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direito administrativo REVISE ja 2019

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FOCA DIREITO 
AJAJ TRF 3ª Região 
 
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Resumo dos tópicos 
 
Direito 
Administrativo 
 
Material produzido por Sabrina Barbosa da equipe 
Foca Direito. 
Administração pública: princípios básicos. 
 Não há, na doutrina, uniformidade quanto à 
categorização e quanto à enumeração dos 
princípios e suas classificações. A seguir 
enumeraremos os princípios de acordo com 
os principais autores de Direito Administrativo 
e os que mais são cobrados em prova. 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO – Básicos 
LIMPE e outros 
 
Legalidade- expressa ideia de que a 
administração publica só pode atuar quando 
exista lei que o determine. 
Impessoalidade-impõe tratamento isonômico 
aos administrados, bem como na atuação 
imparcial dos agentes públicos. 
 1º Sentido: Significa agir de forma impessoal, 
não buscar interesses pessoais. Exige 
AUSÊNCIA de subjetividade. 
 2º Sentido: É bem definido por José Afonso da 
Silva: “os atos e provimentos administrativos 
são imputáveis não ao funcionário que os 
pratica, mas ao órgão ou entidade 
administrativa da Administração Pública, de 
sorte que ele é o autor institucional do ato”. 
Ele é apenas o órgão que formalmente 
manifesta a vontade estatal (TEORIA DO 
ÓRGÃO), nos termos do art. 37, §1º CF. 
 SÚMULA VINCULANTE 13 DO STF 
(nepotismo) “A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na Administração Pública 
direta e indireta em qualquer dos poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a constituição 
federal”. 
Eficiência- impõe a administração pública 
uma atuação com presteza, celeridade, 
rendimento e perfeição. Busca a melhor 
realização possível da gestão dos interesses 
públicos. 
Publicidade- divulgação oficial dos atos 
administrativos, ressalvadas as hipóteses de 
sigilo previstas na Constituição. Enquanto não 
publicado o ato administrativo ele não estará 
apto para produzir efeitos. 
Moralidade- Boa-fé, obediência aos padrões 
éticos, honestidade, lealdade do 
administrador. O administrador deve cumprir 
os padrões éticos, as regras, as condutas 
éticas. Exige atuação honesta e ética do poder 
público. 
Supremacia do interesse público- É um 
princípio IMPLÍCITO no texto constitucional. 
Supremacia é superioridade, sobreposição do 
interesse público face o interesse individual. 
Princípio da especialidade 
Esse princípio decorre dos princípios da 
indisponibilidade e da legalidade. Surgiu com 
base na ideia de descentralização 
administrativa, apesar de a doutrina também 
admitir a sua aplicação para a própria 
Administração Direta. 
Autotutela- Administração poderá rever seus 
atos quando: 
ILEGAIS: anulação. 
INCONVENIENTES: revogação. 
 Di Pietro: o princípio da autotutela não impõe 
somente a revisão de atos, mas impõe 
também o dever de zelo para com os bens, 
órgãos na função pública. 
 Esse princípio já está sedimentado em duas 
Súmulas do STF, que são compatíveis, 
continuam válidas: 
 STF nº 346 A Administração pode anular os 
seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tomem ilegais, porque deles não se 
originam direitos. 
 STF nº 473: A Administração pode anular os 
seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tomem ilegais, porque deles não se 
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originam direitos; ou revogá-los, por motivo 
de conveniência ou oportunidade, respeitados 
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial. 
 
Princípio do controle ou tutela 
 Os entes federativos, através de órgãos da 
administração direta exercem controle sobre 
as pessoas jurídicas da administração indireta. 
Não há hierarquia, há controle. Não há 
autotutela, há tutela. Não há subordinação, 
há vinculação. 
Princípio da motivação 
 De acordo com o art. 2º, VII da Lei 9.784/99, 
motivação é a indicação dos pressupostos de 
fato e de direito que determinam a decisão. 
Implica para a Administração o dever de 
justificar seus atos, apontando-lhes os 
fundamentos de direito e de fato. 
Princípio da isonomia: peculiaridades: 
 
 STJ – 535 É admitida a realização de exame 
psicotécnico em concursos públicos se forem 
atendidos os seguintes requisitos: previsão em 
lei, previsão no edital com a devida 
publicidade dos critérios objetivos fixados e 
possibilidade de recurso. 
 *Teste físico: diferença mulheres x homens. 
Não viola isonomia. 
 
 Súmula vinculante 44-STF: Só por lei se pode 
sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público. 
 
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA 
 Trata-se de um princípio que excepciona o 
princípio da impessoalidade, tendo em vista 
que inibe a aplicação de severas sanções a 
entidades federativas por ato de gestão 
anterior à assunção dos deveres públicos. 
Possui duas acepções: 
 1ª acepção: quando a irregularidade foi 
praticada pela gestão anterior. 
Existem julgados do STF afirmando que se a 
irregularidade no convênio foi praticada pelo 
gestor anterior e a gestão atual, depois que 
assumiu, tomou todas as medidas para 
ressarcir o erário e corrigir as falhas. Assim, 
segundo essa acepção, o princípio da 
intranscendência subjetiva das sanções proíbe 
a aplicação de sanções às administrações 
atuais por atos de gestão praticados por 
administrações anteriores. 
 2ª acepção: quando a irregularidade foi 
praticada por uma entidade do 
Estado/Município ou pelos outros Poderes 
que não o Executivo. 
 Além do caso acima explicado, o princípio da 
intranscendência subjetiva das sanções pode 
ser aplicado também nas situações em que 
uma entidade estadual ou municipal 
descumpriu as regras do convênio e a União 
inscreve não apenas essa entidade, como 
também o próprio ente (Estado/Município) 
nos cadastros restritivos. 
Informativo 825 STF 
(FONTE: Dizer o direito) 
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Princípio da 
intranscendência e atos praticados pelas 
gestões anteriores Atenção! Concursos 
federais 
 Segundo a posição que prevalece no STF, se a 
irregularidade no convênio foi praticada pelo 
gestor anterior e a gestão atual, depois que 
assumiu, tomou todas as medidas para 
ressarcir o erário e corrigir as falhas (exs: 
apresentou todos os documentos ao órgão 
fiscalizador, ajuizou ações de ressarcimento 
contra o antigo gestor etc.), neste caso, o ente 
(Estado ou Município) não poderá ser incluído 
nos cadastros de inadimplentes da União. 
Assim, segundo esta acepção, o princípio da 
intranscendência subjetiva das sanções proíbe 
a aplicação de sanções às administrações 
atuais por atos de gestão praticados por 
administrações anteriores. 
Observância do devido processo legal, 
contraditório e ampla defesa antes da 
inclusão de entes federativos nos cadastros 
federais de inadimplência Atenção! 
Concursos federais 
 É necessária a observância da garantia do 
devido processo legal, em especial, do 
contraditório e da ampla defesa, 
relativamente à inscrição de entes públicos 
em cadastros federais de inadimplência. 
Assim, a União, antes de incluir Estados-
membros ou Municípios nos cadastros 
federais de inadimplência (exs: CAUC, SIAF) 
deverá assegurar o devido processo legal, o 
contraditório e a ampla defesa. 
Poderes administrativos: poder hierárquico, 
poder disciplinar, poder regulamentar, poder 
de polícia, uso e abuso do poder. 
 
 Poderes da Administração = prerrogativas de 
instrumentos, poder regulamentar, de 
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polícia, hierárquico e disciplinar. O 
administrador não pode abrirmão. 
Representa uma obrigação. 
USO E ABUSO DE PODER 
 Quando o administrador não age de forma 
regular comete o abuso de poder, que possui 
duas espécies: excesso de poder e desvio de 
finalidade. 
EXCESSO DE PODER 
 Ocorre quando a autoridade pratica um ato 
exorbitando suas atribuições legais. Ou seja, 
ultrapassa as competências definidas em lei. 
DESVIO DE FINALIDADE (“DESVIO DE 
PODER”) 
 O desvio de finalidade se verifica quando o 
agente pratica o ato visando a fim diverso 
daquele previsto. 
Dentro dos limites, mas contrária à finalidade. 
 A invalidação da conduta abusiva pode dar-se 
na própria esfera administrativa (autotutela) 
ou através de ação judicial – inclusive por MS 
e ação popular. 
ESPÉCIES DE PODERES 
 Poder vinculado: Aquele em que o 
administrador não tem liberdade, não tem 
juízo de valor, não tem conveniência e 
oportunidade. Preenchidos os requisitos 
legais o administrador é obrigado a praticar o 
ato. Ele não tem flexibilidade. 
 Poder discricionário: Administrador tem 
liberdade, juízo de valor, significa 
CONVENIÊNCIA e OPORTUNIDADE. Opções de 
escolha. Porém, liberdade nos limites da lei. 
Deve escolher as alternativas que a lei 
apresenta. 
 Poder disciplinar: É o poder da Administração 
Pública para apurar infrações e aplicar 
penalidades em relação àqueles sujeitos à 
disciplina interna da Administração, 
servidores ou não. O poder disciplinar não 
alcança a coletividade como um todo, mas um 
grupo restrito de indivíduos, aqueles que 
mantêm com a Administração um 
vínculo/relação jurídica especial de 
sujeição/subordinação. Não se confunde com 
o poder punitivo do Estado. 
 A principal característica do poder disciplinar 
é a discricionariedade. (Regra) 
 Como visto, PD é o poder da administração 
para apurar infrações, bem como aplicar 
penalidades, em face dos sujeitos à disciplina 
interna da Administração. Assim, destaca-se: 
 Em relação à apuração de infrações, a 
Administração possui a obrigação de 
investigar, sendo um poder-dever. Assim, 
trata-se de ato vinculado. (Exceção) 
 Algumas decisões do STJ sobre o Poder 
Disciplinar, vejamos: 
 É possível a instauração de PAD com base em 
denúncia anônima; 
 Instaurado o competente PAD fica superado o 
exame de eventuais irregularidades ocorridas 
durante a sindicância, pois são procedimentos 
independentes. 
 O excesso de prazo para a conclusão de PAD 
não conduz sua nulidade automática, 
devendo para tanto ser demostrado o 
prejuízo para a defesa. 
 A autoridade administrativa pode aplicar a 
pena de demissão quando em PAD é apurada 
a prática de improbidade administrativa por 
servidor público, tendo em vista a 
independência das instancias civil, penal e 
administrativa. 
 A decretação de nulidade no PAD depende do 
efetivo prejuízo para as partes, à luz do 
princípio pas de nullité sans grief. 
 O termo inicial em PAD começa a correr da 
data em que o fato se tornou conhecido pela 
Administração. 
 O prazo da prescrição no âmbito 
administrativo disciplinar, quando houver 
sentença condenatória, deve ser computado 
com base na pena em concreto na esfera 
penal. 
 É possível haver discrepância entre a 
penalidade sugerida pela comissão disciplinar 
e a aplicada pela autoridade julgadora, desde 
que a conclusão lançada no relatório final não 
guarde sintonia com as provas dos autos e a 
sanção imposta esteja devidamente motivada. 
 
