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Aula 3 Minerais - 2020

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OS MINERAIS
Geologia
Prof. Glauber Beirão
OS MINERAIS
Geologia
Prof. Glauber Beirão
Minerais: Unidades Constituintes das Rochas
1. O que são minerais e rochas?
 Minerais são elementos ou compostos químicos com composição definida dentro de certos limites, cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos. A identificação de alguns minerais requer equipamentos de laboratório, análises químicas e estudos de ótica com o auxílio do microscópio.
 O termo Rocha é usado para descrever uma associação de minerais que, acabam ficando intimamente unidos. Embora coesa e, muitas vezes, dura, a rocha não é homogênea. Ela não tem a continuidade física de um mineral e, portanto, pode ser dividida em todos os seus minerais constituintes.
 Já o termo Minério é utilizado apenas quando o mineral ou a rocha apresentar uma importância econômica.
Minerais: Unidades Constituintes das Rochas
A crosta da Terra é composta essencialmente por oito elementos mais comuns que se combinam para formar os minerais formadores das rochas. 
Estes elementos são o O (oxigênio), Si (silício), Al (alumínio), Fe (ferro), Ca (cálcio), K (potássio), Na (sódio) e Mg (magnésio).
Os dois elementos principais são o oxigênio e o silício. Estes se combinam para formar tetraedros de silício-oxigênio. Esta estrutura básica forma o mais abundante grupo de minerais do planeta: os silicatos.
Minerais: Unidades Constituintes das Rochas
Os tetraedros de silício-oxigênio podem formar uma grande variedade de estruturas cristalinas e compor minerais como quartzo, feldspatos (K-feldspato, plagioclásio), micas (biotita, moscovita), anfibólios, piroxênios e olivinas.
Alguns não-silicatos são também formadores de rochas. Os principais deles são os carbonatos (calcita, dolomita, por exemplo), os óxidos (como os óxidos ricos em ferro como a hematita e a magnetita), os sulfetos (como a galena, sulfeto de chumbo, e a pirita, sulfeto de ferro) e os
sulfatos (como o gipso, sulfato de cálcio).
Minerais
	Mineral	quartzo	halita	gipsita	benatita	galena	schulita	magnetita	rutilo
	Composição	SiO2	NaCl	CaSO42H2O	Fe2O3	PbS	WO4Ca	FeO4	TiO2
 O mineral é uma substância natural, de origem inorgânica, de composição química e estrutura atômica definida.
 São conhecidos mais de 1700 minerais.
 Há alguns casos especiais como, por exemplo:
	* Petróleo (Fóssil Liquido) – Ele é uma substância natural, porém estudos mais recentes comprovam ser de origem orgânica (formado por fósseis), encontra-se entre as rochas formando assim as jazidas de petróleo. O petróleo é formado por hidrocarbonetos, que podem ter cadeia aberta ou fechada.
	- Petróleo Leve: utilizado na fabricação de óleo combustível;
- Petróleo Pesado: é mais adequado para uso na fabricação de gasolina, querosene.
	* Carvão Mineral – É outra substância natural e de origem orgânica.
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
Quanto à definição “...elemento ou composto químico com composição definida...”
 Poucos minerais têm uma composição química muito simples
- átomos de um mesmo elemento químico
- Ex: diamante (átomos de carbono), enxofre (átomos de enxofre), e ouro (átomos de ouro)
Diamante
Ouro
Enxofre
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
 Grande maioria dos minerais é formada por compostos químicos resultantes da combinação de diferentes elementos químicos
 - composição química fixa ou variando dentro de limites bem definidos
 - Ex: quartzo (SiO2) 
 olivina (Mg, Fe)2 SiO4 
Quartzo (SiO2)
 Olivina (Mg, Fe)2 SiO4
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
b) Quanto à definição “...cristalizado...”
