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CINESIOLOGIA OMBRO E CINTURA ESCAPULAR Profa. Dra. Kamila Shelry OSTEOLOGIA ÚMERO - Vista anterior Cabeça umeralTubérculo maior Tubérculo menor Tuberosidade deltoídea Sulco intertubercular Tubérculo maior ÚMERO - Vista posterior Cabeça umeral Tuberosidade deltoídea ESCÁPULA - Vista anterior Borda medial Ângulo superior Acrômio Fossa subescapular Ângulo inferior Borda lateral Cavidade glenóide Processo coracóide ESCÁPULA - Vista posterior Borda medial Acrômio Fossa supraespinhal Processo coracóide Borda lateral Fossa infraespinhal Espinha da escápula ESCÁPULA - Vista da borda lateral Face anterior Borda lateral Cavidade glenóide Acrômio Processo coracóide Face posterior CLAVÍCULA - Vista superior Extremidade esternal Extremidade acromial Corpo clavicular ESTERNO - Vista anterior Incisura jugularManúbrio esternal Incisura clavicular Processo Xifóide Corpo esternal COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO Vista anterior Esterno Úmero Escápula Clavícula COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO Vista posterior Úmero Clavícula Escápula ARTROLOGIA Complexo Articular do Ombro Envolve 5 articulações: 1. Art. Gleno-umeral 2. Art. Subdeltoideana 3. Art. Escápulo-torácica 4. Art. Acrômio- clavicular 5. Art. Esterno-clavicular Articulação Glenoumeral (art. verdadeira) Articulação: cabeça umeral convexa e cavidade glenóide côncava. Tipo de art.: esferoide (3 GL) Ligamento glenoumeral Kapandji, 2000 Ligamento coracoumeral Kapandji, 2000 Estabilizadores dinâmicos da GU Kapandji, 2000 Estabilizadores dinâmicos da GU • Coaptação transversal: - supraespinhal (1) - subescapular (2) - infraespinhal (3) - redondo menor (4) - tendão da porção longa do bíceps (5) Estabilizadores dinâmicos da GU Manguito Rotador Formada por 4 músculos profundos: • M. Supra-espinhal: impede o deslocamento superior da cabeça do úmero. • M. Redondo Menor: impedem o deslocamento anterior da cabeça do úmero. • M. Infra-espinhal: impedem o deslocamento anterior da cabeça do úmero. • M. Subescapular: impede o deslocamento posterior da cabeça do úmero. Músculos Motores da Cintura Escapular • Trapézio (1) - feixe superior • Trapézio (1’) - feixe médio • Trapézio (1”) - feixe inferior • Rombóide Maior (2) • Elevador da Escápula (3) • Serrátil Anterior (4’) • Peitoral Menor (5) • Subclávio (6) Tendão da cabeça longa do m. bíceps braquial Bursa subdeltoídea e acromial Lábio glenoidal Articulação Subdeltóide (art. funcional) Formada pelo arco Córaco-acromial e úmero. Protege o topo da cabeça do úmero, tendões e a bursa de um trauma direto vindo de cima e previne a cabeça do úmero deslocar-se para cima. separam o tendão do m. supra-espinal e a cabeça do úmero do acrômio, processo coracóide, lig. Córaco-acromial e m. deltóide. Articulação Escapulotorácica Neumann, 2011 Articulação Escápulotorácica (art. funcional) Articulação: superfície anterior da escápula e superfície posterior do tórax. 3 graus de liberdade. Kapandji, 2000 Articulação Escápulotorácica (rotação lateral e medial) Articulação Escápulotorácica • Movimento de báscula (rotação) da escápula: Báscula medial: a escápula roda para baixo e ocorre a aproximação do ângulo inferior da escápula em direção a coluna vertebral. Báscula lateral: a escápula roda para cima e ocorre o afastamento do ângulo inferior da escápula da coluna vertebral. • Excursão total de báscula medial/lateral da escápula: 60º Articulação Escápulotorácica (elevação e depressão) Articulação Escápulotorácica • Movimento de translação vertical da escápula: Elevação: escápula vai para, cima, a extremidade lateral da clavícula se eleva. Abaixamento (depressão): escápula vai para baixo, a extremidade