 No PAD a alteração da capitulação legal 
imputada ao acusado não enseja nulidade, 
uma vez que o indiciado se defende dos fatos 
nele descrito e não dos enquadramentos 
legais. 
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 O PAD deve ser conduzido por comissão 
composta de servidores estáveis no atual 
cargo que ocupam e não apenas no serviço 
público. 
 Da revisão do PAD não pode resultar 
agravamento da pena imposta. 
 
 
PODER HIERÁRQUICO 
 É o poder da Administração Pública para 
distribuir e escalonar as funções dos seus 
órgãos, ordenar e rever os atos dos seus 
agentes, estabelecendo a relação de 
subordinação entre os servidores do seu 
quadro de pessoal (Hely Lopes Meireles). 
 Em suma, é poder da administração para 
ordenar a atividade administrativa. Não existe 
nas funções judiciárias e legislativas. 
 Poderes decorrentes da hierarquia: Editar 
atos normativos de efeitos apenas internos; 
Dar ordens; Fiscalizar; Controlar e exercer a 
autotutela; Aplicação de sanções disciplinares; 
Delegar e avocar competências. 
 
PODER REGULAMENTAR- espécie 
(“NORMATIVO- gênero”) 
 É o poder que é exercido pelo chefe do poder 
executivo através de DECRETO que pode ser 
dividido em: autônomo e regulamentar 
(poder regulamentar). O poder normativo é 
gênero, pode ser exercido por demais 
autoridades por meio de outros atos 
administrativos. 
 Vale lembrar que o poder regulamentar 
explica e complementa a lei, pode inovar no 
ordenamento jurídico. Já o autônomo é 
exceção e está previsto na CF/88 o art.84, VI, 
a, b, ou seja, é aquele que regulamenta 
DIRETO o texto constitucional, tem seu 
fundamento de validade no texto 
constitucional. 
 *Atos de regulamentação de primeiro grau – 
decretos e regulamentos. 
 *Atos de regulamentação de segundo grau – 
regulamentam os primeiros, mais 
detalhamento. 
 *Regulamentação técnica: exercido pelas 
agências reguladoras – “deslegalização”. 
“Delegation with Standards”. 
PODER DE POLÍCIA 
 CTN Art. 78. Considera-se poder de polícia 
atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse 
ou liberdade, regula a prática de ato ou a 
abstenção de fato, em razão de interesse 
público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção 
e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos 
direitos individuais ou coletivos. 
 Compatibilização de interesses, 
compatibilizar o interesse público + interesse 
privado. O que representa acima de tudo, 
buscar o bem estar social. Palavra chave: bem 
estar social. 
 É a prerrogativa do poder público de, calcado 
na lei, definir parâmetros de uso e gozo dos 
direitos de liberdade. Pode limitar os direitos 
individuais com algum grau de 
discricionariedade, mas sempre deve ter 
previsão legal. 
 Pode ser exercido preventiva (licença) ou 
repressivamente (apreensão de mercadorias). 
 Poder de polícia originário: entes políticos 
(U/E/DF/M). Em regra PJ direito privado não 
exerce poder de polícia. 
 Poder de polícia derivado: entes da 
administração indireta de regime jurídico 
público. É o poder que, mediante lei, foi 
repassado à pessoa jurídica da Administração 
INDIRETA, cuja competência deve ser restrita 
a execução de restrições já previstas em lei, 
jamais função inovadora. 
 Sentido amplo: Legislativo e Executivo. 
Sentido restrito: só o Executivo. 
 Ciclo de polícia: (normatização, 
consentimento, fiscalização e sanção) 
Indelegáveis: normatização e sanção. 
Delegáveis a particulares (atos materiais): 
consentimento e fiscalização. 
Atributos do poder de polícia: 
Discricionariedade, autoexecutoriedade, 
coercibilidade. 
*Multa (peculiaridade): regra não goza de 
executoriedade para cobrança de multa ( sem 
ordem judicial). Se for APLICAÇÃO pode ter 
ordem judicial. 
 Polícia administrativa: Fiscaliza, apreende e 
multa. Preventiva, geralmente. 
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 -Polícia judiciária: CR, art. 144 e CE, art. 124 e 
133. Investiga e prende. Polícia Civil. 
Repressiva, geralmente. 
 
Ato administrativo: conceito, requisitos e 
atributos; anulação, revogação e 
convalidação; discricionariedade e 
vinculação. 
FATO ADMINISTRATIVO # ATO 
ADMINISTRATIVO # ATO DA ADMINISTRAÇÃO 
 Ato que atinge o mundo jurídico e também o 
direito administrativo, é atoadministrativo. 
Manifestação de vontade que atinge o 
jurídico é ato jurídico, se atinge mais 
especificamente o direito administrativo é ato 
administrativo. 
 Fatos administrativos: são as condutas 
administrativas que não têm manifestação de 
vontade, ou seja, não produzem efeitos 
jurídicos específicos, não são consideradas 
como atos administrativos. 
 Ato da administração é aquele ato praticado 
pela administração. 
 Atos políticos: regra não tem controle 
jurisdicional. 
 Não pode delegar: atos administrativos; 
decisões de recursos administrativos; atos de 
competência exclusiva. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO ATO 
ADMINISTRATIVO (REQUISITOS DE 
VALIDADE) 
 Seguindo a orientação da doutrina 
majoritária, temos os seguintes elementos: 
Competência (sujeito): atribuições definidas 
em lei; sempre vinculado. 
 Pode convalidar, salvo de competência 
exclusiva. Efeito: ex tunc (retroage). 
 Características: irrenunciável, intransferível, 
imodificável, improrrogável, imprescritível. 
 Critérios de distribuição: matéria, território, 
hierarquia, tempo, fracionamento. 
 Atenção: 
 Agente incompetente: excesso de poder; 
Usurpação de função: ato inexistente; 
Função de fato (teoria da aparência):ato 
inválido, mas reconhece aos terceiros de boa-
fé. 
Finalidade 
 Não convalida nunca. 
 Busca o interesse público. 
 Pode ser vinculado (Hely Lopes); Di Pietro 
quando a finalidade for específica. 
Pode ser discricionário: Di Pietro quando 
finalidade geral (mediato) e para Celso 
Antônio. 
Forma 
 É a exteriorização do ato; expressa em lei. 
 Pode convalidar, salvo se essencial ao ato. 
 Regra: é vinculado. 
Exceção: quando a lei trouxer várias formas 
ou não trouxer uma forma. 
MOTIVAÇÃO (Di Pietro): integra a forma; não 
é elemento do ato; explica as razões; em 
regra é obrigatória, salvo se alei dispensar ou 
for incompatível com o cargo. 
 O dever de motivar os atos administrativos 
encontra-se na legislação constitucional de 
forma explícita ou implícita? E na norma 
infraconstitucional? 
 O STF reconhece não só as previsões legais 
EXPLÍCITAS, mas também o dever de motivar 
IMPLÍCITO no texto constitucional, sob os 
seguintes fundamentos: 
 1º Fundamento: Na CF a motivação dos atos 
administrativos judiciários está EXPLÍCITO no 
art. 93, para os demais atos administrativos o 
dever está IMPLÍCITO na CF. 
 2º Fundamento: O povo, titular do poder, 
deve ter conhecimento de toda decisão. Todo 
poder emana do povo. 
 Se o administrador celebra um contrato sem 
motivação, quando acionado pelo TCU, 
arranja uma justificativa na última hora 
(motivação), ela pode facilitar a sua condição, 
mas NÃO SUPRE o dever de motivar, a 
motivação deve ser antes ou no máximo 
durante a prática do ato administrativo, não 
pode ser POSTERIOR. 
Teoria dos Motivos Determinantes 
 Uma vez declarado o motivo, ele deve ser 
cumprido, o administrador está vinculado a 
esse motivo. Uma vez declarado o motivo, o 
administrador deve obedecê-lo. 
Motivo 
 Nunca convalida 
 É uma situação de fato e de direito que leva a 
prática do ato. 
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 Pode ser vinculado e discricionário. 
 Vício do motivo não se trata de revogação. 
 O dever de motivar os atos administrativos. 
Objeto 
 Materialização do ato administrativo. 
 É a consequência do motivo. 
 Pode ser vinculado ou discricionário. 
 Regra: não convalida, salvo se for plural o 
objeto. 
 Convalidação: 
 É obrigatória, salvo quando se tratar de vício 
na competência em ato discricionário. Não 
convalida: a prescrição e a impugnação do 
interessado particular. 
 Finalidade X Objeto 
 FINALIDADE é o fim MEDIATO do ato, qual 
seja, o interesse público. 
 OBJETO é o fim IMEDIATO, qual seja, o 
resultado prático que se busca com a 
vontade. 
 
