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Resumo baseado no livro em Busca da Política do sociólogo Zygmunt Bauman.

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
EM BUSCA DA POLÍTICA
São Paulo
2017
EM BUSCA DA POLÍTICA
Resumo baseado no livro em Busca da Política do sociólogo Zygmunt Bauman.
São Paulo
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4
EM BUSCA DA POLITICA.....................................................................................................5
CONCLUSÃO..........................................................................................................................11
INTRODUÇÃO
Zygmunt Bauman foi um sociólogo polonês, professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia. Uma de suas publicações foi o livro “Em Busca da Política”, que aborda como é a política no mundo, baseando-se em pesquisas de como a sociedade anda descrente na política e nos seus representantes.
Menciona que a liberdade foi alcançada com o passar dos séculos, mas o indivíduo não é totalmente livre. Este acredita em uma liberdade, mas ao mesmo tempo não tem coragem de reivindicar o que deseja, seja no individual ou coletivo, de ir para ruas e dizer o que está errado, de saber que a liberdade individual é fruto de um trabalho coletivo. Se sente desestimulado quando o individual condiciona o seu tempo, quando sabe que o governo já não tem programas e o seu objetivo apenas é manter o cargo. Nem mesmo o conhecimento individual seria a solução.
Cita também que a democracia é uma utopia. Sua existência deveria ser para que seja pensado no individual e coletivo. Porém, acaba forçando o individuo a pensar individualmente, onde o consumismo passa a ser assunto principal e a cidadania torna-se esquecida.
2
EM BUSCA DA POLÍTICA
O livro em Busca da Política, de Zygmunt Bauman, analisa o comportamento do ser humano em suas relações coletivas. O autor nos diz que a civilização oferece libertação do medo ou pelo menos torna os medos menos assustadores. Em troca, no entanto, impõe suas restrições a liberdade individual.
O autor cita como exemplo um fato que ocorreu na cidade de West Country na Inglaterra, quando um pedófilo chamado Sidney Cooke foi libertado da prisão, causando indignação na população que protestaram em frente à delegacia, pedindo que o mantivesse preso mesmo que legalmente ele já estivesse cumprido a sua sentença.
Cooke oferece, onde quer que esteja uma insegurança aos pais e familiares, pois como se sentir seguros com um pedófilo à solta?
As manifestações equiparam-se a comícios políticos, cerimônias religiosas ou até mesmo reuniões sindicais. Todas essas experiências grupais que costumavam definir a noção de identidade das pessoas e de que já não mais dispõem. Por isso, elas se organizam contra os pedófilos. Podemos considerar que a presença de Cooke, causava pânico e por essa razão é uma excelente oportunidade para que as pessoas usem disso como uma válvula de escape para uma ansiedade acumulada e nessas oportunidades toda raiva é jogada para fora.
Mas nos Estados Unidos, Willie Horton provavelmente fez Michael Dukakis perder a chance de ingressar como presidente. Dukakis governou o estado de Massachusetts por dez anos, sendo um dos opositores mais veementes da pena de morte. Ele queria que o sistema penal devolvesse aos criminosos a sua humanidade perdida, preparando-os para a volta a comunidade e, por isso, em seu governo os internos tinham o direito de visitar suas casas. Numa dessas visitas Willie Horton, não voltou no período determinado e, em vez disso, estuprou uma mulher. Dukakis foi pressionado pelos jornalistas sobre qual seria sua atitude se sua esposa fosse a vítima? Dukakis, disse apenas que não iria “glorificar a violência” e sendo assim ele dava adeus à presidência. George Bush, sendo adepto a pena de morte, conseguiu o desejado cargo de presidente. Os eleitores, 75% a favor da pena de morte, preferiram um verdadeiro adepto e carrasco. A pena de morte é um bilhete premiado na loteria da popularidade, aos contrários, é um suicídio político.
Desta forma, podemos observar que as pessoas vivem com medo, inseguras e ansiosas devido à rotina do dia a dia, com noticiários que mostram todo o tempo a onda de crimes crescentes, que demonstra a ausência de certeza ou de ameaças à proteção. A vida insegura é vivida na companhia de gente insegura.
Freud fala de Sicherheit, palavra alemã, que na língua portuguesa referem-se a três fenômenos:
Segurança: É dada a ideia de que já não é mais possível escapar da vida insegura, pois a insegurança em que vivemos chegou a tal ponto em que não se pode mais garantir o valor de qualquer coisa conquistada.
