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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ UNIDADE VIA CORPVS CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: PARASITOLOGIA PROFESSOR: KAROLINE SABÓIA ARAGÃO LEISHMANIOSE Aline Maria Carneiro Fernandes Karoline dos Santos Mesquita Maria Laís Barbosa do Nascimento Mariana Silvestre da Silva Cunha Maria Victória Costa de Oliveira Fortaleza/CE 2020 LEISHMANIOSE RESUMO 1.As leishmanioses são doenças infecto-parasitárias que acometem o homem, causadas por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania. A doença pode apresentar diferentes formas clínicas, dependendo da espécie de Leishmania envolvida e da relação do parasita com seu hospedeiro. Existem dois tipos de leishmaniose entre elas são: LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença causada por estes protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos. A LTA não é uma doença contagiosa, de evolução crônica, que acomete as estruturas da pele e cartilaginosas da nasofaringe, de forma localizada. Trata-se de uma doença que acompanha o homem desde tempos antigos e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e sendo encontrada atualmente em todos os Estados brasileiros, sob diferentes perfis epidemiológicos. Possui três tipos de manifestações clínicas: Leishmaniose cutânea (LC), Leishmaniose cutaneomucosa (LCM), Leishmaniose cutânea difusa (LCD). LEISHMANIOSE VISCERAL A leishmaniose visceral (LV), ou calazar, é uma doença crônica grave, podendo ser fatal para o homem, cuja letalidade pode alcançar 10% quando não se institui o tratamento adequado e que quando não tratada, pode evoluir para o óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, tem predomínio no estado do Nordeste e nos Estados de Minas Gerais. Seu principal agente etiológico é o Leishmania Chagasi, sendo a principal especial, entretanto existem outras espécies. A Lutzomia Clongipalpis é o transmissor da LV, ou seja é transmitida pela picada do mosquito-palha. Quanto aos seus reservatórios são o cão e a raposa. Disseminado nós macrófagos. Então no ser humano, a doença ocorre principalmente nos órgãos relacionados ao sistema hemafagocitico: medula, baço e fígado (macrófagos). Os critérios de cura são essencialmente clínicos e os primeiros sinais de resposta costumam ser inespecíficos como a melhora do apetite e do estado geral. 2.ESTATÍSTICA E EPIDEMIOLOGIA A Leishmaniose constitui um problema de saúde pública em 85 países, distribuídos em quatro continentes (Américas, Europa, África e Ásia), com registro anual de 0,7 a 1,3 milhão de casos novos. A região de maior incidência no Brasil é a Norte. Segundo dados livres do DATASUS, foram 39.410 casos confirmados de 2015 a 2019 nesta região para leishmaniose tegumentar americana (LTA). Já para leishmaniose visceral (LV) temos como região de maior número de casos confirmados o Nordeste com 9.975 casos confirmados de 2015 a 2019. Entre 2003 e 2018, foram registrados mais de 300.000 casos de Leishmaniose Tegumentar, com média de 21.158 casos por ano. No território nacional, o coeficiente médio de detecção foi de 11,3 casos por 100.000 habitantes, variando de 5,7 – 17,8. Dentre as formas clínicas, a forma mucosa representou 7,7% dos casos registrados no período. No Brasil, a LV é considerada uma doença em expansão pois até o ano de 1980, sua ocorrência era em municípios da região Nordeste e, atualmente, todas as regiões do país confirmam casos anualmente. No período de 2003 a 2018, foram confirmados mais de 51 mil casos humanos, com incidência média de 1,7 casos/100 mil habitantes, variando de 1,4 a 2,1 e letalidade de 7,2%. 