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18 12 16 -TCC BEC X LSF V 6 0 - R 05

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciência Exatas e Tecnologia 
Graduação em Engenharia Civil 
 
 
ADENILSON AP. LEITE FILHO 
ALEX ALVIM DA SILVA 
ALEX SANDRO SOUSA 
CARLOS DIEGO VIDO 
CARLOS EDUARDO SERRANO 
DANIEL APARECIDO ALVES 
DANILO ALEXANDRO MURO 
DEBORAH REGINA DE CARVALHO GARCIA 
DOUGLAS DA SILVA CINTRA 
EVERTON DE CAMPOS ROSA 
LUCAS OLIVEIRA GALVÃO 
MONICA DAIANE DE OLIVEIRA PRETO 
RAFAEL DE LIMA OLIVEIRA 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS: 
ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS CERÂMICOS E DO LIGHT STEEL 
FRAMING PARA EDIFICAÇÃO DE RESIDÊNCIA POPULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BAURU - SP 
2018 
ADENILSON AP. LEITE FILHO 
ALEX ALVIM DA SILVA 
ALEX SANDRO SOUSA 
CARLOS DIEGO VIDO 
CARLOS EDUARDO SERRANO 
DANIEL APARECIDO ALVES 
DANILO ALEXANDRO MURO 
DEBORAH REGINA DE CARVALHO GARCIA 
DOUGLAS DA SILVA CINTRA 
EVERTON DE CAMPOS ROSA 
LUCAS OLIVEIRA GALVÃO 
MONICA DAIANE DE OLIVEIRA PRETO 
RAFAEL DE LIMA OLIVEIRA 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS: ALVENARIA 
ESTRUTURAL DE BLOCOS CERÂMICOS E DO LIGHT STEEL FRAMING PARA 
EDIFICAÇÃO DE RESIDÊNCIA POPULAR 
 
Trabalho de conclusão de curso 
para obtenção do título de 
graduação em Bacharel em 
Engenharia Civil apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
 
 
 
 Orientador: Prof. Me. André L. A. de Almeida 
 Coorientador: Prof. Me. Luiz Gustavo C. Trindade 
 
 
 
 
 
 
BAURU - SP 
2018 
ADENILSON AP. LEITE FILHO 
ALEX ALVIM DA SILVA 
ALEX SANDRO SOUSA 
CARLOS DIEGO VIDO 
CARLOS EDUARDO SERRANO 
DANIEL APARECIDO ALVES 
DANILO ALEXANDRO MURO 
DEBORAH REGINA DE CARVALHO GARCIA 
DOUGLAS DA SILVA CINTRA 
EVERTON DE CAMPOS ROSA 
LUCAS OLIVEIRA GALVÃO 
MONICA DAIANE DE OLIVEIRA PRETO 
RAFAEL DE LIMA OLIVEIRA 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS: ALVENARIA 
ESTRUTURAL DE BLOCOS CERÂMICOS E DO LIGHT STEEL FRAMING PARA 
EDIFICAÇÃO DE RESIDÊNCIA POPULAR 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
para obtenção do título de 
graduação em Bacharel em 
Engenharia Civil apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
 
 
Aprovado em: 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
______________________________/__/___ 
Prof. Me. André Luís Antunes de Almeida 
Universidade Paulista – UNIP 
 
______________________________/__/___ 
Prof. Me. Luiz Gustavo Cruz Trindade 
Universidade Paulista – UNIP 
 
______________________________/__/___ 
Prof.a Dra. Larisa Baldo Arruda 
Universidade Paulista - UNIP 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedicamos esse trabalho: 
 
A Deus criador do universo. 
Aos nossos pais e familiares. 
Aos amigos e colegas do curso, principalmente os pertencentes a esta equipe 
de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Aprender é a única coisa de que a mente 
nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se 
arrepende.” 
 (Leonardo Da Vinci) 
RESUMO 
 
O trabalho representa um estudo comparativo entre a Alvenaria Estrutural de Blocos 
Cerâmicos e o Light Steel Framing para a construção de residências populares, 
elencando as principais vantagens e desvantagens de cada método construtivo. 
Devido à grande busca da população pelo seu próprio imóvel, principalmente a de 
baixa renda, é importante um custo final reduzido da construção, por conta que isso 
viabiliza o financiamento e com um investimento maior da indústria civil neste nicho 
de mercado, esses dois métodos aqui apresentados são alternativas viáveis 
economicamente, além de serem eficientes, possuírem maior velocidade na execução 
e um menor custo final da obra, se comparados com o sistema construtivo 
convencional. Esse estudo comparou a Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos, que 
já vem sendo utilizada há certo tempo no Brasil e o Light Steel Framing que vem aos 
poucos sendo conhecido e utilizado em obras. O caso aqui apresentado é para 
construção de residência padrão popular, o projeto arquitetônico teve a mesma área 
de construção, a partir dele foi levantado o preço da construção por metro quadrado 
e apontadas as principais vantagens e desvantagens entre os sistemas construtivos. 
A Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos se apresentou como a alternativa mais 
viável por ter mais vantagens que desvantagens em relação ao Ligth Steel Framing, 
principalmente pela questão econômica que teve diferença significativa no custo por 
metro quadrado construído para execução de residência popular. 
 
Palavras-chave: Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos. Light Steel Framing. 
Residência Popular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The following study represents a comparative between Structural Masonry of Ceramic 
Blocks and Light Steel Framing for building of popular residences, getting up the 
principals advantages and disadvantages for each construction method. Because the 
great search of population for your own property, mainly the low economy population 
is important to get a reduced final cost of the builds, to enable the financing of the 
property and bring investments of the industries in this financed market, both methods 
presented here are economically viables and efficients, because it has speed in 
construction and reduced final cost if compared with others methods. The study had 
compare the Structural Masonry of Ceramic Blocks that have been used in Brazil and 
the Light Steel Framing that is gradually being used in the buildings. The following 
study is focus to popular residences constructions so the architectural design had the 
same area for both methods and based on this it was raised the price of square meter 
construction and the advantages and disadvantages between the both systems were 
pointed out. Like this the Structural Masonry of Ceramic Blocks was better than Light 
Steel Framing, showing more advantages and thw lowest cost price of square meter 
construction in this comparative. 
 
Key-words: Structural Masonry of Ceramic Blocks. Light Steel Framing. Popular 
Residences. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos ............................................... 18 
Figura 2 – Vista externa da residência em AEBC ..................................................... 20 
Figura 3 – Estrutura de uma residência em LSF ....................................................... 21 
Figura 4 – Vista externa da residência em LSF ......................................................... 22 
Figura 5 – Tipos de blocos cerâmicos ....................................................................... 25 
Figura 6 – Tipos de blocos cerâmicos e suas utilizações .......................................... 26 
Figura 7 – Passagem de conduítes pela estrutura do LSF ....................................... 28 
Figura 8 – Radier da obra de AEBC .......................................................................... 29 
Figura 9 – Esquema de ancoragem LSF em fundação tipo radier ............................ 30 
Figura 10 – Painel estrutural LSF e seus componentes ............................................ 32 
Figura 11 – Parede interna de LSF ........................................................................... 33 
Figura 12 – Laje em execução AEBC ....................................................................... 34 
Figura 13 – Laje em Light Steel Framing e suas composições ................................. 35 
Figura 14 – Cobertura em estrutura metálica da obra em AEBC .............................. 35 
Figura 15 – Cobertura em LSF .................................................................................. 36 
Figura 16 – Projeto Arquitetônico para AEBC ........................................................... 40 
Figura 17 – Vista do Corte AA ................................................................................... 41 
Figura 18 –Vista do Corte BB ................................................................................... 41 
Figura 19 – Fachada da residência ........................................................................... 42 
Figura 20 – Vista da cobertura da residência ............................................................ 42 
Figura 21 – Esquema de concepção estrutural do LSF ............................................ 43 
Figura 22 – Detalhe A mostrando fixação dos montantes ......................................... 44 
Figura 23 – Planta em LSF........................................................................................ 45 
Figura 24 – Fixação de televisão ............................................................................... 46 
Figura 25 – Detalhe da fixação .................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Dimensões de blocos cerâmicos estruturais ........................................... 25 
Tabela 2 – Perfis utilizados no sistema LSF.............................................................. 27 
Tabela 3 – Orçamento por metro quadrado de AEBC x LSF .................................... 47 
Tabela 4 – Vantagem e desvantagem entre os sistemas de AEBC e LSF ............... 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 14 
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 15 
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 15 
3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 15 
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 16 
4.1 Brasil e a Questão Habitacional ....................................................................... 16 
4.2 Os Sistemas Construtivos ................................................................................ 17 
4.2.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos ....................................................... 17 
4.2.2 Light Steel Framing .......................................................................................... 20 
4.3 Normas Brasileiras ............................................................................................ 23 
4.3.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos ....................................................... 23 
4.3.2 Light Steel Framing .......................................................................................... 23 
4.4 Projetos .............................................................................................................. 24 
4.4.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos ....................................................... 24 
4.4.2 Light Steel Framing .......................................................................................... 27 
4.5 Fundações ......................................................................................................... 29 
4.6 Paredes Estruturais .......................................................................................... 31 
4.6.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos ....................................................... 31 
4.6.2 Light Steel Framing .......................................................................................... 32 
4.7 Laje e Cobertura ................................................................................................ 34 
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 37 
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 39 
6.1 Projeto Arquitetônico ........................................................................................ 39 
6.1.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos ....................................................... 39 
6.1.2 Light Steel Framing .......................................................................................... 43 
6.2 Custo das obras ................................................................................................ 47 
6.3 Vantagens e Desvantagens entre os Sistemas Construtivos ....................... 48 
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 52 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 54 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A construção civil tem um grande potencial de crescimento, tendo em vista a 
necessidade de construir com maior rapidez, eficiência e com atenção a 
sustentabilidade. Portanto, os métodos construtivos tradicionais apresentam 
limitações quanto à questão de serem sustentáveis. Dessa forma, faz-se necessário 
introduzir métodos construtivos que permitam a racionalização dos seus processos e 
possuam um alto nível de industrialização. As práticas sustentáveis nos 
empreendimentos residenciais proporcionam diversas vantagens para agentes do 
setor, para a sociedade, para a comunidade local do empreendimento e também para 
o poder público, nos aspectos ambientais, sociais e econômicos. 
Apesar de recentes avanços, é visto que a construção civil brasileira ainda 
caminha a passos curtos em relação a outros países, onde a incorporação e adoção 
de tecnologias de construção industrializadas e racionalizadas são amplamente 
predominantes. Nesse sentido, tornou-se salutar a discussão e comparação entre 
métodos construtivos mais eficientes, por conta disso apresentam-se o Sistema 
Construtivo de Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos (AEBC) e o Sistema 
Construtivo LSF, com fins de demonstrar suas semelhanças e diferenças, vantagens 
e desvantagens e como é a utilização e aceitação desses sistemas no mercado 
construtivo brasileiro. 
Na construção civil a utilização de novas alternativas e novos sistemas de 
estruturas podem otimizar os sistemas construtivos atuais, proporcionando menor 
impacto ambiental com a geração de menos resíduos, adequando-se ao cenário 
mundial de escassez de recursos naturais e menor desperdício dos mesmos, trazendo 
benefícios à sociedade e visando a sustentabilidade (TULLIO E OTONI, 2017). 
Segundo Souza (2014), estudos demonstram que o setor da construção civil 
vem implementando inovações de várias naturezas, representando mudanças 
incrementais e muito significativas na execução do produto final, dos processos 
construtivos e organizacionais. 
No entanto, segundo o mesmo autor, identificam-se diversos fatores restritivos 
que precisam ser enfrentados como: acesso a inovação por grande parte das 
empresas da cadeia produtiva; foco nos agentes de produção; gerar condições 
satisfatórias para o desempenho das empresas; integração dos agentes particulares 
em torno da inovação e por parte dos agentes públicos; a intervenção na atividade de 
12 
 