Certeza: Naturalmente não é novidade viver e agir em condições de incerteza, deixando a sociedade duvidosa perante a tudo. 
Garantia: Viver corretamente, como por exemplo, buscando objetivos e alcançando-os, você terá a garantia de uma vida desejável.
Políticos de todas as vertentes deixam claro que, dada a severa exigência de competitividade, eficiência e flexibilidade, que já “não podemos nos permitir” redes de segurança coletiva. Pois os políticos prometem modernizar as estruturas seculares de vida dos seus súditos, mas as promessas são presságio de mais incerteza, mais insegurança e menos garantia contra os caprichos do destino.
 Os três ingredientes têm conceitos semelhantes uns aos outros e são carregados pela autoconfiança que depende a capacidade de pensar e de agir racionalmente, esses sofrem nos dias de hoje intensos golpes.
Podemos observar também que o autor cita alguns fatos sobre o medo existencial, que é incontrolável e nos torna cada dia mais preocupados pelo fato de que pouco se pode fazer para combatê-los. Os governos não podem simplesmente prometer aos cidadãos uma existência segura e garantida. Na maioria das vezes o medo traz com ele o riso, para descarregar os seus produtores e assim criar uma pausa necessária para recuperarmos os medos passados, tornando-os suportáveis e assim enfrentarmos os medos dando forças para enfrentarmos os medos futuros.
Bauman cita que a frieza com os “forasteiros”, estranhos tornando-se vizinhos e vizinhos estranhos, é sinal de um esfriamento geral das relações humanas por toda a parte. A união de amigos não evita ameaças ou perigos, é como se atingisse separado, cada um por vez condenados a viver sozinhos. Segundo Kundera, atualmente os outros só podem reagir de duas maneiras ao tipo de desastre que costumava acontecer as pessoas, alguns podem aderir ao clamor público, outros podem mostrar compaixão e evitar jogar o sal na ferida. A velha amizade onde se dizia um por todos e todos por um, ficou esquecida e as pessoas tornando-se cada vez mais frias. Já não conseguimos distinguir os risos se são maliciosos ou beneficentes.
Um dos questionamentos que o livro traz é: até que ponto o homem é livre? Ser um indivíduo não significa necessariamente ser livre.
O indivíduo no final da sociedade moderna e pós-moderna vive no individualismo. Tabus que até então eram restritos ao indivíduo e a família, tornaram-se públicos. Foi despejado conteúdos e o público ficou sem agenda própria. A exposição do indivíduo é um apelo para que o público lhe diga como pilotar a própria vida, porém este somente pode aplaudir ou zombar, elogiar ou condenar, admirar ou depreciar, instigar ou dissuadir, estimular ou amolar, incitar ou abafar, mas jamais resolverá os problemas no lugar do indivíduo. Para John Carrol, hoje há pouca receptividade prática nos dois principais setores na vida: amor e trabalho. De um lado diminuiu a crença no casamento como essência da felicidade e do outro a crescente insegurança no emprego. Somente dentro da coletividade que um indivíduo pode ser realmente livre.
Outro ponto importante é desconstrução da política. As opções individuais são, em todas as instâncias, limitadas por dois conjuntos de restrições. Um é definido por uma agenda de opções, sendo o conjunto de alternativas efetivamente disponíveis. Com isso toda opção implica escolher umadentre outras e raramente o conjunto de coisas a escolher depende daquele que escolhe. Outro conjunto de restrição é definido pelo código de escolha, as regras que indicam com base em que se devem preferir uma coisa à outra e quando a escolha é adequada ou não. Esses dois conjuntos de restrições criam o quadro em que opera a liberdade de opção individual.
O principal elemento para criar essa agenda foi a Legislação, sendo um poder que pretende pré-selecionar um leque de opções antes do indivíduo e lhe apresenta uma teoria de possíveis soluções. O instrumento moderno para a criação do código de escolha foi a educação, que visou instruir e treinar os indivíduos para usar a sua liberdade dentro da agenda pré-estabelecida legislativamente.
A falta de liberdade se torna desagradável quando os agentes são forçados a agir contra a sua própria vontade, não sentindo vontade em fazer o que não fariam por livre arbítrio. Toda ausência de liberdade expressa no sentido heterônoma, que de outro modo, é quando seguimos comandos colocados por outra pessoa. Nesse caso, ao contrário da autonomia, estes não tomam a sua própria decisão. Todas as sociedades são autônomas, ou seja, todas elas têm autossuficiência para se governarem.