Atributos dos atos administrativos 
Presunção de legitimidade (veracidade) 
 O ato é presumidamente LEGAL, LEGÍTIMO e 
VERDADEIRO. 
Legitimidade: Obediência às regras morais. 
Legalidade: Obediência à lei. 
Veracidade: Corresponde à verdade. 
 Presente em todos os atos. 
 Gera inversão do ônus da prova, por isso tem 
presunção relativa “Juris tantum”. 
AUTO-EXECUTORIEDADE 
 Segundo esse atributo, o ato, tão logo seja 
praticado, está apto a ser executado e 
produzir efeitos, independentemente de 
intervenção do poder judiciário. 
Relembrar: *Multa: regra não goza de 
executoriedade para cobrança de multa ( sem 
ordem judicial). Se for APLICAÇÃO pode ter 
ordem judicial. 
 Não está presente em todos os atos, mas 
estará presente em lei e em situações de 
emergência. 
 Subdivide-se em: executoriedade- meios 
diretos de coerção; exigibilidade- meios 
indiretos de coerção. 
Imperatividade 
 Imperatividade significa coercibilidade, 
obrigatoriedade. Esse atributo é presente nos 
atos que tem em seu conteúdo uma 
obrigação. Independem da concordância de 
terceiro. 
 Não havendo obrigação, não há que se fala 
em imperatividade. Exemplos desses atos são 
os atos enunciativos, como o parecer e 
certidões, que não possuem conteúdo 
decisório. 
 O ‘poder’ extroverso ampara a 
imperatividade. É um sinônimo. 
TIPICIDADE 
 Atributo corolário do princípio da legalidade, 
segundo o qual para cada finalidade que a 
Administração pretende alcançar há um ato 
previsto em lei, vedando-se, assim, a prática 
de atos inominados. 
 Só para atos administrativos. 
Anulação 
 É a retirada de ato administrativo pelo poder 
público, em razão de uma ilegalidade. A 
anulação pode ser feita tanto pela via judicial 
quanto por ato da própria Administração 
(autotutela). 
 O direito de a Administração anular um ato 
ilegal decai em cinco anos, salvo se 
comprovada a má-fé do administrado (art. 53 
e ss Lei 9.784/99). Esse prazo se refere aos 
atos que atingem direitos de administrados, 
cuja anulação seja-lhes prejudicial. 
 Vale lembrar que o STF já decidiu que nesses 
casos deve ser obedecido ao contraditório, 
possibilitando ao administrado contradizer as 
alegações do poder público, através de um 
processo administrativo. 
 A invalidação do ato dá através da prática de 
outro ato, o chamado ato anulatório. Esse ato 
de anulação produz, em regra, efeitos EX 
TUNC. 
Convalidação 
 Quando o ato preenche todos os requisitos 
trata-se de ato válido. Em não preenchendo 
todos os requisitos o ato tem um vício de 
legalidade. 
 Em se tratando de vício sanável, o ato pode 
ser convalidado pela Administração (efeito ex 
tunc). Essa possibilidade só existe no que 
tange aos vícios de FORMA e COMPETÊNCIA 
(que não seja exclusiva). FOCO 
Revogação 
 A revogação é uma análise de conveniência e 
oportunidade, vale dizer, quando um ato 
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praticado deixa de ser oportuno ou 
inconveniente pode a Administração, no 
exercício de sua autotutela extinguir o ato 
através da revogação. 
Efeito da revogação 
 Produz efeitos ex nunc, visto que atinge um 
ato até então considerado conveniente e 
oportuno. 
Limites da revogação 
 A revogação pode ser feita a qualquer tempo, 
ou seja, não há limite temporal. Entretanto a 
revogação possui limites materiais 
(conteúdo), vale dizer, existem tipos de atos 
que não podem ser revogados. Rol 
exemplificativo de atos não suscetíveis de 
revogação: 
-Atos vinculados, pois neles o administrador é 
despido de liberdade de atuação. Exceção: 
Licença para construir. 
-Ato que gera direito adquirido, por expressa 
previsão constitucional (se nem a lei prejudica 
direito adquirido, quanto mais ato 
administrativo); 
-Ato que já exauriu efeitos. 
 
Organização administrativa: administração 
direta e indireta; centralizada e 
descentralizada; autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia 
mista 
 Administração Pública Direta: U/E/DF/M(descentralização política). São pessoas com 
autonomia política, administrativa e 
financeira. POSSUEM CAPACIDADE DE 
LEGISLAR. 
 Administração Pública Indireta: Autarquias, 
Fundações, SEM, EP. São pessoas com 
autonomia política, administrativa e 
financeira. NÃO POSSUEM CAPACIDADE DE 
LEGISLAR. Não há hierarquia entre os entes da 
adm. Direta e os da Indireta, mas apenas um 
controle finalístico. 
 
FORMAS DE PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE 
ADMINISTRATIVA 
 A organização administrativa resulta de um 
conjunto de normas jurídicas que regem a 
competência, as relações hierárquicas, a 
situação jurídica, as formas de atuação e 
controle dos órgãos e pessoas, no exercício da 
função administrativa. Como o Estado atua 
por meio de órgãos, agentes e pessoas 
jurídicas, sua organização se calca em três 
situações fundamentais: a centralização, 
descentralização e a desconcentração. 
CENTRALIZAÇÃO 
 A centralização é a situação em que o Estado 
executa suas tarefas diretamente, ou seja, por 
intermédio dos inúmeros órgãos e agentes 
administrativos que compõem sua estrutura 
funcional. 
DESCENTRALIZAÇÃO (ente) 
 Quando a atividade administrativa é retirada 
do núcleo para pessoas de fora da 
administração direta (sejam elas da 
administração indireta ou particulares). Ou 
forma descentralizada de prestar atividade 
administrativa. 
DESCONCENTRAÇÃO (órgão) 
 Deslocamento, distribuição dentro da mesma 
pessoa jurídica. Se um serviço sai do 
Ministério B para o C, se isso acontece dentro 
da mesma pessoa jurídica, é desconcentração. 
Forma desconcentrada de prestação do 
serviço. 
 A desconcentração, que é um fenômeno de 
distribuição interna de partes de 
competências decisórias. 
INSTRUMENTOS DA DESCENTRALIZAÇÃO DE 
SERVIÇO PÚBLICO 
Os instrumentos podem ser: 
 Outorga (somente pela lei); Quando se 
transfere por outorga, significa dar a 
TITULARIDADE mais a EXECUÇÃO do 
serviço.=(outorga/serviços) 
 Delegação (pela lei, via contrato ou via ato 
administrativo). A administração transfere 
somente a EXECUÇÃO do serviço retendo a 
titularidade. A delegação pode ser LEGAL, via 
CONTRATO ou via ATO ADMINISTRATIVO = 
delegação por colaboração 
 Criação específica da Administração Indireta 
Lei cria = Autarquia 
Lei autoriza = Fundação de direito privado 
Órgão público 
TEORIAS QUE EXPLICAM A RELAÇÃO ENTRE 
ESTADO E SEUS AGENTES 
 Temos três teorias aqui: teoria do mandato, 
teoria da representação e por fim teoria do 
órgão. Teoria adotada é a do órgão. 
 Tem hierarquia; tem subordinação; não possui 
bens; não possui personalidade jurídica. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 DE ACORDO COM A POSIÇÃO ESTATAL 
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1. Independentes; 
2. Autônomos; 
3. Superiores; 
4. Subalternos. 
1.1. Independentes 
 Aquele que está no TOPO da estrutura estatal. 
Aquele que goza de independência: TOTAL 
liberdade, não sofre qualquer relação de 
subordinação. 
Exemplo: Presidência da República. 
1.2. Autônomos 
 Aquele que goza de autonomia: significa uma 
ampla liberdade, mas está subordinado aos 
órgãos independentes e sofre então a relação 
de subordinação. 
Exemplo: Ministério, Secretarias de Estado, 
Municipais. 
1.3. Superiores 
 Tem poder de decisão, MAS subordinado aos 
independentes e autônomos. Não tem 
autonomia. Exemplo: gabinetes – da 
presidência, do ministro... 
1.4. Subalternos 
 Não tem poder de decisão, não decide nada, é 
na verdade órgão de execução, cumprem as 
determinações dos independentes, 
autônomos e superiores. 
 Exemplo: almoxarifado, zeladoria, 
departamento de recursos humanos. 
 
CARATERÍSTICAS GERAIS (servem para todas 
as pessoas da administração indireta) 
 As características são as seguintes: 
 As pessoas jurídicas da administração indireta 
têm personalidade jurídica própria; 
 Criação ou extinção das pessoas jurídicas da 
Administração indireta depende de lei; 
 Cada PJ da indireta tem uma finalidade 
específica prevista em lei (princípio da 
especialidade); 
 As PJ da administração indireta não têm fins 
lucrativos; 
 Administração direta tem relação de controle 
com a Administração Indireta. 
 
Autarquia 
 Autarquia é uma PJ de direito público, é 
criada ou extinta por lei, tem finalidade 
própria, não tem fins lucrativos, é sujeita a 
controle pela administração direta. 
 Tem como objetivo desenvolver atividades 
típicas de estado, não se pode dar a qualquer 
pessoa. 
 Regime da autarquia é praticamente o mesmo 
da administração direta. Então qual a 
diferença? Ela não é da direta, pois a direta é 
ente político, tem capacidade política. A 
autarquia não. Ela é administrativa, serve para 
administrar, não tem aptidão ou capacidade 
política. 
 Bens públicos 
 Regime de pessoal: Regime jurídico único 
 Imunidade tributária 
 Responsabilidade civil objetiva 
 Nomeação dirigente: cabe aprovação pelo 
legislativo; exoneração não cabe condicionar 
a aprovação do legislativo. 
 Foro competente: 
 Justiça federal: Autarquia Federal 
 Justiça comum: Autarquia Estadual/Municipal 
 Prescrição quinquenal 
 Classificação: 
 Fundacional 
 Associação pública (consócio público) 
 Corporativa: conselhos de classe: OAB 
 Especial (poder normativa das agências): 
Agência reguladora 
 Comum (D.220/67) 
*Agência Executiva: Autarquias e Fundações 
 
STJ – Súmula 483: O INSS não está obrigado a 
efetuar depósito prévio do preparo por gozar 
das prerrogativas e privilégios da Fazenda 
Pública. 
 
