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Critérios de Projetos de Barragens- Layanne Marques- Vinicius André (Barragens- 8 Periodo)

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CRITÉRIOS DE PROJETOS DE BARRAGENS 
Layanne Marques Rodrigues1 Vinicius André dos Santos Rosa2; Roberto Viana3 
 
RESUMO: 
Desenvolver e explicar os critérios do projetos de barragens, compreendendo o 
barramento, as estruturas associadas e o reservatório, sua construção, segurança, 
prevenções e atribuições. 
 
 
 
 
ABSTRACT: 
Develop and explain the criteria of dam projects, including the dam, the associated 
structures and the reservoir, its construction, safety, prevention and assignments. 
 
 
 
1Discente Curso de Eng. Civil – Centro Universitário Montes Belos – São Luís de Montes Belos – GO. Brasil. 
2Docente Curso de Eng. Civil. Mestre em Engenharia Agrícola – Centro Universitário Montes Belos – São Luís 
de Montes Belos – GO. Brasil. 
2 
 
1. JUSTIFICATIVA 
 
1.1. Critérios de projeto de Barragens 
As barragens, compreendendo o barramento, as estruturas associadas e o reservatório, são obras 
necessárias para uma adequada gestão dos recursos hídricos e contenção de rejeitos de 
mineração ou de resíduos industriais. Sua construção e operação podem, no entanto, envolver 
danos potenciais para as populações e os bens materiais e ambientais existentes no entorno. 
 
 
1.2. Problema 
As causas de ruptura de barragens, na maioria dos casos, podem ser atribuídas não apenas a 
falhas de projeto, mas devido à falta de acompanhamento durante sua construção. Em ambos 
os casos pode-se afirmar que o projeto não foi elaborado e executado por profissional experiente 
ou por empresa devidamente habilitada. Ainda, erros podem ser atribuídos à falha humana 
durante as fases preliminares das investigações para o projeto (investigação geológica e 
geotécnica simplificada), dados e critérios de projeto deficientes, fiscalização deficiente, 
operação inadequada, erros de interpretação de dados do monitoramento e devido à operação 
indevida das estruturas hidráulicas, etc. 
 
1.3. Objetivo Geral 
A segurança de barragens é um aspecto fundamental para todas as entidades envolvidas, como 
as autoridades legais e os empreendedores, bem como os agentes que lhes dão apoio técnico 
nas atividades, relativas à concepção, ao projeto, à construção, ao comissionamento, à operação 
e, por fim, ao descomissionamento (desativação), as quais devem ser proporcionais ao tipo, 
dimensão e risco envolvido. 
 
 
1.4. Objetivos Específico 
As condições de segurança das barragens devem ser periodicamente revisadas, levando em 
consideração eventuais alterações resultantes do envelhecimento e deterioração das estruturas 
ou de outros fatores, como o aumento da ocupação nos vales a jusante. 
• A Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, conhecida como Lei de Segurança de 
Barragens, estabeleceu a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), 
considerando os aspectos referidos, além de outros, e definiu atribuições e formas de 
controle necessárias para assegurar as condições de segurança das barragens. 
• A Lei de Segurança de Barragens atribui aos empreendedores e aos responsáveis 
técnicos por eles escolhidos a responsabilidade por desenvolver e implementar o Plano 
de Segurança da Barragem, de acordo com metodologias e procedimentos adequados 
para garantir as condições de segurança necessárias. No Brasil, os empreendedores são 
3 
 
de diversas naturezas: públicos (federais, estaduais ou municipais) e privados, sendo sua 
capacidade técnica e financeira também muito diferenciadas. 
 