Segundo Cartoriadis, é dada a ideia de política como uma atividade explícita e lúcida que diz respeito à instauração das instituições desejáveis e da democracia como regime da máxima auto instituição possível, explicita e lúcida, das instituições sociais que dependem da atividade coletiva.
Castoríades ainda afirma que o que vivemos hoje é uma pseudodemocracia, pois democracia representativa não é democracia. Os políticos representam a si mesmos ou representam interesses particulares. Segundo ele, dizer que alguém nos representará por anos de maneira irrevogável equivale a dizer que abrimos mão de nossa soberania enquanto povo. Rosseau reforça esta ideia: “os ingleses creem que são livres porque elegem representantes a cada cinco anos, mas só são livres um dia a cada cinco anos, o dia da eleição.” Mas até nisso, comenta, não são livres. “A eleição é fraudada não porque se violem as urnas, é fraudada porque as opções são definidas de antemão”. No entanto, esclarece que o que há é uma contra educação política e que enquanto as pessoas deveriam habituar-se a exercer todas as espécies de responsabilidades e a tomar iniciativas, habituam-se a seguir opções que outros lhes apresentam. Podemos destacar aqui, o conceito usado por Bauman, ou seja, a sujeição de um indivíduo à vontade de terceiros. Afirma ainda, que vivemos hoje uma época de dissolução das ideologias. Explicam que nas sociedades modernas havia ainda um conflito social e político vivo, as pessoas se opunham se manifestavam e que hoje o que se vê é um recuo das pessoas, por acharem que não vale a pena se envolver, que nada se pode fazer. Questionado sobre por que não há oposição ao liberalismo, afirma que existe hoje uma espécie de terrorismo do pensamento único, de um não pensamento, um pensamento liberal único ao qual ninguém ousa opor-se.
Assim como Bauman, Castoríadis só vê possibilidade de transformação a partir do ressurgimento de uma potente crítica do sistema e do renascimento da atividade das pessoas, de sua participação na coisa comum.
Em um momento de crise, as pessoas pensam que é um momento de mudança decisiva para melhor ou pior, mas não mais como o momento em que decisões sensatas podem ser tomadas com autoconfiança para garantir que essa mudança seja para melhor. Um Estado em crise faz com que as coisas escapem ao controle. Sendo assim, não temos o domínio sobre o fluxo dos acontecimentos fazendo com que entremos em desespero para encontrar uma saída de uma situação angustiosa, mas todos os nossos esforços não passarão de uma sucessão de tentativas e erros. Para falar em crise é preciso primeiro ter uma teoria que ocorre quando esse estado, corriqueiro e familiar desmorona, quando as coisas se desajustam e o acaso aparece onde a regularidade deveria governar os eventos já que não são rotineiros e previsíveis; antes de uma crise nos sentimos no comando das situações, porém, com uma crise à vista nos sentimos a deriva.
A palavra “crise” não pode ser usada como antônimo de normalidade. Na verdade, a tarefa é construir uma teoria que não veria incoerência nos eventos extraordinários, mas que incorporam à existência humana e, portanto não teriam necessidade de uma “teoria da crise”.
A democracia liberal é a utopia da sociedade moderna, cujo modelo deveria se estruturar e ser governada por uma boa sociedade ou pelo menos por uma sociedade garantida contra algumas das suas mais óbvias deficiências de opções. É uma ousada tentativa de realizar um equilíbrio excessivamente difícil. É uma tentativa de manter a eficiência política do Estado no seu papel de guardião da paz e de mediador entre os interesses coletivos e dos indivíduos, permitindo a livre formação dos grupos e a livre autoafirmação dos indivíduos e sua livre escolha do estilo de vida que pretendem seguir.
O objetivo não é apenas uma sociedade que permita ao Estado dirigir os seus assuntos e um tipo de Estado que também permita a sociedade dirigir os negócios dela, mas também um tipo de sociedade capaz de cuidar para que os assuntos do Estado sejam dirigidos corretamente e um tipo de Estado capaz de defender a sociedade contra os excessos que o governo dos interesses dela pode acarretar. Dessa forma, a sociedade civil torna a liberdade individual segura.