Fundação 
 Patrimônio destacado por um fundador para 
uma finalidade específica. Patrimônio 
personalizado. 
FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO 
 É uma espécie de AUTARQUIA, chamada de 
autarquia fundacional. Lei cria esta fundação 
(por ser espécie de autarquia). Esta pode ser 
transformada em agência executiva. 
FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO 
 O regime é de direito privado. É chamada de 
fundação governamental. Lei autoriza. 
 
Empresa Pública e Sociedade de Economia 
Mista (EP e SEM) 
EMPRESA PÚBLICA (CARACTERÍSTICAS 
GERAIS) 
9 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
 Natureza jurídica: pessoa jurídica de DIREITO 
PRIVADO. O nome “pública” diz respeito ao 
CAPITAL. 
 Não é um regime TOTALMENTE privado. Terá 
parte pública e parte privada (“regime 
híbrido”, misto), mas é pessoa de direito 
privado. 
 Capital EXCLUSIVAMENTE público. 
 Empresa pública pode ter duas finalidades: 
-Pode prestar serviço público; 
-Pode explorar atividade econômica. 
 Pode ser constituída de qualquer modalidade 
empresarial. 
 Regime de pessoal: CLT, Empregado público. 
 Teto remuneratório só para EP/SEM que 
recebe custeio do poder público. 
 Bens: regra: são impenhoráveis quando 
atrelados ao serviço público. 
 Foro processual: EP: Justiça Federal 
 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
 Natureza jurídica: pessoa jurídica de DIREITO 
PRIVADO. 
 Capital MISTO. Cuidado: MAS, a maioria do 
capital votante, deve estar nas mãos do poder 
público. O poder público deve estar no 
comando, na direção dessa pessoa jurídica. 
 Pode ser constituída por S/A. 
 Regime de pessoal: CLT, Empregado público. 
 Teto remuneratório só para EP/SEM que 
recebe custeio do poder público. 
 Bens: regra: são impenhoráveis quando 
atrelados ao serviço público. 
 Foro processual: SEM: Justiça Estadual 
 Consoante disposição legal, as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista 
deverão observar, no mínimo, os seguintes 
requisitos de transparência, previstos no art. 
8º do Estatuto das Empresas Estatais- Lei 
13.308/16. 
 Essa lei aplica a EP/SEM que presta serviço 
público; atividade em concorrência; atividade 
em monopólio de todos os entes da 
federação. Não se aplica a receita operacional 
inferior a R$ 90 milhões. 
 Estrutura: Conselho de Administração: Mín. 7 
e máx. 11 membros; 2 anos mandato, 3 
reconduçõesconsecutivas. 
 Cargo de Diretor: mín. 3; 2 anos de mandato, 
3 reconduções consecutivas. 
 Conselho fiscal: pelo menos 1 membro 
indicado controlador; 2 anos mandato, 2 
reconduções consecutivas. 
 Comitê de Auditoria: mín. 3 e máx. 5 
 Quando a EP e SEM explora atividade 
econômica, o art. 173, §1º da CF diz que 
PODERÃO ter estatuto próprio para licitações 
e contratos. 
 Inicialmente, cumpre ressaltar que a lei 
13.303/16 estabelece situações de 
contratações diretas por meio de dispensa e 
inexigibilidade de licitação. 
 As hipóteses de dispensa estão taxativamente 
expostas no art. 29 da referida lei, que 
permite a contratação direta, em razão de 
dispensa. 
 EP e SEM não estão sujeitas ao regime 
falimentar, a nova lei de falências afasta sua 
incidência nessas entidades. 
 Diferença entre Sociedade Unipessoal: tem 
assembleia; e Empresa Pública Unipessoal: 
não tem assembleia. 
 Prazo prescricional de 6 anos da prática de 
ato abusivo. 
 EP não poderá laçar debêntures de outros 
títulos ou valores mobiliários conversíveis em 
ação. 
 SEM poderá solucionar por arbitragem. 
Consórcios públicos (Lei nº 11.107/2005) 
 Associação Pública ou PJ Direito Privado. 
 Objetivos: convênio, contratos, acordos, 
consórcios, ser contratado por dispensa... 
 Constituído por contrato que depende de 
prévia subscrição de protocolos de intenção 
(mediante lei). 
 Cláusulas: protocolos de intenção. 
 É nula cláusula de contrato de consórcio que 
preveja determinada contribuições 
financeiras, salvo doação, cessão... 
 Recursos: contrato de rateio. Exceção: é 
vedada a aplicação desses recursos do 
contrato para despesas genéricas, inclusive 
transferências e operações de crédito. 
 Contrato programa: é nula cláusula de cont. 
programa que atribui ao contratado o 
exercício de planejamento e regime de 
fiscalização dos serviços. Continuará vigente 
mesmo que extinto o consórcio. Só será 
10 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
extinto se o contrato não integrar mais a AP. 
Indireta. 
 20% das compras/obras/serviços- 
Inexigibilidade da licitação; comunica em 3 
dias para ratificar e publica em 5 dias. 
 Em regra, o consórcio não tem competência 
para declarar expropriação. 
 Todo consórcio pode ser contratado 
diretamente. 
Controle e responsabilização da 
administração: controle administrativo; 
controle judicial; controle legislativo. 
CONTROLE ADMINISTRATIVO 
 Está relacionado com as instituições 
administrativas, ou seja, com a função 
administrativa. Alcança toda a Administração 
Direta e Indireta. 
 Toda a atividade da Administração Pública 
deve sempre pautar-se no princípio da 
legalidade. 
 Quem exerce como regra é o poder executivo 
na sua função típica. Já o legislativo e o 
judiciário exercem na sua função atípica. 
Recursos administrativos: 
 Recurso hierárquico próprio: dentro da 
mesma hierarquia; órgãos da adm. Direta; não 
depende de previsão de lei; máx. 3 instâncias. 
 Recurso hierárquico impróprio: fora da 
cadeia hierárquica; depende de previsão legal; 
não há hierarquia. 
 Prazo recurso hierárquico: 10 dias. 
 Efeitos do recurso: devolutivo: todos têm; 
reanálise da Adm. Pública. Suspensivo: só 
quando houver previsão em lei. 
 Representação: denúncia de irregularidades a 
própria administração ou órgãos de controle 
 Reclamação administrativa: oposição a um 
ato da administração que afeta direitos e 
interesses. 
 Pedido de reconsideração: cabe a mesma 
autoridade que proferiu a decisão; cabe 
apenas uma. 
 Revisão: fatos novos que surgiram. Não há 
prazo. Não cabe reforma pra pior. 
 Prescrição administrativa: 5 anos da 
demissão, cassação de aposentadoria, 
disponibilidade, interesses patrimoniais. 
Demais hipóteses: 120 dias. 
Controle legislativo 
CONTROLE POLÍTICO PELO LEGISLATIVO 
 Analisa as decisões administrativas sob o 
aspecto da discricionariedade (oportunidade 
e conveniência). 
 Hipóteses de controle político (sempre 
hipóteses constitucionais - lei não pode criar 
outras hipóteses): 
 1) Art. 49, X da CF/88: Competência do 
Congresso de fiscalizar e controlar 
diretamente os atos do Poder executivo 
incluindo da administração indireta. 
 
 2) Art. 49, V da CF/88: Controle sobre o 
executivo, quando seus atos normativos 
forem além dos limites da regulamentação. 
 
3) Art. 50 da CF/88: Poder convocatório. 
4) CPI (art. 58, §3º); 
5) Art. 49, I, XII, XVI e XVII. 
Autorizações/aprovações do Congresso para 
que o executivo realize alguns atos (controle 
prévio). Ex.: Congresso precisa aprovar ato de 
renovação de concessão de emissora de TV. 
6) Controle feito pelo Senado. Art. 52, III a XI 
da CF. 
CONTROLE FINANCEIRO PELO LEGISLATIVO 
 É um controle sobre todos os poderes da 
República, realizado, principalmente, pelo 
Tribunal de Contas. 
 STF S. 347: O TRIBUNAL DE CONTAS, NO 
EXERCÍCIO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, PODE 
APRECIAR A CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS 
E DOS ATOS DO PODER PÚBLICO. 
CONTROLE JUDICIAL 
 Diz respeito ao controle da legalidade dos 
atos administrativos. 
 Sistema da Jurisdição Única (sistema inglês): 
cabe ao judiciário definir com força de 
definitividade qualquer situação em que seja 
necessário aplicar o direito ao caso concreto. 
 Só ocorre mediante provocação. 
 Atos políticos e interna corporis, regra não 
cabe controle judicial, salvo se ferir direitos 
individuais ou coletivos. 
Responsabilidade civil do Estado 
 Assim, a responsabilidade civil do Estado por 
CONDUTA LÍCITA tem fundamento no 
princípio da isonomia enquanto que a 
responsabilidade civil do Estado por 
CONDUTA ILÍCITA tem fundamento no 
princípio da legalidade. 
11 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
 EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
ESTATAL 
Temos 04 principais teorias: 
 Irresponsabilidade do estado; 
 Teoria da responsabilidade com culpa 
(subjetiva em atos de gestão, objetiva em atos 
de império); 
 Teoria da culpa administrativa (culpa 
anônima); 
 Teoria da responsabilidade objetiva (utilizada 
no Brasil). 
 A responsabilidade objetiva do Estado pode 
se fundamentar em duas Teorias: 
 - Teoria do risco integral: Não admite 
excludente 
 - Teoria do risco administrativo: Admite 
excludente. É a REGRA no Brasil. 
 Conforme essa teoria deve ser atribuída ao 
Estado à responsabilidade pelo risco criado 
por sua atividade administrativa. 
 São EXEMPLOS de excludente: a culpa 
exclusiva da vítima, caso fortuito, fato de 
terceiro, força maior. 
FUNDAMENTO 
 O Art. 37, § 6º da CF não serve como 
fundamento para TODO o dever de indenizar 
do Estado. Esse artigo se refere apenas à 
responsabilidade EXTRACONTRATUAL. 
Existem outras formas de indenização 
(desapropriação, por exemplo) que são 
regidas por regras específicas. 
 CF Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de 
direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado 
o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 
 Quando a conduta estatal é OMISSIVA, trata-
se de RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, na 
modalidade culpa administrativa ou 
anônima, na má prestação do serviço ou no 
atraso da prestação. 
 
