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CIMATEC PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 2 5. PROCESSOS DE USINAGEM Na maioria dos casos, as peças fabricadas por fundição ou forjamento necessitam de alguma operação posterior de usinagem. O que acontece é que geralmente essas peças apresentam superfícies grosseiras que precisam de melhor acabamento. Além disso, elas também deixam de apresentar saliências, reentrâncias, furos com rosca e outras características que só podem ser obtidas por meio da produção de cavacos, ou seja, da usinagem. Isso inclui ainda as peças que, por questão de produtividade e custos, não podem ser produzidas por processos de fabricação convencional. Assim, podemos dizer que a usinagem é todo o processo pelo qual a forma de uma peça é modificada pela remoção progressiva de cavacos ou aparas de material metálico ou não-metálico. Ela permite: • Acabamento de peças fundidas ou conformadas, fornecendo melhor aspecto e dimensões com maior grau de exatidão; • Possibilidade de abertura de furos, roscas, rebaixos, etc; • Custo mais baixo porque possibilita a produção de grandes quantidades de peças; • Fabricação de somente uma peça com qualquer formato a partir de um bloco de material metálico ou não-metálico. A usinagem engloba um grande número de operações, tais como: torneamento, aplainamento, furação, fresamento, serramento, roscamento, retificação, brunimento, polimento, afiação, limagem, brochamento, mandrilamento, lapidação. Essas operações são realizadas manualmente ou por uma grande variedade de máquinas-ferramenta que empregam as mais variadas ferramentas. 5.1 Geometrias de corte Quer seja com ferramentas manuais como a talhadeira, a serra ou a lima, quer seja com ferramentas usadas em um torno, uma fresadora ou uma furadeira, o corte dos materiais é sempre executado pelo chama-se princípio fundamental, um dos mais antigos e elementares que existe: a cunha. Ferramentas com cunhas Fig.25 3 A característica mais importante é o ângulo de cunha ou ângulo de gume (c). Quanto menor ele for, mais facilidade a cunha terá para cortar. Assim, uma cunha mais aguda facilita a penetração da aresta cortante no material, e produz cavacos pequenos, o que é bom para o acabamento da superfície. Por outro lado, uma ferramenta com ângulo de cunha muito agudo terá a resistência de sua aresta de corte diminuída. Isso pode danificá-la por causa da pressão feita para executar o corte. Qualquer material oferece resistência ao corte, a qual é proporcional a sua dureza e tenacidade. Ao ser construída e usada uma ferramenta de corte, deve-se considerar a resistência que o material oferecerá ao corte. A cunha da ferramenta deve ter um ângulo de cunha capaz de vencer a resistência do material a ser cortado, sem que sua aresta cortante seja prejudicada. Efeito do ângulo da cunha no corte dos materiais Fig.26 Efeito da pressão de corte sobre a ferramenta Fig.27 Valor do ângulo da cunha em relação a dureza do material a ser cortado Fig.28 4 Por outro lado, não basta que a cunha tenha um ângulo adequado ao material a ser cortado. Sua posição em relação à superfície a ser cortada também influência decisivamente nas condições de corte, ou seja, não deve haver área de atrito entre o topo da ferramenta e a superfície a ser cortada. Para evitar isso, as ferramentas de corte devem ter um ângulo de folga ou ângulo de incidência. Além do ângulo de cunha e do ângulo de folga, existe um outro muito importante relacionado à posição de cunha. É o ângulo de saída ou ângulo de ataque. Do ângulo de saída depende um maior ou menor atrito da superfície de ataque da ferramenta. A conseqüência disso é o maior ou menor aquecimento da ponta da ferramenta. O ângulo de saída pode ser positivo, nulo ou negativo. Para materiais que oferecem pouco resistência ao corte, ângulo de cunha deve ser mais agudo e o ângulo de saída deve ser maior. Interação entre ângulo de folga e atrito entre peça e ferramenta Fig.29 Ângulo de folga de uma ferramenta Fig.30 Tipos de ângulo de saída Fig.31 5 Para materiais mais duros a cunha deve ser mais aberta e o ângulo de saída deve ser menor. Para alguns tipos de materiais plásticos e metálicos com irregularidades na superfície, adota-se um ângulo de saída negativo para as operações de usinagem. Todos esses dados sobre os ângulos representam o que chamamos de geometria de corte. Para cada operação de corte existem, já calculados, os valores corretos para os ângulos da ferramenta a fim de se obter o máximo rendimento. Esses dados são enconotrados nos manuais de fabricantes de ferramentas. 5.2 Processo de ajustagem A ajustagem mecânica consiste em um trabalho manual, sendo a remoção do material realizada utilizando a ferramenta de corte chamada lima. Limas São ferramentas de corte raspadoras de dimensões padronizadas, adotadas universalmente, fabricadas de aço de composição e de alto teor de carbono, utilizadas na ajustagem mecânica. A qualidade dos trabalhos executados com a lima depende da habilidade do operador desde que seja este trabalho realizado com a lima de características aconselháveis á sua execução. Relação entre ângulo de saída e quebra do cavaco formado Fig.32 6 As Limas são classificadas e especificadas de acordo com cinco diferentes características: Tamanho: o tamanho da lima é dado pelo o comprimento do seu corpo, sem contar com o punho, espiga ou haste que penetra no cabo. A largura da lima é proporcional ao seu comprimento, as medidas podem ser expressas em milímetros ou polegadas, sendo empregadas em oficinas limas com o comprimento variando de 2 a 24 polegadas, o comprimento é escolhido de acordo com a obra. A espessura diminui do centro em direção à ponta e à espiga o que permite melhor execução de superfícies planas. Tipo de picado: o picado diz respeito á disposição e a forma dos dentes. Pode ser simples (dentes em uma só direção) e duplo ou cruzado (dentes em duas direções). Picado simples. Neste tipo de picado, os dentes se apresentam de forma ininterrupta em toda largura da lima, este tipo de picado permite um ataque maciço ao material, que exige grande esforço de operação; é portanto empregado para um material mais macios, tais como Pb, Al, Zn, Sn e Cu e suas ligas ou para operações da acabamento, em que se realiza pequena retiradas de material. Partes construtivas de uma lima Fig.33 Tipos de picado simples Fig.34 7 Picado duplo ou cruzado. Este tipo de picado é empregado para materiais mais duros, tais como aço, aços –liga e aço fundido e conduz a uma superfície mais lisa, isto porque permite melhor subdivisão de esforços já que tira aparas menores. Espaçamento entre dentes ou grau de picado. De acordo com o espaçamento entre dentes, podemos ter a seguinte classificação das limas. • Grossa. • Bastarda . • Murça. As limas grosas são usadas paras para desbastar grandes superfícies. As limas bastardas se empregam para obras diversas quando não for necessária grande precisão nem produzir acabamento fino. Picado cruzado Fig.35 Classificação das lima de acordo ao grau de picado Fig.36 8 As limas bastardinhas e murça são usadas em obras de precisão e quando se deseja lisa a superfície da obra. 5.3 Processo de corte por serra Essa consiste em cortar, abrir fendas e iniciar ou abrir rasgos num determinado material utilizando uma lamina ou fita de serra para tanto de forma manual ou mecanizada. SERRA – Maquinas de serra fita O processo de corte com serra possui variáveis mecanizadas dentre as quais destaca-se as maquinas de serra fita.Tais maquinas se baseiam no movimento de rotação de duas polias que tencionam e fazem girar uma lamina de serra em forma de fita flexível, a qual passa por um guia que a põem na posição de trabalho evitando flexões e empenamentos que tornariam o corte impreciso. As maquinas de serra-fita dividem-se ainda em verticais e horizontais. Maquina de serra fita vertical A lamina de serra é posicionada na vertical e passa por um rasgo na mesa na qual deve ser colocada a peça. O avanço da peça é dado pelo próprio operador, o qual em casos de peças de maior peso pode ser auxiliado por uma inclinação da mesa de trabalho. Neste equipamento a peça fica solta o que não possibilita grande precisão no corte, já que o avanço dado pelo operador de forma manual tende a empurrar de forma desigual dois lados da mesma peça causando uma inclinação no corte. Maquina de serra-fita vertical Fig. 37 9 Maquina de serra fita horizontal A lamina de serra esta posicionada na horizontal em um cabeçote que desce por avanço hidrogravitacional. O controle do avanço é dado através de uma válvula controladora de fluxo ligada a um cilindro hidráulico que controla a influencia da força da gravidade sobre o cabeçote que suporta a serra, tornando maior o avanço quanto maior for a vazão de fluido hidráulico de um lado para o outro no cilindro hidráulico. Durante o processo de corte a peça fica fixada ao corpo da maquina por meio de uma morsa, o que quando a maquina entrasse bem regulada e em boas condições de uso ocasiona uma boa precisão angular no corte o que facilita usinagens posteriores. 