A reforma pela qual a sociedade tende a passar tem como expressão chave “direitos humanos”, ou seja, o direito de todo indivíduo usar da sua liberdade de escolha para decidir seu próprio caminho. O autor cita que o homem moderno tende a tornar-se uma criatura com qualidades móveis, disponíveis e cabíveis, como um móvel atualmente “modulado” que substitui os antigos, rígidos e imutáveis guarda-roupas. As associações desse novo indivíduo podem ser efetivas sem serem rígidas e isso tem efeitos notáveis: torna possível uma sociedade que é simultaneamente “bem integrada” e, no entanto é livre de uma forma rígida, da monotonia e homogeneidade imposta por uma tirania coercitiva, pela vigilância tribal ou pela influencia opressiva do passado que se auto reproduz ritualmente.
Essa condição, que o autor intitula como “modular”, que é a habilidade do indivíduo de se adaptar melhor uns aos outros e às situações é, portanto o “veneno” de Unsicherheit (da insegurança, incerteza e instabilidade). Unsicherheit tende a projetar as suas muitas redes descoordenadas e mal sinalizadas. Mas essa condição “modular”, que representa a ausência de rigidez, é a fonte constante da tensão. E essa tensão tenderá a gerar um sentimento de simplificação e de harmonizar os desejos sociais e as oportunidades.
A busca pelo bem comum não garante que os cidadãos serão capazes de fato de se comprometer a “tomar conta de si mesmos” e “se questionar”, lançando um olhar crítico e julgando as leis que a todos governam. Mas sem a busca ao apelo aos cidadãos para fazer exatamente isso soaria apenas vazio.
A ideia republicana coloca o questionamento crítico no cerne da participação comunitária; os cidadãos fazem parte da república através da ativa preocupação com os valores promovidos ou desprezados pelo Estado.
Uma vez tenha se tornado global, o poder que preside a crescente flexibilidade das condições de vida e, portanto, a Unsicherheit cada vez mais profunda que satura todo o curso da vida humana, a condição preliminar de uma ação efetiva visando mitigar o nível de insegurança e incerteza é elevar a política a um nível tão genuinamente internacional quanto aquele em que operam os poderes atuais. Nada menos é necessário do que uma instituição republicana internacional em escala proporcional à escala de operação dos poderes transnacionais, ou seja, um “novo internacionalismo”.
Nessa capacidade comum de alcançar uma efetiva comunicação sem recorrer a significados já partilhados e uma interpretação acorde está investida a possibilidade do universalismo. A universalidadenão é inimiga da diferença; ela não quer homogeneidade cultural, mas também não precisa de pureza cultural e especificamente do tipo de praticas a que se refere esse termo ideológico. Universalidade significa que a capacidade da espécie se comunicar e alcançar entendimento mútuo, no sentido de “saber como prosseguir” por caminhos diferentes.
CONCLUSÃO
“Em busca da Política” retrata que para a existência de uma sociedade democrática efetiva, é necessário um engajamento social e principalmente coletivo, pois é primordial que a população esteja firmemente em busca de propósitos que tenham vista coletiva e não apenas individual. No entanto, o encontro entre os interesses individuais e coletivos é trabalhoso.
Bauman descreve que quando as pessoas se encontram em situações de comoção, como no primeiro exemplo citado no livro, que foi caso de Cooke, elas se unem em um propósito coletivo com empenho. Porém essa união, por muitas vezes, é motivada por uma raiva armazenada no mais profundo íntimo e usam desses acontecimentos, para sentirem que estão efetivamente contribuindo para a sociedade e para minimizar o sentimento de não participar de uma mudança social. Porém, como toda “explosão”, é momentânea, e logo os ânimos se acalmam e provavelmente as pessoas pouco se lembrem do acontecimento.
Um ponto muito interessante que observamos é que muitas vezes isso não é possível, ou até mesmo buscado pela sociedade pelo medo da mudança. O livro ressalta que vivemos em uma falsa segurança, certeza e garantia e temos medo de promovermos mudanças que trarão um futuro incerto. Esse medo impede que as pessoas promovam mudanças sociais necessárias para uma política efetiva.
Ao falar sobre crise, Bauman relata que este é um momento de mudanças, exige autoconfiança da parte das pessoas para que elas tomem decisões corretas, com o intuito de que essa mudança seja para melhor. Quando ocorre uma crise as coisas fogem do controle, desta forma perdem o domínio de andamento dos acontecimentos a fim de que entremos em desespero em busca de achar uma solução para esse momento aflitivo. Porém, o ponto é que as crises não devem ser observadas como pontos atípicos que gerem uma comoção social exacerbada, mas sim, como um ponto em que a sociedade se encontre frente a mudanças necessárias e sejam moldáveis às situações, para estabelecerem uma solução plausível ao bem comum.

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