Improbidade Administrativa (Lei nº 
8.429/1992). 
 PROBIDADE X MORALIDADE 
 JSCF: moralidade e probidade são expressões 
que se equivalem, sendo a primeira um 
designativo do princípio administrativo 
constitucional, e a segunda um designativo da 
lesão a esse princípio. 
 Improbidade administrativa é a expressão 
designativa da CORRUPÇÃO 
ADMINISTRATIVA. 
 Corrupção administrativa, por sua vez, é a 
ideia de desvirtuamento da função pública 
somada à violação da ordem jurídica. 
Previsão legal 
 Enriquecimento ilícito: Art. 9° Constitui ato de 
improbidade administrativa importandoENRIQUECIMENTO ILÍCITO auferir qualquer 
tipo de vantagem patrimonial indevida. 
Análise do dispositivo 
1) Objeto da tutela jurídica: Enriquecimento 
legítimo, justo e moral do agente. 
2) Pressuposto exigível do tipo: é a percepção 
de vantagem patrimonial ilícita obtida pelo 
exercício da função. 
3) Pressuposto DISPENSÁVEL: é o 
DANO/PREJUÍZO ao erário, como no caso do 
agente que recebe propina de terceiro para 
realizar determinada conduta que lhe 
favoreça. 
4) Elemento subjetivo: Somente o DOLO. 
 Prejuízo ao erário:Art. 10. Constitui ato de 
improbidade administrativa que causa LESÃO 
AO ERÁRIO qualquer AÇÃO ou OMISSÃO, 
DOLOSA OU CULPOSA, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades referidas. 
Análise do dispositivo 
 Objeto da tutela: Preservação do Patrimônio 
público (em sentido amplo). 
 Pressuposto exigível: Aqui existe a 
necessidade de lesão aos cofres públicos. 
 Pressuposto DISPENSÁVEL: Enriquecimento 
ilícito é DISPENSÁVEL. Não é necessário que a 
conduta provoque o locupletamento ilícito de 
alguém, como no caso do agente que realiza 
operação financeira sem observância das 
normas legais e regulamentares, provocando 
prejuízo aos cofres públicos (art. 10, VI). 
 Elemento subjetivo: Dolo ou CULPA (somente 
aqui é previsto culpa). 
 Conduta: COMISSIVA ou OMISSIVA, não se 
admitindo tentativa. 
 
Informativo 549 STJ 
 Para a condenação por ato de improbidade 
administrativa no art. 10, é indispensável a 
demonstração de que ocorreu efetivo dano ao 
erário. 
Informativo 528 STJ 
12 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
 Para a configuração dos atos de improbidade 
administrativa previstos no art. 10 da Lei n. 
8.429/92 é indispensável a comprovação de 
que tenha havido efetivo prejuízo aos cofres 
públicos. Se não houver essa prova, não há 
como condenar o requerido por improbidade 
administrativa. Tendo ocorrido dispensa de 
licitação de forma indevida, mas não sendo 
provado prejuízo ao erário nem má-fé do 
administrador, não se verifica a ocorrência de 
ato de improbidade administrativa. 
 LC 157/2016 alterou a Lei nº 8.429/92 e criou 
uma quarta espécie de ato de improbidade 
administrativa: 
 Art. 10-A. Constitui ato de improbidade 
administrativa qualquer ação ou omissão para 
conceder, aplicar ou manter benefício 
financeiro ou tributário contrário ao que 
dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei 
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
Atenta contra os princípios da administração 
pública 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade 
administrativa que ATENTA CONTRA OS 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
qualquer AÇÃO ou OMISSÃO que viole os 
deveres de honestidade, imparcialidade, 
legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente (ROL EXEMPLIFICATIVO): 
Análise do dispositivo 
 Objeto da tutela: Observância aos princípios 
constitucionais. 
 Pressuposto exigível: Violação a princípio. 
 Pressuposto dispensável: São 
DESNECESSÁRIOS o enriquecimento ilícito e a 
lesão ao erário, como no caso do agente que 
retarda deliberadamente ato de ofício para 
beneficiar alguém, sem nada receber com isso 
e sem provocar qualquer dano aos cofres 
públicos. Viola, no entanto, entre outros 
princípios o da impessoalidade. 
 Elemento subjetivo: Somente DOLO. 
 
 Suspensão 
dir.políticos 
Multa Proibição 
contratar 
Art.9º 8 a 10 anos Até 3 x 
patrim.acre 
10 anos 
Art.10 5 a 8 anos Até 2x 
dano 
5 anos 
Art.11 3 a 5 anos Até 100x 
remuner. 
3 anos 
 
 
Processo administrativo (Lei nº 9.784/1999). 
 
 Aplica a Adm. Pública direta e indireta. Aplica 
aos órgãos do Legislativo e do Judiciário da 
União, quando no desempenho de função 
administrativa. 
 Órgão- integrante 
 Entidade – dotada de personalidade jurídica 
 Autoridade- poder de decisão 
 Critérios: 
- vedada a renúncia de competências, salvo 
autorização da lei. 
- divulgação oficial de atos administrativos, 
salvo sigilo na CF/88. 
- Proibição de cobranças de despesas 
processuais, salvo hipótese em lei. 
- vedada a promoção pessoal de agentes ou 
autoridades.( não tem exceção) 
- veda a aplicação retroativa ( não tem 
exceção). 
 Pode iniciar-se de ofício ou a pedido do 
interessado. 
 A competência é irrenunciável, salvo as 
hipóteses de delegação e de avocação 
previstos em lei. 
 Não podem ser objeto de delegação: 
 -edição de atos de caráter normativo; 
 - a decisão de recursos administrativos; 
 - as matérias de competência exclusiva do 
órgão ou autoridade. 
 Prazo para comunicação dos atos intimação: 
antecedência de 3 dias úteis 
 Prazo para o recurso: 10 dias 
 Prazo para decisão do recurso: 30 dias 
 Prazo para alegações finais: 5 dias úteis 
 Dependem de motivação quando: 
- neguem, limitem ou afetem direitos ou 
interesses; 
- decidam PADS de concurso 
- imponham ou agravam deveres, encargos e 
sanções; 
- dispensem ou declarem inexigibilidade de 
processo licitatório; 
- decidam recursos administrativos; 
- reexame de ofício; 
- deixem de aplicar jurisprudência firmada 
sobre questão... 
- importem anulação, revogação, 
convalidação, suspensão de ato 
administrativo; 
 Parecer obrigatório vinculante= processo não 
terá seguimento. 
 Parecer obrigatório e não vinculante= poderá 
ter prosseguimento. 
 
13 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
Lei nº 11.416/2006- Carreiras do Poder 
Judiciário da União 
 
 Quadro de pessoal efetivo: 
- Analista Judiciário 
- Técnico Judiciário 
- Auxiliar Judiciário 
 Áreas de atividade: 
- Área judiciária 
- Área de apoio especializado 
- Área administrativa 
 Órgão destinará no mínimo 80% do total das 
funções comissionadas para servidores 
integrantes das carreiras. 
 As funções comissionadas de natureza 
gerencial serão exercidas preferencialmente 
para servidores com formação superior. Exige 
do titular participação em curso de 
desenvolvimento gerencial oferecido pelo 
órgão. É obrigatório a cada 2 anos. 
 Pelo menos 50% dos cargos em comissão 
serão dos serviços efetivos integrantes. 
 É vedada a nomeação para CC/FC de 
cônjuge... até o 3 grau, inclusive membros e 
juízes vinculados. 
 Progressão funcional= mesma classe 
 Promoção= classes diferentes 
 Adicional de qualificação: 12,5% doutorado; 
 10% mestrado; 7,5% especialização; 1 % 
 servidores que possuírem ações de 
treinamento(total 120 hs) com limite de até 
3%; 5% técnico com diploma de ensino 
superior. 
 Valor da GAE (atividade externa)= 35% do 
vencimento básico. 
 É obrigatória a participação de programa de 
reciclagem anual. 
 
Convênios administrativos. 
 Ajustes entre entidades estatais, autárquicas 
e paraestatais da mesma espécie. Exemplo: 
Reunião de municípios. 
 Consideram-se convênios administrativos os 
ajustes firmados por pessoas administrativas 
entre si, ou entre estas e entidades 
particulares, com vistas a ser alcançado 
determinado objetivo de interesse público. 
 Previsão constitucional 
 Previsão desde a CF/67 (art. 13, §3º e art. 14, 
§4º). 
 Na CF/69, Art. 13, §3º. 
 CF/88, Art. 71, VI; art. 199, §1º; art. 23, 
parágrafo único (implicitamente); art. 37, §8º 
da CF (não é pacífico). Art. 241; 
 Cooperação mútua entre os partícipes; 
 Responsabilidade recai sobre os partícipes, 
que podem ser representados por uma 
comissão executiva. 
 Execução de metas internas da 
Administração. 
 É possível a inclusão de novos partícipes no 
ajuste, desde que exista identidade de 
interesses e respectiva previsão no termo de 
convênio. Na falta de previsão no termo, 
presume-se que não é possível a inclusão de 
novos partícipes. 
 Objeto: INTERESSE PÚBLICO. A essência do 
convênio impede que o ajuste seja feito no 
interesse privado. Obviamente que a 
participação de entidade particular implica 
em benéfico de interesse particular, mas não 
será o objetivo precípuo do convênio. 
 Formalização:Se dá através do TERMO DE 
CONVÊNIO (ou simplesmente convênio ou 
ainda termo de cooperação) . 
 Licitação: NÃO precisa de licitação prévia 
para celebrar convênio (lei 8.666 art. 116, 
caput). 
 