construção com pesquisa e desenvolvimento do que ocorre em universidades e 
institutos de pesquisa. 
O caminho para mudar tal quadro passa necessariamente pela construção 
industrializada, com mão de obra qualificada, otimização dos custos mediante a 
contenção do desperdício de materiais, padronização, produção seriada e em escala, 
racionalização dos processos e cronogramas rígidos de planejamento e execução 
(FREITAS; CASTRO, 2006). 
Para que a construção se materialize, todas as etapas sejam elas de 
concepção, projeto cálculo, quantificação, obra, ocupação e manutenção, são 
pensadas e executadas em função dos seusmateriais constituintes, o que denota a 
sua importância e sua necessidade de compreende-la (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 
2003) 
Ribeiro, Pinto e Starling (2003) também afirmam que, o conhecimento dos 
materiais tanto características como as propriedades levam ao emprego adequado do 
mesmo além da possibilidade de inovações tecnológicas que tem sido fundamental 
na viabilidade de soluções mais sofisticadas ao longo da construção civil. 
Lima (2014) diz que a amplitude do mercado da construção civil possibilita a 
criação de novos produtos e tecnologias a todo o momento. Essa busca constante por 
diferentes soluções possibilita o desenvolvimento de vários materiais, muitas vezes 
oriundos de distintas matérias-primas, que possuem uma mesma função, mas com 
características diversas. 
Fernandez (2012) afirma que cerca de 50% a 70% da massa de resíduos 
sólidos urbanos são resíduos oriundos do setor de construção considerando o cenário 
nacional. Por esse e outros motivos, a todo momento é procurado formas de diminuir 
o índice de resíduos gerados. 
Por outro lado, mesmo com tantas novas tecnologias, muitas vezes a cultura e 
a segurança de manter processos construtivos sem grandes modificações impedem 
que novos materiais sejam empregados em grande escala (FERNANDEZ, 2012). 
Segundo Geraldo et al. (2017) afirma que a alvenaria estrutural se comparada 
a estrutura de concreto armado (sistema convencional) é mais viável para construção 
de empreendimento popular, tendo como vantagens a redução de custos de mão de 
obra, material e menor prazo de execução. 
13 
 
A alvenaria estrutural é uma solução viável, pois apresenta significativas 
vantagens se comparada ao processo tradicional de construção trazendo custos, 
prazo de execução e produção de resíduos inferiores (BARROS JUNIOR, 2017). 
O Light Steel Framing (LSF) se apresenta como sistema construtivo com 
grandes potenciais tecnológicos e produtivos, mas tem baixa adoção porque esbarra 
na falta de uma política de inovação que não é feita no setor, inibindo o crescimento 
das empresas em direção à competividade e condições de investimentos maiores 
(SOUZA, 2014). 
Em alguns países, há pleno conhecimento das vantagens proporcionadas pelo 
sistema LSF em aplicações, porém, é importante ressaltar que esse sistema 
construtivo precisa ser adequado ao local em que será utilizado. Assim, deve-se 
analisá-lo para sua aplicação no Brasil quanto ao clima, a ser viável economicamente 
e a ter compatibilidade com as condicionantes nacionais. 
Outros pontos importantes, são que o LSF garante um alívio nas fundações, 
dando a possibilidade de obter uma menor carga estrutural e uma ótima distribuição 
dos esforços, e que também colabora como um bom isolante térmico; que possui 
liberdade arquitetônica; facilidade na acomodação dos sistemas prediais, como 
instalações hidráulicas, elétricas e de gás; além de simples acesso para manutenção 
e gerar menor quantidade de resíduos na obra, o que o credencia como tecnologia de 
construção sustentável. 
Para Tullio e Otoni (2017), o LSF é uma excelente opção para a questão da 
habitação social no Brasil, por ser um sistema construtivo que exige uma fundação 
mais barata por ser leve e demandar menos tempo para sua edificação, ele permite 
uma produção em larga escala, realizando edificações de forma industrial e assim se 
torna uma interessante alternativa na execução de obras e construções de habitações 
populares que garantem infraestrutura para famílias carentes. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
A AEBC, já vem sendo empregada há certo tempo no mercado nacional 
brasileiro, começando primeiramente em construções de alto padrão e nos últimos 
anos sendo adotada para construções de habitações populares. 
Existem diversos fatores que justificam a grande utilização da AEBC, o primeiro 
a se considerar é a função além de vedar é de poder sustentar o peso da estrutura, 
outros fatores são: racionalização com maior produtividade e qualidade, redução do 
consumo de formas de madeira, aço e concreto nas obras, mais rapidez na 
construção, custo inferior em relação ao sistema convencional de vigas e pilares, 
treinamento fácil dos operários e maior organização no canteiro de obras. 
Já, o LSF como sistema construtivo é consolidado em um grande número de 
países desenvolvidos, mas ainda é pouco explorado aqui no Brasil, apesar de já ser 
empregado em construções comerciais e industriais, tem aos poucos entrado como 
alternativa na construção de residências de alto padrão e desta forma sua utilização 
tem ganhado espaço no mercado, tendo em vista as vantagens que podem ser obtidas 
com sua utilização em determinadas situações. 
Levando-se todos esses aspectos em consideração, o tema aqui abordado visa 
fazer um comparativo em uma residência padrão popular, do projeto arquitetônico, do 
custo por metro quadrado da construção e as vantagens e desvantagens do Sistema 
LSF com o Sistema de AEBC, mediante a necessidade de se utilizar métodos mais 
adequados e modernos na construção civil que possam atender à população, 
agredindo menos a natureza e trazendo a curto e longo prazo custos menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Fazer uma análise quantitativa e qualitativa entre a utilização do Sistema 
Construtivo em Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos em relação ao Sistema 
Construtivo em Light Steel Framing para execução de residência popular, 
identificando as semelhanças e diferenças entre os dois sistemas construtivos. 
 