5.4 Processo de furação Furadeiras São máquinas que tem a função principal, a execução de furos. A furadeira ou máquina de furar têm a possibilidade de abrir uma cavidade cilíndrica em um corpo metálico, por meio de uma ferramenta de dois cortes, chamada broca. Tipos de furadeiras: Furadeiras portáteis – Em certas ocasiões é indispensável recorrer ao uso de pequenas e leves furadeiras portáveis para executar furos, como em base, estruturas metálicas já montadas e etc. ou em posições não convenientes. Dentro da variedade de furadeiras portáteis, temos tipos que podem executar furos de 1 mm de diâmetro até 32 mm de diâmetro. Maquina de serra-fita circular horizontal Fig. 38 10 Furadeiras Sensitivas ( de bancada ) - Para pequenos furos empregam – se furadeiras com motores de pequena potência de no máximo 0,5 HP. Obs.: É chamada de sensitiva pelo o fato de que o avanço do mandril da porta – broca é dada pela força muscular do operador que atua com a mão direita na alavanca de comando, onde percebe o esforço que gradualmente encontra na broca. Furadeiras de coluna – As operações processadas na furadeira de coluna são as mais freqüentes, essa furadeira tem a possibilidade de executar a de formas mais diversificadas. Essa máquina permite desloca verticalmente a mesa porta – peça posicionando em diferentes alturas as peças a serem furadas. Furadeira sensitiva Fig. 40 Furadeira de coluna Fig. 41 11 Furadeiras radiais - São indicadas para peças que devem ser furadas em diversos pontos sem que haja necessidade de removê-la para outra furadeira. Acessórios para furadeiras Mandril Este acessório tem a função de fixar as ferramentas, com haste cilíndrica/paralela. Para serem fixados nas furadeiras, eles são produzidos com rosca ou cone. Furadeira radial Fig. 42 Exemplo de furação facilmente executada em furadeira radial Fig. 43 Chave e mandril de fixação de ferramentas de haste cilíndrica Fig. 44 12 Buchas de redução São elementos que servem para adaptar o cone da ferramenta ao cone da árvore da máquina. Suas dimensões são normalizadas tanto para cones externos (machos) como para cones internos (fêmeas). Cunha ou saca-mandril / bucha Cunha É um instrumento de aço em forma de cunha usado para extrair as ferramentas dos furos cônicos do eixo porta-ferramenta. Bucha de redução cone Morse Fig. 45 Cunha para a desmontagem de buchas e mandris Fig. 46 13 Brocas São ferramentas de corte, formas cilíndricas, com canais retos ou helicoidais, temperadas, terminam em ponta cônica e são afiadas com um ângulo determinado. São utilizadas para fazer furos cilíndricos nos diversos materiais. Para tanto, a ferramenta ou a peça giram e, simultaneamente, a ferramenta ou a peça se deslocam segundo uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo de rotação da máquina Os tipos mais usados são as brocas helicoidais: Tipos; Broca helicoidal de haste cilíndrica É utilizada em um mandril. Fabrica-se, geralmente, com diâmetros normalizados de até 20 mm. Movimentos de corte em furação com broca helicoidal Fig. 47 Partes de uma broca helicoidal de haste paralela Fig. 48 14 Broca helicoidal de haste cônica As brocas de haste cônicas são montadas, diretamente no eixo das máquinas. Isso permite prender com maior firmeza essas brocas, que devem suportar grandes esforços no corte. São fabricadas com diâmetros normalizados de 3 a 110 mm. Os ângulos da ponta das brocas variam de acordo com o material a ser furado. Ângulo de ponta (representado pela letra grega σ, lê-se sigma) - corresponde ao ângulo formado pelas arestas cortantes da broca. Também é determinado pela dureza do material a ser furado. Veja abaixo a tabela; Ângulo Material 118° Aço macio 150° Aço duro 125° Aço forjado 100° Cobre e alumínio 90° Ferro fundido e ligas leves 60° Plásticos, fibras e madeira. Partes de uma broca helicoidal de haste cônica Fig. 49 15 Broca de centrar É uma broca especial que serve para fazer furos de centro. É fabricada de aço rápido. Tipos de brocas. Os tipos mais comuns de brocas são: Alargador O cavaco produzido no alargamento é muito pequeno já que a finalidade da operação é dar acabamento e exatidão ao furo, a operação de alargar feita em máquinas ferramentas é usada na produção em série. A operação manual é empregada em trabalho de manutenção, ou em trabalho de montagem e construção de estruturas metálicas. O alargador é uma ferramenta fabricada com aço – carbono (para trabalho gerias de baixa produção) ou aço – rápido (para trabalho de média e alta produção). Há ainda alargadoras com pastilhas de carboneto soldadas as suas arestas de corte. Esses alargadores são usados para elevada à produção em série. • Alargador cilíndrico, de navalhas retas, manual. BROCA DE CENTRAR SIMPLES BROCA DE CENTRAR COM CHANFRO DE Ângulos da ponta de uma broca Fig. 51 Alargador manual de arestas paralelas Fig. 52 16 • Alargador cilíndrico, arestas helicoidais para máquina. Escariadores e Rebaixadores Nas operações de montagem de máquinas, é necessário embutir parafusos que não devem ficar salientes. Nesse caso, a furação com uma broca comum não é indicada. Para esse tipo de trabalho usam-se ferramentas diferentes de acordo com o tipo de rebaixo ou alojamento que se quer obter. Assim, para rebaixos cônicos, como para parafusos de cabeça escareada com fenda, emprega-se uma ferramenta chamada de escareador. Essa ferramenta apresenta um ângulo de ponta que pode ser de 60, 90 ou 120° e pode ter o corpo com um formato cilíndrico ou cônico. Escarear furo: consiste em tornar cônica a extremidade de um furo previamente feito, utilizando um escareador. O escareador permite que sejam alojadoselementos de união tais como parafusos e rebites cujas cabeças têm formato cônico. Rebaixar furo: consiste em aumentar o diâmetro de um furo até uma profundidade determinada. O rebaixo destina-se a alojar a cabeças de parafusos, rebites, porcas e buchas. Com esse rebaixo, elas ficam embutidas, apresentando melhores aspectos e evitando o perigo de acidentes com as partes salientes. Como a guia do rebaixador é responsável pela centralização do rebaixo, é importante verificar de modo que o diâmetro da broca que faz o furo seja igual ao da guia. Escareador e aplicação de uma escareado Fig. 54 17 Ferramenta para abrir rosca Machos Macho é uma ferramenta para abrir roscas internas, como porcas, etc. O macho tem filetes internos e rasgos longitudinais, originando daí o aparecimento de arestas cortantes e sulcos necessários á saída dos cavacos. Os machos para trabalhos manuais são formados em jogos de 3 unidades: Macho n° 1 - Desbaste Macho n° 2 - Intermediário Macho n° 3 - Acabamento Roscar com Cossinete Operação de Roscamento Externo (Manual) São ferramentas de corte construídas de aço especial, com rosca temperada e retificada; é similar a uma porca, com cortes radiais dispostos convenientemente em torno do furo central. Os cossinetes possuem quatro ou mais furos, que formam as suas partes cortantes, que permitem a saída do cavaco. Geralmente possuem um corte no sentido da espessura que permite regular a profundidade do corte. Jogo de machos manuais Fig. 56 Cossinete Fig. 57 18 5.5 Processo de torneamento Torneamento O processo que se baseia no movimento da peça em torno de seu próprio eixo chama-se torneamento. O torneamento é uma operação de usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas movidas por um movimento uniforme de rotação em torno de um eixo fixo retirando o cavaco progressivamente. O cavaco é cortado por uma ferramenta de um só gume cortante, que deve ter dureza superior à do material a ser cortado. Para executar o torneamento, são necessários três movimentos relativos entre a peça e a ferramenta. Eles são Movimento de corte: é o movimento principal que permite cortar o material. O movimento é rotativo e realizado pela peça. Movimento de avanço: é o movimento que desloca a ferramenta ao longo da superfície da peça. Movimento de penetração: é o movimento que determina a profundidade de corte ao empurrar a ferramenta em direção ao interior da peça e assim regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco. Variando os movimentos, a posição e o formato da ferramenta, é possível realizar uma grande variedade de operações; Movimentos de um torno mecânico Fig. 58 19 Tipos de torno TORNO HORIZONTAL – Tipo de torno que embora possua grande versatilidade, não oferece grandes possibilidades de fabricação em série, devido à dificuldade que apresenta com as mudanças de ferramenta. TORNO REVOLVER – Torno mecânico horizontal Fig. 60 Operações realizadas em um torno Fig. 59 20 Sua característica principal é o emprego de várias ferramentas convenientemente dispostas e preparadas para executar as operações em forma ordenada e sucessiva. TORNO VERTICAL – Possui o eixo de rotação vertical, é empregado no torneamento de peças de grande dimensão, como volantes, polias, rodas dentadas, etc., as quais por seu peso podem ser montadas mais facilmente sobre uma plataforma horizontal que sobre uma plataforma vertical. TORNO CNC – é basicamente um torno com controle numérico computadorizado construído inicialmente para produção de peças de revolução ou cilíndrica que vem dotado de duas bases as quais são chamadas de barramento sobre as quais correm dois eixos sendo um o eixo