 
 
 
Regime Diferenciado de Contratações 
Públicas (Lei Federal nº 12.462/2011). 
 Conjunto de procedimentos para 
registro formal de preços relativos à 
prestação de serviços e aquisição de 
bens para contratações futuras. 
 A licitação para registro de preços 
será realizada na modalidade de 
concorrência, do tipo menor preço, 
ou na modalidade de pregão e será 
precedida de ampla pesquisa no 
mercado. 
 O julgamento por técnica e preço, na 
modalidade concorrência, poderá ser 
excepcionalmente adotado, a critério 
do órgão gerenciador e mediante 
despacho fundamentado da 
autoridade máxima do órgão ou 
entidade. 
 A opção do RDC DEVERÁ constar de 
forma expressa no instrumento 
CONVÊNIOS CONTRATOS 
Vínculo jurídico Vínculo jurídico 
Interesses comuns Interesses opostos 
Cooperação Lucro 
Vínculo menos rígido Vínculo mais rígido 
14 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
convocatório e resultará do 
afastamento da L.8666. 
A quem se aplica (exemplos): 
 SUS obras e serviços de engenharia, 
PAC, ações no âmbito de segurança, 
ações em órgãos e entidades 
dedicados à ciência, à tecnologia e à 
inovação, obras para melhoria da 
mobilidade urbana, obras em 
estabelecimentos penais... 
 Execução indireta obras e serviços 
são admitidos os regimes: 
1- Empreitada por preço unitário 
2- Empreitada por preço global 
3- Contratação por tarefa 
4- Empreitada integral 
5- Contratação integrada 
 Nas licitações para contratações de 
obras e serviços, com exceção da 
contratação integrada DEVERÁ haver 
projeto básico aprovado pela 
autoridade competente. 
 É vedada a realização sem projeto 
executivo de obras e serviços de 
engenharia para cuja concretização 
tenha sido utilizado o RDC, qualquer 
que seja o regime adotado. 
 
Pregão (Lei n° 10.520/2002) 
 É utilizado para aquisição de bens e 
serviços comuns pela U/E/DF/M, 
conforme disposto em regulamento 
qualquer que seja o valor estimado da 
contratação, na qual a disputa pelo 
fornecimento é feita por meio de 
propostas e lances em sessão pública. 
 Ao contrário do que ocorre em outras 
modalidades no pregão a escolha da 
proposta é feita antes da análise da 
documentação, razão maior da sua 
celeridade. 
 O tipo de licitação é sempre o menor 
preço. 
 Não se exige capacitação técnica 
especializada. 
 Permite lances verbais. 
 Pode ser utilizado para qualquer valor 
de contrato. 
 Inaplicabilidade do pregão: 
1- obras e serviços de engenharia. 
2- locações imobiliárias 
3- alienações em geral. 
 É vedada a exigência: 
1-De garantia de proposta; 
2-aquisição do edital pelos licitantes, 
como condição de participação do 
certame; 
3-pagamento de taxas e 
emolumentos, salvo os referentes ao 
fornecimento do edital. 
 No âmbito do Ministério da Defesa, as 
funções de pregoeiro e membro de 
equipe de apoio poderão ser 
desempenhadas por militares. 
 A fase externa do pregão será iniciada 
com a convocação dos interessados. 
 No curso da sessão do pregão, o autor 
da oferta de valor mais baixo e os das 
ofertas com preços até 10% 
superiores àquela poderão fazer 
novos lances verbais e sucessivos até 
a proclamação do vencedor. 
 Não havendo pelo menos 3 ofertas 
nas condições definidas, poderão os 
autores das melhores propostas, até o 
máximo de 3, oferecer novos lances 
verbais e sucessivos, quaisquer que 
sejam os preços. 
 Para julgamento e classificação das 
propostas, será adotado o critério 
menor preço. 
 Encerrada a etapa competitiva e 
ordenadas as ofertas, o pregoeiro 
procedará à abertura do invólucro 
contendo os documentos de 
habilitação do licitante que 
apresentou a melhor proposta, para 
verificação do atendimento das 
condições fixadas no edital. 
 Se a oferta não for aceitável ou se o 
licitante desatender às exigências 
habilitatórias, o pregoeiro examinará 
as ofertas subsequentes e a 
qualificação dos licitantes, na ordem 
de classificação, e assim, 
sucessivamente até a apuração de 
uma que atenda o edital. 
 Declarado vencedor, qualquer 
licitante poderá manifestar 
imediatamente a intenção de recorrer 
no prazo de 3 dias para as razões do 
recurso. 
 O prazo de validade das propostas 
será de 60 dias, se outro não houver 
fixado pelo edital. 
 Lembrando: 2 dias úteis para 
impugnar ATO CONVOCATÓRIO 
15 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
(sessão pública). E 24 hs para decidir 
tal impugnação. 
 8 dias úteis no min. antecedência a 
publicação do edital; 
 5 dias úteis para impugnar pela 
comissão de licitação. 
 
Licitações e Contratos da 
Administração Pública (Lei nº 
8.666/1993 e alterações posteriores). 
 Licitação é um procedimento de 
escolha da melhor proposta (a mais 
vantajosa para o poder público); não 
necessariamente a mais barata. 
 Estão sujeitos ao procedimento 
licitatório: 
 a) Administração direta: União, 
estados, DF e municípios. b) 
Administração indireta: Autarquias, 
fundações públicas, empresas 
públicas e sociedades de economia 
mista. c) Fundos especiais. d) Demais 
entes controlados direta ou 
indiretamente pelo poder público. 
 Atenção: a CF (art. 173) prevê que as 
empresas estatais exploradoras de 
atividade econômica serão regidas 
por lei específica que criará estatuto 
próprio que tratará, entre outras 
coisas, de licitação. 
 CF/88: O Art. 22, XXVII dispõe que 
compete PRIVATIVAMENTE à União a 
edição de normas gerais sobre 
licitações e aos demais entes 
federativos competem a edição de 
normas específicas. 
 OBJETO IMEDIATO é a seleção da 
proposta mais vantajosa apta a 
satisfazer o interesse público. 
 OBJETO MEDIATO é a obtenção de 
certa obra, serviço, compra, 
alienação, locação, prestação de 
serviço público. 
 Princípios explícitos no texto do 
Estatuto: 
- Legalidade; 
- Impessoalidade; 
- Moralidade; 
- Igualdade; 
- Publicidade; 
- Probidade administrativa; 
-Vinculação ao instrumento 
convocatório; 
- Julgamento objetivo. 
 Princípios correlatos: 
- Competitividade; 
- Sigilo das propostas; 
- Formalismo procedimental; 
- Adjudicação compulsória. 
 São MODALIDADES de licitação: 
I – concorrência: entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de 
habilitação preliminar, comprovem 
possuir requisitos mínimos de 
qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto. 
II - tomada de preços: entre 
interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderam a 
todas as condições exigidas de 
cadastramento até o 3 º dia anterior à 
data do recebimento das propostas, 
observada a necessária qualificação. 
III – convite: entre interessados do 
ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e 
convidados em número mín. de 3 pela 
unidade administrativa, a qual afixará, 
em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o 
estenderá aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que 
manifestarem seu interesse com 
antecedência de 24 horas da 
apresentação das propostas. 
Na hipótese de Convite, existindo na 
praça mais de 3 possíveis 
interessados, a cada novo convite é 
obrigatório o convite a, no mínimo, 
mais um interessado, enquanto 
existirem cadastrados não convidados 
nas últimas licitações. 
IV – concurso: entre quaisquer 
interessados para a escolha de 
trabalho técnico, científico, ou 
artístico, mediante a instituição de 
prêmios ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios 
constantes no edital. 
V – leilão: entre quaisquer 
interessados para a venda de bens 
móveis inservíveis para a Adm. ou de 
produtos ilegalmente apreendidos ou 
penhorados ou para a alienação de 
bens móveis, cujo procedimento 
judicial ou de dação em pagamento a 
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quemoferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor da alienação. 
 Todo bem a ser leiloado será 
previamente avaliado pela Adm. para 
fixação do preço mínimo da 
arrematação. 
Pregão - também é modalidade, mas 
consta em lei própria. 
 