 Possuem um arranjo atômico interno tridimensional
	- distribuição ordenada de átomos, formando uma rede tridimensional (retículo cristalino), gerada pela repetição de uma unidade atômica ou iônica. Esta unidade que se repete é a cela unitária. (Fig 2.1 – Decifrando a Terra)
	- Há duas propriedades físicas que atestam esta organização interna:
	 hábito cristalino: forma geométrica externa natural do mineral, desenvolvida sempre que a cristalização se der sob condições calmas e ideais.
	 clivagem: é a forma com que os minerais se quebram segundo planos relacionados com sua estrutura molecular e paralelo as possíveis faces do cristal.
Estrutura cristalina de um cristal de sal (NaCl). 
Note-se a ordenação dos átomos. 
Estrutura cristalina de um cristal de sal (NaCl). 
Note-se a ordenação dos átomos. 
A Figura 1 mostra o retículo cristalino do cloreto de sódio (NaCl). 
É possível observar que cada íon cloreto está circundado por seis íons Na+ e cada íon sódio está ligado a seis íons cloreto. 
Chamamos a estrutura cristalina do NaCl de cúbica de face centrada. 
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
b) Quanto à definição “...cristalizado...” (cont.)
 Esta repetição da cela unitária sustenta o conceito de Simetria Cristalográfica
 - Cristalografia: estuda a origem, desenvolvimento e classificação dos cristais naturais – os minerais que exibem formas externas geométricas e artificiais.
 - Estudo da simetria externa dos cristais:
elementos abstratos de simetria: 
planos, eixos e centros e 
suas respectivas operações de simetria (reflexão, rotação e inversão) 
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
b) Quanto à definição “...cristalizado...” (cont.)
- Plano de simetria: é visualizar uma superfície que corta o cristal em duas metades iguais, simétricas.
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
b) Quanto à definição “...cristalizado...” (cont.)
- Eixo de simetria: reta imaginária que passa pelo centro geométrico do cristal e ao redor da qual, num giro de 360°, uma feição geométrica do cristal se repete certo número de vezes.
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
b) Quanto à definição “...cristalizado...” (cont.)
- Centro de simetria: um ponto de simetria coincidente com o centro geométrico do cristal, em relação ao qual as feições geométricas do cristal se invertem. (Fig 2.4 – Decifrando a Terra)
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
b) Quanto à definição “...cristalizado...” (cont.)
O conjunto dos possíveis elementos de simetria encontrados em um cristal é chamado de grau ou classe de simetria ou grupo pontual. 
Existem, na natureza, 32 graus de simetria, agrupados de acordo com a similaridade de seus elementos de simetria em sete sistemas cristalinos, do "mais simétrico" ao "menos simétrico": 
cúbico, tetragonal, trigonal, hexagonal, ortorrômbico, monoclínico e triclinico. 
Os sete sistemas cristalinos são usados para a classificação cristalográfica de todas as substâncias, naturais ou não, que apresentam estrutura cristalina (Tabela 2.1).
SISTEMAS CRISTALINOS
b) Quanto à definição “...cristalizado...” (cont.)
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
c) Quanto à definição “...formado naturalmente...”
 Mineral natural: ocorrência espontânea na natureza
 
 Substâncias sintéticas: produzidas pelo homem por síntese em laboratório ou produtos resultantes de combustão ou formados a partir de materiais artificiais.
 não são considerados minerais, embora apresentem todas as características de seus equivalentes naturais.
 Ex: rubi natural (mineral)
	rubi sintético (não é mineral)
- obs: não se deve usar o termo “mineral sintético”
 
 Mineral Natural:
 Mineral Sintético:
Drusa de Citrino
Rubi Sintético
Principais Conceitos Usados na Definição de Minerais
d) Quanto à definição “...processos inorgânicos...”
Impede que substâncias puramente biogênicas (produzidas por organismos vivos) sejam minerais. 
Substância na qual os átomos de dois ou mais elementos são combinados. (Alguns compostos são chamados de inorgânicos porque vêm de minerais e não de coisas vivas ou orgânicas).
Ex: pérola  mineralóide
Âmbar
Pérola
A Origem dos Minerais
“Ingredientes químicos”
Condições físicas (temperatura e pressão)
 Minerais originados no interior da Terra são geralmentediferentes daqueles formados na sua superfície. 