X (eixo que determina o diâmetro da peça) e outro o eixo Z (eixo que determina o comprimento da peça). Torno revolver Fig. 61 Torno vertical Fig. 62 21 Partes que compõem um torno mecânico Cabeçote fixo Cabeçote fixo é um conjunto constituí do de carcaça, engrenagens e eixo- árvore. O elemento principal do cabeçote é o eixo-árvore, também chamado árvore ou eixo principal, onde está montada a placa, responsável pelo movimento de rotação da peça; o eixo-árvore é vazado. Barramento Barramento é a parte do torno que sustenta os elementos fixos e móveis do torno. Na parte superior do barramento estão as guias prismáticas, que devem ter um paralelismo perfeito em relação ao eixo-árvore, a fim de garantir o alinhamento da máquina. Carro Principal Torno de CNC Fig.63 Caixa Norton Fig.64 22 O carro principal é um conjunto formado por avental, mesa, carro transversal, carro superior e porta-ferramenta. O avanço do carro principal pode ser manual ou automático. O carro transversal é responsável pelo movimento transversal da ferramenta e desliza sobre a mesa por meio de movimento manual ou automático. O carro superior possui uma base giratória graduada que permite o torneamento em ângulo. Nele também estão montados o fuso, o volante com anel graduado e o porta-ferramenta ou torre. O porta-ferramenta ou torre é o local onde são fixados os suportes de ferramentas, presos por meio de parafuso de aperto. Sistema de movimentação do carro principal Fig.65 Sistema de movimentação do carro transversal Base giratória do carro transversal Fig.67 23 Cabeçote móvel. É a parte do torno que se desloca sobre o barramento, oposta ao cabeçote fixo. A contra-ponta está situada na mesma altura da ponta do eixo principal. A contra- ponta e a ponta do eixo principal é que determinam o eixo de rotação da superfície torneada. Placa universal de três castanhas É o acessório do torno no qual se fixa o material por aperto simultâneo das castanhas. Isso quer dizer que o mesmo giro da chave movimenta todas as castanhas, no sentido de apertar o material. Emprego Centrar de imediato materiais que tenham seção circular ou poligonal regular. O número de lados deve ser múltiplo do número de castanhas. Constituição A placa universal é composta das seguintes partes indicadas na figura. Cabeçote Móvel Fig.68 24 As Placas universais são adaptadas ao eixo principal do torno de duas maneiras: por meio de um flange com rosca, usada para fixar a placa ou através de uma porca de fixação e um cone normalizado. Placa de castanhas independentes. Serve para possibilitar a fixação de peças com formato circular, prismático ou irregular, por meio do aperto individual de suas castanhas. Lunetas São acessórios do torno que tem a finalidade de apoiar peças compridas. As lunetas evitam curvatura ou flexão das peças sob a ação do esforço da ferramenta de corte. • Tipos. Luneta fixa. É montada no barramento do torno, de acordo com o comprimento da peça. A luneta é fixada transversalmente ao barramento, por meio de um parafuso com porca e uma sapata. Placa de castanhas independentes Fig.70 Luneta fixa Fig. 71 25 Emprego. No torneamento a peça muito comprida, cuja flexão se dá até pelo próprio peso da mesma, no torneamento de peças compridas sem apoio na contra ponta. Luneta Móvel. É fixada no carro de torno e desloca-se ao longo da peça, à medida que a ferramenta avança. Emprego. No torneamento em todo o comprimento de peça flexível.Velocidade de corte no Torno. É a velocidade de um ponto da superfície que se corta, quando esta superfície gira. A velocidade de corte no torno é medida em metros por minuto (m/min). Emprego da luneta fixa Fig. 72 Luneta Móvel Fig. 73 26 O valor correto é obtido, fazendo-se com que o torno gire nas rotações adequadas. Fatores de que depende a velocidade de corte: • O material a tornear; • O material da ferramenta; • A operação a executar. Os três fatores relacionados acima determinam a velocidade de corte do material a ser trabalhado. Vamos tomar como exemplo um eixo com 80 mm de diâmetro de aço 1020 sendo usinado com ferramenta de aço rápido. OBSERVAÇÃO: em primeiro lugar, procurar na tabela a velocidade de corte para se tornear aço 1020 com ferramenta de aço rápido. Para esse caso, encontrará de 20 ac 30 metros por minutos. V = Velocidade de corte em metros por minuto. Convenções: D = Diâmetro da peça. N = Número de rotações por minuto. 318 = constante (simplificação de 1000/π D = 80 mm Dados: V = 30 m/min (tabela) Tipo de ferramenta: aço rápido FÓRMULA: D Vx N 318 = Solução: Substituindo na fórmula os valores literais pelos valores numéricos dados, teremos: 119 4 477 80 31830 =⇒= N x N Resposta: N = 119 rpm. 27 TABELAS RELATIVAS A VELOCIDADE DE CORTE NO TORNO. Tabelas como as que se seguem, permitem determinar a velocidade de corte para cada caso, conhecidos os fatores vistos anteriormente. Conhecida a velocidade de corte, pode-se encontrar a rotação por minuto(rpm), por cálculos ou em tabelas. TABELA DE VELOCIDADE DE CORTE MATERIAIS FERRAMENTAS DE AÇO RÁPIDO FERRAMENTA DE CARBONETO METÁLICO DEBASTAR ACABAMENTO ROSCAR RECARTILHAR DEBASTAR ACABAMENTO 1020 – 1030 AÇO CARBONO MACIO 25 30 10 200 300 1045 – 1050 AÇO CARBONO DURO 15 20 8 120 160 1060 – 1070 AÇO CARBONO EXTRADURO 12 16 6 40 60 FERRO FUNDIDO MALEÁVEL 20 25 8 70 85 FERRO FUNDIDO CINZENTO 15 20 8 65 95 FERRO FUNDIDO DURO 10 15 6 30 50 BRONZE 30 40 10-25 300 380 LATÃO E COBRE 40 50 10-25 350 400 ALUMÍNIO 60 90 15-35 500 700 FIBRA E EBONITE 25 40 120 150 28 DESBASTE COM FERRAMENTA DE AÇO RÁPIDO DIÂMETRO EM MILÍMETROS 6 A 8 10 12 14 16 18 22 26 30 35 40 45 MAT. POR TORNEAR DESIGNA ÇÃO. ABNT CARBONO EM ( % ) NÚMERO DE ROTAÇÕES POR MINUTO ( RPM ) FERRO FUNDIDO MACIO 855 560 480 400 380 330 260 230 190 160 145 130 AÇO CARBONO MACIO 1020 1030 0,18 A 0,23 0,28 A 0,34 1300 950 800 675 600 520 410 380 320 280 240 210 AÇO CARBONO DURO 1045 1050 0,43 A 0,50 0,48 A 0,55 800 700 600 500 450 400 310 280 240 200 175 155 AÇO CARBONO MUITO DURO 1055 1060 0,50 A 0,60 0,55 A 0,65 700 520 425 375 340 300 230 200 170 150 130 115 BRONZE FOSFOROSO 1350 970 820 685 620 540 420 390 330 290 250 220 LATÃO E ALÚMINIO 2200 1700 1500 1300 1100 900 800 700 600 500 400 375 DESBASTE COM FERRAMENTA DE AÇO RÁPIDO DIÂMETRO EM MILÍMETROS 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 a 100 110 a 120 MAT. POR TORNEAR DESIGNA ÇÃO. ABNT CARBONO EM ( % ) NÚMERO DE ROTAÇÕES POR MINUTO ( RPM ) FERRO FUNDIDO MACIO 115 105 95 90 80 75 70 65 60 55 50 AÇO CARBONO MACIO 1020 1030 0,18 A 0,23 0,28 A 0,34 190 175 165 150 135 130 120 110 105 90 80 29 AÇO CARBONO DURO 1045 1050 0,43 A 0,50 0,48 A 0,55 140 125 120 110 100 95 90 85 80 70 65 AÇO CARBONO MUITO DURO 1055 1060 0,50 A 0,60 0,55 A 0,65 100 95 85 80 75 70 65 60 55 50 45 BRONZE FOSFOROSO 195 180 165 155 140 135 125 115 110 95 85 LATÃO E ALÚMINIO 350 325 300 275 50 225 200 190 180 160 140 30 ROTAÇÃO PARA: ROSCAR – RECARTILHAR – SANGRAR – PERFILAR COM FERRAMENTA DE FORMA DIÂMETRO EM MILÍMETROS 6 A 8 10 12 14 16 18 22 26 30 35 40 45 MAT. POR TORNEAR DESIGNA ÇÃO. ABNT CARBONO EM ( % ) NÚMERO DE ROTAÇÕES POR MINUTO ( RPM ) FERRO FUNDIDO MACIO 240 190 160 135 120 105 90 80 65 55 50 40 AÇO CARBONO MACIO 1020 1030 0,18 A 0,23 0,28 A 0,34 475 380 315 270 238 198 175 150 130 110 95 85 AÇO CARBONO DURO 1045 1050 0,43 A 0,50 0,48 A 0,55 395 320 265 228 198 176 145 130 105 90 80 70 AÇO CARBONO MUITO DURO 1055 1060 0,50 A 0,60 0,55 A 0,65 240 195 160 136 120 106 88 78 65 55 48 42 BRONZE FOSFOROSO 600 500 420 360 320 280 230 210 170 150 127 112 LATÃO E ALÚMINIO 700 600 450 400 350 310 260 230 200 170 140 120 31 RATAÇÃO PARA: ROSCAR – RECARTILHAR – SANGRAR – PERFILAR COM FERRAMENTA DE FORMA DIÂMETRO EM MILÍMETROS 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 a 100 110 a 120 MAT. POR TORNEAR DESIGNA ÇÃO. ABNT CARBONO EM ( % ) NÚMERO DE ROTAÇÕES POR MINUTO ( RPM ) FERRO FUNDIDO MACIO 38 35 32 29 27 25 24 22 20 18 16 AÇO CARBONO MACIO 1020 1030 0,18 A 0,23 0,28 A 0,34 76 69 64 59 55 51 48 45 40 25 30 AÇO CARBONO DURO 1045 1050 0,43 A 0,50 0,48 A 0,55 65 58 53 49 45 42 40 36 33 30 25 AÇO CARBONO MUITO DURO 1055 1060 0,50 A 0,60 0,55 A 0,65 38 35 32 29 27 25 24 22 20 18 16 BRONZE FOSFOROSO 105 93 85 78 73 68 64 60 56 52 48 LATÃO E ALÚMINIO 110 100 95 83 78 72 68 64 60 55 50 5.6 Processo de aplainamento Aplainamento é uma operação de usinagem feita com máquinas chamadas Plainas e que consiste em obter superfícies planas, em posição horizontal, vertical ou inclinada. As operações de aplainamento são realizadas com o emprego de ferramentas que têm apenas uma aresta cortante que retira o sobremetal com movimento linear. Diversos tipos de superfícies podem ser conseguidas mudando a ferramenta e alterando a direção do corte. O aplainamento é uma operação de desbaste. Por isso, e dependendo do tipo de peça que está sendo realizada, pode ser necessário o uso de outras máquinas para realização posterior de acabamento que dão maior exatidão às medidas. O aplainamento apresenta grandes vantagens na usinagem de réguas, bases, guias e barramentos de máquinas, porque cada passada da ferramenta é capaz de retirar material em toda a superfície da peça. Nas operações de aplainamento, o corte é feito