3.2 Objetivos Específicos 
 
1. Comparar o projeto arquitetônico entre a Alvenaria Estrutural de Blocos 
Cerâmicos e o Light Steel Framing; 
2. Comparar os custos por metro quadrado da construção da residência em 
Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos e o Light Steel Framing; 
3. Apontar as Vantagens e Desvantagens entre a Alvenaria Estrutural de 
Blocos Cerâmicos e o Light Steel Framing. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
4.1 Brasil e a Questão Habitacional 
 
Monteiro e Veras (2017) consideram a questão habitacional no Brasil como um 
dos principais problemas urbanos atuais que atingem principalmente as populações 
menos favorecidas. Os autores salientam ainda, que o problema da moradia no Brasil 
é decorrente do crescimento das cidades sem um planejamento urbano, que é 
influenciado por fatores como: a taxa de crescimento da população, a renda da 
população, o preço da habitação, o acesso ou não a financiamentos e as políticas 
públicas habitacionais. 
O déficit habitacional permeia mais como uma questão socioeconômica relativa 
à condição financeira da população, sugerindo que a política habitacional brasileira é 
inócua, ou seja, que não atinge os resultados esperados devido aos mecanismos 
mercadológicos (financiamentos onerosos, juros, capitalização) adotados e que 
agravam o problema concentrando a aquisição de imóveis a poucos e privando outros 
que mais precisam (DA CUNHA E SILVA, 2018). 
Atualmente o déficit habitacional brasileiro é um dos maiores problemas 
encontrados em todas as regiões do país. Mais de seis milhões de habitações são 
necessárias para atender a demanda crescente por moradias (FUNDAÇÃO JOÃO 
PINHEIRO, 2017). 
Ramos e Noia (2016) afirmam que um programa de escala nacional como o 
Programa Minha Casa, Minha Vida apresentou avanços institucionais quanto ao 
problema habitacional do país, sendo ele, uma iniciativa concreta de intervenção 
efetiva do estado e conseguir auxiliar na melhoraria das condições de vida de parte 
da população mais carente. O PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA – PMCMV 
foi criado em 2009 pelo governo brasileiro e tem como “finalidade criar mecanismos 
de incentivo à produção e aquisição de novas unidades habitacionais ou 
requalificação de imóveis urbanos e produção ou reforma de famílias rurais” (Art. 1º, 
LEI N 12.424/2011.)Segundo o Ministério das Cidades (p. 72, 2010) “o PlanHab adotou uma 
projeção de necessidade global de cerca de 35 milhões de unidades de moradias no 
período de 15 anos”. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.424-2011?OpenDocument
17 
 
O PlanHab (Plano Nacional de Habitação) fez esse dimensionamento com base 
na formação de novas famílias previstas no período de 2007 a 2023, também levando 
em conta a inadequação urbana e o déficit acumulado (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 
2010). 
Santiago, Rodrigues e de Oliveira (2010) afirmam que somente sistemas 
convencionais não são capazes de atender as demandas de moradias sendo 
necessária a utilização dos sistemas industrializados de construção como alternativa 
para se atingirem as metas do PlanHab. 
Segundo Silva e Silva (2004), o emprego da alvenaria tradicional não é a 
solução mais apropriada, principalmente nas situações em que a velocidade da 
execução das vedações verticais seja um fator crítico na construção de edifícios. 
Empresas que buscam ganhos de produtividade e diminuição de perdas para serem 
competitivas no mercado precisam necessariamente investir na racionalização da 
produção das vedações verticais. 
 
4.2 Os Sistemas Construtivos 
 
4.2.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos 
 
Segundo Tauil e Nese (2010), a alvenaria pode ser compreendida como sendo 
uma coleção de peças coladas e justapostas unidas por argamassa, formando um 
elemento vertical coeso, tais quais, geram os vãos das vedações nas construções, 
comumente conhecidas como paredes. 
Os mesmos autores ainda afirmam que o uso da alvenaria na construção é para 
proteger o ambiente interno de intempéries naturais como sol, chuva e vento. Além do 
mais, trazer e manter o conforto térmico e acústico aos usuários do empreendimento, 
resistindo a impactos e promovendo a segurança. 
Os elementos que constituem a união destas vedações podem ser de qualquer 
material que rearranjado, com a união entre si, que dê garantia de estabilidade e 
vedação à parede construtiva. Tijolo de blocos de vários tipos, sendo os mais 
encontrados de concreto e cerâmico, sendo estes os materiais mais empregados 
atualmente na alvenaria, mas, pedras também foram muito empregadas nas 
construções do século XIX. (CARVALHO, 2008) 
18 
 
Carvalho (2008) também cita que nessa época, as pedras, assim como os 
blocos foram utilizados em larga escala na construção em substituição a madeira que 
em determinada época se tornou escassa em razão do aumento da população e 
principalmente em atenção a outro fator; a combustão. A madeira é conhecida por ser 
um elemento que propaga facilmente o fogo e à época, gerava grandes transtornos, 
já que na maioria das casas utilizavam-se velas, por isso a população buscou por 
meios mais seguros para as próximas construções. 
Segundo Rauber (2005) a alvenaria estrutural pode ser interpretada como 
sendo uma estrutura de alvenaria laminar, seu dimensionamento baseia-se nos 
métodos racionais de cálculo que tem por finalidade suportar cargas e seu próprio 
peso, levando em consideração que seu peso é proporcional à sua resistência, sendo 
mais pesado que o comum. A alvenaria estrutural pode utilizar blocos tanto de 
concreto quanto de blocos cerâmicos. 
O método construtivo em alvenaria estrutural pode ser caracterizado por utilizar 
as próprias paredes como estrutura de suporte da construção, isto sendo 
dimensionado através de cálculo racional (FRANCO, 2004). 
Rauber (2005) salienta que essa alvenaria por ser de paredes portantes que 
realizam duas funções em uma só, que são: a função de vedar e de estruturar, ou seja 
suportar as cargas que lhe são aplicadas manter a funcionalidade de uma alvenaria 
convencional. Na figura 1, se vê a elevação das paredes de AEBC. 
 
 Figura 1 – Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
19 
 
Conforme Rauber (2005), neste sistema de alvenaria, há uma troca de pilares 
e vigas, utilizados na alvenaria convencional, pelas próprias paredes da estrutura na 
alvenaria estrutural, já que são autoportantes, ou seja, suporta por si só seu próprio 
peso e demais cargas adicionais, desde que compatíveis com sua capacidade de 
resistência, além de seu próprio peso, tal estudo deve ser previsto na fase de projeto 
da edifício. 
A característica principal deste método é a função que desempenha, possuindo 
duas funções com um único elemento, que é a parede, sendo esta, responsável por 
resistir e vedar ao mesmo tempo. Rauber (2005). 
Segundo Machado (1999), a alvenaria possui facilidades executivas devido a 
consequência de técnicas executivas simples, materiais empregados na obra que 
podem ser considerados simples e quantidades reduzidas, exigência de mão de obra 
não tão especializada, uma vez que o sistema é uma montagem de peças e dinâmica 
executiva que flui com outros subsistemas da construção. 
De acordo com o mesmo autor existem características próprias dentro do 
própria sistema de alvenaria estrutural, variando de acordo e com sua utilização e 
formas: 
 
1. Alvenaria Armada: reforços estruturais com passagens de ferragens nos 
blocos vazados com preenchimento de graute e juntas horizontais; 
 
2. Alvenaria Não Armada: Barras de aço nas vergas e contra vergas, 
amarrações em paredes laterais e aberturas, bem como nas canaletas de 
cintamento; 
 
3. Alvenaria Parcialmente Armada: partes de paredes com ferragens para 
resistir a esforços já previstos, armaduras como paredes construtivas ou de 
amarração, demais paredes consideradas não armadas; 
 
4. Alvenaria Protendida: Utiliza-se peças pré-tracionadas que submete 
alvenaria a esforços de compressão. 
 
A elaboração do projeto estrutural segue normas e procedimentos específicos 
para a alvenaria estrutural, suas concepções não se aplicam a outro método e nem 
20 
 
se utiliza o método de outro modelo construtivo que não a alvenaria estrutural. 
(MACHADO ,1999). 
Em 2003, esse método construtivo era citado em revistas de construção civil 
porque é um método que diminuí ou nem se utiliza de formas, armações e 
revestimentos, seu custo efetivo se torna menor quando comparado a outros sistemas 
e, por isso, foi apontado com um dos mais adequados a ser utilizado no Brasil em 
virtude do déficit habitacional do país, principalmente no segmento popular 
(NAKAMURA, 2003). A figura 2 apresenta a obra em AEBC com as paredes 
levantadas e a laje concretada. 
 
 Figura 2 – Vista externa da residência em AEBC 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
4.2.2 Light Steel Framing 
 
O Sistema construtivo LSF surgiu nos Estados Unidos na década de 40, 
apoiado sobre o grande desenvolvimento da indústria do aço no contexto do pós-
guerra (BERTOLINI, 2013). 
O LSF se baseia no sistema Wood Framing. Este último teve origem no século 
19, pois era necessário um método de construção rápido devido ao crescimento da 
população americana. Mesmo sendo o método mais usado para a construção de 
casas americanas nesta época, posteriormente esse método ficou ultrapassado, já 
que a madeira não era de fácil acesso devido à quantidade que era necessária. Então 
foi desenvolvido o método LSF, que consiste no mesmo padrão, porém tem como 
21 
 
sustentação perfis de aço galvanizado, sendo mais interessante tanto na parte 
econômica quanto no poder de resistência (VIVAN, 2016). 
Uma das principais vantagens seria a resistência ao calor em casos de 
incêndio e no modo prático da montagem. Então o Light Steel Framing foi expandido 
para muitos outros países (VIVAN, 2016). 
 A característica principal de um sistema Light Steel Frame está voltada para a 
durabilidade, manutenção e adequação ambiental. O conceito durabilidade é o tempo 
contado a partir da construção da edificação, até o momento em que deixa de cumprir 
as funçõesatribuída a construção. A manutenibilidade é a capacidade de o edifício 
permitir manutenção ou inspeções prediais previstas em resolução de segurança 
(SOUZA, 2014). 
A construção em aço, especialmente em Light Steel Framing, é flexível e 
viabiliza inúmeros projetos arquitetônicos desde que respeite o projeto e o 
comportamento do sistema (FERREIRA JUNIOR,2015). Na figura 3 se vê os perfis de 
aço de guias e montantes que são a estrutura do LSF. 
 