 Minerais presentes em corpos extraterrestres 
		  informações por meio de amostras 
 - Lua (coletadas diretamente de sua superfície) 
		 - Marte (amostras de meteoritos caídos na Terra)	
Um mineral pode se formar de diferentes maneiras:
Reinantes no seu ambiente de formação
A Origem dos Minerais
“Ingredientes químicos”
Condições físicas (temperatura e pressão)
Um mineral pode se formar de diferentes maneiras:
Reinantes no seu ambiente de formação
A partir de uma solução de material em estado de fusão ou vapor.
	 O processo de cristalização tem início com a formação de um núcleo, um diminuto cristal que funciona como uma semente, ao qual o material vai aderindo, com o conseqüente crescimento do cristal. O estado cristalino pode ser conseguido pela passagem da matéria do estado físico amorfo para o cristalino, em ambiente geológico quente. Isto ocorrre na cristalização de magma, material rochoso fundido
Ocorre também pela condensação de materiais rochosos em estado de vapor, quando os cristais se formam diretamente do vapor sem passar pelo estágio intermediário do estado líquido. 
Atualmente, podemos ver na Terra a formação de cristais de enxofre a partir das fumarolas de atividades ígneas vulcânicas.
Classificação Sistemática de Minerais
Alguns dos critérios usados para classificar os minerais
	Critérios usados	Exemplos
	Sistema de cristalização	Minerais monoclínicos, cúbicos
	Usos	Minérios, minerais formadores de rochas
	Composição química	Elementos nativos, óxidos, sulfetos
O estudo sistemático dos minerais fica facilitado quando se usam critérios que permitam agrupá-Ios em conjuntos com características similares. Alguns dos critérios mais usados são resumidos abaixo. 
Classificação Sistemática de Minerais
Das várias classes minerais existentes, apenas uma, os SILICATOS, é responsável pela constituição de aproximadamente 97% em volume da crosta continental. Minerais das demais classes, embora menos abundantes, também são importantes pelo interesse econômico e científico.
	Classe mineral	Espécie	% em volume
		Feldspato	58
		Piroxênios e anfibólios	13
		Quartzo	11
	Silicatos	Micas, clorita, argilominerais	10
		Olivina	3
		Cianita, silimantita,granadas, etc	2
	Carbonatos, óxidos, sulfetos etc.		3
	total		100
Propriedades dos Minerais
A) Propriedades Físicas
 propriedades ópticas: brilho, cor, microscopia
 dureza, traço, clivagem, fratura, tenacidade, peso específico
B) Propriedades Morfológicas
 hábito cristalino
C) Propriedades Químicas
 ensaios por via seca, ensaios por via úmida
*Os minerais mais comuns podem, muitas vezes, ser identificados simplesmente com a observação de suas propriedades físicas e morfológicas, que são decorrentes de suas composições químicas e de suas estruturas cristalinas. 
*Utilizamos para fins de identificação rápida de minerais as seguintes propriedades: hábito cristalino, transparência, brilho, cor, traço, dureza, fratura, clivagem, densidade relativa, propriedades elétricas e magnéticas.
Propriedades Físicas dos Minerais
Transparência
Os minerais que não absorvem ou absorvem pouco a luz são ditos transparentes. 
Os que absorvem a luz consideravelmente são translúcidos e dificultam que imagens sejam reconhecidas através deles. 
Obviamente, estas características dependem da espessura do mineral: a maioria dos minerais translúcidos torna-se transparente quando em lâminas muito finas (Fig. 2.6). 
Existem, contudo, os elementos nativos metálicos, óxidos e sulfertos que absorvem totalmente a luz, independentemente da espessura. São os minerais opacos.
Propriedades Físicas dos Minerais
 Dureza
 É a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado.
- O mineral mais duro risca o de menor dureza.
 Classificação por meio da Escala de Mohs.