 Tipos de licitação: 
1- A de menor preço 
2- A de melhor técnica 
3- A de técnica e preço 
4- A de maior lance ou oferta 
 É vedado outros tipos de licitação. 
 Licitações simultâneas: intervalos não 
superiores a 30 dias; 
 Licitações sucessivas: o edital 
subsequente tenha uma data anterior 
a 120 dias após o término do contrato 
resultante da licitação antecedente. 
 Licitação deserta: desinteresse pela 
licitação justificando a contratação 
direta. 
 Licitação fracassada: presença do 
interessado, mas a Adm. não logra 
proposta conveniente. 
 Valores para obras e serviços de 
engenharia: 
- concorrência: mais 3,3 milhões 
- tomada de preços: até 3,3 milhões 
- convite: até 330.000 mil 
Valores para compras gerais: 
- concorrência: mais de 1,430 milhão 
-tomada de preços: até 1,430 milhão 
- convite: até 176.000 mil 
 Consórcio público: 
Dobro: até 3 entes da federação 
Triplo: mais que 3 
 Audiência pública: 330 milhões # 
grande vulto: 82,5 milhões 
 Valores e dispensa: 
- obras e serviços de engenharia: 33 
mil reais 
- demais: 17,6 mil 
Limite contrato verbal: 8.800 reais 
(pequenas compras de pronto 
pagamento). 
Obrigatoriedade de licitação: 
- dispensada (art.17)= vedada, 
proibida! 
- dispensável (art.24)= pode 
- inexigível (art.25)= inviabilidade de 
competição. Casos: 
I- para aquisição que só possam ser 
fornecidos por uma pessoa; 
II- natureza singular, com profissionais 
ou empresas de notória 
especialização, vedada a 
inexigibilidade para serviços de 
publicidade e divulgação; 
III- qualquer setor artístico, 
diretamente ou através de 
empresário exclusivo, desde que 
consagrado pela crítica especializada 
ou pela opinião pública. 
Contratos administrativos 
 Negócio jurídico bilateral, envolvendo 
entidade administrativa, com o 
objetivo de satisfação do interesse 
público, sendo, por isso, regido pelo 
Direito Público (cláusulas 
exorbitantes). 
Características: 
 Presença da Administração; 
 Formal; 
 Consensual; 
 Comutativo; 
 Adesão; 
 Personalíssimo. 
As formalidades estudadas são as 
seguintes: 
 A)Procedimento administrativo de 
Licitação; b) Escrito em regra; c) 
Publicação; d) Instrumento do 
contrato; 
Forma da garantia: A lei dá quatro 
alternativas: 
 Caução em dinheiro; 
 Caução Título da dívida pública (TDP); 
 Seguro - garantia 
 Fiança bancária 
 A garantia não pode exceder a 5% do 
valor do contrato, salvo grande vulto 
até 10%. 
As cláusulas estão explicitadas no 
art. 58 do diploma e são as seguintes: 
a)Alteração unilateral do contrato 
(art. 58, I); b) Rescisão unilateral do 
contrato (art. 58, II); c) Fiscalização 
do contrato (art. 58, III); d) Aplicação 
de sanções (art. 58, IV); e) Ocupação 
provisória de bens (art. 58, V). 
 As cláusulas econômico-financeiras e 
monetárias dos contratos 
administrativos não poderão ser 
alteradas sem prévia concordância do 
contratado. 
17 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
EXTINÇÃO CONTRATUAL 
Pode ser por: 
 a) Conclusão do objeto; b) Advento do 
termo contratual; c) Rescisão; d) 
Anulação. 
 Pode modificar UNILATERALMENTE 
pela administração: 
a) quando houver modificação do 
projeto ou das especificações, 
para melhor adequação técnica 
aos seus objetivos. 
b) Quando necessária a modificação 
do valor contratual em 
decorrência de acréscimo ou 
diminuição quantitativa de seu 
objeto. 
 
 
Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos 
Servidores Públicos Civis da União e 
alterações): disposições preliminares; 
provimento, vacância, remoção, 
redistribuição e substituição; direitos e 
vantagens: vencimento e remuneração, 
vantagens, férias, licenças, afastamentos, 
direito de petição; regime disciplinar: 
deveres e proibições, acumulação, 
responsabilidades, penalidades; processo 
administrativo disciplinar. 
 
 Campo de aplicação: somente a União: 
 Executivo: Pres. da República, Ministérios, 
Autarquias e Fundações Públicas Federais. 
 Legislativo: SF e CD; 
 Judiciário: Todos os tribunais (exceto TJ dos 
Estados); 
 E também TCU e MPU (Federal, DFT, 
Trabalho, Militar e Eleitoral). 
Concurso Público 
 É imprescindível para nomeação de cargo 
efetivo; 
 Será de provas ou provas e títulos; 
 Pode ser realizado em 2 etapas; 
 Validade de até 2 anos, podendo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período; 
 Serão reservados até 20% de vagas do 
concurso para portadores de deficiência, 
desde que as atribuições sejam compatíveis 
(no DF são 20%). Obs. Qualquer deficiência, 
desde que compatível com o cargo; 
 Não se abrirá novo concurso enquanto houver 
candidato aprovado em concurso anterior 
com o prazo de validade não expirado. Porém, 
a constituição permite. 
 O concurso público é regido pelas regras 
contidas em seu edital. Este deverá se 
publicado no DOU e em jornal de grande 
circulação. 
Nomeação 
 Em princípio a aprovação em concurso público 
não gera Direito a nomeação; 
Posse 
 É a investidura em cargo público; 
 Ocorre com a assinatura do respectivo termo 
em que consta as atribuições, deveres e 
direitos; 
 O termo da posse não pode ser alterado 
unilateralmente; 
 Ocorre no prazo de 30 dias da nomeação ou 
do término do impedimento; 
 Pode ser feita por procuração especifica; 
 Só há posse se existir aprovação de inspeção 
medica; 
 Art. 8o São formas de provimento de cargo 
público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
IV - transferência; (Execução suspensa pela 
RSF nº 46, de 1997) (Revogado pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
NOMEAÇÃO (provimento originário) 
 Ato que materializa o provimento originário 
da pessoa a um cargo público. Sendo 
nomeado, surge o direito à posse. 
 OBS: É a única forma de provimento originário 
admitida pela CF/88. 
Espécies de nomeação: O ato de nomeação 
pode ser em caráter: 
 Efetivo: Cargos de provimento efetivo 
(isolados ou de carreira). Em regra, são os 
concursados. 
 Comissão: Cargos em comissão, baseados na 
confiança, inclusive na condição de interino 
(art. 37, V da CF). 
Exercício 
 É o efetivo desempenho das atribuições do 
cargo; 
 Ocorre em até 15 dias a partir da posse; 
18 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
 Jornada de trabalho máxima é de 40 horas 
semanais, sendo o mínimo de 6 horas e o 
 Máximo de 8 horas por dia; 
 Servidor que toma posse e não entra em 
exercício dentro do prazo estabelecido será 
exonerado ex-ofício. 
Estágio Probatório 
 Destina-se a avaliar a aptidão e a capacidade 
do servidor para o desempenho do cargo; 
 Fatores de avaliação: assiduidade; disciplina; 
responsabilidade; produtividade; capacidade 
de iniciativa. 
 O estágio probatório ocorre no cargo e não no 
serviço publico; 
 A homologação de desempenho do servidor 
ocorrerá 4 meses antes do fim do estágio 
probatório; 
 O servidor em estágio probatório não pode 
receber as licenças: para capacitação 
profissional, para desempenho de mandato 
classista e para assuntos particulares; 
 O servidor em estágio probatório pode 
exercer cargo em comissão ou função 
comissionada; 
Servidor reprovado em estágio probatório: 
 - Se estável: será reconduzido ao cargo 
anteriormente ocupado: 
- Se vago dá-se provimento; 
- Se extinto fica em disponibilidade; 
- Se estiver ocupado: o ocupante fica e o 
reconduzido será aproveitado. 
 – Se não estável será exonerado. 
Estabilidade: requisitos: 
 Concurso público; 
 3 anos de efetivo exercício; 
 Nomeação em cargo efetivo. 
 Durante esse período, a aptidão e capacidade 
do servidor serão objeto de avaliaçãopara 
o desempenho do cargo, observados os 
seguintes fatores: “RAPID” 
Servidor estável perde o cargo: 
 Demissão em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado; 
 Demissão mediante PAD; 
 Exoneração mediante procedimento de 
avaliação periódica de desempenho na forma 
de lei complementar; 
 Exoneração por limite de gasto com pessoal. 
50% receita liquida de União e 60% dos 
demais entes. 
Readaptação: forma de provimento derivada 
horizontal por investidura do servidor que 
tenha sofrido limitações físicas ou mentais em 
cargo de atribuições que se compatibilizem 
com aquelas. 
Reversão: forma de provimento derivada por 
reingresso do servidor aposentado a 
Administração em decorrência de cessação da 
invalidez ou a pedido, no interesse da 
Administração. 
 Por cessação da invalidez: 
- Independe de estabilidade; 
- Independe de cargo em vacância 
(excedente). 
 A pedido, no interesse da Administração: 
- Voluntária; 
- Estabilidade; 
- Cargo em vacância; 
- Requisição; 
 - Aposentadoria efetivada nos últimos 5 anos, 
a contar do pedido de reversão. 
Reintegração: forma de provimento derivada 
por reingresso do servidor ESTÁVEL ao cargo 
de origem em decorrência de INVALIDAÇÃO, 
administrativa ou judicial, da demissão viciada 
de ilicitude. 
 Efeitos retroativos a data do vício (“ex tunc”). 
 Art. 28, §1°: “Na hipótese de o cargo ter sido 
extinto, o servidor ficará em disponibilidade”; 
 Art. 28, §2°: “Encontrando-se provido o cargo, 
o seu eventual ocupante será reconduzido ao 
cargo de origem, sem direito à indenização ou 
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto 
em disponibilidade.” 
Recondução: forma de provimento derivada 
por reinvestidura do servidor ESTÁVEL no 
cargo de origem, em decorrência de 
reprovação em estágio probatório ou 
reintegração. 
Aproveitamento: forma de provimento 
derivada horizontal por investidura do 
servidor em disponibilidade em cargo de 
vencimento e atribuições equivalentes ao que 
possuía antes da ociosidade. 
 Acompanhamento pelo SIPEC. 
Promoção: forma de provimento derivada 
vertical, onde ocorre aumento do nível de 
complexidade das atribuições e, 
consequentemente, do vencimento 
(verticalidade). 
 Remoção é o deslocamento do servidor no 
âmbito do mesmo quadro, com ou sem 
mudança de sede. A Remoção pode 
acontecer: 
- de oficio, no interesse da administração; 
- a pedido, a critério da administração; 
19 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
- a pedido vinculado, independente do 
interesse da administração: saúde, 
acompanhar cônjuge ou em virtude de 
processo seletivo promovido de acordo com o 
órgão onde o servidor esteja lotado. 
Redistribuição implica no deslocamento do 
cargo de provimento efetivo para outro órgão 
ou entidade do mesmo poder. Sempre 
acontecerá no interesse da administração. 
 Vencimento x remuneração 
 Vencimento é a retribuição pecuniária pelo 
exercício do cargo. Não pode ser menor que 
um salário mínimo e é irredutível. 
 Remuneração é o vencimento mais as 
vantagens (gratificações permanentes) de 
caráter pessoal. 
Vacância: 
Conceito: é o “desprovimento” de cargo. 
Formas (art. 33): 
 Readaptação 
 Recondução (art. 20, § 2°) 
 Promoção 
 Falecimento 
 Aposentadoria 
 Demissão 
 Exoneração 
 Posse em cargo inacumulável 
 