 Figura 3 – Estrutura de uma residência em LSF 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
O aço, é um material de comprovada resistência e o alto controle de qualidade 
na produção de matéria-prima quanto de seus produtos permitindo uma maior 
precisão dimensional e melhor desempenho da estrutura (CAMPOS, 2014). 
22 
 
Ferreira Junior (2015) diz que o sistema Light Steel Framing é capaz de integrar 
todos os componentes necessários à construção de uma edificação, formada por 
perfis de aço galvanizado formado a frio. O mesmo autor, ainda afirma que o LSF é 
considerado ecologicamente correto e seu tempo de durabilidade ultrapassa 300 
anos. 
Ele atende à norma da ABNT NBR 15575:2013 (ABNT, 2013) que abrange 
desde mão de obra especializada até resistência específica dos perfis estruturais de 
aço galvanizado com proteção anticorrosiva (FERREIRA JUNIOR, 2015). 
 Campos (2014) afirma que o processo construtivo em LSF se conclui em 
tempo muito rápido, uma vez que o canteiro de obras se transforma em local de 
montagem das peças e perfis de aço galvanizado. 
 No final da década de 90, com o setor cada vez mais favorável à introdução de 
novas tecnologias e estimulado pela aceitação do drywall, algumas construtoras 
brasileiras começaram a importar dos Estados Unidos kits pré-fabricados em Light 
Steel Framing para a montagem de casas residenciais (MARCOS,2015). 
O LSF tem sido usado em todas as partes do país em escolas e condomínios, 
sendo elogiados por ser uma construção rápida, limpa; outra característica desse 
sistema é as peças da estrutura já vem separadas e marcadas com o respectivo 
tamanho facilitando a montagem e a mão de obra deve ser especializada (FERREIRA 
JUNIOR, 2015). Na figura 4 se vê a parte externa da residência em LSF. 
 
 Figura 4 – Vista externa da residência em LSF 
 
 Fonte: Autores, 2018 
23 
 
4.3 Normas Brasileiras 
 
O uso de normas torna se imprescindível quando o objetivo é padronizar, 
regular e estabelecer padrões com finalidades de excelência no produto final. De 
acordo com Sabbatini (1984), para o êxito em um processo construtivo inovador e em 
larga escala passa a ser necessário a observação de normas e procedimentos 
pertinentes. 
 
4.3.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos 
 
Algumas das normas brasileiras que direcionam a utilizam de Blocos 
Cerâmicos Estruturais em construção são: 
 
ABNT NBR 15812-1:2010 Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos 
Parte 1: Projetos 
ABNT NBR 15812-2:2010 Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos 
Parte 2: Execução e controle de obras 
ABNT NBR 15812-3:2017 Alvenaria estrutural - Blocos cerâmicos 
Parte 3: Métodos de ensaio. 
ABNT NBR 15270-1:2017Componentes cerâmicos - Blocos e tijolos para 
alvenaria Parte 1: Requisitos. 
ABNT NBR 15270-2:2017 Componentes cerâmicos - Blocos e tijolos para 
alvenaria Parte 2: Métodos de ensaios. 
 
4.3.2 Light Steel Framing 
 
No Brasil, as normas que são utilizadas para o desenvolvimento do método 
construtivo em LSF são: 
 
ABNT NBR 14762 (ABNT, 2010) - Dimensionamento de estruturas de aço 
constituídas por perfis formados a frio; 
ABNT NBR 8800 (ABNT, 2008) - Projeto de estruturas de aço e de estruturas 
mistas de aço e concreto de edifícios; 
24 
 
ABNT NBR 6355 (ABNT, 2012) - Perfis estruturais de aço formados a frio — 
Padronização; 
ABNT NBR 15279 (ABNT,2005) - Perfis estruturais de aço soldados por alta 
frequência (eletrofusão) - Perfis I, H e T – Requisitos. 
 
4.4 Projetos 
 
Antes de qualquer construção, deve haver um planejamento que parte desde 
sua localização até a utilização do imóvel. Um bom planejamento envolve todos os 
aspectos da construção, partindo de um projeto onde devem ser estudados e 
verificados todos os requisitos necessários à construção, como o projeto estrutural, 
arquitetônico, elétrico, esgoto e hidráulico (CAMPOS, 2014). 
É crucial que essas partes do projeto estejam interligadas para não ocorrer de 
serem sobrepostas e haver futuros problemas na execução. Hoje no país, tem-se 
buscado softwares e métodos inovadores para estabelecer maior segurança no 
projeto, proporcionando maior qualidade na execução da obra que nele será baseado, 
evitando assim as adaptações que precisam ser feitas no momento da construção e 
também diminuir a quantidade de resíduos que são geradas pela obra (KUHN, 2017). 
 Aqui no Brasil, porém, ainda é muito frequente que obras de menor porte 
tenham como projeto apenas uma planta baixa, que é mais utilizado como documento 
de aprovação na prefeitura do que para a própria execução. Assim não ocorre a 
ligação de projeto e execução como deve acontecer (CAMPOS, 2014). 
 
4.4.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos 
 
MACHADO (2014) diz que quando se adota o sistema construtivo em AEBC, 
se faz necessário a elaboração de estudos preliminares em relação as características 
que terá o imóvel. Com esse estudo, deve ser definido qual será a tipologia do bloco 
que será utilizado. Existem uma variedade de blocos cerâmicos estruturais de acordo 
com suas dimensões e características que devem atender os requisitos de 
consuntibilidade, de acordo com a norma ABNT NBR 15270-1 (ABNT, 2017). Os 
blocos cerâmicos chegam a ser 40% mais leves do que os bloco de concreto, fazendo 
com que seja mais fácil de trabalhar. Aplicado em uma alvenaria oferecem além de 
resistência estrutural, durabilidade quando em exposição de umidade e variações de 
25 
 
temperatura, apresenta isolamento térmico e acústico. Na Tabela 1 são apresentados 
os tipos de bloco conforme a norma de acordo com suas dimensões e modo de 
amarração. 
 
Tabela 1 – Dimensões de blocos cerâmicos estruturais 
Dimensões L x H x C Dimensões de fabricação cm 
Módulo dimensional M = 
10cm 
Largura 
(L) 
Altura (H) Comprimento C 
Bloco 
principal 
½ Bloco Amarração 
(L) 
Amarração 
(T) 
(5/4)M x (5/4)M x (5/2)M 11,5 11,5 24 11,5 
 
- 36,5 
(5/4)M x (2)M x (5/2)M 19 24 11,5 
 
- 36,5 
(5/4)M x (2)M x (3)M 29 14 26,5 41,5 
(5/4)M x (2)M x (4)M 39 19 31,5 51,5 
(3/2)M x (2)M x (3)M 14 19 29 14 - 44 
(3/2)M x (2)M x (4)M 39 19 34 54 
(2)M x (2)M x (3)M 19 19 29 14 - 49 
(2)M x (2)M x (4)M 39 19 34 59 
Bloco L – bloco para amarração em paredes L. 
Bloco T – bloco para amarração em paredes T. 
Fonte: ABNT NBR 15270-1, 2005 (Modificada) 
 
Para Machado (2014) é no planejamento que deve ser estudado a modulação 
ideal para a construção e assim realizar a escolha dos blocos ideais para o uso. Além 
de diferenciados pelas dimensões os blocos cerâmicos também são diferenciados 
pelos tipos de blocos. Os tipos de blocos cerâmicos mias usados seguem na figura 5. 
 
 Figura 5 – Tipos de blocos cerâmicos 
 
 
 Fonte: COSTA, S. Blocos cerâmicos, 2011 (Modificada) 
26 
 
A figura 6 apresenta as funções desempenhadas pelos tipos diferentes de 
blocos cerâmicos na estrutura. 
 