em um único sentido. O curso de retorno da ferramenta é um tempo perdido. Assim, esse processo é mais lento que o fresamento, por exemplo, que corta continuamente. Operações de aplainamento Fig. 74 33 Por outro lado, o aplainamento usa ferramenta de corte com uma só aresta cortante, que são mais baratas, mais fáceis de afiar e com montagem mais rápida. Isso significa que o aplainamento é em regra geral, mais econômico que outras operações de usinagem que usam ferramentas multicortantes. As operações de aplainamento são sempre realizadas com máquinas. Elas são de dois tipos: Plaina limadora: • Vertical • Horizontal A plaina limadora apresenta movimento retilíneo alternativo (vaivém) que move a ferramenta sobre a superfície plana da peça retirando o material. Isso significa que o ciclo completo divide-se em duas partes: em uma (avanço da ferramenta) realiza-se o corte; na outra (recuo da ferramenta), não há trabalho, ou seja, é um tempo perdido. Esse tipo de plaina compõe-se de: (1) corpo, (2) base, (3) cabeçote móvel ou torpedo: movimenta-se com velocidade variada, (4) cabeçote da espera: pode ter a altura variada ao qual está preso o porta-ferramentas (5), (6) mesa com movimento de avanço e ajuste e na qual a peça é fixada. Formas de ferramentas para aplainar Fig. 75 Plaina limadora Fig. 76 34 Na plaina limadora é a ferramenta que faz o curso de do corte e a peça tem apenas pequenos avanços transversais. Esse deslocamento é chamado de passo do avanço. O curso máximo da plaina limadora, em geral, fica em torno de 600mm. Por esse motivo, ela só pode ser usada parausinar peças de tamanho médio ou pequeno, como uma régua de ajuste. Quanto às operações, a plaina limadora pode realizar estrias, rasgos, rebaixos, chanfros, faceamento de topo em peças de grande comprimento. Isso é possível porque o conjunto no qual está o porta-ferramenta pode girar e ser travado em qualquer ângulo. Para o aplainamento de superfícies internas de furos (rasgos de chavetas) em perfis variados, usa-se a plaina limadora vertical. Inclinação do cabeçote de espera Fig. 77 Plaina vertical Fig. 78 35 5.7 Processo de Fresamento Introdução Fresamento é um processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies quaisquer com auxílio de ferramentas geralmente multicortante. Para tanto a ferramenta gira e a peça se desloca segundo uma trajetória qualquer. Fresamento tangencial Nesse tipo de fresamento, o eixo da fresa é paralelo à superfície que está sendo usinada. O cavaco formado tem a forma de "vírgula". O fresamento tangencial exige um maior esforço da máquina e da ferramenta. No seu acabamento superficial não se consegue baixa rugosidade. Fresamento frontal No fresamento frontal o eixo da ferramenta é perpendicular à superfície a ser usinada. O cavaco possui uma espessura regular. A máquina é menos exigida, pois a força é distribuída em vários dentes em processo contínuo. Operação de fresamento em alta velocidade Fig.79 Fresamento tangencial Fig.80 36 O acabamento superficial é melhor e o volume de cavaco retirado é bem maior. O fresamento em função dos movimentos pode ser concordante ou discordante Discordante O avanço da peça é contrário ao sentido de rotação da ferramenta. Pode ser aplicado em qualquer tipo de máquina. Em virtude da maior espessura de cavaco na saída do dente, e das vibrações conseqüentes não se consegue excelente acabamento. O volume de cavaco retirado por tempo é menor. Concordante O avanço da peça tem mesmo sentido da rotação da ferramenta. Fresamento frontal Fig. 81 Corte discordante Fig. 82 Corte concordante Fig. 83 37 O corte do material é bem mais acentuado no início, o que oferece um melhor acabamento. Com relação às forças de corte, a resultante tende a fixar a peça à mesa, daí o seu emprego em peças de rigidez de fixação deficiente e difíceis de prender, como no caso das chapas de pouca espessura. É muito utilizado na abertura de rasgos de chaveta, cortes profundos e longos em relação à largura da peça. Podem ser utilizados sem restrições nas máquinas de acionamento hidráulico. Fresadoras As máquinas fresadoras são classificadas geralmente de acordo com a posição do seu eixo-árvore em relação à mesa de trabalho. Mesa de trabalho é o lugar da máquina onde se fixa a peça a ser usinada. O eixo-árvore é a parte da máquina onde se fixa a ferramenta. As fresadoras classificam-se em relação ao eixo-árvore em horizontal, vertical e universal. Fresadora Horizontal A fresadora é horizontal quando seu eixo-árvore é paralelo à mesa da máquina. Fresadora Horizontal é uma fresadora pouco versátil e normalmente utilizada em peças de grandes dimensões. Possui grande rigidez e se presta para execução de trabalhos pesados. Fresadora horizontal Fig. 84 38 Fresadora Vertical Se o eixo-árvore for perpendicular à mesa da máquina, dizemos que se trata de uma fresadora vertical. Fresadora vertical é um tipo de fresadora também pouco versátil, se presta à execução de trabalhos em peças de grande altura. Trabalha normalmente com ferramentas frontais executando trabalho de usinagem plana ou angular, visto que seu cabeçote pode efetuar deslocamentos angulares. Fresadora Universal Já a fresadora universal dispõe de dois eixos-árvore, um horizontal e outro vertical. O eixo vertical situa-se no cabeçote, parte superior da máquina. O eixo horizontal localiza-se no corpo da máquina. O fato de a fresadora universal dispor de dois eixos permite que ela seja utilizada tanto na posição horizontal quanto na vertical. Fresadora vertical Fig. 85 Fresadora universal Fig. 86 39 Tipos de ferramentas e aplicações Existem muitos tipos de fresa e sua classificação pode ser feita através de vários critérios. Apresentamos a seguir os tipos mais comuns de suas aplicações. Fresas de Perfil Constante São fresas utilizadas para abrir canais, superfícies côncavas e convexas ou gerar engrenagens entre outras operações. Veja alguns tipos dessa fresas e suas aplicações. Fresas Plana Trata-se de fresas utilizadas para usinar superfícies planas (facear / fresar superfícies), abrir rasgos e canais. Veja a seguir, fresas planas em trabalho e suas aplicações. Fresas de perfil constante Fig. 87 Fresas plana Fig. 88 40 Fresas Angulares Estas são fresas utilizadas para a usinagem de perfis em ângulos, como rasgos prismáticos e encaixes do tipo rabo-de-andorinha. Fresas para Rasgos As fresas para rasgos são utilizadas para fazer rasgos de chavetas, ranhuras retas ou em perfil T, como as das mesas das fresadoras e furadeiras. Fresa bi-angular Fig. 89 Fresa rabo de andorinha Fig. 90 Fresas de topo Fig. 91 Fresas woordruff Fig. 92 41 Ferramentas com Pastilhas de Metal Duro Fresa Plana de Facear / DISCO A fresa de facear e de disco multifunção com capacidade de alta precisão para numerosas operações. Avanço por dente de até 0.4 mm por aresta. Tem um fácil fluxo de cavaco graças aos bolsões abertos, as pastilhas por que são resistentes e suporta cargas pesadas. Operações com fresas com pastilhas de metal duro Fig. 93 Fresas disco para faceamento Fig. 94 42 Fresa para Facear e Perfilar Disponível em passo largo, fino e extrafino para máximo desempenho em diferentes condições e a geometria e classe seguras, otimizadas para aplicação tornam possível altas taxas de remoção de material. 5.8 Processo de mandrilamento Mandrilamento é um processo mecânico de usinagem de superfìcies de revolução, com o auxílio de uma ou mais ferramentas de corte. Nessa operação, a ferramenta de corte é fixada a uma barra de mandrilar em um certo‚ ângulo, determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril. Tipos de mandrilamento Dependendo do trabalho, o mandrilamento, também conhecido como mandrilagem ou broqueamento, pode ser cilíndrico, cônico, radial ou esférico. Pelo mandrilamento pode-se conseguir superfícies cilíndricas ou cônicas, internas, em espaços normalmente difíceis de serem atingidos, com eixos perfeitamente. Paralelos entre si. Fresa para faceamento com perfilamento Fig. 95 Barra de mandrilar Fig. 96 43 O mandrilamento cilíndrico É o processo em que a superfície usinada é cilíndrica e o seu eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual a ferramenta gira. O mandrilamento cônico é o processo em que a superfície usinada È cônica e seu eixo de rotação. Coincide com o eixo em torno do qual a ferramenta gira. O mandrilamento radial é o processo em que a superfície usinada é planae perpendicular ao eixo em torno do qual gira a ferramenta. Mandrilamento cilíndrico Fig. 97 Mandrilamento cônico Fig. 98 Mandrilamento radial Fig. 99 44 O mandrilamento esférico é o processo em que a superfície usinada é esférica e o eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual a ferramenta gira. As mandriladoras são maquinas especiais que permitem a adaptação de diferentes tipos de ferramentas. Com o acoplamento de acessórios apropriados, a mandriladora, além do mandrilamento, pode ser utilizada para furar, fresar, rosquear etc., tornando-se, nesses casos, uma máquina universal. Dependendo da posição do eixo-·árvore, as mandriladoras podem ser horizontais ou verticais. Em maquinas como essas usinam-se grandes carcaças de caixas de engrenagens e estruturas de máquinas. Uma