lateral da clavícula se abaixa. • Excursão total elev./abaix. da escápula: 10 a 12 cm Articulação Escápulotorácica (abdução e adução) Articulação Escápulotorácica • Movimento de deslocamento lateral da escápula: Adução: a escápula vai para dentro, a clavícula vai para trás e ocorre abertura do ângulo escápula/clavícula. Abdução: a escápula vai para fora, a clavícula vai para frente e ocorre o fechamento do ângulo escápula/clavícula. • Excursão total abd/ad da escápula é de 15 cm. Articulação Acromioclavicular (AC) (art. verdadeira)Articulação: acrômio discretamente côncavo e clavícula ligeiramente convexa. Tipo de art.: sinovial (diartrose) plana (3 GL). GL: elevação (plano sagital), abdução e adução (plano transverso) e rotação para cima e para baixo (plano frontal). Articulação Acromioclavicular Neumann, 2011 Articulação Acromioclavicular Neumann, 2011 Articulação Esternoclavicular (EC) (art. verdadeira) Articulação: Clavícula é convexa latero- lateralmente e côncava ântero-posteriormente. Manúbrio é côncavo látero- lateralmente e convexo ântero-posteriormente. Tipo de art.: selar (3 GL) GL: elevação e abaixamento, protração e retração, rotação sobre um eixo longitudinal à clavícula. Vista Anterior Articulação Esternoclavicular 30 a 45º 5 a 10º 15 a 30º 40 a 50º Neumann, 2011; Houglum 2012 15 a 30º Articulação Esternoclavicular Neumann, 2011 Diferenças na função das articulações EC e AC • A articulação EC permite movimento extenso da clavícula, o qual guia o caminho geral da escápula. • A articulação AC, ao contrário, permite mais movimentos sutis entre a escápula e a extremidade lateral da clavícula. Neumann, 2011 Planos e eixos Kapandji, 2000 Complexo Articular do Ombro • Maior mobilidade • 3 graus de liberdade: - Eixo transverso (1) - Eixo ântero-posterior (2) - Eixo vertical (3) • Triaxial • Planos, eixos e movimentos Flexão e extensão Kapandji, 2000 Extensão: 0º a 45º/50º Flexão: 0º a 180º Flexão e extensão horizontal Kapandji, 2000 Flexão e extensão horizontal Flexão - Extensão horizontal: Movimento de flex-ext combinada a abdução do ombro Posição de referência: ombro em abdução de 90º. Flexão horizontal: 140º Extensão horizontal: 30º a 40º Abdução Kapandji, 2000 Abdução: 0º a 180º Adução com extensão e flexão Kapandji, 2000 Adução (retorno da abdução): - adução + extensão (adução muito leve) - adução + flexão: adução (alcança de 30º a 45º) Rotação Kapandji, 2000 Rotação Posição de referência: cotovelo fletido a 90º. • Rotação lateral: 80º a 85º/ 90º. • Rotação medial: 90º/ 100º a 110º (necessário passar o braço atrás do corpo). Rot. Medial e Rot. Lateral Circundução Combinação dos movimentos elementares ao redor dos 3 eixos. O braço descreve no espaço um cone irregular, o centro é o ombro e o raio é igual à longitude do membro superior “Paradoxo” de Codman a)Rotação voluntária: palma retorna a mesma posição inicial (faz um rotação externa do ombro aos 90º de abdução) b)Rotação automática: palma da mão termina o movimento virada para fora e o polegar voltado para trás, que é o paradoxo de Codman. Flexão - Três Tempos Flexão - Três Tempos 1º TEMPO: 0º - 60º (a 60º há tensão do lig. coracoumeral) • articulação gleno-umeral • m. deltóide ant. (1) + m. coracobraquial (2) + feixe superior do m. peitotal maior (3). 2º TEMPO: 60º - 120º • art. escápulo- torácica: báscula lateral da escápula (60º) + art. acromio- clavicular (30º) + art. esterno-clavicular (30º). • m. trapézio superior (3) e inferior (4) + m. serrátil anterior (5). 