3.TRANSMISSÃO De acordo com Bezerra, a leishmaniose tegumentar conhecida como “L.T.A.” não acontece transmissão corpo a corpo, surge-se por meio da picada de mosquitos que geralmente estão em tempo de incubação aproximado de dois a três meses, sendo do gênero Lutzomya. Assim como a L.T.A, a L.V (Leishmaniose Visceral) não se transmite entre animais, ou homens, sendo-a transmitida por meio da picada do mosquito fêmea Lutzomia Longipalpis (Flebótomo) estando em entre dois a quatro meses de incubação, porém podendo ir de dez dias a dois anos. (BEZERRA) Os flebótomos ou flebotomínes tem um tamanho aproximado de 2 a 3 mm de comprimento e são insetos hematófagos, pois se alimentarem de sangue. Estes pelo seu tamanho conseguem adentrar as malhas e telas dos mosquiteiros e podem ter diferentes cores desde amarelados, ou acinzentados, assim como são conhecidos por diferentes nomes variando pela localização, como “Mosquito Palha”, “Tatuquira”, “Birigui”, “Cangalinha”, “Asa Branca”, “Asa Dura” ou “Palhinha”. (AMATO; BALDA) Segundo Amato e Balda o mosquito Asa Branca ou Palha são encontrados onde existe muita planta e em lugares úmidos. A Leishmaniose tem como fonte de infecções mais comuns animais silvestres, insetos flebotomíneos e os cães domésticos também como hospedeiro. (AMATO; BALDA) 3.1 SINTOMAS A forma mais comum da L.T.A. é pápulas, que se transformam em úlceras e/ou placas verrucosas. Tendo como base as infiltrações e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe são a forma mucosa. Em graus elevados podem surgir dificuldade de engolir alteração na voz, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte. Na L.V., costumasse ter febre de longa duração, perda de peso, perda ou diminuição da força física, fraqueza muscular, desnutrição, queda de cabelos, hepatoesplenomegalia acentuada, palidez na pele e diversos episódios de hemorragias. (BEZERRA) Amato e Balda relatam que sobre a Leishmaniose Visceral os sintomas mais comuns são febre irregular prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen devido do fígado e do baço. 4. PREVENÇÃO Infelizmente, o gênero leishmania que nos causa a leishmaniose obtém vários tipos de espécies relacionadas e diferentes tipos de manifestações clínicas, assim se torna quase impossível a obtenção de uma única profilaxia capaz de controlar a leishmaniose em geral. Mas as medidas de controle são as únicas ferramentas que ainda possibilitam algum meio de prevenção. Assim, ainda se tem estudos de que uma vacina seja eficaz para essa doença, para as suas diferentes formas da leishmaniose. Muitos desses testes de vacinas são testadas em com os parasitas mortos. Conhecer a população que é mais afetada pela LTA, que são as pessoas de baixa renda, sem saneamento básico por exemplo, é de fundamental importância para os estudos epidemiológicos e do controle da doença. Portanto, ainda não existe uma vacina contra a leishmaniose, mas o uso de repelentes em áreas que contém o mosquito-palha, saneamento básico e o controle do mosquito favorece demais e ajuda na prevenção. 5. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meios de exames clínicos e laboratoriais, os exames variam conforme o tipo de leishmaniose. O diagnóstico da leishmaniose tegumentar ou cutânea é obtido pelos métodos parasitológicos além de sinais clínicos evidenciados nas lesões, exames laboratoriais para confirmação do diagnostico como a verificação do parasito em biopsia da lesão. A confirmação laboratorial é fundamental, tendo em vista o número de doenças que fazem diagnósticos diferencial com a LT, como por exemplo sífilis, hanseníase e tuberculose. Já o diagnóstico da leishmaniose visceral ou calazar entre eles destacam-se testes sorológicos verificando a presença de anticorpos no sangue, punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos tendem a ter os sintomas parecidos com o da malária, doenças de Chagas e etc. No entanto se tratada adequadamente a leishmaniose pode sim ter cura. Inclusive a Leishmaniose cutânea pode até se curar espontaneamentejá a visceral existem medicamentos para eliminar os parasitas se não forem tratados os casos graves costumam ser fatais. 5.1 TRATAMENTO O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos e eficazes, No caso da leishmaniose tegumentar, que é caracterizada por úlceras na pele e mucosas, a medicação usada hoje em dia no Brasil é o antimoniais pentavalentes como Glucantime ou pentostam indicado para todas as formas de leishmaniose tegumentar, portanto tem efeitos colaterais como dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, dores abdominais, febre e cefaleia, desde 2014, o Ministério da Saúde adota o tratamento intralesional, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). Ele consiste na aplicação de injeções do medicamento, em menores