	Mineral Padrão	Dureza	Padrão Secundário
	Talco	1	 
	Gipsita	2	Unha (2,5)
	Calcita	3	Alfinete (3,5)
	Fluorita	4	 
	Apatita	5	Lâmina de aço (5 – 5,5)
	Ortoclásio	6	 
	Quartzo	7	Porcelana (6,5 – 7)
	Topázio	8	 
	Coríndon	9	 
	Diamante	10	 
Propriedades Físicas dos Minerais
 Dureza
1 - TALCO
2 - GESSO OU GIPSITA
3 - CALCITA
4 - FLUORITA
 5 - APATITA
Propriedades Físicas dos Minerais
 Dureza
6 - ORTOCLASE
7 - QUARTZO
8 - TOPÁZIO
9 - CORINDON
10 - DIAMANTE
Gráfico da Escala de Mohs:
Propriedades Físicas dos Minerais
Traço
 É a cor do pó do mineral. É obtida riscando o mineral contra uma placa ou um fragmento de porcelana, em geral de cor branca. 
Propriedades Físicas dos Minerais
 
 Útil para identificar minerais opacos ou minerais ferrosos (traços coloridos: vermelho marrom, amarelo) 					
 A maioria dos minerais translúcidos ou transparentes exibe traço branco.
Só ocorrerá para minerais com traço abaixo da porcelana (dureza 7), quando a dureza do material é maior que a porcelana, dizemos que o traço é incolor.
 Traço Castanho Avermelhado quando passado na porcelana:
 Estaurolita
Zircão
 Traço Branco quando passado na porcelana:
Gipsita
Talco
Propriedades Físicas dos Minerais
Fratura
 Superfície irregular e curva resultante da quebra de um mineral. Não se partem em planos.
 Tipos mais comuns: irregulares ou conchoidais. 
Fratura conchoidal do quartzo
Irregular:
Turmalina
Propriedades Físicas dos Minerais
Clivagem
 Quando ocorrem superfícies de quebra que constituem planos de notável regularidade.
	* Quebra  Chama-se Clivagem (perfeita, boa ou imperfeita)
- A maioria dos minerais  superfícies de fratura e uma ou mais superfícies de clivagem
				
Clivagem Fratura 
Propriedades Físicas dos Minerais
Clivagem
- Tipos:
Proeminente: plano muito evidente e quase perfeito. 
Ex: Mica, em folhas paralelas; Calcita em forma de romboedro (planos bem lisos)
Distinta: apresenta um pequeno grau de escalonamento. Ex: fluorita
Indistinta: Ex. apatita
Clivagem proeminente: três clivagens perfeitas, cristal de calcita – TEIXEIRA et al. (2005)
Clivagem Distinta: cristal fluorita
Propriedades Físicas dos Minerais
Tenacidade
 Propriedade pela qual um material resiste ao choque de um martelo, ou ao corte de uma lâmina de aço, ou seja, resistência mecânica. (ação de esforço).
 Tipos mais comuns: 
* quebradiços ou friáveis (reduzem-se a pó, quando submetidos a pressão). Ex: Calcita
* sécteis (podem ser cortados por uma lâmina). Ex: Gipsita
* maleáveis (redutíveis a lâminas pelo martelo). Ex: Ouro
Calcita – utilizada na fabricação de cimentos e cal para argamassa 
Gipsita - Gesso para moldes cerâmicos, cimento Portland 
Ouro- moedas, prótese, radiações infravermelho
Propriedades Físicas dos Minerais
Densidade Relativa 
 é a razão entre o peso da substância sólida por unidade de volume. 
Número que indica quantas vezes certo volume do mineral é mais pesado que o mesmo volume de água (a 4°C).
 Oscila entre 2,5 e 3,3 (maioria dos minerais formadores de rochas).
 
 Alguns minerais que contém elementos de alto peso atômico (Ex: Ba, Pb, Sr, etc) apresentam densidade > 4,0.
Propriedades Físicas dos Minerais
Brilho
 Depende da absorção, reflexão ou refração da luz pela superfície do mineral.
Propriedades Físicas dos Minerais
Brilho
 Tipos: 
minerais com brilho metálico (maioria dos minerais opacos e escuros): refletem mais de 75% da luz incidente. Exs: galena, pirita, calcopirita (Decifrando a Terra)
 minerais com brilho não-metálico: aqueles que não atingem esta reflexão (claros).