peça com forma prismática pode ser usinada em todas as suas quatro faces verticais sem que haja a necessidade de remover a peça da máquina porque a mandriladora tem uma mesa giratória que possibilita a usinagem em todos os lados. Mandrilamento esférico Fig. 100 Mesa giratória Fig. 102 Mandriladoras vertical e horizontal respectivamente Fig. 101 45 A vantagem do uso dessa máquina È a economia de tempo. A mandriladora universal tem a capacidade de processar todas as operações necessárias de usinagem, do começo ao fim, do desbaste ao acabamento, sem que haja necessidade de remover a peça da maquina. Se, por exemplo, temos a necessidade de usinar a carcaça de uma caixa de engrenagens, ela é colocada na mandriladora apoiada na mesa giratória. A mesa gira e, assim, permite o giro da carcaça em torno do seu eixo vertical. Desse modo, são executadas todas as operações necessárias como corte, rosqueamento, cada uma há seu tempo. Tipos de ferramenta As paradas de máquina para troca de ferramentas representam tempo ocioso que reflete nos custos de produção. Atualmente, um novo conceito em ferramentas de mandrilamento È utilizado na indústria, em que um sistema modular de ferramental permite reduzir o tempo gasto nas trocas de ferramentas, mantendo a exatidão no trabalho. O sistema modular possibilita dispor de um conjunto de ferramentas com partes modulares intercambiáveis. Cabeças modulares para mandrilamento de desbaste Fig. 103 Cabeças modulares para mandrilamento de acabamento Fig. 104 46 5.9 Processo de retificação É um processo de usinagem mecânica pelo qual se remove material estabelecendo-se um contato entre a peça e uma ferramenta abrasiva chamada "rebolo" que gira em alta velocidade. O desgaste do material a ser usinado é muito pequeno visto que a ferramenta (rebolo) arranca minúsculos cavacos na operação de corte. Cada cristal retira um pequeno cavaco quando sua aresta incide sobre a peça. O ângulo de ataque à sempre negativo. No estudo do rebolo existem cinco elementos importantes a considerar. Abrasivo – material que compõe os grãos do rebolo. Granulação – tamanho dos grãos abrasivos. Aglomerante – material que une os grãos abrasivos. Grau de dureza – resistência do aglomerante. Estrutura – porosidade do disco abrasivo. Abrasivo O elemento cortante, ou seja, abrasivo, é o elemento que "ataca" o material a ser usinado, a comparação dos diferentes elementos cortantes pode ser feita levando- se em consideração a escala de MOHS. As principais características dos elementos cortantes são dureza, resistência e geometria. Na atualidade, os abrasivos mais empregados são de óxido de alumínio ou de carbureto de silício. Abrasivos naturais – Primeiros materiais a serem usados para a fabricação de rebolos, eram de origem mineral. Ex: quartzo, silício, esmeril, coríndon, diamante etc. Abrasivos aluminosos – São obtidos a partir do óxido de alumínio (bauxita) em fornos elétricos. Possuem uma dureza de 9 (escala MOHS). Abrasivos silicosos – Os abrasivos siliciosos são obtidos de areia de quartzo e de coque Tem uma coloração que varia desde o negro brilhante até o verde, e tem uma dureza que atinge até > 9 na escala Mohs. Granulação O grão é simplesmente o tamanho das partículas cortantes. Se cortarmos uma peça com rebolo em que a estrutura é muito fechada, haverá risco de embutir os cavacos na peça. O tamanho da partícula abrasiva de um rebolo é especificado pelo número de grãos. O número que indica a tamanho do grão é dado pela número de malhas existentes numa polegada (linear) do crivo mais fino, pelo qual passam as partículas. No exemplo ao lado, a peneira tem 10 malhas. O abrasivo escolhido à de número 10. 47 Aglomerantes Aglomerantes são aditivos químicos que tem a finalidade de juntar partículas e uní-las com o desenvolvimento de sua resistência mecânica. Os aglomerantes usados na fabricação de rebolos se dividem em duas classes: Grau de dureza A dureza de um rebolo depende de quão grande é a resistência proporcionada pelo aglomerante contra a separação dos grãos. A resistência muda conforme o material dos aglomerantes. V (Vitrificado) É mineral, rígido e quebradiço. S (Silicato) É mineral, rígido e quebradiço. R (borracha) É orgânico, elástico e flexível. M ( metálico) É mineral, rígido e resistente. B (Resinóide) É mais elástico e resistente que o vitrificado. Estrutura Diz respeito ao numero de grãos contidos em determinada área. Tal característica é função do material que se deseja cortar. É comum usar-se rebolos com estruturas mais fechadas na usinagem de materiais duros, e estruturas mais abertas no caso de materiais moles. Rebolos O rebolo é uma ferramenta universal utilizada em máquinas apropriadas para cortar, desbastar ou polir qualquer tipo de material metálico ou não. Está formado por uma quantidade de grãos abrasivos de grande dureza, unidos entre si por meio de um material aglomerante e seus formatos dependem da tarefa a efetuar. Rebolos e suas especificações Fig. 105 48 Cada grão abrasivo que entra em contato com o trabalho remove uma quantidade de material em condições idênticas aos dentes de uma fresa. À medida que se procede este operação, os grãos abrasivos vão perdendo suas propriedades de corte, exigindo maior pressão sobre o rebolo. Esta força fratura ou desprende os grãos abrasivos, fazendo com que entrem em contato com o trabalho, novos grãos com pontas agudas e cortantes. Esta propriedade do rebolo é única e desconhecida em qualquer outra ferramenta de corte. Retificadora É uma máquina que está preparada para a usinagem por abrasão (retificação) de materiais ou peças, que se encontram no estado natural ou tratados termicamente por meio de uma ferramenta chamada rebolo. O fato de que esta ferramenta de trabalho seja de cortes múltiplos e que se podem montar no eixo correspondente, rebolos de distintos tipos e formas, dão a retificadora características especiais e uma vantagem sobre outras máquinas ferramentas (limadoras, torno, fresadora), com a de poder dar às superfícies já trabalhadas por estas, usinagem mais precisa e um acabamento fino. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A OPERAÇÃO QUE REALIZA. � Retificadoras plana. � Retificadoras cilíndricas. � Retificadoras especiais. Retificadora cilíndrica universal A retificadora cilíndrica universal retifica superfícies cilíndricas, externas ou internas e, em alguns casos, superfícies planas em eixos rebaixados que exijam faceamento. A peça é fixa, por exemplo, a uma placa universal como a utilizada no torno, que é dotada de um movimento de rotação. O rebolo em movimento de rotação entra em contato com a peça a e remove o material. Retificadora cilíndrica universal Fig. 106 49 Retificadora plana As máquinas de retificar plano ou retificadoras planas, como geralmente são chamadas, permitem retificar todos os tipos de superfícies planas que possapossuir uma peça: paralela, perpendicular ou oblíqua. Conforme a posição do eixo porta-rebolo em relação a superfície da mesa da retificadora, a retificadora plana pode ser tangencial de eixo horizontal e de topo de eixo vertical. Tipos de processos de retificar plano A posição do eixo porta-rebolo em relação a superfície da mesa determina os processos de retificar e dois tipos de retificadoras planas: a tangencial de eixo horizontal e a de topo de eixo vertical. Na retificadora plana tangencial o eixo porta-rebolo se encontra paralela a superfície da mesa, sendo a periferia do rebolo a superfície de corte, se utiliza neste caso um rebolo cilíndrico (tipo reto plano). Retificadora plana tangencial Fig. 107 Retificadora plana frontal Fig. 108 Processo de retificação plana tangencial Fig. 109 50 Na retificadora vertical o eixo porta-rebolo se encontra perpendicular à superfície da mesa sendo utilizado um rebolo tipo copo ou anel cuja superfície de corte plana tem forma de coroa circular. Em ambos os tipos, o movimento da mesa tanto pode ser alternado (vaivém) como circular; no primeiro caso a mesa é retangular e no segundo é circular. Retificadora sem centros (Center Less) Esse tipo de retificadora È muito usado na produção em série. A peça é conduzida pelo rebolo e pelo disco de arraste. O disco de arraste gira devagar e serve para imprimir movimento à peça e para produzir o avanço longitudinal. Por essa razão disco de arraste possui uma inclinação de 3 a 5 graus, que é responsável pelo avanço da peça. Processo de retificação plana frontal Fig. 110 Processo de retificação em maquina Center Less Fig. 111 51 5.10 Geração de engrenagens pelo processo Renânia É o processo de geração de engrenagens que se baseia no giro sincronizado de uma fresa em forma de helicóide e o blanque no qual será usinada a roda dentada. Possibilitando assim submeter, ao mesmo tempo, vários dentes ao processo de corte e assim reduzindo o tempo de usinagem das engrenagens em relação aos processos convencionais. A maquina Renânia Trata-se de uma máquina utilizada para a produção, em larga escala, de engrenagens cilíndricas com dentes retos ou helicoidais e coroas para parafusos sem- fim. Basicamente, a máquina Renânia È formada por um cabeçote porta-fresa e uma mesa porta-peça. Processo de denteamento Renânia Fig. 112 Denteadeira tipo Renânia Fig. 113 52 Nesta máquina a mesa porta-peça está ligada a uma grade de engrenagens que funciona como um aparelho divisor. Graças a isso, dá-se o sincronismo de movimento entre a mesa e o deslocamento da fresa, isto é, enquanto a mesa porta- peça realiza um movimento de giro, a fresa faz o movimento de corte. Ainda, ao mesmo tempo em que ocorre o movimento entre a peça e a fresa, o cabeçote porta- ferramenta descreve um movimento vertical, de forma que quando a ferramenta deixa a peça, todos os dentes da engrenagem já terão sido usinados. A sincronização de movimento entre a fresa e a mesa que torna possível fresar maior número de dentes da engrenagem por vez, sem que para isso seja necessária a intervenção constante do operador, como ocorre nos sistemas de fresagem convencionais em que a fresadora fresa um só dente por vez. O resultado é que se consegue maior produção de peças, com maior rapidez e exatidão nas medidas das peças. No processo Renânia, a ferramenta utilizada é a fresa caracol. A fresa caracol é cilíndrica e dispõe de uma hélice com ângulo de inclinação definido. A hélice pode ter sentido à esquerda ou à direita. Na hélice encontram-se ranhuras. São as ranhuras que geram os dentes de corte que se sucedem em toda a espiral. 