 Vantagem Características 
Indenizações 
 Ajuda de custo : 
1-Até 3 remunerações; 
2-Despesas de instalação em caráter 
permanente; 
3-Vedado o duplo pagamento; 
4-Administração arca com transporte do 
servidor e de sua família (bens, bagagem, 
passagens); 
5-Família do servidor que falecer: 1 ano para 
requerer a vantagem, do óbito. 
 Diárias: 
1-Concedida por dia; 
2-Afastamento da sede em caráter eventual 
ou transitório; 
3-Concedida pela metade quando não houver 
pernoite; 
4-Não será paga quando os afastamentos 
forem características do cargo; 
5-Não será paga se o afastamento for para 
regiões limítrofes abrangidas pela 
competência do órgão, ressalvada a pernoite. 
 Transporte 
1-Conforme dispuser o regulamento interno; 
2-Utilização de meio próprio de locomoção; 
3-Serviço externo, por força da competência 
do cargo. 
 Gratificações 
1-Retribuição (gratificação) pelo 
exercício de função de 
direção, chefia ou assessoramento. 
2-Servidor ocupante de cargo em comissão ou 
função de confiança; 
3-Não será incorporada aos vencimentos. 
4-Gratificação Natalina 
5-1/12 da remuneração de dezembro; 
6-Fração superior ao 15º dia: mês inteiro; 
7-Paga até o dia 20/12; 
8-Exonerado recebe proporcional. 
 Adicionais 
Insalubridade, 
Periculosidade, 
-Operadores de raio-x: férias de 20 dias 
semestrais e obrigatórias; devem ser 
examinados de 6 em 6 meses. 
Adicional por atividade 
extraordinária 
-Que excede o labor normal; 
-50% sobre o valor da hora normal; 
-Limite de 2 h/d. 
Adicional Noturno 
-Devido entre 22h e 5h; 
-25% do valor-hora; 
-Hora noturna: 52 min e 30 seg 
 Adicional de Férias: 
-1/3 da rem 
-Direito de fruição: 12 meses de serviço; 
-Acumulação máxima: 2 períodos; 
-Poderão ser parceladas em 3 lapsos; 
-Pago até 2 dias antes do gozo. 
Licenças: 
 Motivo de doença em pessoa da família 
-Cuidar de parente adoecido; 
-Comprovação por junta médica; 
-Assistência do servidor é indispensável e não 
pode ser conciliada com suas atividades 
laborais; 
-Até 30 dias prorrogáveis por até 30 dias: 
remunerados; 
-Sem remuneração: até 90 dias. 
 Motivo de afastamento do cônjuge ou 
companheiro 
-Prazo indeterminado; 
-Sem remuneração; 
-Exercício provisório: compatibilidade entre 
cargos. 
 Serviço militar - Para cumprir com suas 
obrigações militares; 
20 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
-Concluído: 30 dias, sem remuneração, para 
reassumir o cargo. 
 Atividade política 
-Licença facultativa, sem remuneração: entre 
escolha partidária e registro na Justiça 
eleitoral; 
-Remunerada: até 3 meses da inscrição na 
Justiça Eleitoral; 
-Licença: até o 10º dia seguinte ao da eleição. 
 Capacitação 
-Com remuneração, cada quinquênio; 
-3 meses para curso de capacitação 
profissional; Inacumulável. 
 Tratar de interesses particulares 
-Até 3 anos consecutivos; 
-Sem remuneração; 
-Poderá ser interrompida a qualquer tempo. 
 Desempenho de Mandato Classista 
-Entidade representativa de classe; 
-Entidade com até 5000 associados: 1 
servidor; 
-Entidades com 5001 a 30000 associados: 2 
servidores; 
-Entidades com mais de 30000 associados: 3 
servidores. 
-Tempo do mandato, prorrogável uma única 
vez. 
Afastamentos 
 Servir a outro órgão ou entidade 
-Cessão e não aproveitamento; 
-Cargo em comissão ou função de confiança: 
União, Estados, Municípios e DF: ônus da 
remuneração da cessionária; 
Empresas Públicas ou S/A: opção pela 
remuneração do cargo efetivo enseja 
reembolso. 
 Mandato Eletivo 
-Prefeito: opta pela remuneração 
(afastamento obrigatório); 
-Vereador: acumulo permitido; 
-Mandato Federal, Estadual ou Distrital: 
afastamento obrigatório. 
 Para estudo ou missão no exterior 
-Até 4 anos; 
-Novo afastamento somente quando efetivar 
exercício por igual período; 
-Ônus total do Estado; 
-Ônus parcial do Estado; 
-Sem ônus estatal. 
Concessões 
 Doação de Sangue:1 dia; 
 Alistamento Eleitoral: 2 dias; 
 Falecimento de parente: 8 dias consecutivos 
(parentes e dependentes) 
 Casamento: 8 dias consecutivos; 
Regime Disciplinar 
a) Advertência: 
 Punição branda; 
 Por escrito nos assentamentos funcionais; 
 Prazo prescricional: 180 dias 
 Cancelamento de registro: 3 anos; 
 Procedimento necessário: sindicância; 
 Prazo para término da sindicância: 30 dias + 
30 dias; 
Irregularidades: art. 117, inc. I ao VIII e XIX. 
b) Suspensão: 
 Punição branda ou rigorosa; 
 Branda: até 30 dias – precedida de sindicância 
(término: 30 dias + 30 dias); 
 Rigorosa: de 31 a 90 dias – precedida de 
“PAD” (término 60 dias + 60 dias); 
 Por escrito nos assentamentos funcionais; 
 Prazo prescricional: 2 anos; 
Cancelamento de registro: 5 anos. 
 Conversão em multa: 50% sobre o 
vencimento ou remuneração diária, 
proporcionais aos dias em que restaria 
suspenso. 
•Irregularidades: art. 117, inc. XVII, XVIII e 
negar-se a exame médico determinado pela 
Administração. 
 Este último enseja suspensão por 15 dias, 
passiva de “arrependimento”. 
 Regra: tudo que deve ser punido com rigor, 
mas não cabe demissão, leva a suspensão. 
c) Demissão: 
 Punição rigorosa; 
Precedida de “PAD” ou Rito Sumário; 
 Rito Sumário para as seguintes 
irregularidades: 
 Acúmulo de cargos: empregos e funções 
públicas; 
 Inassiduidade habitual: 60 dias, interpolados 
em 12 meses, de ausências injustificadas; 
 Abandono de cargo: mais de 30 dias 
consecutivos de ausências injustificadas 
 Prazo prescricional: 5 anos; 
Irregularidade: art. 117, inc. IX ao XVI e art. 
132. 
d) Cassação de Proventos: 
 Cassação de proventos de aposentadoria ou 
disponibilidade em decorrência de 
irregularidade passiva de demissão praticada 
quando na ativa. 
e) Destituição: 
- De cargo em comissão: 
- De funções de confiança 
21 www.focadireito.com.br @focadireitooficial 
 
 Sindicância (infrações de natureza leve): 30 + 
30 
Denúncia: por escrito 
Afastamento preventivo: 60 +60 dias 
 
 PAD (infrações de natureza grave): (60 + 60 + 
20) fases: 
- Instauração: comissão 
- Instrução sumária 
- Julgamento 
Revisão: a qualquer tempo e não pode 
agravar a situação; quem julga é a autoridade 
que puniu. 
Súmulas importantes: 
 SÚMULA 20 STF: É necessário processo 
administrativo com ampla defesa, para 
demissão de funcionário admitido por 
concurso. 
 
 SÚMULA 22 STF: O estágio probatório não 
protege o funcionário contra a extinção do 
cargo. 
 
 SÚMULA 36 STF: Servidor vitalício está sujeito 
à aposentadoria compulsória, em razão da 
idade. 
 SÚMULA 359 STF: Ressalvada a revisão 
prevista em lei, os proventos da inatividade 
regulam-se pela lei vigente ao tempo em que 
o militar, ou o servidor civil, reuniu os 
requisitos necessários. (Alterada) 
 SÚMULA 682 STF: Não ofende a Constituição 
a correção monetária no pagamento com 
atraso dos vencimentos de servidores 
públicos. 
 SÚMULA VINCULANTE 3 : 
Nos processos perante o Tribunal de Contas 
da União asseguram-se o contraditório e a 
ampla defesa quando da decisão puder 
resultar anulação ou revogação de ato 
administrativo que beneficie o interessado, 
excetuada a apreciação da legalidade do ato 
de concessão inicial de aposentadoria, 
reforma e pensão. 
 SÚMULA VINCULANTE 4 : 
Salvo nos casos previstos na Constituição, o 
salário mínimo não pode ser usado como 
indexador de base de cálculo de vantagem de 
servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
 
 SÚMULA VINCULANTE 15 : 
O cálculo de gratificações e outras vantagens 
do servidor público não incide sobre o abono 
utilizado para se atingir o salário mínimo. 
 SÚMULA VINCULANTE 20 : 
A Gratificação de Desempenho de Atividade 
Técnico-Administrativa - GDATA, instituída 
pela Lei nº 10.404/2002, deve ser deferida aos 
inativos nos valores correspondentes a 37,5 
(trinta e sete vírgula cinco) pontos no período 
de fevereiro a maio de 2002 e, nos termos do 
artigo 5º, parágrafo único, da Lei nº 
10.404/2002, no período de junho de 2002 até 
a conclusão dos efeitos do último ciclo de 
avaliação a que se refere o artigo 1º da 
Medida Provisória no 198/2004, a partir da 
qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos. 
 SÚMULA VINCULANTE 37 : 
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem 
função legislativa, aumentar vencimentos de 
servidores públicos sob o fundamento de 
isonomia. 
 SÚMULA VINCULANTE 42 : 
É inconstitucional a vinculação do reajuste de 
vencimentos de servidores estaduais ou 
municipais a índices federais de correção 
monetária. 
 SÚMULA VINCULANTE 55 : 
O direito ao auxílio-alimentação não se 
estende aos servidores inativos. 
 
 
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