	 Exs: quartzo, diamante 
Metálico
Calcopirita
Pirita
Não-Metálico
Caulinita (Semelhante ao das Pérolas)
Halita (Brilho Vítreo - semelhante ao do Vidro)
Propriedades Físicas dos Minerais
 Cor
 A cor de um mineral deve ser sempre observada em superfície ou fratura recente, pois a superfície exposta ao ar se transforma, formando películas de alteração.
 Principais fatores: 
* presença de elementos químicos de transição (ferro, cobre, níquel, cromo, etc.) na composição química do mineral;
* defeitos na sua estrutura atômica;
* presença de pequeníssimas inclusõesde minerais, dispersas através dos cristais.
Tipos: 
idiocromáticos (azurita, malaquita) – cores características;
alocromáticos (turmalina e quartzo) - cor variável
Idiocromáticos:
Enxofre
Azurita
Ouro
Malaquita
Alocromáticos:
Quartzo (Branco, Azul, Verde e Vermelho)
 Microscopia
Métodos mais rápidos e eficientes para identificação de um mineral
Práticas de Identificação Microscópica
 Amostras utilizando MEV (Microscópio Eletrônico de Varredura)
Práticas de Identificação Microscópica
26
 Microscópio óptico
Bioclastos
Práticas de Identificação Microscópica
27
 Micrografias
Práticas de Identificação Microscópica
Propriedades Morfológicas
Hábito
É a forma geométrica externa, habitual, exibida pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina (Fig.). 
É chamada simplesmente hábito do mineral e pode ser observada, sobretudo, quando o mineral cresce em condições geológicas ideais. 
2
Propriedades Morfológicas dos Minerais
Hábito Cristalino
 É a forma geométrica externa, habitual, exibida pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina. (Fig 2.5 – Decifrando a Terra)
- Tipos mais comuns: laminar, prismático (os cristais aparecem alongados como prismas), fibroso, tabular (em forma de tábuas ou tijolos) e equidimensional.
Lamilar (lamelar) – se apresenta em forma de lâmina. Ex.: Mica.
Cristalino – o mineral se apresenta em forma de cristais. Ex.: galena (PbS) se apresenta na natureza em forma de cubos.
Fibroso – o mineral se apresenta em forma de fibras. Ex.: talco, amianto.
Globular – se apresenta em forma de glóbulos.
Acicular – se apresenta em forma de agulha. Ex.: rutilo (TiO2) mineral muito valorizado devido ao titânio.
- Alguns Exemplos:
30
Laminar
Cianite
Tabular
Rubi
Octaédrico
Diamante
31
Cristalino
Galena
Rutilo
Acicular
Globular
Smithsonita
32
Práticas de Identificação Macroscópica
1- Cristalização – sistema cristalino em que se enquadra o espécime.
2- Hábito – cúbico, prismático, fibroso..
3- Cor – descrevê-la em suas nuanças.
4- Brilho – observar com detalhes.
5- Cor do risco – sempre sobre a placa de porcelana não brilhante (fosca).
6- Clivagem – descrever o tipo (cúbica, octaédrica, rômbica...), existente ou não.
7- Fratura – existente ou não, e descrever o tipo
29
Propriedades Químicas dos Minerais
Muitos minerais são constituídos de um único elemento químico – enxofre, ouro, diamante...
Outros são constituídos de dois ou mais elementos químicos – pirita (FeS2) em que cada unidade, compõem-se de um átomo de ferro e dois de enxofre. 
O quartzo é constituído de SiO2, um átomo de sílica e dois de oxigênio...
33
Minerais mais Comuns das Rochas
	MINERAL 	OCORRÊNCIA	EMPREGO
	Feldspatos	Rochas ígneas intrusivas ou extrusivas e nas metamórficas	Produção de Porcelana (misturados com caulim, quartzo e argila)
	Micas	Granitos, gnaisses, mica-xistos	Isolante elétrico e fabricação de vidros refratários em geral
	Magnetita	Rochas ígneas e metamórficas	Minério de ferro
	Hematita	Gnaisses e xistos cristalizados	Minério de ferro
	Pirita	Rochas ígneas, metamórficas
 e sedimentares	Associada ao ouro e cobre; fabrico de papel; desinfetante.