5.11 Geração de engrenagens pelo processo Fellows Na figura abaixo pode-se ver uma máquina fellows usinando uma engrenagem cilíndrica de dentes retos. A ferramenta utilizada no processo tem o aspecto de uma engrenagem cilíndrica, rendo porem seus dentes afiados em forma de cunha. Fresa caracol Fig. 114 Usinagem de engrenagens pelo processo fellows Fig. 115 53 O aspecto construtivo da fresa mais os movimentos que ela executa constituem uma das vantagens do processo Fellows de fresagem. São eles que permitem fresar engrenagens com dentes escalonados em um mesmo eixo e em grande escala de produção Um dos movimentos da fresa é o de rotação, que é dada pelo cabeçote onde ela se encontra fixada. Além desse movimento, a fresa Fellows executa também um movimento alternado de sobe e desce, o qual é dado por um sistema de alavancas que trabalham em sincronia com o movimento da mesa. Trata-se de um movimento semelhante ao movimento do torpedo da plaina vertical, o movimento de sobe e desce da fresa que é executa a fresagem propriamente dita do material. Ainda há um terceiro movimento efetuado pela fresa, o qual é dado pelo movimento horizontal do cabeçote porta-fresa. Trata-se de um movimento responsável pela penetração gradativa da fresa no blanque. A penetração aumenta gradativamente graças a um came que se liga ao cabeçote. São os movimentos da fresa Fellows mais seu aspecto construtivo que fazem do processo Fellows um processo especial de fresagem. Mas não é só a fresa que executa movimentos diferenciados com relação a outros processos de fresagem. Também a mesa executa movimentos específicos como o movimento de rotação graças a uma grade de engrenagens que faz a função do cabeçote divisor, tal como ocorre no processo Renânia. Peças obtidas pelo processo de denteamento fellows Fig. 116 Grade de engrenagens do sistema de divisão angular Fig. 117 54 A mesa executa também um movimento horizontal. O movimento horizontal da mesa faz com que durante o processo de usinagem ela seja aproximada da fresa no momento de descida desta e afastada dela no momento de subida. Em outras palavras, não há contato entre peça e ferramenta no momento de subida desta. Não havendo este contato, não há o risco de a aresta da cunha de corte se quebrar e, com isso, provocar danos na superfície da peça. Assim, o contato entre peça e ferramenta não ocorre porque mesa e fresa trabalham sincronizadas. A sincronia de movimentos entre mesa e ferramenta é o que caracteriza processos especiais de fresagem como o processo Fellows e lhe confere vantagens não encontradas nos processos convencionais de fresagem. 5.12 Ferramentas de corte. Material das ferramentas de corte Exigências básicas para um material de corte • Elevada dureza a frio e a quente. • Tenacidade • Resistência ao desgaste por abrasão • Estabilidade química • Custo e facilidade de obtenção. Principais materiais utilizados na confecção de ferramentas de corte • Aço Rápido Desenvolvido por Taylor e apresentado publicamente em 1900 na Exposição Mundial de Paris. Composição - Elementos de Liga: tungstênio, cromo e vanádio como elementos básicos de liga e pequena quantidade de manganês para evitar fragilidade. - temperatura limite de 520 a 600oC; - maior resistência à abrasão em relação ao aço-ferramenta; - tratamento térmico complexo. Brocas em aço rápido Fig. 118 55 • Metal duro O Metal Duro (Carbonetos Sinterizados) surgiram em 1927 com o nome de widia (wie diamant - como diamante), com uma composição de 81% de tungstênio, 6% de carbono e 13% de cobalto. Característica - Elevada dureza; - Elevada resistência à compressão; - Elevada resistência ao desgaste; - Possibilidade de obter propriedades distintas nos metais duros pela mudança específica dos carbonetos e das proporções do ligante. - Controle sobre a distribuição da estrutura. Composição O metal duro é composto de carbonetos e cobalto responsáveis pela dureza e tenacidade, respectivamente.TiC (Carbonetos de Titânio): - pouca tendência à difusão, resultando na alta resistência dos metais duros; - redução da resistência interna e dos cantos. TaC (Carbonetos de Tântalo) e NbC (Carboneto de Nióbio) - em pequenas quantidades atuam na diminuição do tamanho dos grãos, melhorando a tenacidade e a resistência dos cantos. Carbetos em pó para a fabricação de ferramentas de metal duro Fig. 119 Pastilhas sinterizadas de metal duro Fig. 120 56 • Cerâmica Inicialmente cerâmica era o nome atribuído a ferramentas de óxido de alumínio. Na tentativa de diminuir a fragilidade destas ferramentas, os insertos passaram por considerável desenvolvimento, diferindo atualmente dos iniciais. Hoje encontramos dois tipos básicos de cerâmica: Base de óxido de alumínio. Base de nitreto de silício. Característica - Alta dureza à quente (1600oC) - Não reage quimicamente com o aço; - Longa vida da ferramenta; - Usado com alta velocidade de corte; - Não forma gume postiço. Exigência - Máquina Ferramenta com extrema rigidez e potência disponível Recomendações - Alta velocidade de corte e baixa taxa de avanço (low feed rates); - Usinagem a seco para evitar choque térmico. 5.13 Fluído de Corte Do ponto de vista dos custos de produção, nas operações de usinagem com máquinas-ferramenta, quanto maior for a velocidade de corte, maior será a produção e mais econômica ela será. Na procura de níveis cada vez mais altos de produtividade, a utilização de novos materiais para as ferramentas de corte permitiu atingir velocidades de corte inimagináveis alguns anos atrás. Pastilhas de cerâmica Fig. 121 57 A primeira descoberta foi feita por Taylor. Ele começou com a água, mas logo deve ter percebido seus inconvenientes: corrosão na usinagem de materiais ferrosos, baixo poder umectante e lubrificante, e emprego em pequena faixa de temperatura. Todavia, ela abriu caminhos para a pesquisa e o uso de materiais que permitiram a usinagem mais eficiente, mais rápida e com melhor acabamento. Esses materiais são os agentes de melhoria da usinagem e que receberam o nome genérico de fluidos de corte. Um fluido de corte é um material composto, na maioria das vezes, líquido, que deve ser capaz de: refrigerar, lubrificar, proteger contra a oxidação e limpar a região da usinagem. Como refrigerante, ele atua sobre a ferramenta e evita que ela atinja temperaturas muito altas e perca suas características de corte. Age, também, sobre a peça evitando deformações causadas pelo calor. Atua, finalmente, sobre o cavaco, reduzindo a força necessária para que ele seja cortado. Como lubrificante, o fluido de corte facilita o deslizamento do cavaco sobre a ferramenta e diminui o atrito entre a peça e a ferramenta. Evita ainda o aparecimento da aresta postiça, reduz o coeficiente de atrito na região de contato ferramenta-cavaco e diminui a solicitação dinâmica da máquina. Como protetor contra a oxidação, ele protege a peça, a ferramenta e o cavaco, contribuindo para o bom acabamento e aspecto final do trabalho. A ação de limpeza ocorre como conseqüência da aplicação do fluido em forma de jato, cuja pressão afasta as aparas deixando limpa a zona de corte e facilitando o controle visual da qualidade do trabalho. Manuseio dos fluidos e dicas de higiene Os fluidos de corte exigem algumas providências e cuidados de manuseio que garantem seu melhor desempenho nas operações de usinagem. Vamos citar alguns exemplos. Armazenamento - os fluidos devem ser armazenados em local adequado, sem muitas variações de temperatura. Além disso, eles devem ser mantidos limpos e livres de contaminações. Utilização do fluido de corte Fig. 122 58 Alimentação - o fluido de corte deve ser aplicado diretamente à ponta da ferramenta com alimentação individual de cada ponta. A alimentação do fluido deve ser iniciada antes que a ferramenta penetre na peça a fim de eliminar o choque térmico e a distorção. As ilustrações a seguir mostram a maneira adequada de aplicar o fluido em diversas operações de usinagem. 