 
1.5. Normas técnicas 
As normas e padrões a serem utilizados na elaboração do projeto devem ser as últimas edições 
das Normas e Regulamentos da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Casos 
específicos e/ou omissos serão supridos pelas normas, regulamentos e padrões técnicos das 
organizações a seguir listadas: 
• American Association of State Officials– ASSHTO 
• American Concrete Institute – ACI 
• American Institute of Steel Construction- AISC 
• American National Standard Institute - ANSI 
• American Society for Testing Materials - ASTM; 
• American Society of Civil Engineers - ASCE 
• American Water Works Association - AWWA; 
• American Welding Society - AWS; 
• Associação Brasileira de Cimento Portland- ABCP; 
• Associação Brasileira de Geologia de Engenharia - ABGE; 
• Associação Brasileira de Mecânica dos Solos - ABMS; 
• Associação Brasileira de Recursos Hídricos- ABRH; 
• Association Française de Normalisation - AFNOR; 
• British Standards - BS; 
• California Department of Water Resources - CDWR; 
• Comissão Nacional Portuguesa de Grandes Barragens – CNPGB 
• Comitê Brasileiro de Barragens - CBDB; 
• Comité Eurointernational du Béton - CEB; 
• Concrete Reinforcing Steel Institute - CRSI; 
• Deutsches Institut für Normen - DIN; 
• Instituto Brasileiro de Concreto - IBRACON; 
• Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT; 
• International Commission on Large Dams - ICOLD; 
• Laboratório Nacional de Engenharia Civil - LNEC; 
• Société Hydraulique Française - SHF; 
• United States Army Corps of Engineers - USACE; 
• United States Bureau of Reclamation - USBR; 
• United States Federal Specifications – USFS 
• World Bank. Operational Manual. OP 4.37 – Safety of Dams 
 
 
 
 
4 
 
1.6. Responsável pela elaboração do Projeto 
O responsável técnico pela elaboração do projeto deve ter registro no Conselho Regional de 
Engenharia e Agronomia – CREA, com atribuições profissionais correspondentes e ter ART 
(Anotação de Responsabilidade Técnica) registrada no CREA da região onde se desenvolve o 
Projeto. 
 
 
1.7. Painel de especialista 
É prática corrente no Brasil e em muitos outros países que a elaboração do projeto de grandes 
barragens seja acompanhada por um painel de especialistas, contratado pelo empreendedor, 
visando assegurar a adoção de critérios atualizados da melhor prática disponível e a adequação 
do projeto às condições locais. 
 
 
1.8. Aspectos Gerais do Projeto 
Barragem, fundação e ombreiras: 
A barragem, assim como suas fundações e ombreiras, devem ter adequadas condições de 
segurança para as diferentes situações que vão ocorrer ao longo da sua vida, tais como, para 
situações de construção, de operação normal e também para situações extremas, associadas às 
ações externas (como cheias e sismos) ou às propriedades estruturais. Assim, no projeto da 
barragem, de sua fundação e ombreiras, devem ser consideradas situações de projeto adequadas 
para verificação das condições de segurança e operacionalidade, de acidente e incidente 
identificados, atendendo à experiência existente com obras semelhantes, bem como as 
características do local, e ainda: 
 As características geométricas das estruturas; 
• As características, propriedades e comportamento previsto para os materiais da 
estrutura e da fundação, nos aspectos hidráulico, mecânico, térmico e químico; 
• As ações estáticas e dinâmicas, considerando suas variações ao longo da vida da 
barragem, e as combinações de ações mais desfavoráveis para situações de operação 
normal, para situações excepcionais e de construção e para eventos extremos. 
Os aspectos relativos ao controle das vazões através da barragem e, principalmente, através da 
fundação, bem como os associados ao local de implantação da obra, tais como as características 
topográficas, geológicas, geotécnicas e hidrogeológicas, hidrológicas, sismológicas e 
climáticas, além de aspectos ambientais e de utilização da obra, devem ser adequadamente 
ponderados na definição das características geométricas das estruturas, na seleção dos materiais 
para sua construção e na identificação das principais ações que irão se desenvolver ao longo da 
vida da barragem. Estes aspectos, que envolvem diversas áreas de atividade e muitas 
especializações, são apenas referidos nas presentes Diretrizes de modo a salientar a sua 
importância para o projeto das barragens relativamente à sua segurança. 
 
