando conta de vários barracos 
se alastrando e bombeiros tiveram dificuldade em controlar as chamas (G1, 
2014; METRO JORNAL, 2014). 
Várias viaturas do Corpo de Bombeiros da Baixada Santista foram para 
o local para conter o fogo. Três pessoas foram socorridas pelo Serviço de 
Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e encaminhadas para o PS local 
(G1, 2014). 
51 
 
As Figuras 21 a 23 mostram imagens do incêndio no local 
 
 
Figura 21 - Incêndio atinge barracos em comunidade do Mangue Seco em Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: G1, 2014. 
 
 
 
 
Figura 22 – Moradores da comunidade do Mangue Seco ajudando a apagar o incêndio 
 
Fonte: Metro jornal, 2014. 
 
52 
 
Figura 23 – Comunidade do Mangue Seco após contenção do incêndio 
 
Fonte: Metro jornal, 2014. 
 
 
Outro incêndio ocorrido em 2009 na comunidade do Mangue Seco 
deixou 10 famílias desabrigadas e duas pessoas levemente feridas. Os 
bombeiros foram acionados às 5h20 e encerraram os trabalhos de combate ao 
fogo por volta das 9 horas. A área atingida foi de aproximadamente 70 metros 
quadrados. A Defesa Civil informou que o incêndio começou por causa de um 
curto-circuito em um dos seis barracos que foram completamente destruídos. 
Outras quatro moradias foram danificadas. As duas vítimas tiveram ferimentos 
leves, informou a Defesa Civil (ÚLTIMO SEGUNDO, 2014). 
Mais recentemente, em agosto de 2019, o incêndio que atingiu a 
comunidade do Mangue Seco destruiu mais de 10 moradias. Pelo menos três 
pessoas foram atingidas, com escoriações leves. O fogo que começou por 
volta das 3h em uma das moradias atingiu a fiação elétrica e, por isso, algumas 
casas ficaram sem energia. Alguns moradores relataram que as chamas se 
iniciaram após um curto-circuito em uma fiação elétrica (SANTA PORTAL, 
2019; MAIS SANTOS, 2019; DIÁRIO DO LITORAL, 2019). 
53 
 
3.2.3 Incêndio Vila Alemoa – Santos/SP 
 
Um incêndio destruiu mais de 200 barracos na comunidade da Alemoa, 
uma das mais antigas de Santos, e deixou quase mil pessoas desabrigadas em 
dezembro de 2006. O fogo começou por volta das 2h30 e durou 
aproximadamente quatro horas. O acidente foi considerado de grandes 
proporções, mas não houve vítimas fatais (NOVO MILÊNIO, 2006). 
Cerca de 7.500 metros quadrados foram destruídos, 70 % da área da 
comunidade, às margens da via Anchieta. Somente as casas de alvenaria 
foram preservadas (Figura 24). Quinze equipes do Corpode Bombeiros de 
Santos e de outras cidades da região trabalharam no combate às chamas (A 
TARDE, 2006; FOLHA, 2006; NOVO MILÊNIO, 2006). 
De acordo com os bombeiros, o problema foi controlado por volta das 
6h15. Em função da fumaça gerada pelo incêndio, algumas pessoas passaram 
mal e tiveram que ser socorridas nas viaturas de Resgate dos Bombeiros, mas 
nenhuma precisou ficar internada (NOVO MILÊNIO, 2006). 
A causa do incêndio pode ter começado devido a um curto-circuito em 
uma ligação elétrica clandestina. Até o final da tarde, 147 famílias haviam sido 
cadastradas no Centro de Referência e Assistência Social da Alemoa, 
totalizando cerca de 700 pessoas. Segundo moradores, chegou a faltar água, e 
caminhões-pipa de empresas de Cubatão foram enviados à favela para ajudar 
a apagar as chamas (FOLHA, 2006; NOVO MILÊNIO, 2006). 
 
 
54 
 
Figura 24 – Vila Alemoa após incêndio. 
 
Fonte: http://www.jornaldaorla.com.br/noticias/10468-alemoa-19-12/ 
 
 
 
55 
 
CAPÍTULO 4 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Como pode ser observado neste trabalho, os métodos construtivos não 
convencionais apresentados podem otimizar a construção de habitações 
populares no Brasil, a exemplo do uso dos contêineres que tem grande 
capacidade de otimização de espaço, já que estes podem ser empilhados. 
O Brasil ainda possui altos índices de déficit habitacional, o que faz com 
que esses métodos alternativos de construção possa ser uma boa alternativa 
para redução desse déficit. 
O estudo de caso apresentado no item 5.3 deste trabalho, em que o 
autor fez um comparativo entre os métodos construtivos convencionais e 
alternativos, pode-se observar que, em relação a prazo, custo e qualidade, os 
métodos alternativos de construção apresentaram melhores resultados que os 
métodos convencionais, apenas a durabilidade dos métodos convencionais são 
maiores, porém os demais parâmetros comparados compensam o uso dos 
métodos alternativos, principalmente se considerarmos que estes apresentam 
um prazo de construção bem menor que os métodos convencionais. 
Outro ponto que justifica a utilização de métodos alternativos de 
construção é devido a situação de diversas comunidades construídas em 
palafitas ao redor do pais. 
Os casos reais apresentados nesse trabalho, mostra que a ocorrência 
de incêndios nessas comunidades é alta, inclusive várias vezes no mesmo 
local. As notícias registradas no item 5.4, mostram que em todos os incêndios 
foram causados por curto circuito em instalações elétricas clandestinas, 
causando incêndio que alastrou rapidamente pelos outros barracos devido ao 
seu material, mas também devido à falta de planejamento na construção, o que 
dificulta o controle do incêndio. 
Os métodos construtivos alternativos aqui apresentados mostram que as 
possibilidades para otimização de habitações populares existem, e que elas 
apresentam grande potencial. O preconceito com esses métodos alternativos, 
56 
 
enfrentado pelo mercado brasileiro, pode ser superado com estudos e projetos 
que provam a sua eficácia, eficiência e benefícios. 
57 
 
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