doses, de forma subcutânea, diretamente nas feridas essa forma de se administrar a medicação trouxe benefícios ao tratamento. Para o tratamento da leishmaniose visceral, que causa febre e atinge áreas como o fígado e o baço, são utilizados três fármacos, a depender da indicação médica: o antimoniato de N-metil glucamina, a anfotericina B lipossomal e o desoxicolato de anfotericina B. No entanto, os humanos não tem importância como reservatório, ao contrário do cão. Nos cães, o tratamento pode até resultar no desaparecimento dos sinais clínicos, porém esses animais ainda continuarão como fontes de infecção para o vetor e, portanto, um risco para saúde da população humana e canina assim recomentado a eutanásia. REFERÊNCIAS: 1. LEISHMANIOSES. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE (SESA), Vitória / ES. DISPONÍVEL EM: https://saude.es.gov.br/leishmanioses ACESSO EM: 06 de OUTUBRO de 2020. Daniele Maria Pelissari; Michella Paula Cechinel; Marcia Leite de Sousa-Gomes; Francisco Edilson Ferreira de Lima Júnior. Tratamento da Leishmaniose Visceral e Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, https://saude.es.gov.br/leishmanioses Brasília-DF, Brasil. DISPONÍVEL EM: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742011000100012 ACESSO EM: 06 de OUTUBRO de 2020. Célia Maria Ferreira Gontijo I; Maria Norma Melo II, Leishmaniose visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas, Belo Horizonte-MG, Brasil. DISPONÍVEL EM: https://www.scielosp.org/article/rbepid/2004.v7n3/338- 349/#:~:text=A%20leishmaniose%20visceral%20(LV)%2C,Leishmania%20(Leishmania)%20dono vani1 ACESSO EM: 06 de OUTUBRO de 2020 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 3ª. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2019. 740 p. : il. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf. Acesso em 5 de outubro de 2020; DATASUS. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - BRASIL. Disponível em <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/ltabr.def> Acesso em: 5 de outubro de 2020; DATASUS. LEISHMANIOSE VISCERAL - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - BRASIL. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/leishvbr.def> Acesso em: 5 de outubro de 2020; Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde no Brasil 2003|2019: da criação da Secretaria de Vigilância em Saúde aos dias atuais. Bol Epidemiol [Internet]. 2019 set [data da citação]; 50(n.esp.):1-154. Disponível em: http://www.saude.gov.br/ boletins-epidemiologicos. Acesso em: 07 de outubro de 2020; 3. BEZERRA, Claudia de Carvalho Falci. Leishmaniose. Info Escola Navegando e Aprendendo, Rio de Janeiro. Disponível em <https://www.infoescola.com/doencas/leishmaniose/>. Acesso em: 05/10/2020, 10h. http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742011000100012 https://www.scielosp.org/article/rbepid/2004.v7n3/338-349/#:~:text=A%20leishmaniose%20visceral%20(LV)%2C,Leishmania%20(Leishmania)%20donovani1 https://www.scielosp.org/article/rbepid/2004.v7n3/338-349/#:~:text=A%20leishmaniose%20visceral%20(LV)%2C,Leishmania%20(Leishmania)%20donovani1 https://www.scielosp.org/article/rbepid/2004.v7n3/338-349/#:~:text=A%20leishmaniose%20visceral%20(LV)%2C,Leishmania%20(Leishmania)%20donovani1 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf AMATO, Valdir; BALDA, Ana Claudia. Leishmaniose: sintomas, tratamentos e causas. Minha Vida, São Paulo. Disponível em<https://www.minhavida.com.br/saude/temas/leishmaniose>. Acesso em: 05/10/2020 09h. Leishmaniose Tegumentar Americana:mecanismos imunológicos, tratamento e profilaxia 4. ROBERTA OLMO PINHEIRO, farmacêutica, doutoranda em Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas -UFRJ. Docente da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Severino Sombra, Vassouras (RJ). Leishmaniose tgumentar americana American cutaneous leishmaniasis Bernardo Gontijo; Maria de Lourdes Ribeiro de CarvalhoFaculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, M 5. BB Andrade, V boaventura, M barral-Netto...-Gazeta médica 2008/ gmbahia.ufba.br COPYRIGHT 2006/2020 MINHA VIDA TODOS OS DIREITO RESERVADOS O MINHA VIDA FAZ PARTE DO GRUPO WEBEDIA
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