	Turmalina	Pegmatitos, calcários	Pedra semi-preciosa (verde, azul e rosa)
	Topázio	Pegmatitos e veios profundos	Jóia (amarelo escuro, rosa)
	Calcita	Cavidades, fraturas, estalactites, estalagmites, crostas	Formador de calcários e mármores. Fabricação de cimento;
	 	 	 cal virgem, cal hidratada
	CAULIM (argila)	Rochas sedimentares e ígneas decompostas	Indústria cerâmica (porcelana)
 n 
Principais minerais formadores de rochas
 - SILICATOS
O grupo dos silicatos é de longe o maior grupo de minerais, sendo compostos principalmente por sílica e oxigênio, com a adição de cátions como o magnésio, o ferro e o cálcio. Alguns dos mais importantes silicatos constituintes de rochas comuns são o feldspato, o quartzo, as olivinas, as piroxenas, as granadas e as micas.
Feldspato
Quartzo
Piroxena
Principais minerais formadores de rochas
 NÃO-SILICATOS
São aqueles que não apresentam silício na sua composição química e correspondem a 3% dos minerais da crosta
- Carbonatos (calcita, dolomita)
- Sulfatos (gipsita). 
- Halóides (halita)
- Óxidos e hidróxidos (magnetita, hematita, limonita, bauxita)
- Sulfetos (pirita)
- Fosfatos
- Elementos nativos (grafita)
CARBONATOS:
	O grupo dos carbonatos é composto de minerais contendo o ânion (CO3)2 e inclui a calcita e a aragonita (carbonatos de cálcio), a dolomita (carbonato de magnésio e cálcio) e a siderita (carbonato de ferro). 
	Os carbonatos são geralmente depositados em ambientes marinhos pouco profundos, com águas límpidas e quentes, como por exemplo em mares tropicais e subtropicais. 
Dolamita
Calcita
Aragonita
SULFATOS:
	Todos os sulfatos contém o cátion sulfato na forma SO4. Os sulfatos formam-se geralmente em ambientes evaporíticos, onde águas de alta salinidade são lentamente evaporadas, permitindo a formação de sulfatos e de halóides na interface entre a água e o sedimento. 
 	Os sulfatos mais comuns são: a anidrita (sulfato de cálcio), a celestita (sulfato de estrôncio) e o gesso (sulfato hidratado de cálcio). 
Anidrita
Barita
Celestita
HALÓIDES:
O grupo dos halóides é constituído pelos minerais que formam os sais naturais, incluindo a fluorita, a halita (sal comum) e o sal amoníaco (cloreto de amônia). Os halóides, como os sulfatos, são encontrados geralmente em ambientes evaporíticos e mares fechados (por exemplo nas margens do Mar Morto).
Halita
Aragonita
ÓXIDOS:
	Os óxidos constituem um dos grupos mais importantes de minerais por formarem minérios dos quais podem ser extraídos metais. Apresentam cores do risco características.
Ocorrem geralmente como precipitados em depósitos próximo da superfície, como produtos de oxidação de outros minerais situados na zona de alteração cerca da superfície ou ainda como minerais acessórios das rochas ígneas da crosta e do manto. 
	
Espinela
Hematite
Os óxidos mais comuns incluem a hematite (óxido de ferro), a espinela (óxido de alumínio e magnésio
SULFETOS:
	Neste grupo estão reunidos os minerais compostos de metais e metalóides combinados com o enxofre, bismuto, telúrio e outros. São metálicos, com densidade elevada, opacos. Muitos sulfetos são também economicamente importantes como minérios metálicos, incluindo-se entre os mais comuns a calcopirita (sulfeto de cobre e ferro) e a galena (sulfeto de chumbo). 