 Figura 6 – Tipos de blocos cerâmicos e suas utilizações 
 
 Fonte: COSTA, S. Blocos cerâmicos, 2011 (Modificada) 
 
 
Conforme pode ser observado na figura 6, há diferentes tipos de blocos que 
são utilizados numa construção, seguindo a legenda na imagem se identificam: 
 
1. A - Bloco canaleta tipo “U” para a cinta de amarração; 
2. B - Bloco para passagem de conduítes elétricos; 
3. C - Bloco vazado para passagem de tubulações hidráulicas; 
4. D - Bloco canaleta tipo “U” para contraverga, também utilizado paraverga; 
5. E - Bloco canaleta tipo “J” para cinta de respaldo 
 
27 
 
4.4.2 Light Steel Framing 
 
No sistema Light Steel Framing (LSF), o projeto ganha ainda mais importância 
visto que a execução é voltada diretamente para a montagem de perfis estruturais, 
sendo assim, necessário um projeto detalhado da montagem desses perfis para 
facilitar a execução da obra (KUHN,2017). 
Na execução de uma construção com LSF consegue-se obter grande precisão 
e controle nas informações que são geradas no momento do projeto. Isso se dá 
porque os materiais são industrializados e padronizados e desta forma o projetista 
pode escolher o perfil adequado do aço galvanizado e definir a quantidade necessária 
de aço que será utilizada. Na escolha do material o projetista tem o respaldo do 
fabricante que já fornece as informações do perfil (CAMPOS,2014). Na Tabela 2 são 
apresentados os tipos de perfis utilizados: 
 
 Tabela 2 – Perfis utilizados no sistema LSF 
Série Seção transversal Designação 
 
Cantoneira 
de abas 
iguais 
 
 
 
L bf x t 
 
Ex: L 50 x 3,00 
 
 
U simples 
 
 
 
U bw x bf x t 
 
Ex: U 150 x 50 x 2,65 
 
 
U enrijecido 
 
 
Ue bw x bf x D x t 
 
Ex: Ue 150 x 60 x 20 
x 2,65 
 
 
Z enrijecido 
a 90o 
 
 
Z90 bw x bf x D x t 
 
Ex: Z90 200 x 75 x 20 
x 2,25 
 
Z enrijecido 
a 45o 
 
 
Z45 bw x bf x D x t 
 
Ex: Z45 200 x 75 x 20 
x 2,25 
 Fonte: ABNT NBR 6355, 2012 (Modificada) 
 
Na Tabela 2 são mostrados de acordo com a norma ABNT NBR 6355 (ABNT, 
2012) os perfis que são utilizados para o LSF e suas características (ABNT,2012). 
28 
 
Além de poder obter maior controle nos materiais, tanto em termos quantitativos 
como em termos de qual perfil adotar de acordo com o fabricante, a partir do projeto 
pode ser definido com maior convicção, também o tempo de execução da obra. Isto 
porque o LSF, é um sistema construtivo “seco”, que é voltado principalmente à 
montagem das estruturas, e com isso se obtém maior agilidade e noção de tempo no 
momento do planejamento da execução da obra. E por ser este processo de 
montagem com materiais padronizados que seguem uma ordem de medida 
milimétrica, a montagem consequentemente tem mais precisão, o que pode ser 
previsto no projeto (KUHN,2017). 
Para um projeto arquitetônico de um LSF, não existem restrições estéticas além 
das restrições estruturais que outros métodos construtivos também apresentam. 
Existe grande liberdade para desenvolver o projeto, sem ter que sofrer alguma 
adaptação, a não ser que o projeto arquitetônico tenha sido inicialmente desenvolvido 
para outros sistemas construtivos. Neste caso quando tal projeto arquitetônico for 
realizados para o LSF, pode haver alguns ajustes. A compatibilização dos projetos é 
importante, pois garantem que os perfis galvanizados sejam entregues pelo 
fornecedor com as furações que serão utilizadas como passagens de conduítes de 
fios elétricos assim como tubulações hidráulicas (VALIM,2014). Na figura 7 se vê a 
passagem dos conduítes pela estrutura de LSF. 
 
 Figura 7 – Passagem de conduítes pela estrutura do LSF 
 
 Fonte: SOLARA Engenharia, 2016. 
29 
 
4.5 Fundações 
 
Segundo DAS (2007), de maneira geral podemos definir a parte inferior de uma 
estrutura como fundação, sendo sua função transferir a carga recebida por toda 
estrutura para o solo sem sobrecarregá-lo. O excesso de carga aplicada no solo, pode 
ser extremamente perigoso, resultando em recalques excessivos ou até mesmo na 
ruptura por cisalhamento do solo, o que danificará toda a estrutura da construção. 
Assim é crucial que engenheiros geotécnicos e estruturais que projetam fundações 
avaliem sempre a capacidade de carga dos solos. 
Dessa forma de acordo com a estrutura e tipo de solo, vários tipos de fundações 
poderão ser utilizadas, sendo as fundações classificadas em dois tipos, as fundações 
profundas, sendo aquelas as quais terão profundidade maior duas vezes sua menor 
dimensão em planta e as fundações rasas, as quais terão profundidade menor que 
duas vezes a sua menor dimensão (DAS, 2007). 
Borges (2012) salienta que na classe de fundações superficiais sapatas e 
radiers são as soluções mais econômicas, mas que estas devem satisfazer 
tecnicamente a construção, analisando-se as características do subsolo, a tipologia 
da edificação, as cargas que serão descarregadas no solo e a capacidade de carga 
necessária ao elemento de fundação. Na figura 8 se vê o radier concretado na obra 
de AEBC. 
 
 Figura 8 – Radier da obra de AEBC 
 
 Fonte: Autores, 2018. 
 
30 
 
Assim, para casos onde a capacidade de suporte do terreno para fundações 
rasas é de qualidade razoável, o radier estaqueado pode ser uma alternativa, pois 
trata-se de uma fundação mista e poderá conseguir trazer a estabilidade necessária 
para a fundação, evitando o uso de uma fundação mais cara. Porém caso está solução 
não seja suficiente, outras alternativas deverão ser buscadas, como o uso de 
fundações profundas (BURLAND e BROMS, 1977). 
Edificações em LSF não necessitam de grandes fundações, como ocorre em 
algumas obras tradicionais, já que os painéis estruturais do LSF distribuem as cargas 
uniformemente, porém pode ser adotada qualquer tipo de fundação profunda se 
necessário, com base nas cargas que serão aplicadas no mesmo, sendo 
indispensável o uso de uma fundação contínua que atenda toda a extensão dos 
painéis estruturais. Uma fundação bastante comum e de grande eficiência para o LSF 
é o radier, tendo em vista que o radier é uma fundação superficial a qual irá ser 
executada em toda área que compreende a construção, recebendo as cargas da 
edificação e transferindo-as ao solo onde o radier se apoia (CARVALHO; PINHEIRO, 
2009). 
O esquema básico de ligação do painel estrutural com o radier, onde o radier 
em seu contorno deve ter um desnível para garantir que o painel fique protegido da 
umidade e a calçada deve ser executada de maneira a permitir o escoamento de 
águas pluviais (FREITAS; CRASTO, 2006). Na figura 9 pode ser observado o 
esquema de anconragem do LSF. 
 
 Figura 9 – Esquema de ancoragem LSF em fundação tipo radier 
 
 Fonte: Autores, 2018. 
31 
 
O radier se mostra mais adequado para o sistema de LSF, tendo em vista que 
ele permite a antecipação de algumas etapas construtivas, evitando imprevistos, 
retrabalhos e compatibilizando os sistemas, em ambas fundações os painéis de LSF, 
deverão ser fixados na fundação para se evitar a movimentação da estrutura, por 
ações externas, como o vento por exemplo. (TERNI; SANTIAGO; PIANHERI, 2008). 
 
4.6 Paredes Estruturais 
 
4.6.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos 
 
As paredes de alvenaria estrutural têm como seus principais componentes os 
blocos, argamassa, graute e as armaduras. Sendo os blocos os principais 
responsáveis pela caracterização da resistência da estrutura, de acordo com sua 
composição (RAMALHO; CORRÊA, 2003). 
Para a execução de uma edificação em alvenaria estrutural a primeira definição 
a ser feita é a escolha do tipo de bloco que irá compor a alvenaria. Nessa escolha 
deve se considerar todas as características dos materiais e produtos existentes no 
mercado onde será executada a edificação, com intenção de se tomar uma decisão 
segura, econômica e que se possa garantir o conforto adequado à finalidade que se 
destina (ACCETTI, 1998). 
Segundo Acetti (1998) existem no Brasil os blocos cerâmicos, os blocos de 
concreto, os blocos sílico-calcários, os blocos de concreto celular, com as mais 
variadas dimensões e resistências. Entre estes os que mais se destacam são os 
blocos cerâmicos e os blocos de concreto. 
O bloco cerâmico tem como vantagem ser mais leve que o de concreto, 
facilitando com isso a sua trabalhabilidadena obra. Por conta disso, é possível que o 
pedreiro segure com apenas uma das mãos o bloco e assim ter mais agilidade no 
assentamento, aumentando o ritmo de produção. Outro fator, que o bloco cerâmico 
também tem menor carga incidindo sobre a fundação, podendo gerar uma economia 
nesta fase da obra (ACCETTI, 1998). 
Dentro da alvenaria estrutural, temos suas paredes como principal elemento de 
estrutura, a qual deverá resistir às cargas solicitantes e transmiti-las para o elemento 
de fundação, como os pilares e vigas nas construções de concreto armado, aço ou 
madeira. Portanto a distribuição das paredes deve ser feita de maneira com que cada 
32 
 
uma delas atuem de forma a estabilizar a outra (SABBATINI, 1989). 
 