6. PROCESSOS DE SOLDAGEM O estudo da soldagem tornou-se de extrema importância a todos os profissionais que exercem função técnica na indústria seja no âmbito da produção ou manutenção. Usualmente a soldagem é denominada como sendo processo de união entre metais, usando uma fonte de calor com ou sem aplicação de pressão e/ou sem a utilização de metal de adição (solda autógena) e a solda é o resultado desse processo. A utilização dos processos de soldagem é cada vez mais freqüente, abrangendo diversos ramos da indústria como: fabricação de produtos, estruturas metálicas, aviões, navios, locomotivas, componentes eletrônicos, prédios, oleodutos, gasodutos, plataformas marítimas, dentre outros. . Esquema básico do processo de soldagem Fig. 124 Aplicação correta do fluido de corte Fig. 123 59 As designações abreviadas dos processos de soldagem mais usuais segundo a norma AWS A 3.0, encontram-se na tabela, conforme abaixo. Descrição dos processos de Soldagem norma AWS Designação AWS Processos de Soldagem EGM Electrogas Welding Soldagem Eletro-gás ESW Electroslag Welding Soldagem por Eletro-escória FCAW Fluxocored Arc Welding Soldagem com Arame Tubular GMAW Gas Metal Arc Welding Soldagem MIG/MAG GTAW Gas Tungsten Arc Welding Soldagem TIG OAW Oxyacetylene Welding Soldagem Oxi-acetilénica OFW Oxyfuel Gas Welgind Soldagem a Gás PAW Plasma Arc Welding Soldagem a Plasma RW Resistance Welding Soldagem por Resinstência Elétrica SAW Submerged Arc Welding Soldagem a Arco Submerso SMAW Shielded Metal Arc Welding Soldagem com Eletrodos Revestidos SW Stud Welding Soldagem de Pino Os processos de soldagem e corte que são mais utilizados nas atividades que envolvem a fabricação e montagem de estruturas industriais são os seguintes: • Eletrodos Revestidos; • TIG; • MIG-MAG; • Arame Tubular; • Oxi-Corte. Terminologia da Soldagem Em soldagem no que se refere à terminologia, é difícil a desvinculação dos termos técnicos da língua inglesa. Estes, sempre que possível, serão mencionados entre parêntesis para permitir um perfeito entendimento da matéria. Os termos relacionados a seguir são apenas alguns dos mais usuais. Os termos técnicos em língua inglesa e suas definições são encontrados numa abordagem mais completa na norma AWS A 3.0. Terminologia da soldagem (preparação das peças) Fig. 125 60 Após a soldagem o material que é depositado se dispõe como na figura abaixo. O calor produzido a durante os processos de soldagem afeta a área ao redor do cordão de solda formando a chamada ZTA. 6.1 Processo de oxicorte Este é o nome dado a um grupo de processos de corte de metais e ligas, por reação química entre o oxigênio de alta pureza e o metal pré-aquecido ao seu ponto de ignição. No caso de metais e ligas refratários à oxidação - como aços ligados, aços refratários, ferros fundidos e não ferrosos - a reação é facilitada pela injeção de um fluxo, pó, metálico, agente químico ou abrasivo ou, ainda, a mistura deles. São duas ainda as alternativas: corte com arco ou com plasma. A reação é fortemente exotérmica e o calor desprendido aquece as zonas vizinhas, favorecendo o corte progressivo. Todavia, é necessário durante o corte manter uma fonte de calor para que o metal permaneça no ponto de fusão, sendo a intensidade proporcional à espessura que se deseja cortar. EQUIPAMENTO Uma instalação de oxicorte é semelhante a uma instalação de soldagem a gás, diferindo apenas o maçarico. Este tem as seguintes funções: • Misturar o combustível e o oxigênio, produzindo a chama de aquecimento para pré-aquecer e manter constante a alta temperatura.Terminologia da soldagem (disposição do material depositado) Fig. 126 Terminologia da soldagem (zona termicamente afetada) Fig. 127 61 • Maçarico de corte O maçarico de corte possui as partes essenciais de um maçarico de soldagem, além de uma tubulação de oxigênio de corte equipada com válvula de comando. A figura 54 mostra o esquema do equipamento. Por analogia com os maçaricos de solda, os de corte são classificados como de alta e baixa pressão, por ser a chama de aquecimento produzida por misturadores de alta ou de baixa pressão, respectivamente. • Máquinas de oxi-corte A perfeição dos cortes obtidos com maçarico manual, a velocidade de execução e o custo dependem da habilidade do operador. O oxi-corte automático elimina o fator humano, substituindo o operador por uma máquina que conduz o maçarico, realizando o corte com velocidade uniforme e regulável, seguindo um traçado determinado ou um gabarito. Em muitos casos permite a substituição de peças fundidas, forjadas ou estampadas por peças recortadas. A precisão do corte, freqüentemente dispensa usinagem posterior. Maçarico de corte Fig. 128 Maquina de oxicorte Fig. 129 62 6.2 Processo de soldagem oxigás Introdução A soldagem oxigás (OFW) é definida pela American Welding Society como sendo um "grupo de processos onde o coalescimento é devido ao aquecimento produzido por uma chama, usando ou não metal de adição, com ou sem aplicação de pressão". O processo envolve a fusão do metal de base e normalmente de um metal de enchimento, usando uma chama produzida na ponta de um maçarico (ver figura 44). O gás combustível e o oxigênio são combinados em proporções adequadas dentro de uma câmara de mistura. O metal fundido e o metal de enchimento, se usado, se misturam numa poça comum e se solidificam ao se resfriar. Fundamento do processo Tipos de chamas: Os tipos de chamas variam em conseqüência das proporções de Oxigênio e Acetileno que produzem. Basicamente existem três tipos: neutra, carburante ou redutora ou oxidante. Estes tipos bem como as zonas definidas nas chamas podem ser vistas na figura abaixo: Chama neutra ou normal: É a chama de maior utilização para o processo de soldagem oxi-acetilênico. Esta chama é resultante da mistura de acetileno e oxigênio em partes iguais, daí o seu nome de "neutra". Esta chama poderá atingir temperaturas da ordem de 3100ºC. É utilizada para soldas de ferros fundidos, aços, alguns bronzes, cobre, latão, níquel, metal monel, enchimentos e revestimentos com bronze. Chama redutora ou carburante: É a chama resultante da mistura de acetileno com oxigênio com um excesso de acetileno. Esta chama é utilizada para solda de aços liga ao cromo e ao níquel, alumínio e magnésio. Atinge a temperatura de 3020ºC. Soldagem oxigás Fig. 130 63 Chama oxidante: É a chama resultante da mistura de acetileno com oxigênio com um excesso de oxigênio. Esta chama pode atingir temperatura na ordem de 3150ºC. Equipamento O equipamento mínimo necessário para executar a soldagem está mostrado na figura 46. Este equipamento é completamente auto – suficiente e relativamente barato. Ele consiste de cilindros de oxigênio e gás combustível, cada um com regulador de pressão, mangueiras para conduzir os gases para o maçarico e uma combinação de maçarico e bico para ajuste da mistura gasosa e produção de chama desejada. O maçarico é um instrumento para misturar e controlar a vazão da mistura na saída do bico. Com ele consegue-se obter a chama com regulagem e intensidade de combustão ideal para a operação de soldagem ou corte. CARBURANTE NEUTRA OXIDANTE Tipos de chama do processo oxiacetilênico Fig. 131 Equipamento de soldagem oxigás Fig. 132 64 Válvulas de Segurança As válvulas de segurança devem ser utilizadas em todos os equipamentos de soldagem e corte oxigás. São dispositivos importantes, pois podem minimizar, ou até evitar acidentes com aqueles tipos de equipamento. Regulador de pressão Um regulador pode ser descrito como um aparelho mecânico para manter o recalque de um gás em uma pressão substancialmente constante e reduzida mesmo que a pressão na fonte seja mudada. A figura mostra as partes que compõem um regulador de pressão utilizado normalmente no processo oxigás. Conexão de saída Niple de entrada Manômetro de alta Manômetr o de baixa Volante Válvulas de segurança Fig. 133 Partes de um regulador de pressão Fig. 134 65 Bicos de soldagem O bico de soldagem é aquela porção do maçarico que através dele os gases passam antes da ignição e queima. O bico habilita o soldador a guiar a chama e dirigi - lá para a peça com facilidade e eficiência. Os bicos são feitos de metais não ferrosos, tais como ligas de cobre, com alta condutividade térmica para reduzir o perigo de superaquecimento. 