Galena
Calcopirita
Suas propriedades são intermediárias entre as dos átomos eletropositivos e as dos átomos eletronegativos. São considerados metalóides os elementos químicos boro, silício, germânio, arsênio, antimônio, telúrio e polônio. Às vezes um elemento raro, como o astato, também é classificado como metalóide
FOSFATOS:
	O grupo dos fosfatos inclui todos os minerais com uma unidade tetraédrica de AO4 onde A pode ser fósforo, antimónio, arsénio ou vanádio. 
	Os fosfatos incluem numerosas espécies minerais de composição bem variada, embora a quantidade em peso desses elementos na crosta da Terra seja relativamente pequena, resultando em grande numero de minerais raros. 
	O fosfato mais comum é a apatite, a qual constitui um importante mineral biológico, encontrado nos dentes e nos ossos de muitos animais. 
Apatite
ELEMENTOS NATIVOS:
	O grupo dos elementos nativos inclui os metais e amálgamas intermetálicas (como as de ouro, prata e cobre), semi-metais e não-metais (antimônio, bismuto, grafite e enxofre). Este grupo inclui também ligas naturais, como o electrum (uma liga natural de ouro e prata), fosfinos (hidretos de fósforo), nitritos e carbetos (que geralmente são só encontrados em alguns raros meteoritos).
Ouro
Minerais mais Comuns das Rochas
 Quartzo – SiO2 (sílica cristalizada macroscopicamente)
 
 * Forma: Nas rochas, não tem forma definida
	 Nas cavidades, tem forma de prisma hexagonal 
 * Clivagem: ausente
 * Fratura: concóide
 * Cor: Nas rochas se apresenta desdeincolor até cinza-escuro. 
 * Brilho: vítreo * Traço: incolor * Dureza: 7 * Densidade: 2,65
 * Ocorrência: nas rochas ígneas (em granitos e pegmatitos)
	 nas metamórficas ( em quartzitos, micaxistos, gnaisses)
	 nas sedimentares (em arenitos, siltitos, conglomerados)	
 * Emprego: adorno em joalheria; areia para construção; em fundação, filtros para barragens; concreto; etc.	
	1. Quartzo	6. Zircão	11. Topázio	16. Amianto
	2. Feldspatos	7. Magnetita	12. Calcita	17. Talco
	3. Micas	8. Hematita	13. Dolomita	18. Zeólitas
	4. Anfibólios	9. Pirita	14. Caolim	19. Fluorita
	5. Piroxênios	10. Turmalina	15. Clorita	 
Minerais mais Comuns das Rochas
Metacaulim 
 É oriundo da caucinação do caulim que é um mineral argiloso, cujo principal componente é a caulinita. Possui alta reatividade, obtida a partir de sua calcinação. 
 O metacaulim é uma adição mineral de alta eficácia para concretos à base de cimento Portland, destinado a inúmeras aplicações na construção civil. No concreto é utilizado na reação alcali-agregado.
 Consiste numa reação química em que alguns constituintes reagem com hidróxidos alcalinos que estão na solução do concreto. A principal é a reação entre a sílica contida nos agregados, que reagem com os íons presentes nos poros do concreto
 A sílica (dissolvida) reage com o sódio e o potássio formando um gel altamente instável, e começa a absorver água e a expandir-se.
 Caso o gel esteja confinado pela pasta de cimento seu inchamento implica na introdução de tensões internas, que eventualmente podem causar fissuras no concreto. 
tratamento térmico de sólidos, capaz de promover transformações fisioquímicas como a eliminação de substâncias voláteis neles contidas (p.ex., dióxido de carbono de carbonatos, água de argilas, matéria orgânica de materiais diversos), a produção de óxidos (p.ex., a obtenção de cal a partir de carbonato de sódio), a pulverização etc.
	QUESTIONAMENTO
VOCÊ ACREDITA QUE O ENGENHEIRO TENDO O CONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DOS MINERAIS E DE SUAS PROPRIEDADES EM UMA ÁREA, OCORRERIAM TANTOS PROBLEMAS DE EDIFICAÇÕES?
 FIM

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