4.6.2 Light Steel Framing 
 
A estrutura de uma obra em LSF é formada pelos painéis estruturais e pelas 
lajes. Os perfis que formam os painéis estruturais são perfis formados a frio (PFF) e 
deverão ser modulados de acordo com o projeto (CAMPOS, 2014). 
Os painéis estruturais no LSF são basicamente as paredes estruturais na 
alvenaria estrutural. Eles absorvem esforços da edificação e os transferem para a 
fundação. Um painel estrutural em LSF é formado basicamente por dois componentes 
principais: as guias e os montantes (RODRIGUES, 2006). 
Na edificação de um projeto em Light Steel Framing, o perfil de estrutura fica 
acima de um radier para que sua carga seja distribuída sob o terreno, seu 
revestimento interno é feito na maioria das vezes por chapas de drywall que são 
placas de gesso e na área externa o revestimento é feito por placas cimentícias ou 
Oriented Strand Board (OSB) que são painéis de tiras de madeira orientadas, matéria 
derivado da madeira compostos por pequenas lascas de madeira orientadas em 
camadas cruzadas seguindo um determinada direção que conferem resistência 
mecânica, rigidez e estabilidade a estrutura (MARCOS, 2015). Na figura 10 é 
mostrado o fechamento externo das estruturas e revestimentos utilizados no LSF. 
 
 Figura 10 – Painel estrutural LSF e seus componentes 
 
 Fonte: Fastcon construção sustentável, 2015. 
33 
 
A etapa executiva é feita, basicamente, com a fixação estrutural das peças 
componentes do sistema, essa fixação ocorre por meio de parafusos ligando as peças 
(SILVA et al., 2014). 
Todas as guias unem-se aos montantes para que assim possa-se formar um 
painel estrutural (CAMPOS, 2014). Na figura 11 é mostrada a parede interna de LSF. 
 
 Figura 11 – Parede interna de LSF 
 
 Fonte: Fastcon construção sustentável, 2015. 
 
O Sistema LSF não se caracteriza apenas por sua estrutura. Ele se compõe 
por vários componentes e subsistemas, sendo o mesmo além do estrutural, de 
fundação, de isolamento termo acústico, de fechamento interno e externo, e 
instalações elétricas e hidráulicas (TORRES FILHO, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
4.7 Laje e Cobertura 
 
A laje tem como sua função básica receber as cargas de utilização da 
edificação, aplicadas nos pisos e transmití-las às alvenarias. As lajes deverão ter 
espessura mínima de acordo com projeto de tal maneira que limite suas deformações 
e também evite vibrações e ruídos que possam causar desconforto acústico para os 
usuários da construção (ARAÚJO, 2014). Na figura 12 se apresenta a concretagem 
da laje na obra de AEBC. 
 
 Figura 12 – Laje em execução AEBC 
 
 Fonte: Autores, 2018. 
 
As lajes no sistema construtivo em LSF são estruturas de piso responsáveis 
por suportar e transmitir para as guias e montantes as reações causadas por esforços 
de cargas permanentes e sobrecargas. A laje poderá também atuar como um 
contraventamento horizontal aumentado a rigidez estrutural (DIAS, 2006). 
Elas são constituídas de montantes paralelos e deveram possuir a mesma 
modulação do restante da estrutura da edificação para facilitar a transmissão de 
esforços, formando assim a estrutura do pavimento, em seguida utiliza-se um adesivo 
a base de poliuretano, manta asfáltica ou banda acústica para evitar problemas 
acústicos, entre o aço dos perfis e as placas de OSB que servem de elemento 
horizontal da laje (CAMPOS, 2014). 
Outro detalhe importante que deve ser analisado durante o projeto estrutural 
da laje é a necessidade de perfurações adicionais para a passagem de tubulações, 
35 
 
tendo em vista que alguns perfis já possuem perfurações originais de fabricação. 
(CRASTO, 2005). Na figura 13 é apresentado um exemplo de composição de uma 
laje em LSF: 
 
 Figura 13 – Laje em Light Steel Framing e suas composições 
 
 Fonte: Fastcon construção sustentável, 2015. 
 
Para as coberturas para AEBC existem diversos produtos para sua execução 
dentro do mercado da construção civil como: telhas cerâmicas, telhas de concreto, 
telhas fibrocimento, telhas de vidro e as telhas ecológicas onde cada vez mais está 
ganhando seu espaço no mercado, devido ao seu papel ambiental (SCHMIDT, 2009). 
A figura 14 apresenta a cobertura em estrutura metálica da obra em AEBC. 
 
 Figura 14 – Cobertura em estrutura metálica da obra em AEBC 
 
 Fonte: Autores, 2018. 
36 
 
Para o sistema LSF a estrutura da cobertura pode ser considerada como uma 
estrutura de cobertura convencional porque possui as mesmas características 
estruturais. Nela podem ser utilizadas qualquer tipo de telha, a utilização de calhas e 
rufos para o escoamento de água também deve ser considerado. É uma estrutura 
mais leve do que a estrutura convencional de madeira. As tesouras formadas pelos 
perfis metálicos são pré-fabricadas (PRUDÊNCIO,2013). 
A cobertura em LSF deve atender às três condições basicamente: a vedação, 
ou seja, uma espécie de capa protetora, que na maioria dos casos é a telha (cerâmica, 
aço, shingle), suporte de armação para sustentar a telha que ficará acima do piso de 
separação da laje. E por último os canais de escoamento das chuvas, calha, inclinação 
do telhado e demais itens (SANTIAGO, 2008). Na figura 15 se vê os perfis montados 
da estrutura de cobertura em LSF. 
 
 Figura 15 – Cobertura em LSF 
 
 Fonte: Fastcon construção sustentável, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
5 METODOLOGIA 
 
O trabalho foi organizado e subdivide-se em etapas: Revisão Bibliográfica, 
visita técnica em obra em construção de AEBC, adaptação de projeto residencial 
popular em AEBC para o LSF, visita técnica em obra em construção de LSF, 
comparação dos projetos, dos preços por metro quadrado e as vantagens e 
desvantagens de cada sistema construtivo. 
Na primeira etapa os autores fizeram a Revisão Bibliográfica sobre a questão 
habitacional do Brasil e sobre os Sistemas Construtivos de AEBC e LSF, apontando 
as características próprias de cada sistema. 
Na segunda etapa foi feita visita técnica no dia 12 de maio de 2018, 
acompanhada por um dos encarregados da construção. O sistema construtivo 
adotado nessa obra foi o de AEBC e fundação em radier, essa particularidade facilitou 
a comparação com o LSF por conta de ser uma fundação muito usual nesse sistema 
construtivo, dessa forma, foi desenhado o projeto arquitetônico da residência popular 
em AEBC com área de 48,81 m² de construção, que é parte do objeto do trabalho do 
grupo. O projeto arquitetônico foi desenhado exatamente como visto em campo e com 
os detalhes do projeto original que nos foi apresentado na visita na obra, com isso se 
garantiu a utilização dos mesmos parâmetros para comparação. Nesse trabalho, essa 
obra ficará denominada de Obra 1 da Construtora A. 
O projeto em AEBC, serviu de base para a confecção do projeto adaptado para 
LSF, a partir do projeto arquitetônico deste empreendimento da ConstrutoraA. 
A disposição dos cômodos e sua área externa permanecerá idêntica para 
ambos os sistemas construtivos adotados nesse estudo de caso, tanto o de AEBC 
como de LSF. 
A terceira etapa foi a concepção do projeto em LSF e baseada no projeto 
arquitetônico da residência popular com 48,81m² de construção, adotando-se o 
mesmo tipo de fundação que a construtora, em radier. 
Para o melhor desenvolvimento do projeto em LSF, na quarta etapa foi 
realizada no dia 17 de agosto de 2018 uma visita técnica numa construção de 
residencial particular em execução em LSF com fundação superficial em radier. A 
visita técnica foi acompanhada pelo Engenheiro responsável que mostrou todo o 
processo adotado, onde se pôde ver na prática a utilização do sistema LSF. Fica aqui 
denominada essa construção em LSF de Obra 2, da Construtora B. 
38 
 
Como quinta etapa foram consultadas duas construtoras, que nesse trabalho 
ficam denominadas de Construtora C, especialista em AEBC e a Construtora D 
especialista em LSF, que nos forneceram um preço de custo aproximado e estimado 
pela experiência das mesmas de forma geral e direta, sem uma avaliação mais 
minuciosa onde se considerariam todas as variáveis usadas para formulação de um 
preço final por metro quadrado construído de cada sistema e se levando em 
consideração a construção de uma única residência. As construtoras também nos 
informaram que os preços podem variar em decorrência de diversos outros fatores e 
variáveis que são consideradas no momento do planejamento de projeto e 
principalmente em relação à quantidade de unidades residenciais a serem construídas 
podem reduzir consideravelmente os custos unitários de construção. 
Como última etapa, foram elencadas alguns itens comuns entre os dois 
sistemas construtivos e para fins de ter uma forma de mensurar qual seria o melhor 
sistema a ser utilizado, foi determinado valor 2 (dois) para o item que o sistema 
construtivo ficava com vantagem em relação ao outro e valor 0 (zero) para o item o 
qual o sistema ficava em desvantagem. Dessa forma foi possível a partir da somatória 
e das justificativas para aquela atribuição de valor, definir qual sistema é o mais 
adequado nesse estudo para construção de residências popular. 
O presente trabalho apresenta como limitação a questão da adaptação do 
projeto de AEBC para LSF que foi realizado pelos próprios autores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
6.1 Projeto Arquitetônico 
 
O projeto arquitetônico, que serviu como base de estudos para a pesquisa dos 
métodos construtivos de AEBC e o LSF, foi elaborada com as mesmas dimensões da 
Obra 1 da Construtora A, onde foi utilizado o método construtivo em AEBC. A opção 
por este modelo de projeto vai ao encontro da abordagem principal desse trabalho, 
que é fazer o estudo comparativo entre os dois sistemas construtivos, baseados nos 
modelos de casas populares. 
Também, de maneira a atingir o máximo de realidade possível em relação à 
região, apresentando um ambiente suficientemente capaz de suprir as necessidades 
de uma família típica de 4 pessoas e atendendo aos preceitos que as normas da área 
recomendam: A planta residencial possui 48,81 m² de área construída. 
 