6.3 PROCESSO DE SOLDAGEM POR ELETRODO REVESTIDO Definição: Processo que utiliza um arco elétrico aberto entre o eletrodo revestido e a peça para promover a fusão da peça e do próprio eletrodo, resultando no metal de solda (cordão). Utiliza como eletrodo uma vareta com revestimento composta de materiais de liga e outros elementos com funções diversas. A figura a seguir é um esquema básico do funcionamento do processo de soldagem com eletrodo revestido. Bico de soldagem Fig. 135 Esquema básico do funcionamento de soldagem com eletrodo revestido. Fig. 136 66 APLICAÇÃO Utiliza-se a soldagem com eletrodos revestidos na montagem de equipamentos, tubulações e estruturas, tanto em oficinas quanto no campo e até mesmo debaixo d'agua, para materiais de espessuras entre 1,5mm a 30mm e em qualquer posição. Diferentes combinações de metais dissimilares podem ser soldados com eletrodos revestidos. Eletrodo Revestido É o elemento essencial do processo. Constitui-se de uma alma metálica envolta em um material conhecido como revestimento. Este revestimento é o elemento mais importante do eletrodo e tem diversas funções importantes. Os eletrodos são disponíveis em aço carbono e aços de baixa liga, cobre, níquel e suas ligas e algumas ligas de alumínio As principais funções do revestimento são: • A queima do revestimento produz uma atmosfera protetora da poça de fusão; Partes de um eletrodo revestido. Fig. 138 Aplicações da soldagem por eletrodo revestido Fig. 137 67 • Fornece elementos de liga para a poça de fusão (em boa parte dos eletrodos a alma é a mesma e a composição química do metal de solda é ajustada através do revestimento); • Fornece elemento “purificadores“ da poça de fusão (desoxidantes e escorificantes). • É isolante elétrico. Por este motivo o arco só se abre na ponta em que está descoberta. Quanto ao tipo de revestimento, os eletrodos revestidos classificam-se em: • Ácidos • Rutílicos; • Celulósicos; • Básicos. Equipamentos utilizados no processo de sodagem por eletrodo revestido Fontes de Energia; As fontes geralmente utilizadas para fornecer corrente de soldagem. Alicate Porta Eletrodo; Tem como função fixar o eletrodo promovendo o contato elétrico durante a soldagem, sendo o mesmo isolado eletricamente e fabricado em material de alta resistência ao calor é ligado a fonte de soldagem por um cabo que deve ser devidamente dimensionado de acordo com a corrente de trabalho durante a soldagem. Grampo com cabo (Obra); Tem a função de fechar a extensão oposta do circuito em relação ao alicate porta eletrodo (pólo oposto), é confeccionado geralmente com materiais com boa resistência e ponto de fusão médio alto. Identificação dos Eletrodos revestidos De formageral segundo a norma assim caracterizam-se os eletrodos: Tomemos como exemplo o eletrodo E - 6013 E - letra que significa eletrodo. 60 - Os dois ou três primeiros dígitos representam o valor relativo a resistência a tração do metal de solda depositado em PSI / 1000, neste eletrodo o valor seria: 60000 PSI. 1 - O terceiro numero da série representa as posições de soldagem nas quais o eletrodo pode ser aplicado, neste caso, o nº “1” indica a utilização em todas as posições. 68 13 - O terceiro e o quarto números juntos, indicam dados como tipo de revestimento, teor de hidrogênio, polaridade a ser aplicada para soldagem, dentre outros conforme tabela. ELETRODO POSIÇÃO DE SOLDAGEM E-XX1X E-XX2X E-XX4X Todas as posições. Plana e Horizontal (especialmente solda em ângulo- horizontal). Todas as posições (especialmente a vertical descendente para os eletrodos de baixo hidrogênio). 6.4 PROCESSO DE SOLDAGEM TIG O processo TIG (Tugsten Inert Gas) utiliza como fonte de calor um arco elétrico mantido entre um eletrodo não consumível de tungstênio e a peça a soldar. A proteção da região de soldagem é feita por um fluxo de gás inerte, geralmente argônio, podendo ser também uma mistura de hélio e argônio, sendo que o hélio puro é pouco usado devido ao custo. A soldagem pode ser feita com ou sem metal de adição e pode ser manual ou automática. O eletrodo utilizado na soldagem TIG é o de tungstênio (W), que tem o maior ponto de fusão dos metais 3400 0C. Além disso, o tungstênio é chamado termo-iônico porque tem a facilidade de emitir elétrons, o que auxilia bastante a estabilidade do arco; o tungstênio pode ser puro (99%) ou com ligas de Zircônio ou Tório. Os eletrodos de tungstênio puro têm a vantagem de apresentar menor custo e menor efeito de retificação quando utilizada a corrente alternada. Por outro lado, as desvantagens são as dificuldades de abertura do arco e menor durabilidade. A figura a seguir apresenta os equipamentos para soldagem pelo processo TIG. Equipamentos utilizados no processo de soldagem TIG Fig. 139 69 Sendo: 1 – Tomada de alimentação primária 2 – Fonte de energia 3 – Cilindro de gás de proteção 4 – Válvula reguladora de pressão com manômetro e fluxômetro de coluna 5 – Cabo de alimentação 6 – Sistema de Refrigeração 7 – Dutos do gás de proteção 8 – Tocha de soldagem 9 – Grampo com cabo obra 10 – Vareta de adição 11 – Eletrodo de tungstênio não consumível APLICAÇÃO O processo TIG é utilizado na soldagem de todos os tipos de juntas e chapas. É um processo adequado a quase todos os metais, em especial titânio, zircônio, ligas de alumínio e magnésio, aços ligados, inoxidáveis, ligas de níquel e ligas especiais. É um processo bastante utilizado para soldagem de tubos, na indústria em geral e em trabalhos de manutenção devido à alta qualidade da solda e a facilidade de controle do processo, podendo ou não se utilizar metal de adição. DESCONTINUIDADES MAIS COMUNS Porosidade Causas predominantes: inclinação excessiva da tocha de soldagem, penetração de água na zona de soldagem, turbilhonamento de gás, impurezas no eletrodo e material de base, gás insuficiente para proteção da poça de fusão, gás excessivo na proteção da poça de fusão, corrente de ar atmosférico na zona de soldagem, bocal pequeno e bocal muito afastado da zona de soldagem. Descontinuidades do processo TIG (porosidade) Fig. 140 70 Inclusões metálicas Causas predominantes: contato do eletrodo não consumível de tungstênio com a poça de fusão, contato do eletrodo com a vareta, sobrecarga no eletrodo ligado em polaridade positiva em corrente alternada e sobrecarga no eletrodo ligado em corrente alternada. CONTATO DO ELETRODO CONTATO DA VARETA COM A POÇA COM O ELETRODO SOBRECARGA NO ELETRODO EM CC+ SOBRECARGA NO ELETRODO EM CA Inclusão de óxidos Causas predominantes: faces do chanfro oxidadas, vareta oxidada, limpeza inadequada entre chanfros, retirada da vareta aquecida da zona de proteção durante o movimento de alimentação. Descontinuidades do processo TIG (inclusão de óxidos) Fig. 142 Descontinuidades do processo TIG (inclusões metalicas) Fig. 141 71 Trincas Causas predominantes: material de base de má soldabilidade, inclusão de hidrogênio e deformação excessiva. • Vantagens Este processo tem a vantagem de apresentar cordões de solda de alta qualidade, sem escória e sem respingos e pode ser empregado em todas as posições e tipos de junta. Em razão de admitir um controle preciso de aporte térmico, a soldagem TIG é mais adequada para unir metais de pequena espessura, para fazer cordões em componentes sensíveis ao calor, para trabalhos de manutenção, para soldar pontos em chapas finas, solda grande parte dos materiais existentes, realiza soldagem em todas as posições, e é bastante versátil. • Desvantagens Baixa produtividade devido ao processo ser tipicamente manual, o que requer habilidade do soldador que é fundamental para se obter solda de qualidade aceitável; Necessita de limpeza esmerada, pois não possui revestimento que forneça elementos para limpeza da poça de fusão. 6.5 PROCESSO MIG/MAG A soldagem a arco elétrico com eletrodos fusíveis sob proteção gasosa é conhecida pelas denominações de: MIG (Metal Inert Gas), quando a proteção gasosa utilizada for constituída de um gás inerte como Argônio ou Hélio, e que não tem nenhuma atividade física com a poça de fusão. Descontinuidades do processo TIG (trincas) Fig. 143 72 MAG (Metal Active Gas), quando a proteção gasosa é feita com um gás dito ativo, ou seja, um gás que interage com a poça de fusão, normalmente CO2 (dióxido de Carbono). GMAW, (abreviatura do inglês Gás Metal Arc Welding) que é a designação que engloba os dois processos acima citados. A figura 18 é uma ilustração dos princípios básicos do processo MIG/MAG. Os dois processos diferem entre si unicamente pelo gás que utilizam, uma vez que os componentes utilizados são exatamente os mesmos. A simples mudança do gás por sua vez, será responsável por uma série de alterações no comportamento da soldagem. APLICAÇÃO Soldagem de materiais com várias espessuras, ferrosos ou não ferrosos, como alumínio, cobre, magnésio, níquel e suas ligas, aços de alta resistência e aços inoxidáveis. Fabricação e manutenção de equipamentos e peças desgastadas. Recobrimento de superfícies metálicas. DESCONTINUIDADES COMUNS NO PROCESSO MIG/MAG Falta de Penetração Principio básico do processo MIG/MAG Fig. 144 Descontinuidades do processo MIG/MAG (falta de penetração) Fig. 145 73 Porosidade Mordedura • Vantagens Processo semi-automático bastante versátil, podendo ser adaptado facilmente para soldagem automática; O eletrodo nu é alimentado continuamente; A soldagem pode ser executada em todas as posições; Velocidade de soldagem elevada; Taxa de deposição elevada devido à densidade de corrente alta na ponta do arame; Soldador pode ser facilmente treinado. Desvantagens Maior velocidade de resfriamento por não haver escória, o que aumenta a tendência à ocorrência de trincas; Soldagem não é fácil em locais de difícil acesso, devido à necessidade da proximidade do bocal do metal-base a ser soldado; Grande emissão de radiação ultravioleta; Descontinuidades do processo MIG/MAG (porosidade) Fig. 146 Descontinuidades do processo MIG/MAG (mordedura) Fig. 147 74 Referências Bibliografia Processo de fabricação,
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