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D CONST 2 - ATIVISMO JUDICIAL

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Entende-se por “Ativismo Judicial” o papel inovador dos tribunais ao trazerem uma contribuição para o direito, decidindo sobre casos concretos, formando o precedente jurisprudencial, antecipando-se, muitas vezes, à formulação da própria lei.
Na doutrina são diversos conceitos referentes ao ativismo judicial. Entretanto, o mais comum é o de que o Ativismo Judicial é uma postura/atitude, ou seja, é uma escolha de um determinado magistrado que visa buscar através de uma abordagem jurídica expansiva, a concretização do verdadeiro valor normativo constitucional, garantindo o direito das partes de forma rápida, e atendendo às soluções dos litígios e às necessidades resultantes da lentidão ou omissão legislativa, e até mesmo executiva.
É evidente que não podemos falar do ativismo judicial sem falarmos da judicialização, pois são temas que se entrelaçam e algumas vezes se confundem.
Citando o ministro Luís Roberto Barroso, “a judicialização é um fato, enquanto o ativismo judicial é uma atitude”, segundo ele “o ativismo é a escolha de um modo específico e proativo de interpretar a constituição, expandindo o seu sentido e o seu alcance”. Ou seja, a ideia do ativismo judicial está associada a uma participação mais ampla e intensa do poder judiciário na concretização dos valores e dos fins constitucionais. De um lado temos um indivíduo que leva ao poder, judicializando assim, determinada questão que não foi resolvida nem poder executivo e nem pelo poder legislativo, sendo assim, do outro lado será necessária uma atitude do poder judiciário em relação a essa questão. Desta forma, a judicialização (o fato) acarreta o ativismo judicial (a atitude). Um exemplo disto é que, no ano de 2008 algumas categorias de servidores públicos fizeram greves alegando que tais eram permitidas dentro constituição federal, e além disso, queriam que o poder legislativo criasse uma norme específica regulamentando a situação, já que existe uma norma específica para os seletistas (trabalhadores privados). O que ocorreu foi a judicialização desta causa, onde o STF adotando uma postura ativista, entendeu que o ideal seria adotar a lei referente aos seletistas para os servidores públivos enquanto não houvesse uma norma específica do poder legislativo em relação aos servidores públicos. Isto é um exemplo claro de ativismo judicial, o juiz notando e suprindo uma lacuna de forma a expandir os direitos que estão previstos na constituição.
Há a corrente contrária ao ativismo judicial, que é a corrente da auto contenção. Nesta postura de auto contenção, entende-se que o judiciário deveria procurar reduzir a sua interferência nas ações dos outros poderes e, sendo assim, utilizar critérios mais rígidos e conservadores pra julgar. 
No caso da greve dos servidores, citado acima, os defensores da auto-contenção entenderam que o STF não poderia indicar a lei que regula os seletistas para regular os servidores públicos, eles defendem que o máximo que o STF poderia fazer era notifica/cientificar o poder legislativo de que uma lei estava em falta e que o mesmo deveria regular aquele tema em aberto. 
ATIVISMO JUDICIAL
Universidade Cândido Mendes - Campus Padre Miguel 
Direito Constitucional II – Professor: Pedro Damásio
Aluna: Melissa Campos dos Santos

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