6.1.1 Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos 
 
Como o projeto original em estudo já é para o sistema AEBC, abaixo seguem 
os dados originais que foram colhidos na visita técnica a obra. Os desenhos do projeto 
original não foram fornecidos pela construtora A, mas, com os dados recolhidos em 
campo na visita na obra, foi possível ser feito o projeto pelos autores deste trabalho, 
com as áreas dos cômodos demonstradas a seguir: 
 
• Dois dormitórios, sendo um com área de 8,82 m² e outro com 8,38 m²; 
• Um banheiro com área de 4,30m², dispondo de espaço suficiente para box de 
chuveiro, bacia sanitária e lavatório; 
• Uma sala de jantar/estar de 11,48 m²; 
• Uma cozinha com 5,38 m²; 
• Uma área de serviço com de 3,02m²; 
• Área de circulação no corredor sala/quarto/banheiro de 1,27 m². 
Na somatória das áreas chegou-se a uma área útil (interna) total de 42,65m2. 
Na figura 16 é apresentada a planta em AEBC. A planta contém dois cortes que 
mostram outros detalhes da construção, o corte “AA” e o corte “BB”. 
40 
 
 Figura 16 – Projeto Arquitetônico para AEBC 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
O corte “AA” mostra detalhes como altura de algumas janelas, que também são 
apresentadas na planta baixa, porém, se pode observar de outros pontos a mesma 
informação. É mostrada altura das portas e também a altura do pé direito da 
41 
 
residência. Este corte foi feito sobre um dormitório, o banheiro e a sala de estar onde 
se visualiza a janela da cozinha. Pode ser observado que a parte do banheiro é 
mostrado toda a parte do azulejo por ser uma das áreas frias da residência. Também 
se tem alguns detalhes da estrutura mostrados na parte de cobertura da residência. 
Na figura 17 se vê o corte “AA”. 
 
 Figura 17 – Vista do Corte AA 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
No corte “BB”, na figura 18, é mostrado outras áreas da residência, 
contemplando cozinha e a sala de estar. Neste corte são apresentados alguns 
detalhes semelhantes ao corte “AA”, como partes frias azulejadas, algumas 
dimensões, detalhes da cobertura que já foram apresentadas no corte “AA”, porem 
em outras partes da residência. 
 
 Figura 18 – Vista do Corte BB 
 
 Fonte: Autores, 2018 
42 
 
Na figura 19 é apresentada a fachada da residência, onde são observados os 
posicionamentos das esquadrias (porta e janela), a calçada no entorno da casa e o 
telhado para a obra de AEBC. 
 
 Figura 19 – Fachada da residência 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
Na figura 20 se tem a vista da cobertura, com a indicação da inclinação de 30% 
do telhado, o tipo de telha a ser utilizado e como ficara a caída das águas de chuva 
tanto para a frente como para o fundo da residência. 
 
 Figura 20 – Vista da cobertura da residência 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
43 
 
6.1.2 Light Steel Framing 
 
Tendo os dados obtidos na visita da construção em Alvenaria Estrutural de 
Bloco Cerâmico foi feito a mesma planta com a intenção de adaptar o sistema AEBC 
para o sistema em Light Steel Framing deixando o imóvel o mais semelhante possível. 
O objetivo desta adaptação no desenho foi para facilitar a visualização para o estudo 
de cada sistema em si. 
É mostrado a locação dos montantes onde existe um alinhamento entre eles, 
visto um espaçamento de 50cm entre cada perfil, espaçamento adotado pela média 
entre 40cm e 60cm, que são as distancias mais usuais entre os construtores que 
utilizam este sistema. Neste desenho é mostrado também o “DETALHE A” que 
apresenta o detalhe de fixação por parafusos nos montantes e a espessura da parede 
de 95mm. Na figura 21 é apresentada a planta adaptada para LSF. 
 
 Figura 21 – Esquema de concepção estrutural do LSF 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
44 
 
Na figura 22 é apresentado o “DETALHE A”, mostrando a espessura final da 
parede de LSF com 95 mm (9,5cm) que é mais fina que a de AEBC com 20 cm, isso 
tudo devido aos perfis de aço utilizados no sistema. 
 
 Figura 22 – Detalhe A mostrando fixação dos montantes 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
A partir da adaptação realizada foram obtidas novas dimensões internas devido 
a diminuição da espessura das paredes. As áreas dos cômodos são demonstradas a 
seguir: 
 
• Dois dormitórios, sendo um com área de 9,25 m² e outro com 8,79 m²; 
• Um banheiro com área de 4,30m², dispondo de espaço suficiente para box de 
chuveiro, bacia sanitária e lavatório; 
• Uma sala de jantar/estar de 11,90 m²; 
• Uma cozinha com 5,85 m²; 
• Uma área de serviço com de 3,04m²;• Área de circulação no corredor sala/quarto/banheiro de 1,32 m² 
 
45 
 
Na somatória das áreas chegou-se a uma área útil (interna) total de 44,45m2. 
Na figura 23 é apresentada a planta em LSF. 
 
 Figura 23 – Planta em LSF 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
46 
 
Para o LSF vale destacar que é necessário que informações como fixação de 
móveis e eletrodomésticos sejam analisadas no projeto para possíveis instalações de 
reforços na parede. Sendo que caso seja necessário realizar futuras mudanças, o 
sistema construtivo LSF proporciona mais facilidade para alteração que o de AEBC. 
Na figura 24 é mostrado um exemplo de fixação, onde é fixado um painel com uma 
televisão. 
 
 Figura 24 – Fixação de televisão 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
Na figura 25 é apresentado o Detalhe “B” onde mostra-se o modo de fixação 
do painel. Vê-se que o reforço utilizado foi o acréscimo da placa OSB, sendo que a 
placa na sua utilização comum, é instalada apenas na parte externa da parede, mas 
47 
 
neste caso foi utilizada para enrijecer a parede dando estrutura e condição para 
realizar a instalação de móveis. 
 
 Figura 25 – Detalhe da fixação 
 
 Fonte: Autores, 2018 
 
6.2 Custo das obras 
 
Em consulta a construtoras foi obtido o preço por metro quadrado de 
construção para cada obra conforme o projeto arquitetônico aqui apresentado. A 
construtora C especialista em construções de AEBC e a Construtora D especialista 
em LSF forneceram os seguintes preços dispostos na Tabela 3. 
 
 Tabela 3 – Orçamento por metro quadrado de AEBC x LSF 
DESCRIÇÃO AEBC LSF DIFERENÇA
PREÇO POR m² 2.048,00R$ 2.500,00R$ 452,00R$ 
RESIDÊNCIA DE 48,81m² 99.962,88R$ 122.025,00R$ 22.062,12R$ 
 Fonte: Autores, 2018 
 
Como pode ser observado na tabela 3, para a construção no Sistema 
Construtivo de AEBC foi conseguido preço por metro quadrado de R$ 2048, o que 
compreende o valor da execução de uma unidade de residência popular sem levar em 
conta a aquisição do terreno para a obra. 
Já para o Sistema Construtivo de LSF foi conseguido preço por metro quadrado 
de R$ 2500, o que compreende o valor da execução de uma unidade de residência 
popular sem levar em conta a aquisição do terreno para a obra. 
Como mensurado pelas construtoras consultadas, esses valores são uma 
estimativa geral de custos, tendo em vista que a obtenção de preços mais precisos 
48 
 
exigiria outras variáveis que somente pelo projeto arquitetônico não puderam ser 
levadas em conta. 
Dentre as variáveis apontadas pelas construtoras foi que quando se faz 
orçamento para construção de residências populares normalmente ele é feito para 
uma certa quantidade de casas e isso faz com que o preço por metro quadrado de 
cada residência venha a ser menor do que o apresentado. 
No caso desse trabalho, o preço estimado por metro quadrado de uma 
residência fornecido pelas construtoras, nos ajudou na análise e comparação entre os 
sistemas construtivos de AEBC e LSF. 
 