 
 
 
5 
 
1.9. Etapas dos estudos e projetos 
GeneralidadesO projeto, nas suas diversas etapas, deve basear-se em estudos nos quais os problemas de 
segurança tenham sido devidamente considerados, de acordo com o porte da barragem e com a 
classe de dano potencial1 associado que lhe for atribuída. A segurança das barragens deve 
considerar aspectos estruturais, hidráulicos, operacionais e ambientais. 
Estudos preliminares 
Na fase de Estudos Preliminares ou de Inventário são estudadas, sumariamente, alternativas de 
localização e de porte da barragem e do seu reservatório. São estimados, em primeira 
aproximação, os benefícios, os custos e os prazos de implantação das obras, bem como os 
impactos ambientais e os possíveis custos de mitigação desses impactos. A viabilidade 
ambiental do projeto é um aspecto fundamental para o seu prosseguimento em fases posteriores, 
com maior investimento nos estudos de base, tais como, nos levantamentos topográficos, 
prospecções geológicas e geotécnicas, ensaios de materiais, medições e estudos. 
Nessa fase devem ser mencionadas as possibilidades de a barragem servir a finalidades 
múltiplas, maximizando seus benefícios ambientais e sociais. 
A primeira fase de um projeto de barragem deve incluir uma inspeção aos locais alternativos 
para sua implantação, por equipe multidisciplinar, incluindo, no mínimo, engenheiros civis com 
experiência em geotecnia, hidráulica, hidrologia e construção e, ainda, geólogo de engenharia 
e especialista em meio ambiente. Em cada local alternativo recomenda-se que, nessa fase: 
• seja realizado um mapeamento geológico de superfície apoiado por 
geofotointerpretação; 
• o estudo hidrológico defina uma série de descargas médias mensais e seja estimada a 
descarga de projeto dos órgãos extravasores; 
• as estruturas civis e os equipamentos permanentes sejam dimensionados e 
quantificados com base em soluções tradicionalmente adotadas em projetos do tipo em 
estudo. 
 
 
Projeto final como construído (as built) 
Após a conclusão da construção, o empreendedor promoverá a obtenção de um documento que 
se intitulará “Projeto Final como Construído” e que será parte integrante do Plano de Segurança 
da Barragem. Este projeto, que deve estar disponível para análise da entidade fiscalizadora, 
sempre que esta assim o entenda, deve incluir: 
• Os elementos com interesse para a segurança da obra tal como executada, incluindo 
relatórios, desenhos como construído e cálculos justificativos; 
• Representação dos aspectos geológicos e geotécnicos da fundação da barragem e dos 
resultados, relativos ao seu tratamento, bem como das obras subterrâneas; 
• Fotografias representativas das escavações para as fundações e do seu tratamento e dos 
demais aspectos da construção; 
• Os resultados dos ensaios de materiais utilizados (concreto, solos, enrocamentos, 
maciço rochoso e outros materiais) e outros estudos laboratoriais efetuados e 
respectivos relatórios; 
6 
 
• Os cronogramas de execução dos serviços; 
• O plano de monitoramento e de instrumentação realmente utilizados nas obras; 
• Os registros das leituras da instrumentação e a das inspeções realizadas durante a 
construção. 
 
 
1.10. Metodologia 
Para garantir as necessárias condições de segurança das barragens ao longo da sua vida útil, 
devem ser adotadas medidas de prevenção e controle dessas condições. Essas medidas, se 
devidamente implementadas, asseguram uma probabilidade de ocorrência de acidente reduzida 
ou praticamente nula, mas devem, apesar disso, ser complementadas com medidas de defesa 
civil para minorar as consequências de uma possível ocorrência de acidente, especialmente em 
casos em que se associam danos potenciais mais altos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS 
 
COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS. Auscultação e Instrumentação de Barragens no 
Brasil. Belo Horizonte, MG: Comitê Brasileiro de Grandes Barragens, II Simpósio Sobre 
Instrumentação de Barragens, Vol. I, 1996. 
 
CIVIL ENGINEERING RESEARCH ASSOCIATION (Reino Unido). Civil Engineering 
Research Association, Research Report No.4, 1966. 
 
COMITÉ FRANÇAIS DES BARRAGENS ET RÉSERVOIRS (França). Justification des 
Barrages-Poids. Paris, France: Comité Français des Barrages et Réservoirs, 2006. 
 
COMITÉ FRANÇAIS DES BARRAGENS ET RÉSERVOIRS (França). Recommandations 
pour la Justification de la Stabilité des Barrages-Poids. Paris, France: Comité Français des 
Barrages et Réservoirs, 2002. 
 
CHOW, Ven Te, MAIDMENT, D., R., MAYS, L.W.. Applied Hydrology. McGraw-Hill Book 
Company, International Editions, 1988.

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