3º TEMPO: 120º - 180º • participação da coluna vertebral. • p/ um MS: inclinação lateral do tronco → m. paravertebrais (6) do lado oposto. • p/ os MMSS em abdução: hiperlordose lombar. Extensão Kapandji, 2000 • Art. Gleno-umeral: m. redondo maior (1) m. redondo menor (5) m. deltóide posterior (6) m. grande dorsal (2) •Art. Escápulotorácica (adução da escápula): m. rombóide (4) m. trapézio médio (7) m. grande dorsal (2) Abdução - Três Tempos Kapandji, 2000 Abdução - Três Tempos 1º TEMPO: 0º - 90º • 90º o tubérculo maior impacta com a bordasuperior da cavidade glenóide). • articulação gleno-umeral. • m. deltóide (1) + m. supraespinhoso (2). 2º TEMPO: 90º - 150º • art. escápulo- torácica: báscula lateral da escápula (60º) + art. acromio-clavicular (30º) + art. esterno-clavicular (30º). • m.trapézio superior (3) e inferior (4) + m. serrátil anterior (5). 3º TEMPO: 150º - 180º Participação da coluna vertebral: • p/ 1 MS: inclinação lateral do tronco → m. paravertebrais (6) do lado oposto. • p/ 2 MMSS em abdução: hiperlordose lombar. Ritmo escapuloumeral • O princípio cinemático da abdução do ombro estabelece que, baseando-se no ritmo escapuloumeral geral de 2:1, um arco completo de 180 graus de abdução é o resultado de simultâneos 120 graus de abdução da articulação GU e 60 graus de rotação Neumann, 2011 Adução do Ombro Kapandji, 2000 m. redondo maior (1) m. grande dorsal (2) m. peitoral maior (3) m. rombóide (4) Rotação ROTADORES INTERNOS: ROTADORES EXTERNOS: • Grande dorsal (1) • Infraespinhoso (5) • Redondo Maior (2) • Redondo Menor (6) • Subescapular (3) • Peitoral Maior (4) ROTADORES INTERNOS ROTADORES EXTERNOS Lig. coracoumeral Lig. glenoumeral (feixe superior) Lig. glenoumeral (feixe médio) Lig. glenoumeral (feixe inferior) Cápsula articular Ligamentos (vista anterior) Lig. Coracoacromial Lig. Coracoclavicular ( conóide) Lig. Coracoclavicular (trapezóide) Lig. Acromioclavicular Ligamentos – (vista lateral da escápula) Lig. Coracoclavicular (conóide) Lig. Coracoclavicular (trapezóide) Lig. Coracoacromial Lig. Acromioclavicular Ligamentos (vista anterior) M. Deltóide (feixe anterior) Origem: borda anterior e terço lateral da clavícula. Inserção: tuberosidade deltoídea do úmero. Ação: flexão do ombro e auxilia na abdução e rotação interna do ombro. M. Deltóide (feixe médio) Origem: superfície superior e lateral do acrômio Inserção: tuberosidade deltoídea do úmero. Ação: abdução do ombro. M. Deltóide (feixe posterior) Origem: borda posterior da espinha da escápula Inserção: tuberosidade deltoídea do úmero. Ação: extensão do ombro e auxilia na abdução e rotação externa do ombro. M. Deltóide M. Bíceps braquial (cabeça longa) Origem: região superior da cavidade glenóide da escápula. Inserção: tuberosidade do rádio. Ação: flexão e abdução do ombro, flexão do cotovelo. M. Bíceps braquial (cabeça curta) Origem: processo coracóide da escápula. Inserção: tuberosidade do rádio. Ação: flexão do ombro. M. Bíceps braquial (cabeça longa) M. Bíceps braquial (cabeça curta) M. Coracobraquial Origem: processo coracóide da escápula. Inserção: superfície medial do úmero Ação: flexão e adução do ombro M. Subescapular Origem: fossa subescapular da escápula. Inserção: tubérculo menor do úmero. Ação: rotação interna do ombro. M. Subescapular M. Coracobraquial M. Infra-espinhoso Origem: fossa infraespinhosa da escápula. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: rotação externa do ombro. M. Redondo Menor Origem: superfície dorsal da borda lateral da escápula. Inserção: superfície inferior do tubérculo maior do úmero. Ação: rotação externa do ombro. M. Infra-espinhoso M. Redondo menor M. Supraespinhoso Origem: fossa supraespinhosa da escápula. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: abdução do ombro. M. Supraespinhoso M. Redondo Maior Origem: superfície dorsal do ângulo inferior da escápula. Inserção: superfície do tubérculo menor do úmero. Ação: rotação interna, extensão e adução do ombro. M.Tríceps Braquial (cabeça longa) Origem: tubérculo infraglenoídeo da escápula. Inserção: superfície posterior do olécrano da ulna. Ação: estende o cotovelo e auxilia a adução e extensão do ombro. M. Redondo maior M. Tríceps braquial (cabeça longa) M. Peitoral Maior Origem ( feixe superior): superfície anterior da metade esternal da clavícula. Origem (feixe inferior): superfície anterior do esterno. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: adução e rotação interna do ombro o m. como um todo. O feixe superior: flexão, rot. int. e adução horizontal do ombro). M. Peitoral maior (feixe superior) M. Peitoral maior (feixe inferior) M. Grande Dorsal Origem: processos espinhosos de T6-T12, fáscia tóraco-lombar (que se estende pelas vértebras lombares e sacras e terço posterior da crista ilíaca) Inserção: sulco intertubercular do úmero Ação: adução, rotação interna e extensão do ombro M. Grande dorsal Fáscia tóraco-lombar M. Serrátil Anterior Origem: superfícies externas das nove costelas superiores. Inserção: superfície anterior da borda medial da escápula. Ação: abdução e báscula lateral da escápula. M. Serrátil anterior M. Peitoral Menor Origem: superfícies externas da 3ª, 4ª e 5ª costelas. Inserção: superfície superior do processo coracóide da escápula. Ação: abdução da escápula. M. Subclávio Origem: face inferior da clavícula. Inserção: face superior da 1ª costela. Ação: abaixamento da clavícula. M. Peitoral Menor M. Subclávio M. Trapézio (feixe superior) Origem: protuberância occipital externa e processo espinhoso de C7. Inserção: terço lateral da clavícula e do acrômio. Ação: elevação e báscula lateral da escápula. M. Trapézio (feixe médio) Origem: processos espinhosos de T1 a T5. Inserção: superfície medial do acrômio e região superior da espinha da escápula. Ação: adução da escápula. M. Trapézio (feixe inferior) Origem: processos espinhosos de T6 e T12. Inserção: terço medial da espinha da escápula. Ação: abaixamento e báscula lateral da escápula. M. Trapézio (feixe superior) M. Trapézio (feixe inferior) M. Trapézio (feixe médio) M. Elevador da Escápula Origem: processos transversos de C1 – C4. Inserção: região superior da borda medial da escápula. Ação: elevação da escápula e auxílio na báscula medial. M. Rombóide Menor Origem: processos espinhosos de C7 e T1. Inserção: borda medial na raiz da espinha da escápula. Ação: adução, elevação e báscula medial da escápula. M. Rombóide Maior Origem: processos espinhosos de T2 a T5. Inserção: 2/3 inferiores da borda medial da escápula. Ação: adução, elevação e báscula medial da escápula. M. Elevador da escápula M. Rombóide Menor M. Rombóide Maior Neumann, 2011 INERVAÇÃO INERVAÇÃO Neumann, 2011 BIBLIOGRAFIA HOUGLUM, P.A; BERTOTI D.B. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 6 ed. Manole, 2014. CALAIS-GERMAIN, B. Anatomia para o movimento- introdução à análise das técnicas corporais. Vol 1. Manole, 2010. ENOKA, M. R. Bases neuromecânicas da cinesiologia. Manole, 2000. HOUGLUM, P.A; BERTOTI D.B. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 6 ed. Manole, 2014 KAPANDJI, I. A. Fisiologia articular: esquemas comentados de mecânica humana. 5.ed.Panamericana, 2000. KENDALL, F. P. Músculos provas e funções. 5ºed. Manole. 2007 LIPPERT, L.S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5ºed. Guanabara Koogan, 2013. NEUMANN, D. A. Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético: fundamentos para reabilitação. 2ºed, 2011 NORDIN, M.; FRANKEL,V.H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. Guanabara Koogan, 2003. RASCH, J. P. Cinesiologia e anatomia aplicada. 7.ed. GuanabaraKoogan, 1991.
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