6.3 Vantagens e Desvantagens entre os Sistemas Construtivos 
 
No estudo dos sistemas construtivos e baseado nas visitas técnicas realizadas 
para este trabalho foi possível identificar uma série de vantagens e desvantagens na 
utilização da AEBC e do LSF. Na tabela 4 são elencados os itens com seus 
respectivos valores atribuídos para cada sistema construtivo conforme a legenda: 
 
a) Valor 0: Desvantagem 
b) Valor 2: Vantagem 
 
Tabela 4 – Vantagem e desvantagem entre os sistemas de AEBC e LSF 
ITEM DESCRIÇÃO AEBC (VALOR) LSF (VALOR)
A PROJETO ARQUITETÔNICO 2 0
B NORMAS BRASILEIRAS 2 0
C ÁREA ÚTIL DA RESIDÊNCIA 0 2
D CONSTRUTORAS 2 0
E FORNECEDORES DE MATERIAIS 2 0
F MÃO DE OBRA 2 0
G PREÇO POR M2 2 0
H TEMPO DE EXECUÇÃO 0 2
I LIMPEZA DO CANTEIRO DE OBRAS 0 2
J GERAÇÃO DE RESÍDUOS 0 2
K CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 0 2
L REFORMA E ADEQUAÇÃO 0 2
M
UTILIZAÇÃO NO BRASIL DO SISTEMA 
CONSTRUTIVO
2 0
14 12
VANTAGENS E DESVANTAGENS ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
SOMA DOS VALORES: 
Fonte: Autores, 2018 
 
49 
 
Analisando de forma individual o comparativo entre os itens para AEBC e LSF 
se compreende melhor o porquê dos valores atribuídos através das seguintes 
justificativas: 
 
A) PROJETO ARQUITETÔNICO: Para a AEBC já existem diversas normas 
brasileira que auxiliam na elaboração do projeto, o que facilita sua execução 
pelo projetista. No caso do LSF, ainda há poucos projetistas que trabalham 
com projetos de LSF, pelo fato de exigir maiores detalhamentos e em 
decorrência da ausência de Normas Brasileiras específicas para LSF. 
 
B) NORMAS BRASILEIRAS: As Normas Brasileiras para AEBC estão 
consolidadas e são usadas e atualizadas. Já, para LSF, Normas Brasileiras 
específica ainda estão em fase de desenvolvimento, sendo necessária a 
utilização de Normas de Estruturas Metálicas E Perfis Laminados a Frio. 
 
C) ÁREA UTIL DA RESIDÊNCIA: Existe uma perda maior de área útil para o 
AEBC, por conta da espessura das paredes devido ao dimensionamento 
dos blocos cerâmicos e os revestimentos que chegam a uma espessura 
final em torno de 20 cm, já nas paredes de LSF a espessura fica menor, em 
torno de 9,5cm (95mm) devido a largura dos perfis de aço utilizados, o que 
dá um ganho de área útil nos ambientes. 
 
D) CONSTRUTORAS: Existe mais construtoras especializadas e trabalhando 
com AEBC devido a este sistema estar bem consolidado no Brasil. No caso 
do LSF, há certa resistência e poucas construtoras que se especializam no 
sistema construtivo, normalmente são construtoras novas no mercado. 
 
E) FORNECEDORES DE MATERIAIS: O bloco estrutural cerâmico é mais fácil 
para ser comprado em lojas de materiais de construção ou encomendado 
para fábricas de blocos cerâmicos por conta de uma demanda maior para 
sua utilização na construção. No caso dos perfis de aço para LSF exigem 
uma procura maior, podendo ser encontrado com mais facilidade em lojas 
específicas que trabalham com esse sistema construtivo, no entanto essas 
lojas se encontram apenas em algumas cidades de maior porte. 
50 
 
 
F) Para execução de uma obra em AEBC é mais fácil encontrar o bloco 
cerâmico ainda encontra certa dificuldade para se adquirir blocos cerâmicos 
estruturais em qualquer casa de construção, no entanto, se comparado ao 
LSF é mais fácil comprar os blocos. Já, o LSF será encontrado com mais 
facilidade em casas de materiais especificas, normalmente voltadas para o 
sistema construtivo. 
 
G) MÃO DE OBRA: A AEBC apresenta treinamento fácil para mão de obra, 
pois se baseia no assentamento de blocos cerâmicos, facilmente 
encontram-se pedreiros para execução dos serviços. Para o LSF se tem 
mais dificuldade em encontrar pessoas especializadas para montagem das 
estruturas (montadores), o que exige treinamento específico dessa mão de 
obra. 
 
H) PREÇO POR M2: O preço para a AEBC foi mais baixo do que para o LSF, 
pois já é um sistema muito utilizado por construtoras para construções de 
conjuntos habitacionais. O LSF por apresentar algumas dificuldades como 
fornecimento de materiais e mão de obra, acabou tendo um custo maior. 
 
I) TEMPO DE EXECUÇÃO: A AEBC apresenta grande produtividade se 
comparada ao sistema tradicional, porém todos os processos executivos da 
construção precisam ser realizados no canteiro de obras, sendo assim, isso 
pode gerar atrasos, principalmente na ocorrência de chuvas. Para o LSF se 
ganha maior produtividade por conta de que a estrutura das paredes pode 
ser previamente produzida em um local de montagem separado e 
independente e só posteriormente serem levadas e instaladas na obra. 
 
J) LIMPEZA DO CANTEIRO DE OBRAS: A AEBC já possibilita um canteiro de 
obras mais limpo, porém, o LSF não se utiliza de cimento na elevação de 
suas paredes, tendo como resíduos apenas partes de aço e restos de 
alguns materiais, mas em proporção muito inferior ao queainda é gerado 
numa obra de AEBC. 
 
51 
 
K) GERAÇÃO DE RESIDUOS: O AEBC é um sistema que possui uma baixa 
geração de resíduos em comparação com o sistema convencional, por não 
se utilizar de formas de madeira e consumir menos argamassa. Já o LSF é 
um sistema que gera muito menos resíduos por ser um sistema não 
artesanal, também outra relevância é que se resíduo pode ser reciclado ou 
reutilizado quase em toda sua totalidade. 
 
L) CONSTRUÇÃO SUSTENTAVEL: Os dois sistemas são mais 
ecologicamente corretos do que o sistema convencional, sendo que, o LSF 
leva vantagem sobre AEBC por ser um sistema com baixo consumo de água 
e materiais que podem ser recicláveis. 
 
M) REFORMA E ADEQUAÇÃO: Os dois sistemas apresentam limitações 
nesse quesito, ainda que o LSF apresenta maiores possibilidade de locação 
de paredes sem comprometer a estrutura e sem desperdício de materiais. 
 
N) UTILIZAÇÃO NO BRASIL DO SISTEMA CONSTRUTIVO: o sistema 
construtivo em AEBC já é utilizado em larga escala aqui no Brasil, tendo em 
vista ser muito comum nas construções de conjuntos habitacionais. Já, o 
LSF é pouco conhecido e necessita de mais investimentos e interesse por 
parte das construtoras em sua utilização como também de motivações por 
parte do governo através de linhas de crédito e financiamentos para 
construção de residências com sistemas construtivos alternativos como o 
LSF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
7 CONCLUSÃO 
 
Com base nos estudos presentes neste trabalho, onde se buscou realizar uma 
análise comparativa entre os sistemas construtivos AEBC e o LSF, foi identificado por 
pequeno valor arbitrado de diferença que a construção em AEBC supera as vantagens 
da construção em LSF, apresentando mais vantagens construtivas, sendo algumas 
delas devido ao fator do LSF não ser um sistema consolidado no mercado da 
construção brasileira como: custo de materiais, custo da mão-de-obra e normas 
brasileiras específicas para esse sistema construtivo, desta forma podemos admitir 
que com a expansão do LSF no mercado da construção civil, este sistema construtivo 
poderá apresenta mais vantagens a medida em que ele for aprovado definitivamente 
no mercado da construção civil nacional. 
 Na cotação orçamentária o custo por metro quadrado para ambos os sistemas 
construtivos verificou-se que a construção em AEBC tem custo menor em relação a 
construção em LSF. Mesmo diante de outros itens apontados como vantagens para o 
LSF e que são bem significativos como: tempo de execução, geração de resíduos, 
construção sustentável dentre outros, o fator econômico ainda é o mais importante, 
principalmente quando se trata da construção de residências populares, onde a 
população busca por um custo final reduzido, para conseguir viabilizar o seu 
financiamento do imóvel. 
Contudo, é importante indicar que ambos os métodos aqui apresentados, se 
mostraram eficazes para a construção civil e que ambos apresentam grande potencial, 
desta forma para cada situação deverá ser realizado um novo estudo para a 
viabilidade técnica e econômica para que assim se possa escolher de maneira 
racional, o sistema a ser empregado para cada processo construtivo, obtendo-se os 
melhores resultados possíveis em todos os aspectos de uma construção residencial. 
Desta forma, se torna de fundamental importância os investimentos em estudos 
para o setor da construção civil, havendo a possibilidade de ampliar fronteiras em 
pesquisas e conhecimentos que podem agregar no desenvolvimento do setor, 
pensando não somente na questão monetária, mas também no meio ambiente para 
que as construções sejam cada vez mais ecológicas ou agridam cada menos o meio 
ambiente. Para isso ocorrer é essencial que haja incentivos governamentais que 
motivem os construtores, fornecedores e clientes para que possa existir um mercado 
atraente e aquecido que impulsione também diversos outros campos da atividade 
53 
 
econômica sendo um dos setores que mais gera empregos tanto diretos como 
indiretos, ampliando a demanda de mercado no país. 
Também é necessário que sejam cada vez mais fortes os programas 
governamentais que dão a possibilidade de acesso a moradia para a população de 
baixa renda para assim se ampliar o crescimento de moradias e proporcionalmente a 
diminuição do déficit habitacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
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